Em muitos casos, essa inflamação dos tendões é consequência de hábitos modernos. A boa notícia é que dá para escapar das dores — ou ao menos controlá-las
Todo tendão, da cabeça aos pés, pode sofrer tendinite. Mas, por causa da vida moderna, as áreas mais afetadas são as dos punhos e antebraços. Mexer repetitivamente no celular, digitar no teclado do computador e até dirigir estão entre as principais causas do problema.
A tendinite pode acometer qualquer pessoa. Mas as maiores vítimas são as que não fortalecem os músculos, deixam o alongamento de lado e adotam uma postura inadequada ao longo do dia.
Por quê? O tendão é um cordão fibroso que tem a função de unir o músculo ao osso. Se ele sofrer traumas diários (aqueles movimento repetitivos do dia a dia) e não tiver o apoio dos músculos para aguentar o tranco, fica sobrecarregado — é essa sobrecarga que provoca inflamação.
Geralmente, a tendinite começa a se manifestar com uma dor localizada, por exemplo no antebraço e nos punhos. Aos poucos, ela irradia para a musculatura ao redor. Um pequeno incômodo no punho pode alcançar o pescoço e se transformar em um uma forte cefaleia tensional.
Essas dores pioram com o movimento e resultam em diminuição da força. Em casos mais graves e não tratados, tornam-se persistentes e capazes de atrofiar a musculatura.
Uma tendinite pode durar dias, semanas, meses… ela eventualmente vira um quadro crônico que desencadeará processos mais sérios, como compressão das articulações, hérnia de disco, desgastes nos joelhos e por aí vai.
Para se manter saudável, o tendão precisa de suporte mecânico, assim por dizer. A melhor maneira de prevenir a tendinite é realizar exercícios diários, a exemplo de alongamento e mobilizações orientadas por um fisioterapeuta. A atividade física moderada, com direito a fortalecimento da musculatura, também é uma grande aliada.
Esse conjunto de atitudes, eventualmente com uso de remédios e acompanhamento mais próximo do fisioterapeuta, também ajuda a curar a tendinite (e outras inúmeras patologias ortopédicas) de maneira mais rápida e eficiente.
*Cadu Ramos é fisioterapeuta e especialista em fisioterapia e traumatologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
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