Erradicada no Brasil desde 1990, a doença pode voltar ao País devido à baixa cobertura vacinal. Há a ideia de que ela não seja mais perigo. É um erro grave
Desastre para a saúde
A Organização Mundial de Saúde recomenda que a cobetura vacinal contra a polio seja superior a 95%. O panorama brasileiro está longe disso. Em 2017, 22 estados não atingiram a cobertura mínima. Na Bahia, 15% dos municípios imunizaram menos da metade das crianças. “É uma situação muito grave”, afirma Carla Domingues, coordenadora do Programa de Imunizações do Ministério da Saúde. “Um estado com esses indicadores tem toda a condição de voltar a registrar a transmissão da doença no nosso País. Será um desastre para a saúde como um todo.” Por causa da urgência, a campanha nacional de vacinação deve ter seu início antecipado de setembro para agosto. Na semana passada, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão solicitou ao Ministério da Saúde informações sobre o problema. O órgão quer saber suas causas e as providências que estão sendo tomadas.
Sarampo de volta
Nos seis primeiros meses de 2018, o Brasil registrou 1.891 casos suspeitos de sarampo, com 472 confirmações. Do total, sete casos foram notificados no Rio Grande do Sul. O restante, no Amazonas e em Roraima. O vírus chegou à região Norte com a chegada maciça de venezuelanos em busca de oportunidades, fugindo da crise que devasta o país vizinho. Porém, encontrou por aqui boas condições de disseminação, uma vez que a cobertura vacinal também está abaixo do que o recomendado. Segundo o Ministério da Saúde, a cobertura para a segunda dose do imunizante em 2017 foi de 71%. No ano anterior, foi de 79%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário