sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Tireoide: os exames que avaliam a saúde da glândula

Em que situações os médicos solicitam a medição de TSH e T4, os hormônios que ajudam a flagrar o hipertireoidismo ou o hipotireoidismo

  Para descobrir como anda a tireoide, não há muito segredo. Dois exames de sangue dosam os hormônios associados a essa glândula, importante para o funcionamento de todo o organismo – em excesso, eles provocam o hipertireoidismo e, quando andam em baixa, estão associados ao hipotireoidismo.
Enquanto o TSH é produzido no cérebro para estimular o funcionamento da tireoide, o T4 é secretado por ela mesma. Hoje em dia, a análise do T4 total está caindo em desuso. É que os médicos preferem analisar o T4 livre, que é uma espécie de sobra do hormônio em circulação.

Para que servem os exames

O TSH é mais específico e, por isso, considerado padrão-ouro na avaliação da glândula. Os exames são usados no diagnóstico de disfunções como o hiper e o hipotireoidismo, quando a tireoide funciona rápido ou devagar demais, respectivamente.

Como são feitos

A pessoa fica em jejum por cerca de quatro horas no caso da medição do TSH e, no mínimo, por três horas para o T4. Depois, o técnico colhe uma amostra de sangue e envia para análise no laboratório.

Os resultados

O laboratório quantifica os hormônios presentes na amostra e, no laudo, o resultado vem junto com valores referência de normalidade para comparação. Os números variam de laboratório para laboratório. Esses são os do Fleury Medicina e Saúde:
TSH – 0,45 a 4,5 mUI/L
T4 Livre – 0,6 a 1,3 ng/dL
Valores abaixo ou acima desses podem indicar problemas.

Periodicidade

A dosagem do TSH é usualmente incorporada no checkup anual das mulheres a partir dos 35 anos e, depois dessa idade, repetido de cinco em cinco anos. Mas há controvérsias sobre a necessidade de pedir esses exames quando não há sintomas que indiquem panes na tireoide. Já o T4 livre só costuma ser indicado caso haja uma alteração nos valores de TSH.

Cuidados e contraindicações

Algumas situações podem interferir nos resultados, como a ingesta de hormônios tireoidianos sintéticos. Nesse caso, a coleta tem que ser feita antes de tomar o medicamento ou quatro horas depois.
Indivíduos que consomem suplementos com biotina devem suspender o uso três dias antes da coleta de sangue. Fatores como gravidez, idade fértil, presença de anemia e insuficiência cardíaca também precisam ser ponderados pelo médico na hora de interpretar os resultados.
Fonte: Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.

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