Neste ano, 12 pessoas morreram devido ao vírus; 111 casos da doença foram confirmados
O
ano de 2013 já é o maior em número de mortes no Ceará entre pacientes
com Influenza, conhecida como gripe suína ou gripe A. Desde o primeiro
dia de janeiro até 27 de julho, já foram contabilizados 12 óbitos em
decorrência do vírus, que é monitorado desde 2009 em território
cearense. Na última semana epidemiológica, mais um caso foi confirmado.
As informações são da Redação Web do Diário do Nordeste.
A
campanha de vacinação contra a doença já foi concluída pelo Estado
neste ano. Para a Secretaria da Saúde, o aumento do número de
falecimentos está relacionado a uma maior investigação dos óbitos Foto:
Fabiane de Paula
Apesar de ainda não ser o ano com maior
número de casos confirmados - em 2012 foram 141 -, 2013 tem se destacado
negativamente pela quantidade de falecimentos. Foram 381 casos
notificados, dos quais 111 (29,2%) foram confirmados. Destes pacientes,
55 foram hospitalizados e 12 acabaram não resistindo aos sintomas da
doença.
O município de Fortaleza foi responsável por 74,8% (285)
das notificações (casos suspeitos). Além da Capital, foram confirmados
casos em residentes de Acarape, Aurora, Baturité, Boa Viagem, Horizonte,
Iguatu, Jaguaribe, Juazeiro do Norte, Limoeiro do Norte, Maracanaú,
Milhã, Pindoretama, Senador Pompeu e Quixeramobim.
Em 2011, um
surto de gripe suína assustou a população de Pedra Branca, localizada a
261,6 quilômetros de Fortaleza. Foram pelo menos 13 casos confirmados
naquele ano. Dois anos depois, o temor voltou à cidade. Há registros de
12 casos suspeitos, com sete confirmações.
Outro município com
números alarmantes é Boa Viagem, situado a 217 quilômetros da Capital, e
que possui 52 mil habitantes. Foram confirmados, somente neste ano, dez
casos. Números superiores a municípios da Região Metropolitana de
Fortaleza. Uma pessoa morreu.
O aumento proporcional do número de
falecimentos associados a doença em 2013 pode ser associado a uma maior
investigação dos óbitos, segundo o coordenador de promoção e proteção à
saúde da Secretária da Saúde do Estado, Manoel Fonsêca.
Foram
instalados, no fim do segundo semestre de 2011, hospitais sentinelas,
unidades que monitoram as reações adversas e queixas técnicas de
produtos de saúde, bem como os exames pós óbito com suspeitas de gripe
suína. "Nos hospitais sentinelas, os exames com suspeita da doença são
analisados, ocasionando uma maior identificação de casos", afirma o
infectologista.
Ainda de acordo com Fonsêca, outro fator que pode
ter influenciado o aumento no número de óbitos em 2013 é a existência
de doenças secundárias nos portadores do vírus que vieram à óbito.
Apesar dos números, a Sesa descarta a possibilidade de uma epidemia.
Perfil
Dentre
os casos confirmados com complicações, 56,3% apresentavam alguma
condição ou fator de risco, sendo dez gestantes, cinco pneumopatas,
quatro cardiopatas, três tabagistas, dois portadores de doença
metabólica, dois imunodeprimidos, um portador de doença neurológica, um
portador de síndrome de down, um obeso, um idoso acima de 65 anos. Na
comparação entre os sexos, o número de mulheres foi superior aos de
homens infectados. Cerca de 61% (68) eram do sexo feminino e 38,7%
(43/111) eram do sexo masculino.
A média de idade dos infectados
foi de 35 anos. Além de febre, tosse e dispnéia, os sintomas mais
frequentes apontados pelos pacientes foram coriza 59,5% (66/111),
mialgia 58,5% e dor na garganta 54%.
sábado, 3 de agosto de 2013
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