Medicamento mais utilizado para tratar o diabetes tipo 2 não oferece risco de acidose láctica em indivíduos com doença renal leve a moderada
Metformina: um dos medicamentos mais populares para o tratamento do diabetes tipo 2
(Jack Hollingsworth/VEJA)
Opinião da especialista
Denise Franco
Endocrinologista e diretora da ADJ Diabetes Brasil e da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Endocrinologista e diretora da ADJ Diabetes Brasil e da Sociedade Brasileira de Diabetes.
A metformina é um medicamento barato, consolidado há 20 anos no mercado e a primeira droga que escolhemos para tratar o diabetes tipo 2.
Esse remédio pertence à classe das biguanidas, que foram associadas à incidência de acidose láctica. Ainda não há comprovação de que a metformina em si faça mal para pacientes com doença renal. Mesmo assim, por cautela, os médicos não receitam esse remédio para pessoas com doenças renais.
O estudo clínico de Yale não é grande e as orientações para o uso da droga estão consolidadas.
“Quando o indivíduo chega a uma certa idade, sua função renal começa a decair e a primeira coisa que os médicos costumam fazer é parar o tratamento com metformina”, explica Silvio Inzucchi, coautor do estudo. “No entanto, o diabetes fica fora de controle. Outras drogas podem ser usadas, mas elas são mais caras e causam mais efeitos colaterais que a metformina.”
Resultado — Os pesquisadores revisaram pesquisas já publicadas para verificar o risco de acidose láctica com o uso de metformina em diabéticos com doença renal leve a moderada. Eles constataram que o risco do problema acontecer é extremamente baixo e comparável ao daqueles que não tomam o medicamento.
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