domingo, 28 de fevereiro de 2010

Mamógrafos sem uso no Brasil

Rio - Cerca de 40% dos mamógrafos da rede pública de saúde do Brasil estão inutilizados, segundo relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) divulgado ontem. No estado do Rio, a média de inatividade dos aparelhos é de 38%. Eles estão quebrados, sem manutenção ou não há profissionais para operá-los. De acordo com o levantamento, os 1,7 mil mamógrafos disponíveis para atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) seriam capazes de atender todas as brasileiras com idades entre 50 e 69 anos, alvos de campanhas do Ministério da Saúde contra o câncer de mama. Entretanto, só 35% desse público é atendido. O órgão afirma que, apesar de a maioria dos aparelhos estarem na rede pública, 80% dos exames são realizados em hospitais particulares conveniados ao SUS em 11 estados do País — entre eles, o Rio. A pesquisa do TCU detectou discrepâncias no sistema que organiza a quantidade de exames realizados. De acordo com o órgão, 272 unidades de saúde tiveram produção de exames de mamografia registrados entre maio de 2008 e abril de 2009, mas não há cadastro de mamógrafos existente nesses locais.
O TCU ressaltou que 23 unidades da rede pública do Rio contam com mamógrafos, mas não há registro de exames feitos entre 2008 e 2009. Entre elas, estão o Instituto Fernandes Figueira, da Fiocruz, o Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj), o Hospital Geral de Bonsucesso (federal), o Hospital Estadual Carlos Chagas e até o Hospital II do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, o mamógrafo que existia no Carlos Chagas foi consertado e enviado para um hospital em Santo Antônio de Pádua. Já o Iaserj não possui o aparelho. O Inca esclareceu que a unidade II deixou de ter mamógrafo em 2005. A Fiocruz informou que mantém equipamento em funcionamento desde 1995. O Ministério da Saúde disse que a máquina do HGB sempre funcionou.
Médicos cobram soluçãoPara a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o relatório do TCU não surpreende. “Há muito tempo a SBM alerta que o problema não é falta de mamógrafos, mas a subutilização dos mesmos”, diz o presidente da entidade, Ricardo Chagas. De acordo com ele, além de equipamentos encaixotados e quebrados, as pacientes enfrentam filas para agendar consultas e há falta de profissionais experientes nas unidades.
“É preciso cobrar das autoridades melhorias no atendimento, na utilização dos mamógrafos e nas campanhas de alerta para a população”, ressaltou.
TUMOR QUE MAIS AFETA MULHERES
Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. O Inca estima que 49.240 brasileiras terão a doença esse ano.
Mulheres com história familiar de câncer de mama, especialmente se uma ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmãs) foram acometidas antes dos 50 anos, têm maior risco de desenvolver a doença. Esse grupo deve ser acompanhado por médico a partir dos 35 anos. Primeira menstruação precoce, menopausa após os 50 anos, primeira gravidez após os 30 anos e não ter tido filhos também são fatores de risco para o câncer de mama.

Quando a academia machuca

O verão é justificativa para malhar e definir o corpo rapidamente. O inverno também é justificativa para pensar em fazer execícios, já que é preciso se preparar para o verão. Não há uma estação fixa para procurar a academia, mas há consequências doloridas para quem quer chegar à boa forma sem paciência e parcimônia. Lesões nos ombros, joelhos e lombar são as mais comuns e podem levar à mesa de cirurgia se não forem tratadas logo no início. "Exercícios sem orientação profissional levam à sobrecarga de peso, causando lesões", diz Rene Abdalla, ortopedista do Centro de Ortopedia e Reabilitação Esportiva do Hospital do Coração de São Paulo. Foi o que aconteceu com a funcionária pública Ana Cristina Alvares, de 40 anos. Ela teve uma condromalácia patelar, que é uma inflamação na patela, antiga rótula. Durante algum tempo, seu joelho ficava inchado e quente após os exercícios. "Se eu ia duas ou três vezes à academia, ele ficava inchado no fim de semana e eu não conseguia ir na semana seguinte", afirma. Doeu tanto que ela parou de malhar – nem mesmo caminhadas ela conseguia fazer. Foi quando resolveu buscar ajuda e contratou um personal trainer. "Ele me indicou quais exercícios eu deveria fazer e quais tinha que abandonar. A partir daí, consegui praticar academia sem me preocupar com o inchaço do joelho", diz.Segundo Vânia Almeida, educadora física e autora do blog Cuidando do Corpo, o principal perigo da academia é a euforia. "As pessoas correm atrás de um 'corpo perfeito' de maneira 'cega', inconsequente". E isso pode provocar lesões muitas vezes irreversíveis. Não foi o caso de Ana Cristina, mas ela teve que parar de fazer step, street dance, spinning e outras aulas de bicicleta ergométrica. A musculação sem orientação de um professor pode causar lesões, mas as aulas de body pump, lutas, step, spinnig e ginástica funcional podem ser piores. "Como as aulas são cheias e o professor tem de fazer os exercícios e incentivar os alunos, nem sempre ele consegue corrigir todo mundo", professor e criador do movimento BemStar. Um exercício errado pode forçar tanto o joelho quanto a coluna, prejudicando a qualidade do movimento e a boa saúde das articulações. As lesões mais frequentes são a tendinite (inflamação nos tendões) e estiramentos musculares. Só a academia pode fazer mal à saúde? Não. Segundo Atalla, a corrida é a maior responsável por lesões: 30% das pessoas acabam se machucando durante os treinos. O atleta de fim de semana também pode sentir muita dor se exagerar no exercício. "Ele terá lesões para sempre se machucar e não der tempo para o músculo se recuperar", diz Atalla. Uma das dores mais incômodas, e que atinge 80% da população, é a dor nas costas, ou lombalgia. De acordo com a professora Vânia, há vários motivos para isso: má postura, uso de salto alto, estresse, idade, lesões e excesso de peso. Alguns exercícios, em vez de piorar esse problema, ajudam a revertê-lo. "O fortalecimento dos músculos paravertebrais (do dorso) e abdominais e o treino de flexibilidade, especialmente para os músculos lombares e posteriores da coxa, têm um papel bastante importante na prevenção das lombalgias", afirma. Os exercícios físicos são importantes para a manutenção da boa saúde e da qualidade de vida, mas só se praticados de forma adequada e com orientação.

A fábrica de orgãos

Embora transplantes de órgãos tenham se transformado em operações simples e frequentes, duas grandes questões persistem quando se fala sobre esse tipo de intervenção médica: a disponibilidade de doadores e o risco de rejeição que ocorre quando o organismo não reconhece a nova parte ligada a ele. Estudada pelos cientistas há alguns anos, a solução para ambos os problemas pode estar muito perto de se tornar realidade. Trata-se de uma máquina que poderia produzir novos tecidos e órgãos a partir das células de quem precisa deles. Na verdade, essa “impressora” finalmente está disponível para venda, a princípio, a grupos de pesquisa. Em breve, serão entregues os primeiros modelos fabricados em maior escala. Os pesquisadores interessados pagarão em torno de US$ 200 mil pela máquina, produzida pela americana Organovo, especializada em medicina regenerativa, e pela Inventech, companhia australiana de engenharia e automação. Um dos fundadores da Organovo é Gabor Forgacs, da Universidade do Missouri (EUA), que desenvolveu o primeiro protótipo da invenção e não está mais ligado à empresa – apesar de continuar pesquisando o assunto e ser uma das maiores autoridades do mundo nessa área. “O dispositivo criado por Forgacs estabeleceu a tecnologia que usamos agora”, diz Keith Murphy, presidente da Organovo.
“O aparelho atual utiliza o mesmo princípio, mas é mais rápido, tem alta capacidade de reprodução e possui calibragem a laser. Além disso, ele foi projetado para caber dentro de um armário de biossegurança, o que permite que qualquer laboratório possa usá-lo.” Hoje, quem faz esse tipo de estudo tem de adaptar instrumentos e máquinas já existentes. Apenas tecidos simples, como pele, músculo e partes de veias, serão criados – por enquanto, para pesquisas. Murphy espera, no entanto, que em cinco anos, quando mais estudos clínicos estiverem concluídos, as máquinas possam produzir vasos sanguíneos para enxerto em cirurgias do coração. Como o invento tem a capacidade de fazer tubos ramificados, ele poderia, por exemplo, fabricar redes de vasos necessárias para sustentar grandes órgãos, como coração e pulmões. Murphy se recusa a fazer previsões sobre a produção dessas partes do corpo. “Produzir órgãos é um objetivo de longo prazo. Não queremos especular um tempo específico para isso”, diz ele. O dispositivo funciona de forma similar às máquinas usadas na indústria de autopeças, por exemplo.Nos dois casos, elas trabalham como uma impressora comum, mas “imprimem” em três dimensões, depositando gotas de um composto químico que se unem para formar uma estrutura. A cada passagem da cabeça de impressão, responsável por lançar a substância, a base sobre a qual o objeto está sendo feito desce um degrau, formando-o aos poucos. Estruturas com espaços vazios e formas mais complexas podem ser criadas graças a um molde de material solúvel em água – feito pela impressora ao mesmo tempo que a própria peça. O detalhe é que a máquina de tecidos usa células humanas, em vez dos polímeros aplicados na indústria. Ao que tudo indica, não está distante o tempo em que, quando um órgão não funcionar bem, bastará encomendar um novo. E sob medida.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

