Governo destina US$ 512 ao ano por cidadão; na Europa, despesas com setor chegam a ser dez vezes superiores às feitas pelo País
AE
O governo brasileiro destinou em média a cada cidadão US$ 512 por
ano em saúde. O valor, referente a 2012, é quase cinco vezes superior ao
que se investia em 2000, quando o gasto público com saúde era de apenas
US$ 107 por ano.
Apesar do crescimento, a constatação da OMS é de que os valores
continuam abaixo da média mundial. Segundo a entidade, os gastos
públicos com saúde no mundo em 2012 foram de US$ 615,00 por pessoa.
A disparidade com os gastos dos países ricos é ainda maior. Em
média, os países desenvolvidos destinaram US$ 2,8 mil a cada um de seus
cidadãos em contas de saúde. Em alguns casos, os gastos são mais de dez
vezes superior aos do Brasil.
Na Noruega, por exemplo, o Estado arcou em média com US$ 7,9 mil em
saúde para cada um de seus cidadãos. No Japão, os gastos públicos
chegam a US$ 3,9 mil por pessoa, contra US$ 6,3 mil em Luxemburgo e US$
5,9 mil na Suíça.
Nos Estados Unidos, os gastos com saúde que acabam nas contas do
Estado também são superiores às do Brasil. Em média, por ano, um
americano consome US$ 4,1 mil do governo. Mesmo em Portugal, os gastos
públicos são mais de duas vezes superiores aos do Brasil em termos per
capita.
Do outro lado da classificação, a OMS revela que os gastos públicos
na África continuam mínimos. No ano, um africano foi atendido por
apenas US$ 53,00 em dinheiro público.
Bolso. Outra constatação da OMS é de que, no Brasil, quem paga
ainda pela saúde é o paciente, por meio de planos de saúde ou gastos
privados.
No País, 47,5% da conta final da saúde é arcada pelo poder público, contra 52,5% da conta para o cidadão.
Na média mundial, a proporção é exatamente a oposta: 57,6% dos
gastos com saúde são arcados por governos, contra 42,3% pagos pelos
cidadãos.
Apesar da diferença entre os gastos com a saúde no Brasil e a
relação com o restante do mundo, a OMS aponta que o País tem feito certo
progresso nos últimos anos. Em 2000, 4,1% do orçamento nacional do
estado ia para a saúde. Em 2012, essa taxa chegou a 7,9%.
No mundo, porém, os dados da OMS revelam que em média governos
destinam 14% de seus orçamentos nacionais para a saúde. Nos países
ricos, a taxa é de 16,8%.
No total, 9,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é destinado para a saúde em 2012, contra 7,2% em 2000.
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