A campanha
de vacinação talvez se estenda até para estados que hoje estão livres do
vírus da febre amarela. Entenda se já é o caso de todo mundo se
imunizar
Por
Agência Brasil
Ministério da Saúde já estuda ampliar a vacinação para o Brasil inteiro (Ilustração: Cassio Bittencourt/SAÚDE é Vital)
O Ministério da Saúde vai discutir já estuda a possibilidade de ampliar a recomendação da
vacina de febre amarela
para todo o país ainda neste ano por causa da circulação do vírus em
novas áreas. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, apresentou a proposta
durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite, em Brasília, e
também pretende levar a discussão para entidades como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Se a ideia for pra frente, a estratégia de imunizar toda a população
deve ser feita de forma gradual. Segundo o ministro, haveria uma
programação diferente para cada estado.
Atualmente, áreas do Nordeste, do Sul e do Sudeste do país não fazem
parte das regiões de recomendação de vacina por não apresentarem
circulação do vírus. E a proposta serviria justamente para manter esses
locais livres da febre amarela, assim como diminuir o risco de viajantes acabarem contraíndo a enfermidade ao visitarem outro canto do Brasil.
Cabe lembrar que, esse ano, foram registrados casos de febre amarela
dentro da cidade de São Paulo – um local que, até pouco tempo atrás,
também não sofria com a presença do vírus. Mas atenção: não estamos
falando de febre amarela urbana.
Até o momento, os paulistanos que caíram de cama com a doença
frequentaram regiões dentro da capital com matas onde macacos mortos
foram encontrados (parques, por exemplo).
Com esse projeto, mais 34 milhões de pessoas seriam imunizadas, sendo
11 milhões nas regiões Sul e Sudeste, além de 23 milhões no Nordeste.
Para dar conta do recado, o Ministério da Saúde aguarda o funcionamento
da nova fábrica da Libbs Farmacêutica, em São Paulo, que poderá produzir
mais 4 milhões de vacinas por mês.
Eu devo tomar a vacina da febre amarela?
Enquanto a decisão não sai, convém seguir o bom senso. Ou seja, antes
de tudo converse com um profissional sobre sua situação de saúde.
Pessoas com mais de 60 anos, crianças com menos de 2 anos, gestantes, pacientes com doenças reumatológicas estão entre as populações que exigem mais cuidado, sob o risco de sofrerem com
reações adversas graves da vacina.
Além disso, veja se você mora ou vai a municípios com risco de infecção – são muito, como você pode ver
clicando aqui.
No momento atual, convém atualizar as informações com um profissional –
como já dissemos, até regiões da cidade de São Paulo estão sob risco.
Agora, se você vive em um local sem circulação do vírus e pretende
ficar por aí, não há porque sair correndo atrás de um posto. Nesse
cenário, não há risco de transmissão no momento. Melhor esperar a campanha de vacinação, caso de fato ela seja estendida ao Brasil inteiro.
Novos casos da doença
Entre 1º de julho de 2017 e 20 de fevereiro deste ano, foram
confirmados 545 casos de febre amarela no país, com 164 óbitos. Para
efeito de comparação, de julho de 2016 a 20 de fevereiro de 2017, foram
557 casos, com 178 mortes – uma diferença não muito grande, que sugere
um surto bastante sério.