GRIPE SUÍNA-Vacina já está em Fortaleza

O Ceará se prepara para cumprir o calendário de imunização contra a Influenza A, com início para o dia 8 de março, com a vacinação de 85 mil profissionais de saúde, os primeiros a tomar a dose. Ontem, chegaram as 110 mil doses da vacina, do primeiro lote de um total de 3,1 milhões destinados ao Estado.Segundo o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Manoel Fonseca, dessa primeira cota, 34 mil serão distribuídas nos 92 postos de saúde de Fortaleza e hospitais São José, Albert Sabin, Walter Cantídio e Maternidade-Escola Assis Chateaubriand. "Na Capital, 25 mil servidores da saúde serão imunizados". Em todo o Estado, 1.700 unidades receberão cotas da vacina.Na próxima segunda-feira, todos os coordenadores de saúde da Região Metropolitana participam de reunião, em Fortaleza. Eles vão discutir o planejamento para a distribuição das doses da vacina.BoletimA Sesa divulgou nova Nota Técnica sobre a situação da doença no Ceará. De acordo com os dados, em 2009, foram confirmados 114 casos da gripe suína. Fortaleza notificou 99 casos com três pacientes evoluindo para óbito.Foram confirmados casos em 41 diferentes bairros da Capital e 50% destes concentram-se no Meireles (21,5%), Aldeota (17%) e Papicu (11,5%). A faixa etária predominante dos casos confirmados foi entre 20 e 39 anos (50,5%), com 51 casos em mulheres (51%).Em 2010, até o dia 25 de fevereiro, 18 casos confirmados. Destes, 16 (89%) residem em Fortaleza. Quatro pacientes morrerem - três da Capital e um de Cascavel. "No total, entre 2009 e 2010, sete pessoas faleceram vítimas da Influenza A no Ceará", confirma Fonseca.Dentre os casos comprovados, diz o médico, os sintomas mais frequentes foram febre - 97,4% dos registros - e tosse (94,7%), independente do sexo. A febre, diarreia e conjuntivite foram mais frequentes no sexo masculino. Por outro lado, 34,6% do total de mulheres doentes apresentaram outros sintomas mais repetidamente, sendo a dor de cabeça o sintoma mais mencionado entre elas.EquipamentosO coordenador adianta que a Sesa aguarda a chegada de equipamentos para melhor equipar as unidades de terapia intensiva (UTI), por isso, ressalta que não há motivos de preocupação por parte da população com relação ao atendimento aos pacientes com complicações respiratórias. "A secretaria estadual de Saúde ainda aguarda a chegada das máquinas para breve. O São José conta com 11 desses novos respiradores artificiais".

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Casos de dengue sobem 109% em 2010

O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira (26) que o número de casos de dengue registrados no país neste ano, entre 1º. de janeiro e 13 de fevereiro, somaram 108,64 mil registros, o que significa um crescimento de 109% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram detectados 51,87 mil casos no país."Temos um aumento de 109% em números absolutos. É um dado que nos preocupa, mas 71% dos casos em cinco estados da federação, na região Centro-Oeste. Algumas variáveis podem explicar esse aumento, como a questão das chuvas e das altas temperaturas", informou Giovanini Coelho, coordenador-geral do Programa Nacional de Controle da Denguen do Ministério da Saúde.
Segundo o Ministério da Saúde, outro fator que tem contribuído para o aumento no número de casos de dengue neste ano é a circulação do sorotipo viral conhecido como "DEN-1", que circulou com maior intensidade na década de 90. De acordo com o governo, esse sorotipo viral voltou a predominar em alguns estados.
"Há um contingente muito grande de pessoas que não estão imunizadas contra o sorotipo DEN-1, em especial crianças e adolescentes", disse Giovanini Coelho. O Ministério da Saúde informou que já alertou a todas unidades da federação sobre o retorno desse sorotipo.
Concentração em cinco estados
Dados do governo mostram ainda que cinco estados concentram "alta incidência" de registros da doença, com 77,11 mil notificações registradas, ou seja, 71% das detecções. São eles: Rondônia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Acre.
Segundo o Ministério da Saúde, 34% das notificações concentram-se em cinco municípios: Campo Grande (MS), com 12,7 mil casos detectados; Goiânia (GO), com 12,31 mil registros; Aparecida de Goiânia (GO), com 3,28 mil casos; Rio Branco (AC), com 5,05 mil registros; e Porto Velho (RO), com a detecção de 3,41 mil pessoas infectadas.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

GRIPE SUÍNA -Confirmada 4ª morte no Ceará

Foi o sétimo óbito, desde o ano passado. O paciente estava internado há 30 dias e era do grupo de riscoConfirmada pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), ontem, a quarta morte causada pela Influenza A (H1N1), conhecida como gripe suína, este ano, no Ceará. Trata-se de um homem de 52 anos, que estava internado há 30 dias, em um hospital particular de Fortaleza, e morreu na última segunda-feira. Como existia suspeita da doença, o exame já havia sido solicitado.O paciente residia na Capital e não tinha viajado recentemente para nenhuma região considerada de risco para a doença. Ele, porém, conforme informações repassadas pela assessoria de imprensa da Sesa, era obeso e sofria de problemas pulmonares. Ou seja, fazia parte do grupo de risco - aqueles indivíduos que têm maior possibilidade de adoecer ou morrer da doença -, que inclui ainda mulheres grávidas e portadores de diabetes ou ainda doenças cardíacas, respiratórias, hepáticas e renais.Este ano, já foram confirmados 16 casos da doença no Ceará. Deste total, 14 pacientes residem na Capital. Em 2010, foram confirmadas quatro mortes, sendo três pacientes de Fortaleza e um do município de Cascavel. No ano passado, a confirmação em laboratório foi de 114 casos e três óbitos.VacinaçãoEste público, aliás, terá prioridade no esquema de vacinação montado pela Secretaria. Começa no próximo dia 8 de março e vai até o dia 7 de maio em todos os estados, simultaneamente, a vacinação contra a gripe suína. Já está definido que o Ceará receberá 3 milhões e 164 mil doses. Essa quantidade, garantem as autoridades, é suficiente para atender os grupos de risco. No total, serão vacinadas 2.880.310 pessoas no Estado. A meta é vacinar 80% de cada grupo prioritário.Os primeiros a serem imunizados serão os trabalhadores de serviços de saúde e os povos indígenas, seguidos das gestantes, portadores de doenças crônicas, crianças entre seis meses e dois anos de idade, população de 20 a 29 anos e, por último, pessoas com mais de 60 anos.Capacitação-Profissionais e gestores da área de saúde do Estado vêm sendo capacitados sobre a nova gripe desde 2009. Com a proximidade da quadra invernosa e expectativa do aumento do número de casos da doença, no Ceará, os esforços se intensificam.Para preparar ainda mais os médicos pneumologistas, intensivistas, emergencistas e infectologistas, com apoio da Sesa, a Sociedade de Pneumologia e Tisiologia, a Sociedade Cearense de Terapia Intensiva e a Cooperativa de Médicos Intensivistas do Ceará promovem, hoje, o seminário "Síndrome Respiratória Aguda Grave na H1N1 - diagnóstico clínico e uso de ventilação mecânica".O seminário acontecerá, das 14 às 16 horas, no Magna Hotel, Praia de Iracema. O expositor e debatedor será o médico pneumologista e intensivista Marcelo Alcântara Holanda.OPINIÃO DO ESPECIALISTA-Número de casos pode aumentar.Esta segunda onda da gripe H1N1 já era esperada. A primeira atingiu os países com temperatura mais fria. Mas, no Ceará, a expectativa é de que ela viesse agora, no período da chuva. O curioso é que a gripe veio mesmo sem estar chovendo. Suspeita-se que, na realidade, o Estado tenha mais casos do que os registrados, uma vez que só estão sendo diagnosticados os mais graves, de pacientes internados com fortes sintomas. Acredita-se que um grande número de pessoas estão infectas pela H1N1, mas como a maioria não tem nenhum agravamento, acaba sendo considerada gripe comum. O esperado é que boa parte da população se infecte, seja em viagens ou em outros meios, fazendo com que o vírus circule e volte a se propagar, especialmente em locais mais propícios para a disseminação, iniciando, dessa forma, uma nova onda da doença. Estamos próximos a receber as vacinas, a previsão do Ministério da Saúde é de que elas cheguem no início do mês de março. Até lá, profissionais estão sendo devidamente treinados.JORGE LUÍS NOBRE Médico infectologista

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Capitais brasileiras registram radiação solar extrema nesta terça

O céu aberto, quase sem nuvens desta terça-feira (23) trouxe uma ameaça para a saúde: a forte radiação solar. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) todas as capitais brasileiras, incluindo Brasília, apresentaram nível extremo de radiação.Em 24 delas, o índice de raios ultravioleta – conhecido como “índice UV” – foi de 14, o número que representa perigo máximo. O excesso de exposição aos raios ultravioleta é o principal responsável por doenças como câncer de pele.“Nós temos os índices máximos, mantendo até o final deste mês e no começo de março. Depois nós teremos uma diminuição dos índices ultravioleta”, afirma a pesquisadora Simone Sievert, do Inpe. Enquanto o índice UV não baixa, o dermatologista Sérgio Shalka recomenda que as pessoas usem chapéus ou bonés e aumentem a ingestão de água. “Principalmente com as crianças que desidratam com muita facilidade”, alerta. Mas a proteção mais eficaz em um sol como o dos últimos dias é o protetor solar. Shalka diz que o ideal é usar meia colher de chá do produto no rosto, meia colher para cada braço, uma colher para o peito e abdômen, uma colher para as costas e uma colher para cada perna.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Veja sintomas do AVC, uma das maiores causas de morte no Brasil

O AVC (acidente vascular cerebral), popularmente conhecido como derrame, é uma das chamadas doenças cardiovasculares, principal causa de óbito no Brasil.Segundo o Ministério da Saúde, em 16 anos (1990 a 2006) as doenças cardiovasculares (que incluem também o infarto) apresentaram queda de 20,5%, mas os números ainda preocupam. Em 2006, foram cerca de 300 mil mortes (quase 30% do total do país).
Há dois tipos de AVC: o acidente vascular isquêmico, mais comum (80% dos casos), caracteriza-se pela obstrução de vasos na região cerebral. Já o hemorrágico (20%) apresenta ruptura de vasos e consequente sangramento. Veja os sintomas abaixo.
Entre as principais causas do derrame estão hipertensão (pressão alta), tabagismo, sedentarismo, colesterol alto, estresse, diabetes, obesidade, problemas cardíacos e má alimentação. TIPOS DE DERRAME
ISQUÊMICOO- vaso é obstruído por um coágulo que impede a passagem do sangue. É o mais comum. O coágulo pode se formar em qualquer parte do corpo e ser conduzido pela corrente sanguínea até órgãos vitais como o cérebro.
Sintomas- Perda repentina da força muscular- Redução ou perda da visão- Dificuldades para falar- Tontura- Formigamento em um dos lados do corpo- Alterações da memória
HEMORRÁGICOO -vaso sanguíneo fica dilatado e se rompe, provocando sangramento no cérebro
Sintomas-Além dos sintomas do AVC isquêmico, a vítima também costuma sentir:- Náuseas e vômito- Edema cerebral- Aumento da pressão intracraniana- Dor de cabeça repentina e muito intensa --esse sintoma pode ser consequência do aneurisma cerebral, problema congênito (a vítima nasce com ele) que torna um vaso sanguíneo mais frágil e, se não for detectado e corrigido a tempo, por meio de cirurgia, provoca seu rompimento
Como socorrer-A única providência que um leigo pode tomar é levar a vítima imediatamente a um hospital
Rapidez- Se a vítima de AVC chegar ao médico até três horas após o início dos sintomas, a chance de cura é maior, especialmente se o derrame for isquêmico. Por meio de medicamentos, é possível dissolver o coágulo que obstruiu o vaso sanguíneo e permitir que o sangue volte a circular normalmente- Se o atendimento ocorre mais de três horas após os primeiros sintomas, a possibilidade de cura sem sequelas vai depender da localização e do tamanho da área do cérebro que foi atingida .

