O nascimento da primeira criança americana após transplante de útero mostra que o método se consolida como opção a mulheres que não podiam gerar filhos
O anúncio de seu nascimento ocorreu na semana passada e deixou entusiasmados médicos e pacientes de todo o mundo. Provou que a aplicação do método pode ser replicada por instituições ao redor do planeta. Desde 2014, apenas o hospital sueco da universidade Sahlgrenska, em Gotemburgo, havia sido bem-sucedido na adoção da técnica. Oito bebês nasceram por lá depois de transplantes uterinos. “É importante quando reproduzimos com sucesso novos métodos”, afirmou a médica Liza Johannesson, ex-integrante do time de especialistas suecos e hoje membro do grupo da Baylor University. “Vi muitos nascimentos, mas este foi especial.”
O transplante de útero foi criado para servir de última opção à mulheres que desejam ter filhos mas, ou nasceram sem o órgão, ou tiveram doenças que obrigaram sua remoção ou prejudicaram sua funcionalidade. É um procedimento complexo. A cirurgia para a extração do útero é delicada e o implante tem grau de dificuldade que se aproxima ao de um transplante de fígado, o mais desafiador de todos. A concepção deve ser feita por fertilização in vitro (união de óvulo e espermatozóide em laboratório).
C. P.
Até hoje, nove bebês nasceram a partir da técnica. Oito na Suécia
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