Bactéria Wolbachia impede que 'Aedes aegypti' transmita a dengue.
Brasil tem iniciativa similar coordenada pela Fiocruz.
Voluntários e cientistas do Programa de Aprendizagem e Controle de Doenças Tropicais (PECET) da Universidade de Antioquia foram os responsáveis pela liberação em diferentes áreas da cidade mosquitos Aedes aegypti portadores da bactéria Wolbachia, criados em laboratórios.
Segundo comunicado do PECET, a bactéria presente nos mosquitos "impede que o vírus da dengue se desenvolva em seu corpo, e faz com que não possam transmitir às pessoas".
"O primeiro desafio desta investigação é conseguir que os mosquitos portadores de Wolbachia se instalem em Paris e no longo prazo espera-se observar uma redução na transmissão da doença entre os residentes do bairro", explicou o PECET.
Não há risco para humanos
A bactéria não é transmitida aos seres humanos, de modo que a picada de um mosquito que a transporte não representa qualquer risco para a saúde.
Com a liberação dos mosquitos começa a etapa de aplicação do projeto de investigação "Eliminar a dengue: desafio Colômbia", que começou há dois anos com a seleção do bairro, a conscientização dos habitantes e a preparação dos mosquitos em laboratórios.
O projeto faz parte de uma iniciativa mundial para eliminar a dengue liderada pelo professor Scott O'Neill, da Universidade de Monash, na Austrália, que se aplica também na Indonésia, Vietnã e Brasil (leia mais abaixo).
A Colômbia, país tropical onde a dengue tem muita incidência, registrou quase 40.000 casos da doença em 2015.
No Brasil
Em uma iniciativa similar, que faz parte do mesmo projeto internacional, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) começaram a liberar mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia em setembro no bairro de Tubiacanga, na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. O plano é que, nos próximos anos, outros três bairros recebam os mosquitos com bactéria: Urca e Vila Valqueire, no Rio de Janeiro, e Jurujuba, em Niterói.
Nenhum comentário:
Postar um comentário