Leptospirose tem aumento de 255% no Ceará

O último boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), divulgado este mês, apontou que, em 2009, foram confirmados 281 casos de leptospirose no Ceará, o que significa um aumento de 255,69% , comparado-se a 2008, quando foram confirmados 79 casos.No ano passado, morreram nove pessoas vítimas da doença, dos quais seis na Capital. Comparado a 2008, quando foram quatro óbitos, o crescimento é de 125 %. Este ano, a Secretaria da Saúde não notificou nenhuma caso de leptospirose.Fortaleza e a cidade de Várzea Alegre, na região do Cariri, são responsáveis pelo maior número de pessoas com a doença, 48 casos cada uma. A letalidade registrada foi de 3,3%. Quanto a situação da Capital, o chefe do setor de Animais Finantrópicos, do Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Galbo Marques de Freitas, informou que medidas vem sendo tomadas pontualmente durante o ano e atribui o aumento no número de casos ao índice pluviométrico mais prolongado em 2009. “Quanto mais água, maior número de contaminação da população”.Com relação as medidas sanitárias, Freitas disse que Prefeitura faz diariamente o trabalho de desratização nas áreas de risco da cidade, como favelas, margens de rios, canais e lagoas. “Essa ação é feita em parceria com a antiratização, que é a conscientização da população para evitar o acúmulo de lixo, entulho e material de construção tanto nas ruas, quanto dentro de suas próprias residências”, informou.Freitas disse, ainda, que nos meses de outubro, novembro e dezembro, período que antecede as chuvas, essas ações são intensificadas. “Até o momento estamos trabalhando mais com a educação em saúde, com a qual obtemos um resultado mais positivo”.Ele informou, também, que faz parte dessa ação a campanha “Quintal Limpo”, que consiste na conscientização da população. “Os ratos só precisam de água, alimento e abrigo. Devemos evitar esses fatores”.O diretor do Hospital São José, infectologista Anastácio Queiroz, alertou para os sintomas da doença, muitas vezes comum a várias viroses. “A leptospirose pode, muitas vezes, ser confundida com outras doenças”. De acordo com o infectologista, os principais sintomas são dores no corpo e na cabeça. “Um dos sinais de alerta é a dor nas panturrilhas, que impede o indivíduo de andar”, ressalta.De acordo com Queiroz, a patologia ainda pode comprometer o fígado e os rins, fazendo com que o paciente precise se submeter à hemodiálise. Ainda segundo o infectologista, a suspeita da doença é confirmada através de sorologia, feita no exame de sangue e o tratamento é à base de antibióticos, hidratação e analgésicos.Segundo dados divulgados pelo boletim da Sesa, a doença acomete, em especial, trabalhadores ligados à agricultura e pecuária (37%), além de estudantes (14,8%) e donas-de-casa (11,1%). A população masculinaé a mais atingida pela doença, com 85,8% dos casos e a incidência maior está na faixa etária de 20 a 49 anos.PREOCUPAÇÃO-9 mortes por leptospirose foram registradas no ano passado,em todo o Ceará, conforme o boletim epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado281 casos da doença foram notificados em 2009, no Estado, contra 79 registros confirmados em 2008. O aumento dos casos é um alerta para moradores de áreas de risco e favelas.
MAIS INFORMAÇÕES-Para dúvidas sobre ações preventivas acesse http://www.saude.ce.gov.br/ ou pelo telefone (85) 3101.5123

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Casos de DST´s preocupam

Limoeiro do Norte - A desinformação não provoca doenças, mas está presente onde um surto se pronuncia de forma silenciosa, sem diagnóstico e, portanto, sem tratamento. A população, em geral, sabe que os preservativos previnem de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST´s), mas em muitos casos o conhecimento sobre a doença não passa do nome que lhe deram. O resultado é que jovens do Interior, de pouca escolaridade, moradores da zona rural, carregam o perfil de principais infectados por vírus e bactérias transmitidas pelo ato sexual, segundo levantamento feito pela pesquisadora do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Ceará (Uece-Limoeiro), Lucilene Nobre, apontando a falta de informações sobre a sífilis por jovens de escolas públicas do município, que registrou, no ano passado, o nascimento de oito bebês com a doença.A sífilis é um tipo sério de infecção bacteriana que pode causar desde uma pequena lesão nas partes do corpo, parada cardíaca ou morte cerebral ou parada cardíaca. Sua transmissão se dá, principalmente, pelo contato sexual. É, portanto, uma Doença Sexualmente Transmissível (DST). "Muita gente usa camisinha achando que estão prevenindo apenas da gravidez ou do vírus HIV", afirma Lucilene Nobre, autora da pesquisa realizada com 101 jovens de duas das maiores escolas públicas estaduais de Limoeiro do Norte, sobre o grau de conhecimento da sífilis no município, onde, somente no ano passado, foram confirmados oito bebês que nasceram com a doença, transmitida via placenta pela mãe.Em 845 nascidos vivos em 2008, seis apresentaram a doença. O número é, pelo menos, seis vezes maior que o aceitável pelo Ministério da Saúde (até um caso de sífilis congênita para cada mil nascidos vivos) e quatro vezes maior que o número de confirmações em 2008. E somente entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano foram confirmados mais dois casos de sífilis congênita no município. A situação não é análoga nos outros municípios, com a mesma - ou maior - vulnerabilidade.Os dados de Limoeiro do Norte têm sido levantados desde 2008 porque é um dos 16 municípios do Estado considerados prioritários no Programa de Controle de DST-Aids. A preocupação com os índices de HIV, considerados altos, estende-se para outras doenças transmitidas no contato sexual.O controle de outras DST´s ganhou maior força somente no ano passado. Tanto que a divulgação entre os anos de 2008 e 2009 sobre os riscos da sífilis geraram um resultado, em todo o Brasil de 2.633 casos confirmados da doença em sua forma congênita (transmitida para o bebê ainda na barriga da mãe), contra apenas 192 no ano anterior. No Ceará, em 2009 foram confirmados 217 casos de sífilis congênita, contra 13 em 2008. Em Limoeiro do Norte, foram oito casos em 2009, seis casos em 2008, e só nos primeiros meses deste ano confirmaram-se dois novos casos de sífilis congênita.No levantamento feito com 101 alunos de duas escolas públicas estaduais de ensino médio de Limoeiro do Norte, a pesquisadora Lucilene Nobre, da Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos (Fafidam) percebeu que pelo menos 32% não tinham qualquer informação sobre sífilis, 67,9% nunca trataram com o médico de dúvidas sobre relações sexuais. Dos que sabiam sobre a doença, pouco mais da metade sabia sobre a principal forma de transmissão da bactéria que causa a infecção. O assunto também não foi tratado pelos agentes de saúde em 73% dos que dizem receber na residência visita desse profissional.No ano de 2008, o número total de casos confirmados de sífilis em Limoeiro do Norte (congênita e em gestantes) foi de 39 pessoas. Dessas, 89,9% eram mulheres. A pesquisa ainda demonstra que a maioria das pessoas infectadas mora na zona rural, têm entre 14 e 27 anos e não tem mais que o Ensino Fundamental.De acordo com a coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde de Limoeiro do Norte, Gláucia Moura, os casos têm se tornado evidentes porque há uma maior informação e as pessoas "estão começando a se preocupar, buscar o diagnóstico". Desde 2009, o município realiza a campanha "Saiba Mais", para tratar com palestras e atividades culturais a informação sobre sintomas, diagnóstico e tratamento das Doenças Sexualmente Transmissíveis. O maior público alvo são os jovens com vida sexual ativa.AUTO DA CAMISINHA-Peça aborda uso de preservativos.Limoeiro do Norte -A falta de diálogo em casa com os pais, seja porque nem estes estão instruídos ou mesmo pela timidez na comunicação sobre assuntos considerados tabus, notadamente sobre sexo, os jovens são informados na escola, pelos meios de comunicação, ou pelas campanhas educativas realizadas nos municípios.Durante o levantamento sobre o nível de conscientização dos jovens de Limoeiro sobre a sífilis, com incidência considerada grave, a pesquisadora Lucilene Nobre, graduanda do curso de Ciências Biológicas realizou seminários e palestras para fazer as mesmas perguntas aos jovens antes total ou parcialmente desinformados sobre os riscos da doença.No núcleo de mobilização social da Secretaria Municipal da Saúde de Limoeiro, as atividades de divulgação sobre os cuidados com as Doenças Sexualmente Transmissíveis não podem deixar de fora a preocupação com a sífilis. Estima-se que em todo o Brasil existam 937 mil casos de sífilis, enquanto 630 mil casos são de pessoas infectadas pelo HIV.Uma das peças teatrais mais encenadas nos últimos anos nas diversas regiões do país - e que no Ceará virou filme -, "O Auto da Camisinha" é apresentada até hoje. De forma divertida, fala da importância do preservativo. Os jovens da Escola Lauro Rebouças de Oliveira riram, mas reconheceram que é importante usar preservativo.Fique por dentroComo é a sífilis-Os sintomas da sífilis variam de acordo com o estágio da doença. Assim, durante o primeiro estágio aparecem pequenas vesículas avermelhadas, indolores que se chamam "cancro". As pessoas desenvolvem o cancro geralmente na região próxima aos genitais, entretanto pode aparecer em qualquer lugar do corpo. As mulheres podem não perceber que têm cancro se os mesmos estiverem no interior da vagina. Os cancros localizados no pênis geralmente são visíveis. Estas vesículas podem surgir de dez dias a três meses após o contato com uma pessoa contaminada e duram normalmente de 1 até 8 semanas. Se for infectado e ficar sem tratamento, a doença evoluirá para um segundo estágio. Este segundo estágio é chamado de sífilis secundária que começa então de 6 a 12 semanas após o contato com uma pessoa infectada e pode durar desde algumas semanas até mesmo um ano. Os sintomas deste segundo estágio são: enrubescimento discreto da pele com o aparecimento de feridas e cascas por todo o corpo (exantema) que pode incluir manchas nas palmas da mão, na sola do pé que são altamente contagiosas; gânglios linfáticos (ínguas); sintomas de resfriado comum, tais como febre, corpo dolorido, dor de cabeça, fadiga e falta de apetite; perda de cabelos em tufos; crescimento de verrugas semelhantes a couve-flor na área em volta do ânus; periodicamente o segundo estágio da sífilis é seguido por um estágio de latência. Durante o período, se não tomar a medicação os sintomas irão desaparecer.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

