Craque argentino tem gestos repetidos em campo por conta da doença
Espanha
- Craque, superdotado, menino prodígio e... autista. Diagnosticado aos 8
anos de idade como portador da Síndrome de Asperger, também conhecida
como “fábrica de gênios” — os físicos Isaac Newton e Albert Einstein, o
naturalista Charles Darwin e o pintor renascentista Michelangelo, entre
outros, seriam portadores — Messi é a prova viva de que a doença, uma
forma branda de autismo, não impede ninguém de brilhar e, no caso do
argentino, ser eleito o melhor jogador do mundo quatro vezes seguidas.
Messi é um exemplo de superação. Ele passou por cima de tudo e conquistou cinco Bolas de Ouro da Fifa (2009, 2010, 2011, 2012 e 2015), quatro Champions Leagues (2005–06, 2008–09, 2010–11, 2014–15) e três Copas do Mundo de Clubes da FIFA (2009, 2011 e 2015).
Personalidade pouco sociável fora de campo
Messi sofre com os sintomas da Síndrome de Asperger. Principalmente fora de campo — a dificuldade de interação social é o maior adversário. É o que garante Giselle Zambiazzi, ex-presidente da Associação de Pais, Amigos e Profissionais dos Autistas de Santa Catarina.
“O gestual, o olhar e o comportamento do Messi são típicos. Na premiação da Bola de Ouro ele ficou incomodado, pois não sabe lidar com o bombardeio de informações do mundo externo”, diz.
Ela leu a biografia de Messi e detectou traços marcantes da doença. “Na infância ele só saía de casa com uma bola de futebol. Mesmo que fosse ao médico”, diz Giselle, que espera que o craque não seja discriminado: “Acham que o autista é um débil mental. Não é isso. Messi é um exemplo de superação”.
Embora o diagnóstico do autismo de Messi, que na
infância também sofreu de nanismo e foi tratado no Barcelona, tenha sido
pouco divulgado para protegê-lo de qualquer discriminação, seus
inúmeros fãs não devem se assustar. A Síndrome de Asperger,
diferentemente do autismo clássico, não acarreta em nenhum atraso ou
retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo
— a doença afeta geralmente pessoas do sexo masculino com dificuldades
de socialização, gestos repetitivos e estranhos interesses.
A fixação de Messi pela bola explicaria um pouco
sobre o assunto. Apesar de seu talento inegável, o comportamento do
camisa 10 argentino dentro de campo é revelador sobre o aspecto de sua
doença. “Autistas estão sempre procurando adotar um padrão e repeti-lo
exaustivamente. Messi sempre faz os mesmos movimentos, quase sempre cai
pela direita, dribla da mesma forma e frequentemente faz aquele gol de
cavadinha, típico dele”, afirma Nilton Vitulli, no site Poucas Palavras,
do jornalista Roberto Amado.
Vitulli, que é pai de um portador da síndrome de
Asperger e membro da ONG Autismo e Realidade e da rede social Cidadão
Saúde (reúne pais e familiares de ‘aspergianos’), acrescenta que como a
maioria dos autistas tem memória descomunal, Messi provavelmente conhece
muito bem todos os movimentos que precisa executar na hora de balançar a
rede.
“É como se ele previsse os movimentos do goleiro. Ele
apenas repete um padrão conhecido. Quando entra na área, já sabe que vai
fazer o gol. E comemora, com aquela sorriso típico de autista, de quem
cumpriu sua missão e está aliviado”, diz Nilton, que enaltece a
qualidade do chute de Messi, a sua habilidade com a bola grudada no pé,
mesmo em alta velocidade, mas ressalta se tratar “apenas” de padrões de
repetição comuns aos portadores da Síndrome de Asperger. Mesmo no caso
do gênio Messi.Messi é um exemplo de superação. Ele passou por cima de tudo e conquistou cinco Bolas de Ouro da Fifa (2009, 2010, 2011, 2012 e 2015), quatro Champions Leagues (2005–06, 2008–09, 2010–11, 2014–15) e três Copas do Mundo de Clubes da FIFA (2009, 2011 e 2015).
Personalidade pouco sociável fora de campo
Messi sofre com os sintomas da Síndrome de Asperger. Principalmente fora de campo — a dificuldade de interação social é o maior adversário. É o que garante Giselle Zambiazzi, ex-presidente da Associação de Pais, Amigos e Profissionais dos Autistas de Santa Catarina.
“O gestual, o olhar e o comportamento do Messi são típicos. Na premiação da Bola de Ouro ele ficou incomodado, pois não sabe lidar com o bombardeio de informações do mundo externo”, diz.
Ela leu a biografia de Messi e detectou traços marcantes da doença. “Na infância ele só saía de casa com uma bola de futebol. Mesmo que fosse ao médico”, diz Giselle, que espera que o craque não seja discriminado: “Acham que o autista é um débil mental. Não é isso. Messi é um exemplo de superação”.
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