Federação Nacional dos Médicos pediu investigação na Procuradoria Geral do Trabalho e entrou no STF contra medida provisória que criou o programa
Aretha Yarak, de Brasília
Médicos realizam protesto em Curitiba contra o Programa
Mais Médicos e os vetos ao projeto de lei que regulamenta a medicina,
conhecido como Ato Médico
(Daniel Castellano/Gazeta do Povo/Futurapress)
A Fenam pediu também abertura de uma investigação trabalhista junto à Procuradoria Geral do Trabalho (PGT) nesta terça-feira. Entre os principais pontos de questionamento está o tipo de remuneração que será oferecida: uma bolsa de ensino, e não um salário dentro das normas das leis trabalhistas.
“Estamos convocando o governo a fazer um concurso público. É preciso respeitar a lei”, diz Geraldo Ferreira Filho, presidente da Fenam. Junto ao pedido de investigação, a Fenam solicitou ainda o acesso ao acordo feito entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) – que está trazendo os médicos cubanos ao Brasil. Isso porque, até o momento, o acordo não foi repassado às entidades médicas.
Justiça – Apesar das derrotas que as entidades médicas vêm tendo na Justiça, Ferreira Filho afirmou que a discussão por melhores condições de saúde não deve parar. “Hoje, o único grupo organizado que enfrenta o governo é o dos médicos. E o governo passou a nos ver como os inimigos, seus adversários”, diz. Segundo ele, o país vive sua pior campanha política contra um grupo de profissionais. “O que importa é que a cidade que não tem médico deve sim ter um médico. Mas um médico, não um curandeiro, um médico improvisado ou o trabalho escravo.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário