Em estudo, vacina revelou potencial de aumentar a prevenção contra o tumor de colo do útero de 70%, índice atual, para 90%
Vacina contra o HPV: no Brasil, ela protege contra quatro
subtipos do vírus, responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo de
útero
(Jorge Araújo/Folhapress/VEJA)
Atualmente existem duas opções de vacinas contra HPV: a bivalente e a quadrivalente. A primeira protege contra dois subtipos de vírus presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero. Já a segunda imuniza o organismo contra quatro subtipos de HPV: os dois da vacina bivalente e mais dois presentes em 90% dos casos de verrugas genitais.
Pesquisadores da Universidade Queen Mary, de Londres, compararam a eficácia e a segurança da nova vacina com a versão quadrivalente em mais de 14 200 mulheres, de 16 e 26 anos. Os resultados indicaram que, se as populações não infectadas forem vacinadas com a nova versão, cerca de 90% de todos os tumores do colo do útero poderão ser evitados.
“A nova vacina tem o potencial de aumentar a prevenção de câncer do colo do útero de 70% para 90%, quase eliminando este câncer nas mulheres vacinadas. É crucial, no entanto, lembrar que a vacinação deve ser feita antes da exposição ao vírus”, afirmou o coautor do estudo, Jack Cuzick, professor da Universidade Queen Mary.
O HPV é, hoje, o vírus sexualmente transmissível mais comum. Muitas pessoas infectadas nem sabem que o contraíram, já que muitas vezes ele é eliminado espontaneamente pelo organismo sem causar problemas de saúde. Porém, algumas variações apresentam alto risco de desenvolver câncer do colo do útero e, em menor incidência, tumor vulvar, vaginal, peniano, anal e de garganta.
Brasil — Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, o câncer de colo do útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no país.
Em 2014, o Sistema Único de Saúde (SUS) lançou uma campanha nacional para imunizar meninas de 11 a 13 anos contra o HPV. A vacina aplicada é a quadrivalente, recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
(Da redação de VEJA.com)
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