Ministrados juntos, paclitaxel e pazopanibe mostraram eficácia no tratamento de um tipo raro e muito letal do câncer de tireoide
A glândula tireóide produz hormônios que atuam em todo o
nosso organismo, regulando o crescimento, digestão e o metabolismo
(Thinkstock)
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CÂNCER DE TIREOIDEConsiderado um tipo raro de tumor, o câncer de tireoide responde por 2% a 5% do total de cânceres em mulheres, e por 2% dos tumores em homens. Em 2012, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que tenham sido registrados 10 590 novos casos. Dieta, componente genético e fatores hormonais são apontados como possíveis causas da doença.
Uma taxa mais elevada de morte das células estava associada a uma combinação de doses mais baixas de cada droga. Mas essa redução nos níveis das drogas tinha que vir combinada. Os resultados eram inferiores quando apenas uma das drogas tinha sua quantia elevada separadamente. De acordo com os pesquisadores, a combinação dos medicamentos funciona pela ação em uma enzima chamada Aurora Kinase-A, envolvida com a processo de mitose celular — um alvo do pazopanibe que não era conhecido.
Opinião do especialista
Alexandre Balieiro
Oncologista clínico do Hospital A.C. Camargo
Oncologista clínico do Hospital A.C. Camargo
"O estudo ainda está em uma fase muito preliminar de pesquisa, e
precisa apresentar muitas provas para garantir uma mudança no paradigma
de tratamento do câncer de tireoide. O medicamento pazopanibe, uma
medicação que chamamos de "droga alvo", já foi testado sem muito sucesso
em pacientes. Esse estudo mostra, no entanto, que combinar esse remédio
com uma droga usada na quimioterapia, a paclitaxel, apresenta um
mecanismo de ação diferente do esperado. E esse mecanismo aponta para um
novo caminho de combate ao câncer."
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