Segundo estudo publicado
na revista científica 'Neurology', pessoas diagnosticadas com a doença
podem apresentar declínio cognitivo
O cérebro dos diabéticos pode sofrer alterações que afetam as funções cognitivas (VEJA.com/VEJA)
Um estudo publicado recentemente na revista científica Neurology
revelou que as mudanças que ocorrem nos vasos sanguíneos do cérebro dos
diabéticos também podem prejudicar as funções cognitivas. Para o
estudo, os pesquisadores acompanharam 65 adultos com idade avançada -
metade deles saudável e a outra metade com diabetes tipo 2 - durante
dois anos.
Os participantes então foram submetidos a testes de cognição antes e
depois do período de observação. Segundo os achados, o grupo de
diabéticos teve um desempenho pior nas atividades cotidianas em
comparação aos resultados do primeiro teste. Além disso, aqueles que
estavam entre os saudáveis quase não apresentaram diferença nos
resultados das avaliações cognitivas realizadas durante o
acompanhamento.
Para os pesquisadores, esse declínio ocorreu devido à oscilação nos
níveis de açúcar comum nos diabéticos, que é capaz de prejudicar as
células e nervos, causando uma resposta inflamatória. Com isso, os vasos
perdem flexibilidade e ficam mais maleáveis -- o que dificulta uma
resposta a comandos simples, como mover os dedos, por exemplo. A pesquisa mostrou ainda que essas dificuldades foram encontradas
mesmo entre os diabéticos que tomavam medicamentos e que estavam com a
doença controlada. "Não se trata apenas de controlar o açúcar no sangue
para impedir esse tipo de prejuízo cognitivo. É preciso desenvolver
novos medicamentos que também tratem as funções cerebrais dos
diabéticos", diz Vera Novak, professora de neurologia na Universidade
Harvard, nos Estados Unidos, e uma das pesquisadoras do estudo.
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