Ainda em fase de testes animais, o medicamento conseguiu impedir que um tipo letal do vírus se espalhasse pelas células de camundongos
Representação do medicamento (em amarelo) ligado ao vírus da gripe (azul)
(CSIRO/Magipics)
Conheça a pesquisa
TÍTULO ORIGINAL: Mechanism-Based Covalent Neuraminidase Inhibitors with Broad Spectrum Influenza Antiviral ActivityONDE FOI DIVULGADA: periódico Science Express
QUEM FEZ: Jin-Hyo Kim, Ricardo Resende, Tom Wennekes, Hong-Ming Chen, Nicole Bance, Sabrina Buchini, Andrew G. Watts, Pat Pilling, Victor A. Streltsov, Martin Petric e Stephen G. Withers
INSTITUIÇÃO: Universidade da Colúmbia Britânica, Canadá
RESULTADO: Testado em camundongos com uma variação letal do vírus, o medicamento evitou a morte de todos os animais.
Avanço — De acordo com Steve Withers, integrante do grupo de pesquisadores, outros medicamentos já existentes têm como alvo a mesma enzima, mas esse novo remédio é mais estável. Além disso, o remédio se mostrou eficaz contra tipos do vírus que são, normalmente, resistentes a alguns medicamentos. Withers explica que isso acontece porque a substância presente nessa nova droga é muito mais semelhante ao ácido siálico do que as anteriores. Assim, o vírus não consegue diferenciar o que é a célula humana e o que é o medicamento, e acaba ficando preso a ele.
De acordo com o pesquisador, o remédio tem duas vantagens em relação à vacina: ele é mais rápido de se produzir e funciona contra diversos tipos de vírus. O próximo passo será um teste com furões. Para Withers, será preciso colher mais dados antes de tentar partir para testes em humanos.
Gripe — Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a gripe afeta de três a cinco milhões de pessoas em todo o mundo anualmente, causando de 250.000 a 500.000 mortes. Em anos de pandemia, esse número pode aumentar para milhões. “Um dos principais desafios do tratamento da gripe, atualmente, é que novas variações do vírus estão se tornando resistentes a medicamentos, nos deixado vulneráveis a uma pandemia”, diz Withers.
Nenhum comentário:
Postar um comentário