Um guia atualizado traz orientações sobre quais vacinas as pessoas devem tomar quando têm diabetes, aids, artrite reumatoide ou outros problemas
“O paciente com diabetes deve receber vacina de gripe anualmente, porque tem um risco aumentado de complicações dessa infecção ou de descompensar a glicemia”, informa Mônica Levi. Ela cita outros exemplos. “Um cardiopata ou um pneumopata crônico possui um risco aumentado de morrer, por exemplo, de uma pneumonia. Ele tem recomendações diferentes da população normal”.
O calendário, lançado durante a Jornada Nacional de Imunizações, já está disponível no site da SBIm. É só clicar aqui para ter acesso ao material completo.
Mônica acrescenta que as novidades do calendário não decorrem da descoberta de novas vacinas. “São outros enfoques para as mesmas vacinas. São mudanças em termos de orientações e reforços que foram incluídos”.
Um dos maiores desafios na elaboração do calendário foi criar uma tabela capaz de dar conta de pacientes que utilizam medicamentos que interferem na imunidade. Pessoas com doenças reumatológicas e câncer fazem parte da lista.
Um exemplo é a vacina para hepatite B. Na população em geral, ela é administrada em três doses. Nos imunodeprimidos, são aplicadas quatro, com a quantidade dobrada de antígeno em cada uma. Ao final da vacinação, ainda é necessário realizar um exame de sorologia para verificar se foram produzidos os anticorpos que evitam a instalação da doença.
Apesar de pacientes especiais muitas vezes estarem sob acompanhamento de um médico especialista, Mônica Levi lamenta que isso nem sempre significa que os calendários de vacinação são devidamente cumpridos. “A vacina é uma coisa que muitas vezes passa batida na consulta”, atesta. Ela diz que o problema inclui até mesmo imunizantes disponíveis gratuitamente.
A diretora da SBIm avalia que é preciso aumentar o destaque dado à vacinação na formação médica e engajar também as sociedades de cada especialidade. Com o envelhecimento da população, a tendência é que cada vez mais pessoas sejam diagnosticadas com doenças crônicas e entrem no calendário de pacientes especiais.
Só é importante ressaltar que o calendário da SBim não necessariamente precisa ser seguido pelo Ministério da Saúde. Trata-se, na verdade, de uma recomendação feita por especialistas na área.
Este conteúdo foi produzido pela Agência Brasil.
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