O Estado registrou um total de quatro casos notificados da infecção, dos quais três já foram descartados
Vanessa Madeira - Repórter
Procurada pela reportagem na tarde de ontem, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) informou que não conseguiria fornecer detalhes sobre o caso investigado em tempo hábil. Não foram repassadas informações sobre o município de partiu a notificação, nem sobre o paciente com suspeita da doença. Também não foi possível entrevistar representantes do órgão.
No último dia 28 de abril, o órgão emitiu nota técnica com orientações a respeito da vacinação contra a febre amarela. O Ceará é considerado pelo Ministério da Saúde uma área sem recomendação da vacina, por não se tratar de região endêmica. Apenas pessoas que planejam viajar a estados com risco para a doença devem receber a imunização.
Risco
Segundo o infectologista Robério Leite, do Hospital São José de Doenças Infecciosas, no contexto epidemiológico atual, há a preocupação de que pessoas não protegidas visitem áreas com casos confirmados e sejam infectadas, trazendo a febre amarela para o Estado. Conforme os dados do Ministério da Saúde, só no Nordeste, Bahia, Maranhão, Piauí e Paraíba também possuem casos em investigação. Há ocorrências confirmadas nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Pará e Tocantins.
No entanto, o especialista destaca que, mesmo em situações do tipo, o risco de proliferação da doença é baixo. “Seria improvável, a partir de um caso, haver uma maior transmissão”, ressalta Robério Leite. “Nosso risco, por questões ecológicas e geográficas, é menor que nos outros estados. Temos fronteira com o Piauí, que possui registros, então, se algum caso fosse importado, o mais plausível seria que isso acontecesse através da fronteira. Mas, ainda assim, temos um isolamento geográfico que nos dá proteção”, observa o médico infectologista.
Leite salienta, ainda, que o avanço da vacinação nas regiões acometidas pela doença e até mesmo nos estados sem recomendação também tem sido eficaz para o bloqueio da cadeia de transmissão. No Ceará, conforme mostrou Diário do Nordeste
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