Até terça-feira, Campos dos Goytacazes registrava mais de 2 mil casos
Por
O Dia
Rio - A prefeitura de
Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, decretou estado de
emergência devido à situação de epidemia da chikungunya. O município tem
notificados, até esta terça-feira, 2.365 mil casos de chikungunya
confirmados por meio de análises clínicas, epidemiológicas e
sorológicas. Foram registrados também 95 casos de dengue, mas não há
casos de zika e febre amarela.
Publicado no Diário Oficial desta quinta-feira, o
decreto do prefeito Rafael Diniz autoriza a entrada de agentes do Centro
de Controle de Zoonoses em imóveis cujos proprietários estejam ausentes
ou recusem o serviço e o remanejamento de servidores para atuar no
combate ao Aedes aegypti, transmissor também da dengue, zika e febre
amarela. Desde maio, em vários mutirões, foram percorridos 33 bairros
com ações em cerca de 27 mil imóveis, mas 18 mil foram encontrados
fechados.
O decreto leva em consideração a proliferação do
mosquito no interior do estado do Rio de Janeiro, o resultado do
Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa), que foi de 6,1% e
é considerado de alto risco, a localização geográfica do município,
próximo à divisa e a regiões de mata, que facilita a circulação do
vírus, além da baixa imunidade da população do país ao vírus
chikungunya.
Além disso, o decreto destaca que a entrada forçada em
algum imóvel deve ser considerada "fundamental no trabalho de contenção
da doença com oferta de risco à saúde dos vizinhos". Nesse caso, os
agentes estarão acompanhados de funcionários da Vigilância Sanitária,
Guarda Civil Municipal ou da Polícia Militar. A ação deverá ser
registrada com fotos e vídeos que constarão no chamado "auto de ingresso
forçado”.
Medidas
Desde o mês de maio, quando foi constatada infestação
do Aedes aegypti no município, a prefeitura de Campos vem adotando
medidas como reforço dos mutirões nas regiões com alto índice do
mosquito, descentralização do atendimento primário na rede de saúde e
aumento da atuação dos carros do tipo fumacê. Também aumentaram o número
de testes laboratoriais feitos na rede básica de saúde e o de mutirões
de identificação de proprietários de terrenos para que façam a limpeza
da área.
Com informações da Agência Brasil
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