segunda-feira, 23 de setembro de 2013

CRMs liberam apenas 39 médicos estrangeiros para trabalhar

Conselhos regionais de saúde e Ministérios da Saúde ainda não têm acordo sobre a necessidade de documentação

Grupo de 79 médicos selecionados pelo programa Mais Médicos, do governo Federal, participa de curso na Escola de Saúde pública do Ceará
Grupo de 79 médicos selecionados pelo programa Mais Médicos, do governo Federal, participa de curso na Escola de Saúde pública do Ceará (Jarbas Oliveira/Folhapress)
Os 681 médicos estrangeiros – entre eles 400 cubanos - que estão no país para participar do programa Mais Médicos do governo federal deveriam começar a trabalhar nessa segunda-feira. Os conselhos regionais de medicina (CRMs), no entanto, liberaram até agora apenas 6% (39) dos 633 registros provisórios já pedidos pelo Ministério da Saúde. O programa para reduzir o déficit de médicos em regiões mais carentes permite a participação de profissionais sem a validação de diplomas estrangeiros, o Revalida. A classe médica contesta isso na Justiça.
De acordo com informação do Ministério, foram  fornecidos até a última sexta-feira doze registros no Ceará e 27 na Bahia. Há ainda  a promessa de que outros 45 registros sejam entregues até o final desta segunda-feira — dezenove no Rio Grande do Sul, seis na Paraíba e vinte no Ceará.
Queda de braço - Em nota divulgada na sexta-feira, o Conselho Federal de Medicina (CFM) orienta os conselhos regionais a conceder o registro provisório dos profissionais com documentos em dia, mas sob a condição de que o Ministério da Saúde, num prazo de quinze dias contados da entrega do documento, informe o endereço de trabalho, nomes dos tutores e dos supervisores dos profissionais.
Em nota divulgada também na sexta-feira, o MS afirma que não foi feito qualquer acordo com o CFM para "alterar o rol de documentos e informações para concessões dos registros". Sobre as informações que a entidade usa como condição para realizar os registros, a pasta afirma que "as informações sobre tutoria, supervisão e municípios de treinamento em serviço dos médicos serão tornadas públicas, mas não podem ser exigidas para a concessão de registro, pois não há previsão para isso em Lei ou em sua regulamentação".

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