RELATOS DE UMA MISSÃO NO HAITI

Os sargentos do Hospital da Aeronáutica de Canoas (Haco) Andrei Strattmann, 28 anos, e Cléber Peixoto, 34 anos, escreveram ao + Canoas e enviaram imagens para contar o que estão vivendo durante a missão humanitária no Haiti. A equipe canoense embarcou na sexta-feira passada e deve permanecer em Porto Príncipe por 30 dias. Também participam da viagem a médica Liliane Gremelmaier, 36 anos, e o diretor do Haco e chefe da missão, o coronel João Carlos de Azeredo, 55 anos. A equipe atua no Hospital de Campanha do Brasil. Confira os relatos:
“Aqui está tudo bem, apesar do calor, que em média é de 45ºC durante o dia. Hoje, 15 de fevereiro, fizemos 223 atendimentos, entre clínica médica, ortopedia, ginecologia e pediatria, que é a maioria, com 97 consultas. Só nesta segunda-feira, foram confirmados 12 casos de malária. O exame é feito aqui mesmo no HCAMP (Hospital de Campanha do Brasil), na hora. Todos eles são encaminhados ao Hospital da Paz, pois não temos estrutura para mantê-los em isolamento.
Atendemos também as crianças de uma ONG, chamada Children’s Village, a maioria delas com fraturas nos membros superiores. Estamos recebendo muitos casos de diarreia, pois a água potável é escassa, inclusive para nós mesmos. O racionamento é constante.

Para ajudar nas traduções, contamos com alguns garotos haitianos, os quais chamamos de ‘bombagai’, que na língua local significa sangue bom. São garotos entre 13 e 20 anos que aprenderam o português com os primeiros militares brasileiros que vieram para as missões de paz da ONU.”
Sargento Andrei Strattmann

“Não tenho palavras para descrever o que estou sentindo. No decorrer das horas de trabalho diário, junto ao povo haitiano, posso perceber o quanto foram afetados por essa catástrofe. Outro fato interessante é a participação de vários países na ajuda humanitária. Nos últimos dois dias, pude trocar informações com japoneses, paquistaneses, jordanianos e, hoje, por exemplo, com militares do exército americano. Trabalhamos em um sistema de ajuda mútua, todos pelas inúmeras vítimas. Há muitos órfãos, muitas crianças separadas dos pais, pois os mesmos estão internados em hospitais diferentes. Agradeço a Deus por estar trabalhando para amenizar tamanha dor e sofrimento.”
Sargento Cléber Peixoto

sábado, 20 de fevereiro de 2010

DENGUE NO CEARÁ -Número de casos sobe 31,9% em uma semana

A circulação dos tipos de vírus 1, 2 e 3 e a gravidade das ocorrências redobram preocupações no EstadoEm apenas sete dias, o total de confirmações da dengue pulou de 432 para 570 no Ceará. Um aumento de 31,94%, segundo dados do boletim semanal da doença, da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Destaca-se Tauá, com 352 ocorrências positivas em 2010.Fortaleza registra 61 casos confirmados pelo boletim da Sesa. Outros 11 municípios cearenses também têm a presença do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti. A Secretaria da Saúde do Estado notificou nove casos suspeitos de febre hemorrágica. Destes, três foram confirmados e outros seis casos continuam em investigação. Três óbitos registrados estão sob investigação .A incidência por 100 mil habitantes também aumentou de 0,58 no último dia 12 para 0,90 na sexta-feira. A faixa etária dos 15 aos 34 anos de idade registra o maior percentual de casos, com 30% do total.Em Fortaleza, os bairros da Regional VI concentram 23 ocorrências positivas da doença. O Barroso lidera, com quatro casos, seguido pelo Jangurussu e Messejana, cada um com três confirmações. O mesmo número observado no Papicu.No total, segundo o boletim, 30 bairros da Capital registram a doença. Diferente do restante do Ceará, a faixa etária de zero a 14 anos é a mais atingida, com 30% das ocorrências.O coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa, Manoel Fonseca, reconhece a preocupação com a circulação dos três tipos de vírus, principalmente no Interior do Estado. Com o retorno do tipo 1, crianças e adolescentes também passaram a ser alvos de campanhas e ações por parte da Sesa. "O último surto da dengue provocado pelo Denv-1 foi em 1994 e muitos nem eram nascidos", afirma Fonseca.Por isso, destaca ele, as visitas domiciliares com distribuição de material informativo na Praia do Futuro; pedágio educativo no Montese; exposição educativa sobre dengue, calazar e doenças sexualmente transmissíveis no Jangurussu, Parque Dois Irmãos e Edson Queiroz são algumas das atividades previstas para hoje. "Nesses bairros teremos a culminância da Operação Quintal Limpo e Manejo Ambiental, lançada no dia 30 de janeiro e que envolverá 42 bairros até 24 de abril", diz.

Camex reduz a zero imposto de importação de vacinas contra gripe suína

Dois tipos de vacina de combate à influenza A (H1N1) - gripe suína, deixarão de pagar impostos para entrar no país. A Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão que reúne representantes de dez ministérios, aprovou nesta terça-feira, 9, a redução a zero da alíquota de importação dessas vacinas. Em nota, a Camex informou que a medida faz parte do esforço do governo em conter a doença antes do inverno, quando as temperaturas ficam mais baixas e a disseminação do vírus aumenta. No próximo mês, o Ministério da Saúde iniciará o programa de vacinação. Até agora, o Imposto de Importação sobre a vacina era de 2%. De acordo com o comunicado, a redução a zero da tarifa trará economia para os cofres públicos. “Apesar da redução de apenas dois pontos percentuais, a medida gerará uma economia considerável na importação do produto”, diz o texto. Segundo os técnicos do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o governo deixará de arrecadar US$ 9 milhões com a desoneração. Em dezembro, a Camex havia reduzido de 8% para zero o Imposto de Importação do remédio usado no combate à gripe suína, assim como do princípio ativo do medicamento

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Maior desafio dos médicos é se manter atualizado

Estudo em cinco países da América Latina revela que baixa oferta de treinamentos impacta nos resultados do tratamento do paciente.Os avanços cada vez mais velozes na medicina obrigam os profissionais da saúde a buscar atualização constante. Pelo menos deveria ser assim, mas na prática as coisas são diferentes. Pesquisa da empresa médica Johnson & Johnson em parceria com o Instituto das Américas (organização que trabalha pela integração e desenvolvimento na América Latina) revela que se manter atualizado é um dos principais desafios para médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros profissionais da área.O levantamento envolveu 393 profissionais do Brasil, México, Ar­­gentina, Colômbia e Porto Rico e revela que 98% dos entrevistados consideram o treinamento importante ou muito importante para a utilização de novas técnicas. En­­tretanto, para 41% a oferta de treinamentos deixa a desejar em comparação com Estados Unidos ou Eu­­ro­­pa. Cerca de 72% dos desafios mencionados estão relacionados a treinamento e informações sobre técnicas médicas, entre eles a segurança no diagnóstico, a falta de técnicos capacitados e preparados, a dificuldade de entender a utilização racional do equipamento ou dis­­positivo e a dificuldade de conciliar o conhecimento técnico com o teórico.
O custo alto dos equipamentos, que se imaginava ser o principal desafio dos profissionais na América Latina, onde os recursos costumam ser escassos, principalmente na rede pública, apareceu em segundo lugar (19%). No Brasil, os resultados foram semelhantes. Cerca de 62% revelaram que o maior desafio é manter-se atualizado. Apenas 10% citaram os altos custos dos equipamentos.
Apesar dos problemas levantados, 93% dos profissionais consultados na pesquisa declararam participar com frequência de cursos de aperfeiçoamento e treinamento. A maioria, entretanto, limita-se a oportunidades no país. Apenas 49% conseguem participar de cursos e congressos no exterior. A pesquisa também constatou que o nível de interesse dos profissionais de saúde da América Latina por oportunidades internacionais de aprendizado é maior do que a participação efetiva. Nove entre dez entrevistados afirmaram ter interesse em trocar experiências com profissionais de outros países. Mas só 49% disseram participar de congressos e cursos no exterior.
“Apesar de os números serem bons, ainda estamos distantes do ideal. Os principais congressos e cursos de treinamento ocorrem em outros países e, principalmente para os brasileiros, é mais difícil participar devido aos custos e distância. O idioma também atrapalha. Para profissionais do México e Porto Rico, por exemplo, é mais comum participar de eventos internacionais”, explica o médico Almino Cardoso Ramos, representante do Instituto das Américas e doutor em cirurgia digestiva.
Para Ramos, o ideal é que os médicos passem por algum curso de reciclagem a cada quatro anos, no máximo. A atualização também é necessária para operar novos equipamentos ou aplicar novas tecnologias. “É preciso criar centros de aperfeiçoamento aqui no Brasil para que o médico não tenha necessidade de viajar a outro país. Temos condições de treinar nossos profissionais aqui mesmo.”Centro reúne todas as tecnologias num só lugar
Inaugurado no início deste mês, o Johnson & Johnson Medical Innovation Institute (Instituto de Inovação Médica da Johnson & Johnson) é o primeiro centro de treinamento da América Latina a reunir todas as tecnologias da área médica e cirúrgica em um só lugar. O Brasil foi escolhido para ser sede do instituto porque conta com a maior população do continente e o maior número de profissionais de saúde.
Segundo o diretor do centro, George Marques da Silva Filho, o Brasil é referência na realização de congressos médicos e respeitado pelos países vizinhos. “Acredita­mos, inclusive, que, com a abertura do instituto, pode haver uma migração de treinamento para dentro do país, poderemos desenvolver essa área”, explica. O centro não tem fins lucrativos e, a princípio, oferecerá os programas de atua­­lização gratuitamente a qualquer profissional de saúde, da área pública e privada. Com capacidade para 7 mil alunos por ano, já está com 4 mil vagas fechadas.
O Innovation Institute tem salas de cirurgia com simuladores de realidade virtual para videolaparoscopia e procedimentos cardiovasculares, o que permite aos coordenadores dos programas ensinar diferentes tipos de procedimentos. Os aparelhos funcionam da mesma forma que os simuladores de voo.
O local também oferece sala de cirurgia com integração de todos os equipamentos e permite que o cirurgião controle qualquer um por meio de tecnologia touch-screen (tela sensível ao toque) e comando de voz. Ainda é possível realizar a telemedicina, com médicos de qualquer parte do mundo, e há salas de aula interligadas e laboratórios para o treinamento de procedimentos abertos ou minimamente invasivos.
Como explica o cardiologista intervencionista Andrés Sanchez, existem apenas seis simuladores endovasculares na América La­­tina. “O uso desses simuladores é muito importante porque diminuem a curva de aprendizado do aluno. Também é uma técnica mais segura e que ainda diminui o uso de animais no treinamento das cirurgias”, diz.

Perfil
Quatro entre dez entrevistados na pesquisa são do Brasil e dois terços atuam na área de saúde há mais de 11 anos.
- Entre os profissionais entrevistados estão cirurgiões, patologistas, farmacêuticos e bioquímicos, cardiologistas, biomédicos, microbiólogos, bacteriologistas, enfermeiros, técnicos e hematologistas.
- Os países mais representados na amostra de 393 profissionais foram o Brasil, com 41% das entrevistas, e o México, com 25%.
- Cerca de 64% dos entrevistados têm entre 35 e 54 anos. Aproximadamente 74% estão na metade da carreira e atuam na área há mais de 11 anos.
- Cerca de um terço dos entrevistados declarou participar de cursos nacionais duas vezes por ano, enquanto 45,9% frequentam congressos internacionais uma vez por ano.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Risco de nova epidemia com a volta do Denv-1

Após quatro anos sem registro do sorotipo Denv-1 de dengue no Ceará, em 2010, este tipo volta a circular pelo Estado, podendo provocar uma nova epidemia. O último surto da doença causada pelo tipo 1 ocorreu em 1994. O Denv-1 apareceu no Estado entre 2001 e 2003 e em 2005, mas de maneira isolada, sem provocar epidemia.Os dados divulgados pelo boletim semanal da dengue, da Secretaria da Saúde do Estado, mostram que Tauá registrou 319 casos, nos meses de janeiro e fevereiro, o que pode ser motivo de alerta para o Governo do Estado do Ceará.A situação de Fortaleza ainda não é preocupante. Na Capital, foram registrados 57 casos de dengue este ano. Ao todo, foram notificados 839 casos suspeitos de dengue em 57 municípios cearenses. Desses, há 432 confirmados em 13 municípios.De acordo com o infectologista Ronald Pedrosa, é provável que o surto ocorra, em 2010, com a volta do tipo 1 do vírus, justamente porque o Ceará passou quatro anos sem registros deste tipo. Como a infecção por um dos tipos dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três, as faixas que ainda não foram atingidas serão. "Muitos não estão imunizados do Denv-1, sobretudo as crianças", explicou. Apesar de que o Denv-1 não é agressivo.O que se pode fazer para evitar a epidemia é a prevenção, segundo o infectologista. Ronald Pedrosa acredita que o Estado está preparado para enfrentar um novo surto da doença, até porque já tem experiência de outras epidemias. "Como o trabalho de prevenção e combate à dengue, nos últimos anos, foi bem feito, provavelmente o Ceará não vai ter complicações mais sérias", disse.Os sorotipos são trazidos para o Estado por meio de pessoas que se deslocam, levando o vírus, como explica Ronald Pedrosa. O Ceará já registrou quatro picos endêmicos, nos anos de 1987, 1994, 2001 e 2008, sendo que em 2001 e em 2008 a epidemia aconteceu pelo tipo 2.De acordo com o infectologista, a estimativa é de que, no Ceará, o surto não seja tão grave porque a última epidemia que aconteceu com o tipo 1 do vírus registrou um número muito elevado de casos. Já outros estados, como o Piauí, que não tiveram tantos casos, enfrentarão mais problemas.O médico alerta para os cuidados de prevenção, como tampar as caixas d´água e não deixar tanques, tinas, potes de barro e tambores cheios.AÇÕES-Estado e Município se preparam para epidemia.Para evitar a epidemia, medidas estão sendo tomadas pelo Governo do Estado do Ceará e Prefeitura de Fortaleza. Porém, basta um controle razoável focado na prevenção para impossibilitar o surto, mesmo havendo um número elevado de casos, de acordo com o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), Manoel Fonseca.O coordenador garante que a Secretaria tem investido em prevenção. "Realizamos a Operação Carnaval 2010 sem dengue, que previu a pulverização com inseticida em 25 municípios cearenses, antes do período momino, além da orientação de equipes para o trabalho de combate aos focos", informou.Depois do Carnaval, o fumacê retorna aos 23 municípios. Fonseca ressaltou que a Sesa está apoiando os municípios que saíram do controle, como Tauá, nos Inhamuns.Em Fortaleza, onde o risco é maior por conta do contingente populacional, a Prefeitura tem investido no tratamento focal, apesar de o gerente da Célula de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Antônio Lima, lembrar que a epidemia pode não acontecer. "Ainda não tem material biológico que confirme", disse.De acordo com Lima, as ações tradicionais para evitar um surto vão continuar sendo realizadas. "Ações de caráter mais abrangente serão realizadas também, como o tratamento inseticida", informou.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

França testou radiação nuclear em soldados

Segundo o jornal "Le Parisien", com base em relatório secreto, experimentos ocorreram no Saara argelino nos anos 60

DE GENEBRA

Um relatório secreto e anônimo escrito por militares franceses e obtido pelo jornal "Le Parisien" indica que a França usou seus soldados como cobaias em testes nucleares na primeira metade dos anos 60.

Segundo o relatório "A gênese da organização e experimentação no Saara", pelo menos um dos testes conduzidos no deserto, em 1961, visava "estudar os efeitos fisiológicos e psicológicos das armas nucleares sobre o homem", afirma o "Parisien" na edição de ontem.

"Nosso pelotão foi incumbido de simular a guerra atômica. Achávamos até que tínhamos sorte, comparando com quem estava na guerra de verdade", diz um dos soldados citados.

Em outro trecho, é descrito um experimento no qual um grupo de soldados foi colocado a 700 metros do local de uma explosão para verificar os efeitos da radioatividade. Após assistir à detonação, de dentro de tanques em uma distância de 1,5 km, o grupo caminhou a pé, sem máscaras, em direção ao local. Recolocado em blindados, eles chegaram a até 275 metros do ponto zero, apenas uma hora após o teste.

Segundo o "Parisien", o relatório foi escrito em 1998 -ano em que o então presidente Jacques Chirac pôs fim aos testes nucleares (foram 210 de 1960 a 1996; o Saara foi trocado pela Polinésia francesa em 1966).

No passado, soldados franceses reclamaram de terem sido tratados como cobaias, sem a proteção adequada, em testes de radiação. Em dezembro, o Parlamento aprovou a compensação de alguns veteranos.

Mas o documento que veio à tona ontem, se autêntico, seria o único conhecido sobre tais experiências, afirmou ao jornal Patrice Bouveret, presidente do Observatório das Armas, um centro de estudos sobre conflitos e paz. Além disso, disse ele à BBC, mostra que as autoridades francesas estavam cientes dos riscos para seus soldados.

O atual ministro francês da Defesa, Hervé Morin, afirmou que nunca soube do relatório. E disse que o nível de radiação a que os soldados foram expostos era "muito baixo", citando teores constatados em argelinos que viviam nas cercanias.

