sábado, 20 de março de 2010

Vacinação de grávidas contra gripe suína começa na segunda-feira

Grávidas, crianças de seis meses a dois anos e pessoas com doenças crônicas, como diabetes e cardiopatias, passam a ser vacinados a partir de segunda contra a gripe A (H1N1) --a gripe suína. Elas devem procurar unidades básicas de saúde. Na capital paulista, AMAs só atendem aos sábados e feriados.
Será o início da segunda etapa da campanha no país, que vai até 2 de abril. Na primeira, que começou no dia 8 e acabou ontem, foram vacinados indígenas e trabalhadores da saúde.
A meta do governo é vacinar 80% das pessoas em grupos de risco, ou seja, com mais chances de ter a forma grave da doença. São 73 milhões.
As grávidas e as crianças pequenas também entram no grupo de risco em razão de recomendações da OMS e com base na observação da morbidade da doença no seu primeiro ano --2009. No Brasil, pelo menos 156 gestantes morreram.
A vacinação ocorre antes do inverno, período em que as gripes aparecem de forma mais acentuada. A medida já ocorreu em boa parte dos países do hemisfério norte e agora começa no hemisfério sul. No mundo, ao menos 16 mil pessoas já morreram devido a doença. No Brasil foram cerca de 1.700.
Doenças crônicas para vacinação, segundo o Ministério da Saúde:
- Pessoas com grande obesidade (Grau 3), incluídas atualmente nos seguintes parâmetros:
- Crianças com idade igual ou maior que 10 anos com índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que 25;- Criança e adolescente com idade maior de 10 anos e menor de 18 anos com IMC igual ou maior que 35;
- Adolescentes e adultos com idade igual ou maior que 18 anos, com IMC maior de 40;
- Indivíduos com doença respiratória crônica desde a infância (exemplo: fibrose cística, displasia broncopulmonar);
- Indivíduos asmáticos (portadores das formas graves, conforme definições do protocolo da Sociedade Brasileira de Pneumologia);
- Indivíduos com doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (exemplo: distrofia neuromuscular);
- Pessoas com imunodepressão por uso de medicação ou relacionada às doenças crônicas;
- Pessoas com diabetes;
- Pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e outras doenças respiratórias crônicas com insuficiência respiratória crônica (exemplo: fibrose pulmonar, sequelas de tuberculose, pneumoconioses);
- Pessoas com doença hepática: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral;
- Pessoas com doença renal: insuficiência renal crônica, principalmente em doentes em diálise;
- Pessoas com doença hematológica: hemoglobinopatias;
- Pessoas com terapêutica contínua com salicilatos, especialmente indivíduos com idade igual ou menor que 18 anos (exemplo: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);
- Pessoas portadoras da síndrome clínica de insuficiência cardíaca;
Pessoas portadoras de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica (hipertensão arterial pulmonar e valvulopatia);
- Pessoas com cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular (fração de ejeção do ventrículo esquerdo [FEVE] menor do que 0.40);
- Pessoa com cardiopatia hipertensiva com disfunção ventricular [FEVE] menor do que 0.40;
- Pessoa com cardiopatias congênitas cianóticas;
- Pessoas com cardiopatias congênitas acianóticas, não corrigidas cirurgicamente ou por intervenção percutânea;
- Pessoas com miocardiopatias (dilatada, hipertrófica ou restritiva);
- Pessoas com pericardiopatias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário