Dados do Ministério da Saúde foram apresentados junto com campanha de prevenção contra a doença e também a chikungunya
Mosquito da dengue: Mortes pela doença caíram 41% em um ano no Brasil
(Jardel da Costa/Futura Press/VEJA)
Na escala usada como referência pela pasta, são considerados em risco os municípios que apresentam larvas de mosquito transmissor da dengue em mais de 4% dos imóveis pesquisados. Se o índice estiver entre 1% e 3,9%, as cidades são consideradas em alerta. Já diante da presença de menos de 1% do Aedes aegypti, o índice é considerado satisfatório.
O levantamento ainda mostrou que outras 533 cidades do Brasil estão em alerta para risco de surto da doença, sendo que dez delas são capitais: Porto Alegre, Cuiabá, Vitória, Maceió, Natal, Recife, São Luis, Aracaju, Belém e Porto Velho. Das outras capitais, onze apresentaram dados satisfatórios sobre o controle da dengue: Curitiba, Florianópolis, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Macapá, Teresina e João Pessoa. As outras seis não entregaram os dados ao Ministério.
Segundo dados da pasta, houve uma redução de 41% nas mortes provocadas pela dengue no Brasil no último ano.
Vacina — Nesta segunda-feira, o laboratório Sanofi Pasteur publicou os detalhes dos testes finais envolvendo uma vacina contra a dengue. Alguns resultados já haviam sido divulgados pelo laboratório em setembro deste ano. A pesquisa, feita na América Latina, mostrou que a vacina tem uma eficácia de 60,8%, mas que varia de acordo com cada tipo do vírus (1, 2, 3 ou 4) e com a região em que o estudo foi feito. No Brasil, por exemplo, a prevenção chegou a 77,5% dos casos de dengue.
Prevenção — O Ministério da Saúde ainda lançou, nesta terça-feira, uma campanha de prevenção contra a dengue e a chikungunya, que também pode ser transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. Segundo o ministro Arthur Chioro, as formas de evitar ambas as doenças são semelhantes e consistem principalmente em reduzir os focos do mosquito. Segundo o levantamento da pasta, cerca de 80% dos locais onde foram encontradas larvas de mosquitos eram depósitos de água.
“Pessoas que estão fazendo armazenamento de água, caso principalmente da região sudeste, devem aumentar o cuidado. Precisamos orientar a população para que armazenem água de forma segura para não colocar em risco as outras pessoas”, afirmou o ministro.
O governo brasileiro registrou, até 25 de outubro, 824 casos confirmados de chikungunya no Brasil, a maioria concentrados nos municípios de Oiapoque (330), no Amapá, e Feira de Santana (371), na Bahia. O primeiro caso autóctone, ou seja, transmitido em território brasileiro, foi confirmado em setembro deste ano. Até então, a doença havia sido detectada somente em pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa. "Não podemos desconsiderar que temos agora um duplo risco com a febre chikungunya", disse Chioro.
A doença — A febre chikungunya tem sintomas similares aos da dengue, como febre alta, mal-estar e dores nos músculos, ossos e articulações. A doença começa a se manifestar três a sete dias depois de o paciente ser picado. Caso a pessoa seja picada novamente no decorrer dos primeiros cinco dias dos sintomas, ela passa o vírus para o mosquito, que pode retransmiti-lo a outras pessoas.
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