(LUCIANA COELHO)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Cientistas descobrem arma secreta de células cancerígenas contra quimio

Uma equipe de cientistas britânicos identificou a "arma secreta" que utilizam as células cancerígenas para combater e sobreviver aos tratamentos com quimioterapia.
A descoberta feita por especialistas da Cancer Research UK, uma ONG dedicada à pesquisa de câncer, relaciona-se com a estrutura de uma proteína que se encontra no coração do sistema de defesa dos tumores cancerígenos.
Identificada como FANCL, essa proteína ajuda as células malignas a reparar o dano que sofre seu DNA a consequência do tratamento do doente com quimioterapia.
"Investigamos a estrutura do motor do sistema de funcionamento da célula", disse a principal responsável do estudo, Helen Walden. Segundo ela, "se conseguimos detê-lo, conseguiríamos células muito mais receptivas à quimioterapia".
"Conseguimos a primeira fotografia atômica completa de uma proteína envolvida no caminho da reparação de uma célula, justo ao próprio coração da rota pela qual as células cancerígenas se defendem de tratamentos que têm como objetivo destruí-las", assinalou a especialista.
Walden acrescentou que, com a descoberta, "é possível melhorar os tratamentos tradicionais". Ela ressaltou que a descoberta pode se transformar em uma linha de pesquisa para a criação de um medicamento específico.
A conclusão principal deste estudo, que se publica na revista "Nature Structural and Molecular Biology" é que um preciso tratamento contra a FANCL pode ajudar a combater o câncer.
A doutora Lesley Walker, do Cancer Research UK, ressaltou que se trata "de uma pesquisa muito importante", porque "atinge o cerne da tática após a proteção das células do câncer frente ao tratamento de quimioterapia".
"Esta descoberta nos dá um objetivo promissor para potenciais medicamentos que ajudem a debilitar a resistência das células cancerígenas enquanto se administra a quimioterapia, para fazer com que este tratamento seja o mais eficaz possível", manifestou.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Sesa prepara municípios para vacinação contra gripe A

Secretários de saúde e coordenadores de imunização dos 184 municipios cearenses estarão reunidos na próxima sexta-feira. O “Simpósio cearense sobre a vacina contra o vírus H1N1” será realizado com o objetivo de informar e preparar os municípios contra a gripe A. A vacinação está prevista para começar no mês de março em todo o País. O Ceará receberá do Ministério da Saúde 3 milhões e 160 mil doses da vacina. Em ordem de prioridade, segundo definição do Ministério da Saúde, serão vacinados trabalhadores dos serviços de saúde públicos e privados, gestantes, população indígena, crianças saudáveis maiores de 6 meses até dois anos de vida incompletos e adultos saudáveis dos 20 a 29 anos completos. No Ceará este ano, de acordo com o último boletim divulgado pela Sesa, há 10 casos confirmados da gripe A no Estado e 1 óbito. No ano passado, foram confirmados 112 casos e três óbitos.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Jornalistas contraem malária

Em meio à destruição e ao sofrimento, o povo haitiano – e todos aqueles que se envolveram com o terremoto, seja na cobertura jornalística ou na ajuda internacional – enfrenta outro problema: a malária. Três jornalistas de sucursais brasilienses de grandes veículos de imprensa, por exemplo, retornaram do Haiti ao Brasil após serem infectados pela doença. Além disso, está sendo investigada a suspeita de malária em outro repórter que fazia cobertura no local.
Na tarde de ontem, os jornalistas foram procurados pelo Jornal de Brasília e confessaram estar em fase de recuperação. Um deles, que preferiu não ser identificado, afirmou ter recebido todo o apoio do Exército Brasileiro enquanto estava no Haiti.
O Centro de Comunicação Social do Exército informou que os casos de malária apresentados por militares são pequenos, mesmo considerando a área endêmica e o efetivo de brasileiros na missão, desde 2004, de acordo com referenciais adotados pelos organismos de saúde em relação à doença. Além disso, o centro garantiu que medidas estão sendo adotadas para prevenir e proteger militares e jornalistas brasileiros da malária. De acordo com o coronel Albino, uma das ações é o tratamento da água no quartel, feito pela Companhia de Engenharia do Exército.
Os militares e jornalistas foram recomendados a adotar medidas profiláticas, como o uso de redes contra mosquitos durante a noite, quando ocorre a maioria das infecções, bem como de cremes repelentes e espajidor de inseticida. Em nota, o Exército informou que a avaliação médico-sanitária dos militares da Minustah será realizada com base no histórico médico, no exame físico e nos exames complementares, entre os quais estão os laboratoriais e a avaliação odontológica e psicológica.
A imunização da tropa será realizada após analisar o cartão de vacinação e os exames sorológicos. As vacinas obrigatórias são as de Febre Amarela, Tifo (typhin), Difteria e Tétano, Hepatite "A" e "B", assim como a Tríplice viral (para evitar Sarampo, Rubéola e Caxumba) e a Sabin, contra a Poliomielite, mais conhecida como paralisia infantil. O Exército enfatizou ainda estar à disposição para oferecer serviços médicos aos repórteres brasileiros que precisarem de ajuda no Haiti.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Estudo associa enxaquecas a maior risco de infarto e derrame

11 de fevereiro de 2010 (Bibliomed). Pessoas que sofrem enxaquecas podem ter um maior risco de infarto e derrame do que aquelas que não apresentam essas dores de cabeça, segundo estudo publicado esta semana na revista médica Neurology. Em estudo com mais de 11 mil americanos, os pesquisadores observaram que aqueles que apresentavam enxaqueca eram mais propensos a já terem sofrido um ataque cardíaco, um AVC ou sintomas de doença arterial periférica.
De acordo com os autores, esses riscos não estão restritos a pessoas que apresentam a enxaqueca acompanhada de sintomas neurológicos - que inclui distúrbios visuais e dormência -, afetando também aqueles com enxaqueca sem "aura", que representam cerca de 80% das pessoas com a condição.
Porém os especialistas destacam que isso não deve ser motivo de preocupação, pois, apesar de o risco relativo de problemas cardiovascular ser maior para essas pessoas, seu risco absoluto permanece pequeno – ou seja, apesar de as pessoas com as dores de cabeça terem mais chances de sofrerem infarto e derrame do que as pessoas sem enxaqueca, os riscos não são grandes. No estudo, por exemplo, de 6 mil voluntários com enxaqueca, 4% reportaram ataques cardíacos, contra apenas 2% do grupo controle. Para os casos de derrame, essas taxas foram de 2% e 1,2%, respectivamente.
Em editorial publicado na revista Neurology, o pesquisador Hans-Christoph Diener, do Hospital Universitário de Essen, na Alemanha, ressalta que os resultados apontam para a necessidade de se encorajar as pessoas que sofrem de enxaqueca a serem mais cuidadosas em relação aos fatores de risco para problemas cardiovasculares, incluindo obesidade e pressão e colesterol altos. Esse fato ficou claro com a pesquisa, que mostra que esses pacientes tendem a ter maiores taxas de pressão alta, colesterol ruim e diabetes, apesar de essas taxas não explicarem totalmente a relação entre enxaqueca e doença cardiovascular.
Fonte: Neurology. 10 de fevereiro de 2010.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Sucos de caixinha podem não ser tão saudáveis quanto parecem

Sucos de caixinha são bons? Médio. Certamente são piores que os naturais. Segundo uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) com 12 bebidas à base de fruta, vendidas em caixinhas tetrapak ou garrafinhas de plástico em supermercados de São Paulo, elas contêm alto índice de açúcar, corantes e aromatizantes. O instituto avaliou a qualidade nutricional das bebidas, baseando-se na presença ou não dessas substâncias e as informações contidas nas embalagens, conforme manda a legislação. Na análise do Idec, o poder da publicidade e do marketing é tão grande que uma simples embalagem pode nos levar a crer que determinada bebida é tão saudável quanto a fruta in natura que originou o produto. Mas apenas o consumo de frutas pode proporcionar o aproveitamento total dos nutrientes, conforme explica Vera Barral, sanitarista e coordenadora da pesquisa. "Os processos de fabricação dos sucos eliminam nutrientes. As fibras, por exemplo, raramente são encontradas neles", explica ela. As bebidas industrializadas tendem a conter altos teores de açúcar. É o caso dos néctares, que, segundo a legislação, devem respeitar um limite de adição de sacarose. Apesar de práticos, porque são vendidos em embalagens de um litro, os néctares são diluições açucaradas de sucos concentrados. "Chegam a ter cerca de 20 gramas de açúcar por porção de 200 ml, o equivalente a duas colheres de sopa cheias", alerta Vera. Outro detalhe importante é que um dos corantes contidos nas bebidas. A tartrazina, pode causar reações alérgicas, como asma brônquica, em pessoas alérgicas ao ácido acetil salicílico. Por decisão da Justiça Federal de São Paulo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve editar em até 30 dias uma norma obrigando que seja mencionado, com destaque na embalagem do produto, os efeitos adversos deste corante. Adição de Açúcar: O único suco adoçado, o suco tropical de manga Jandaia, traz essa informação apenas na face da caixa escrita em inglês, contrariando o Decreto nº 6.871/09, que determina que a palavra "adoçado" seja acrescentada no rótulo principal do produto, junto ao seu nome. O mesmo deve ocorrer quando o adoçante usado for artificial. Além disso, segundo esse mesmo Decreto, a quantidade de sacarose adicionada à bebida deve ser expressa à parte (separado da frutose). Por exemplo, o suco Jandaia de manga informa apenas que uma porção de 200 ml do suco contém 23 g de açúcar (ou seja, são 115 g por litro). No entanto, é impossível saber quanto dessa quantidade é proveniente da própria fruta e quanto foi adicionado. Para o Idec, a presença dessa informação em local visível ajuda o consumidor na hora da escolha. Segundo a consultora técnica, vale conferir se os açúcares adicionados estão discriminados na tabela de nutrientes, para avaliar qualidade nutricional do produto. O Idec não o reprovou nesse quesito porque a bebida foi produzidas antes de 2 de dezembro de 2009, antes da aprovação do decreto e não precisava seguir tal determinação. Mas vale a dica para o consumidor ficar atento às bebidas fabricadas depois dessa data. O excesso de açúcar causa prisão de ventre, dificulta a digestão e favorece a obesidade. Deve ser consumido com parcimônia.
Aromatizantes Corantes e Conservantes: Em relação aos aromatizantes – aditivos que realçam ou conferem aroma aos alimentos –, três bebidas foram reprovadas por não informar a presença desses aditivos no rótulo, o que contraria o Informe Técnico 26/2007 da Anvisa. O suco tropical de manga Su Fresh fit, néctar de uva Disfrut e, novamente, o suco Jandaia de manga. As duas primeiras têm aromas naturais em sua fórmula e a terceira, aroma idêntico ao natural (isto é, sua molécula é quimicamente idêntica à do aroma natural, mas obtida por síntese). Apenas dois dos produtos avaliados continham corantes: bebida mista de frutas verdes Skinka, que continha tartrazina; e bebida de frutas sabor uva Del Valle Frut, com maranto, tartrazina e azul brilhante. O rótulo de ambos trazia essa informação, conforme prevê o Decreto-Lei nº 986/69. O conservante benzoato de sódio está presente em quatro das bebidas analisadas: suco tropical de maracujá Carrefour, suco de abacaxi Maravilha, suco tropical de manga Jandaia e bebida de frutas verdes Skinka. Os corantes tartrazina (INS102) e amaranto (INS123) e o conservante benzoato de sódio (INS211) são apontados como causadores de reações alérgicas e estão ligados ao aumento de distúrbios de atenção e hiperatividade infantil.
Novo Decreto: Suco, néctar e refresco Os produtos, classificados como suco, néctar e refresco, têm características distintas e devem seguir padronização, conforme determina o Decreto nº 6.871, de junho de 2009, válido, para as bebidas que foram produzidas a partir de 02 de dezembro de 2009. Uma das principais diferenças entre as bebidas à base de frutas é o teor mínimo de polpa de fruta (isto é, da fruta em si) que cada uma precisa ter. O suco é o que tem a maior concentração. Em seguida vem o néctar e, por último, o refresco (também chamado de bebida de fruta). Mas esses percentuais mínimos variam caso a caso, já que cada fruta tem uma particularidade. Por exemplo, quando você faz um suco caseiro, provavelmente adiciona mais água a um de goiaba do que ao de laranja. O teor mínimo de cada fruta é previsto por Instrução Normativa do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Um problema detectado pelo Idec na legislação é a não obrigatoriedade de se informar o teor de polpa de fruta nas embalagens.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Agora, a segunda onda de feridos-HAITI

Praticamente um mês depois do terremoto que devastou grande parte do Haiti, as equipes médicas mobilizadas em Porto Príncipe, a capital do país, estão lidando com uma nova onda de pacientes, que sofrem com ferimentos menos aparentes, mas também ligados à catástrofe de 12 de janeiro. Anne Setoute, 53 anos, por exemplo, não dorme há três dias devido a uma dor nas costas que a impede de respirar. Algo caiu em suas costas no dia do tremor. A casa onde morava desabou no terremoto, e ela hoje mora na rua.
Ao lado dela, Jean-Baptiste André, 55 anos, também está no hospital pela primeira vez. Ele não foi ferido no terremoto, mas sente os dois pés “quentes” e revela ter uma dor no estômago. “A primeira onda de feridos veio com traumatismos, fraturas e queimaduras. Desde a semana passada, voltamos a uma medicina mais clássica”, comenta Christian Riello, tenente-médico responsável pela unidade da segurança civil no hospital de Diquini, em Carrefour, na periferia oeste de Porto Príncipe. Hoje, além dos partos, as equipes médicas também tratam muitos bebês “que vivem em condições precárias de higiene”.
A notícia da presença de uma equipe médica internacional em um bairro se alastra muito rapidamente pelas ruas, e longas filas não demoram para se formar. Os feridos atendidos nos primeiros dias depois da tragédia aparecem agora para trocar os curativos e verificar a evolução dos problemas. Muitos se instalam nos jardins dos hospitais, sob as tendas dos chamados “serviços pós-operatórios”. Há ainda alguns feridos graves, que demoraram para vir ao hospital por não terem conseguido chegar antes à capital por seus próprios meios — mas eles são cada vez mais raros.
“O problema mais sério que temos agora são as infecções, principalmente as ligadas à falta de higiene ou a ferimentos que não cicatrizaram”, explica Danielle Laporte Chastes, 23 anos, enfermeira na República Dominicana que se tornou a coordenadora adjunta de um hospital móvel instalado em uma zona industrial de Porto Príncipe.
Outros problemas são as dores de barriga — como as de Jean-Baptiste André — ou nas costas, decorrentes de uma somatização da ansiedade provocada pela catástrofe e pelos múltiplos tremores secundários que se seguiram. “A primeira equipe de psicólogos cuidou principalmente dos socorristas”, admite Damien Deluz, psicólogo da segurança civil. “Nesse tipo de tragédia, a fase de choque inicial é seguida por uma etapa de estresse pós-traumático, quando a pressão começa a cair”, explica Deluz.
Em Diquini, pacientes com braços e pernas enfaixadas se amontoam em um caminhão. “Fiquei sabendo há uma hora que um cirurgião especialista em enxertos de pele estaria no hospital de Canapé Vert hoje à noite e amanhã, então, estou enviando o maior número possível de pessoas para lá. Essa é a chance da vida delas”, diz Riello.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Infarto sem sintomas nos pacientes

Rio - Metade das pessoas que sofrem infarto não sentem sintomas que possam servir como alerta, segundo o Instituto Nacional do Coração (INC). Pessoas com histórico familiar da doença são mais propensas ao problema e devem ir ao cardiologista pelo menos uma vez por ano a partir dos 35 anos. “A primeira coisa a ser levada em consideração é a avaliação do histórico familiar do paciente, com investigação de casos de morte súbita em pessoas jovens ou em crianças e doenças cardiovasculares, como hipertensão, doença das artérias coronárias e do músculo cardíaco”, alerta o cardiologista especialista em morte súbita, Fernando Cruz, do INC.
Hipertensos e diabéticos correm maior risco de sofrerem infarto silencioso porque as duas doenças podem levar anos sem sintomas. O mecânico de manutenção Pedro Viana, 52 anos, que tem pressão alta, é um caso. “Eu estava no trabalho e senti um desconforto, uma azia. Não imaginei que estivesse enfartando. Só soube porque o médico do meu trabalho me examinou. Antes disso, cheguei a ter dores de cabeça, mas nem pensei no coração”.
De acordo com o médico, além dos casos assintomáticos, há aqueles em que o paciente não faz a relação entre a dor e a possibilidade de um problema cardíaco. “A dor do infarto depende da região do coração afetada. Tem paciente que sente náuseas e enjoos e acha que comeu algo ruim, quando na verdade sofreu infarto na parede inferior do coração”, explica Cruz. “Outros têm dor de cabeça por vários dias, dor nas costas e até mesmo diarreia”, revela.
Alguns tipos de dor devem acender o sinal vermelho. “Pessoas que sentem dor no peito desencadeada por esforço físico, emoção,frio e alimentação devem buscar atendimento médico. Pode ser angina pré-infarto. Mesmo se a dor for leve, o paciente não deve esperar. O ideal é que busque consulta”, alerta Ivan Cordovil, chefe do serviço de hipertensão do INC.
Pais devem ficar atentos às crianças
As crianças também devem ser muito bem observadas, principalmente se já apresentarem histórico familiar de doenças cardíacas. “A criança muitas vezes não se queixa dos sintomas. Pais e professores devem ficar atentos àquela criança que, no meio de uma corrida, para e fica quieta enquanto os outros brincam. Ela pode estar com um sintoma cardíaco”, alerta Fernando Cruz. Segundo ele, as crianças devem ser avaliadas por um pediatra ao menos duas vezes por ano. Aquelas que praticam esporte precisam passar por avaliação médica frequente.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Todos os truques para abaixar o colesterol

Pequenas mudanças nos hábitos alimentares revertem o aumento das taxas .Ele é como uma faca de dois gumes: é essencial na produção hormonal, mas, em excesso, se transforma em risco à saúde. Certamente você já deve ter sido alertado sobre os perigos de não controlar as taxas de colesterol, esse, muitas vezes, incompreendido.O cardiologista e nutrólogo do Hospital do Coração, Daniel Magnoni, explica que, quando os níveis estão acima do indicado, as frações da gordura ficam mais disponíveis na circulação. Entre estas frações, encontra-se o LDL, considerado como colesterol ruim. Ele se deposita na parede interna das artérias e inicia o processo de acúmulo de gorduras, levando ao entupimento das veias.Os excessos podem ser gerados por duas razões: fatores genéticos ou hábitos alimentares errados. O que acontece é que cerca de 70% do colesterol produzido vem do fígado.Ambos os casos podem ser revertidos com alguns acertos no menu diário. O especialista explica que, quando as calorias da dieta são ultrapassadas, o organismo passa a armazená-las para um eventual período de falta. Esse armazenamento é feito em forma de colesterol. Se você detectou que suas taxas de colesterol estão acima do recomendado, ou ainda, se quer evitar o aumento perigoso à saúde do coração, alguns truques precisam ser colocados em ação. Troque as versões integrais pelas desnatadas A recomendação está relacionada aos alimentos de origem animal, devido à grande quantidade de gordura saturada que apresentam. Na lista dos campeões neste tipo de gordura estão queijos amarelos, leite integral, carnes gordas e pele de aves como frango. De acordo com a responsável pela equipe nutricional do MinhaVida, Roberta Stella, a melhor opção para controlar os níveis da gordura é trocar os queijos amarelos pelos brancos, o leite e seus derivados pelas versões desnatadas, e as carnes gordas pelas magras. Hoje em dia, já é possível encontrar nas prateleiras iogurtes com 0% de gordura , lembra.O que isso tem a ver com as taxas de colesterol? Tais alimentos estão relacionados com o aumento das taxas de colesterol ruim, o LDL. E assim como a gordura saturada, o colesterol também está presente nos alimentos de origem animal. Seria como matar dois coelhos numa cajadada só. Além dos alimentos listados acima, é importante evitar o consumo de manteiga, gema de ovo e banha de porco , ressalta Roberta. Atente também às preparações que contam com tais ingredientes, como bolos e tortas. Maneire nas carnesO alerta é redobrado aos bifes de carne vermelha porque eles são os que apresentam uma quantidade maior de colesterol, especialmente cortes que levam mais gordura. Porém, isso não significa que elas devem ser totalmente excluídas do menu.Controlando a ingestão dos outros alimentos fontes de colesterol, é possível ingerir carne vermelha até três vezes por semana , tranqüiliza a especialista. O fato de as carnes vermelhas oferecerem mais colesterol, no entanto, não faz com que os outros tipos de carnes possam ser consumidos à vontade. De acordo com Roberta, as carnes brancas e magras também possuem colesterol e, por isso, devem ser dosadas. Os alimentos que contêm colesterol devem ser monitorados de uma forma geral. Leve em conta que o total da gordura obtido em um dia deve ser menor que 300 mg , completa.Retirar a gordura visível das carnes é mais um conselho da nutricionista do MinhaVida para ficar de olho no colesterol colocado no prato. Isso faz com que a quantidade de colesterol se reduza. Cem gramas de contra-filé grelhado com gordura contêm 144 mg de colesterol. Sem a gordura, a quantidade diminui para 102 mg , exemplifica. Quando optar por carnes brancas como frango, retire a pele. Cem gramas de peito de frango com pele contêm 80 mg de colesterol. Sem a pele, o valor passa a ser 59 mg , compara a nutri.Controle a ingestão de biscoitos recheadosVocê deve ficar de olho não só nas bolachas doces, mas em todos os produtos que levam gordura trans em sua composição. A indústria alimentícia utiliza a gordura hidrogenada na preparação de alguns produtos. A gordura hidrogenada, por sua vez, apresenta gordura trans , diz a nutricionista. O perigo do ingrediente é o mesmo que o da gordura saturada. Ou seja, ela influencia no aumento das taxas de LDL.Na hora das compras, verifique a porcentagem de valor diário (%VD) no rótulo dos alimentos. Valores de %VD acima de 20 são considerados altos. Opte por aqueles que apresentam números inferiores de gorduras saturadas, trans e colesterol , dá a dica a especialista. Lance mão dos óleos vegetais Na luta para abaixar os níveis de colesterol, em vez de apenas restringir o consumo dos vilões, você pode recorrer à ajuda de alguns mocinhos. O óleo de canola e o azeite de oliva são bons exemplos de alimentos que você deve incluir na dieta. Segundo Roberta, as gorduras monoinsaturadas presentes nos dois tipos de óleos vegetais ajudam a reduzir as taxas de LDL, colesterol maléfico. Já os óleos vegetais ricos em gorduras poliinsaturadas, como o de soja, girassol e milho, aumentam os níveis de HDL, considerado como bom colesterol. A dica da especialista, portanto, é, além de ficar de olho na quantidade de gorduras saturadas e trans, dar preferência aos alimentos com maior quantidade de gorduras mono e poliinsaturadas. Outras opções de alimentos ricos nas gorduras que somam pontos positivos na luta contra as taxas de colesterol são os peixes. Corte as frituras da sua rotina alimentar Roberta explica que, apesar do que se pensa, os alimentos fritos não influenciam diretamente no aumento de colesterol, a não ser que tenham sido produzidos com gordura de origem animal, como banha de porco. Porém, quando superaquecidos, os óleos sofrem mudanças nas estruturas das moléculas. Assim, o efeito que eles possuem de aumentar o HDL fica neutralizado , esclarece a especialista do Minha Vida. Mesmo quando preparadas em óleos vegetais, as frituras não são aconselháveis para quem quer controlar os níveis de colesterol sanguíneo. Além deste fator apontado por Roberta, ela lembra que o superaquecimento e reaproveitamento dos óleos formam substâncias que modificam o cheiro e a textura deles. A acroleína, por exemplo, é uma substância que irrita a mucosa intestinal , cita ela. Prefira sempre os assados e cozidos, mas não esqueça de dar atenção também ao tipo de alimento ingerido , completa.Pratique exercícios físicos Os exercícios também entram em ação na luta contra o colesterol elevado. O especialista do HCor esclarece que, ao suar a camisa, você utiliza suas reservas energéticas, ajudando na diminuição de gordura corporal e, conseqüentemente, na baixa do colesterol sanguíneo.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Hospitais do Ceará ganharão 85 respiradores-GRIPE SUÍNA

