História de Arthur, então com 5 meses, foi noticiada pelo G1 em 2013.
Divulgação levou outros pais a procurarem o Inca com casos semelhantes.
Foi o que aconteceu com João Pedro, hoje com 6 anos. A mãe, Viviane Soeiro, diz que uma funcionária da mãe dela tinha visto o caso de Arthur na televisão e identificou o mesmo brilho no olho de João Pedro. “Fui pesquisar na internet e encontrei no G1 a reportagem do Arthur”, diz a comerciante. Ela levou o filho a vários médicos que diziam que não se tratava de câncer. Mas ela insistiu até que um exame revelou o tumor (leia mais abaixo).
Em nota, o Inca afirmou que divulgações na mídia sobre o diagnóstico precoce dos cânceres que ocorrem na infância têm ajudado pais a observarem sintomas em seus filhos. "A transmissão de informações adequadas à população é fundamental para o diagnóstico precoce e uma importante ferramenta para o controle do câncer. O caso do paciente Arthur pode ter tido uma contribuição adicional no conhecimento da população sobre o retinoblastoma."
Retinoblastoma é o câncer de olho mais frequente em crianças pequenas, segundo o Inca, e um de seus sinais é justamente o chamado "reflexo do olho do gato", caracterizado por uma mancha branca na pupila quando ela é exposta à luz. A mancha torna-se especialmente visível em fotografias com flash.
durante uma de suas internações
(Foto: Michele de Farias Brito/Arquivo Pessoal)
Hoje com dois anos, Arthur já passou por muitos procedimentos médicos, incluindo ciclos de quimioterapia, uma internação no Centro de Terapia Intensiva (CTI) e seis meses de injeções diárias de anticoagulante. Por causa da doença, ele quase não enxerga do olho esquerdo, que foi afetado de forma mais intensa.
Segundo sua mãe, Michele de Farias Brito, o período de tratamento foi difícil. Mas, há oito meses, o garoto entrou na fase de controle da doença, o que significa que está sendo monitorado para verificar se o tumor não volta. O aniversário de 2 anos de Arthur teve uma grande festa para comemorar a vitória dessa etapa da luta contra o câncer.
“Tem que viver um dia após o outro. Se for ficar pensando que ainda tem 5 anos pela frente até ele ser considerado totalmente curado, parece muito tempo. Aprendi que, se ele fizer o exame e descobrir que voltou, logo tem que agir e marcar quimioterapia, não pode esperar muito”, diz Michele.
Atualmente, os médicos acompanham a evolução de um cisto benigno que Arthur desenvolveu perto da pálpebra direita. Um exame de ressonância magnética para avaliar o cisto estava marcado para o início de julho, mas foi desmarcado pelo Inca por indisponibilidade da anestesia, necessária para o procedimento. Michele aguarda uma nova data para o procedimento.
João Pedro: demora no diagnóstico
O menino também passou por quimioterapia e hoje usa uma prótese ocular. Atualmente, está em fase de controle do câncer. “Hoje, a vida dele é normal. Ele já não enxergava desse olho, então, para ele não fez muita diferença.” Na escola, a aparência diferente de seu olho chamou a atenção de algumas crianças, mas ele sempre leva as perguntas numa boa. “Ele é tão pequeno que não tem noção da gravidade da situação. Leva uma vida normal.”
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