O teste é capaz de detectar os quatro tipos de vírus responsáveis pela doença. E ainda diagnostica zika e chikungunya
“É o único que faz isso no Brasil”, diz Fabricio Marchini, gerente de desenvolvimento tecnológico do IBMP e pesquisador da Fiocruz Paraná. No caso específico da dengue, outros métodos não são capazes de diferenciar os tipos virais.
O novo exame será importante para o controle da epidemia em vários aspectos. Primeiro porque auxiliará na obtenção de diagnósticos precisos. Hoje, os testes usados na maioria dos serviços da rede pública captam os anticorpos produzidos em resposta à presença dos vírus. Mas isso pode levar a resultados falso-positivos, uma vez que esses anticorpos permanecem no corpo mesmo após a eliminação do agente infeccioso.
“O resultado pode ser confuso”, resume o patologista João Renato Rebello Pinho, coordenador do laboratório de técnicas especiais do Hospital Israelita Albert Einstein e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Além disso, os sintomas iniciais das três doenças são parecidos (febre, erupção cutânea e coloração amarela na pele ou nos olhos).
Portanto, identificar corretamente se é dengue, zika ou chikungunya — e ainda apontar, no caso da dengue, qual o tipo de vírus — é a grande vantagem do método criado pelos brasileiros. Esse conhecimento pode modificar o tratamento e ajudar a como eventuais surtos estão se disseminando pelo país.
O exame, chamado de ZDC Biomol, acaba de obter o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e poderá ser ofertado via Biomanguinhos/Fiocruz ao Ministério da Saúde.
Este conteúdo foi produzido pela Agência Einstein.
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