sexta-feira, 9 de março de 2018

O que é o exame de papanicolau e para que ele serve

teste é usado na prevenção do câncer de colo de útero, o terceiro mais comum entre as mulheres brasileiras

O papanicolau é um exame simples e rápido que colhe células do colo do útero para análise em laboratório – seu principal objetivo é prevenir contra o câncer de colo de útero. Ele tem esse nome por causa de seu inventor, o médico romeno Georgios Papanicolaou, que o tornou célebre nos anos 1940.

Para que serve

Principalmente para encontrar cedo lesões ou alterações do tecido uterino que indiquem a presença do HPV, cuja infecção é responsável por praticamente todos os casos de câncer de colo de útero. Mas o papa, apelido carinhoso, também detecta algumas infecções sexualmente transmissíveis, como a candidíase.

Como é feito o papanicolau

A mulher se deita na posição ginecológica, com as pernas elevadas e apoiadas por um suporte, enquanto o ginecologista abre caminho com a ajuda de um espéculo, aparelho que lembra um bico de papagaio.
Depois, o especialista extrai células da parede vaginal e do colo do útero com uma espátula e uma cerda – é normal sentir um leve incômodo durante a coleta. A partir daí, o material é enviado para um laboratório, que faz a análise.

Os resultados

Após a avaliação minuciosa do patologista, que dura até semanas, o ginecologista recebe o laudo. O exame aponta os fungos e as bactérias encontrados na amostra e classifica as eventuais anormalidades observadas nas células.
Essas alterações podem ser benignas, prováveis tumores ou, ainda, lesões que, se não tratadas, podem originar um tumor maligno no futuro. Se o resultado levantar qualquer questão suspeita, testes mais detalhados devem ser solicitados.
Dito de outra forma, o papanicolau não fecha o diagnóstico de câncer. Pelo contrário: ele é um método que ajuda a prevenir a doença antes de ela surgir propriamente. Hoje em dia, também existe o mais modernos do HPV.

Periodicidade

O exame é válido para mulheres a partir dos 25 anos que já tiveram atividade sexual. Segundo o Ministério da Saúde, as duas primeiras coletas devem ocorrer anualmente e, se não houver alteração, as próximas provas são feitas de três em três em anos.
O rastreamento segue dessa forma até os 64 anos, desde que os últimos resultados não tenham acusado sinais suspeitos – aí, a periodicidade deve ser discutida com o médico.
Mas atenção: mulheres acima dos 64 anos que nunca colheram o papanicolau devem realizar dois exames com intervalo de até três anos. Se estiver tudo certo, aí sim estão liberadas.

Cuidados e contraindicações

Para fazer o exame, a mulher não pode ter feito sexo por 72 horas. Mais: a coleta deve ocorrer entre o décimo e o 20° dia depois do primeiro dia da última menstruação.
Fontes:
Ricardo Luba, ginecologista do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros, em São Paulo.
Ministério da Saúde

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