Campanhas, treinamentos e capacitações, o Ceará está se preparando para evitar um possível surto da gripe A, e a preocupação aumenta por conta do período chuvoso. Além de três milhões e 160 mil doses de vacinas que serão destinadas para todo o Estado, o Ministério da Saúde irá enviar 85 novos respiradores artificiais para as Unidades de Terapia Intensiva (UTI), dos 34 hospitais de referência do Estado.A outra novidade é que a faixa etária dos jovens que deverão receber a imunização foi ampliada. Em vez de 20 a 29 anos, será de 20 a 39. As informações foram anunciada, na manhã de ontem, no Simpósio Cearense sobre a Vacina contra o Vírus H1N1, realizado em Fortaleza. Na ocasião, estavam reunidas cerca de 500 pessoas, dentre elas os 184 secretários municipais de saúde do Estado, profissionais responsáveis pela imunização e representantes do Ministério da Saúde.De acordo com Manuel Fonseca, coordenador do Comitê Estadual de Combate à Influenza A, o objetivo do encontro foi discutir estratégias para combater a doença no Estado. Segundo ele, a maior preocupação é com a chegada do período chuvoso, fato que pode aumentar o número de casos da doença.Fonseca explica que os respiradores artificiais deverão ser instalados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), o que irá facilitar o tratamento dos pacientes e diminuir o número de óbitos. "O paciente em quadro grave da doença precisa do respirador para sobreviver até que o organismo se recupere completamente", frisa.VacinaçãoDe acordo com o secretário municipal de Saúde, Alex Mont´Alverne, cerca de um milhão de vacinas deverão ficar na Capital. O restante será distribuído entre os demais municípios cearenses conforme a demanda das pessoas que se enquadram no perfil do Ministério da Saúde.Os grupo a serem beneficiados são gestantes, profissionais de saúde, indígenas, pessoas entre 20 e 39 anos e crianças de seis meses a dois anos. Elas devem comparecer às unidades de saúde cadastradas com o documento de identidade.Entretanto, segundo Mont´Alverne, a outra parcela da população que também representa grupo de risco, que são os doentes crônicos, a Secretaria Municipal de Saúde(SMS) ainda não tem uma estratégia formada sobre o modo como eles deverão ser identificados. "Iremos decidir ainda qual será a melhor forma de atendimento desses pacientes, mas garantimos imunização para todos", frisa.Durante o evento, o presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde e secretário de saúde de Cascavel, José Policarpo de Araújo Barbosa, falou sobre a grande preocupação com um possível surto da doença, e questionou as autoridades a respeito da falta de verba dos municípios para aderir a campanha e treinar os profissionais.5ª vítimaMorreu, no fim da tarde de ontem, a possível quinta vítima da gripe suína no Ceará. Trata-se de uma mulher de 21 anos, de Maracanaú. Ela estava internada no hospital do município e, no momento da transferência para o Hospital Waldemar de Alcântara, em Fortaleza, sofreu uma parada cardíaca e veio a óbito. Apesar de não se ter a confirmação laboratorial, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) afirma que ela tinha todos os sintomas da doença.

Caminhada reduz níveis de pressão arterial por até 24 horas

Para afastar o perigo da hipertensão, aposte nas caminhadas. Uma pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da USP, comprovou que a caminhada reduz a pressão arterial na primeira hora e, o que é melhor ainda, essa queda se mantém nas 24 horas subsequentes. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, no Brasil, são 27 milhões de hipertensos com mais de 18 anos e 2 milhões de crianças e adolescentes que enfrentam o problema. A pesquisa teve início em julho de 2008 e terminou em outubro de 2009. Foram avaliados 1000 voluntários com idade entre 60 e 75 anos, faixa etária do presidente Lula, que sofreu uma crise hipertensiva recentemente
Inicialmente foram selecionados 10% dos idosos como amostragem representativa. Os participantes realizaram uma sessão intensa de 40 minutos de caminhada, seguida de uma sessão de repouso também de 40 minutos. Os resultados apontaram que a redução é mais expressiva naqueles com pressão arterial elevada e menor naqueles com pressão arterial normal. O diferencial do estudo, segundo os pesquisadores, é o fato de ter sido analisado o impacto do exercício aeróbico em pista, na modalidade caminhada, e não em esteira e bicicleta ergométrica, como era feito até então. Após uma única sessão desse exercício aeróbico, em média, a pressão arterial sistólica, que é o valor mais alto e mede a força do sangue nas artérias, quando o coração se contrai para impulsionar o sangue através do corpo, caiu 14 milímetros de mercúrio (mm Hg) e a pressão arterial diastólica, número inferior que mede a pressão enquanto o coração relaxa para se abastecer de sangue, caiu 4 milímetros, ou seja, de 13 por 9, por exemplo, passou para 11 por 8. E, após 24 horas, essa pressão continuou reduzida em 3 milímetros na pressão sistólica e 2 milímetros na diastólica.
Os pesquisadores explicam que a prática contínua de exercícios pode levar à diminuição gradativa e até ao não uso de medicamentos para os hipertensos leves e, ainda ser um método coadjuvante no tratamento com medicamentos nos casos mais graves. Hipertensão entre idososSegundo o médico geriatra Eduardo Ferrioli, professor da FMRP, que participou do estudo, a pressão arterial é uma das doenças de maior prevalência entre os idosos, chegando a quase 50% de alcance na faixa etária. Para ele, uma das causas do agravamento dos casos é o estresse
diário. "Uma rotina mais tranquila e hábitos saudáveis, como diminuir a quantidade de sal e manter o peso, ajudam muito no controle e até para a cura da hipertensão", explica. .

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Os 7 mandamentos do cabelo perfeito

Os cabelos são o maior objeto de vaidade da mulher. Quem de nós não fica sonhando com fios lindos, macios e sedosos? Sem contar que um cabelo bonito já é meio caminho andado para um rosto ser bem elogiado. É claro que a genética ajuda e muito, mas para ter a cabeleira com que você sempre sonhou, é preciso dar uma força para a natureza (e às vezes, mudá-la!). Contamos com a ajuda da cabeleireira Brigitte Revollo, do salão carioca Brigitte Fine Arts, para elaborar uma lista com tudo o que é preciso para você deixar suas madeixas mais bonitas, e elas só lhe trazerem alegrias. Confira! 1 – CorteUm corte adequado ao seu tipo de rosto e tipo de fio é o passo número um para você não viver em pé de guerra com seus cabelos. Seu estilo de vida também deve ser levado em consideração. Se você corre de um lado para o outro, não tem tempo pra nada ou não tem habilidades manuais, nem pense em cortes que dependam de secador para ficarem bonitos.* Os rostos redondos e quadrados são suavizados em cortes com as laterais desfiadas. Já os compridos combinam com franjas ou aquele franjão lateral. Quem tem rosto pequeno precisa de um corte que deixe o rosto limpo e com movimento para fora. * As donas de cabelos finos e com pouco volume devem recorrer ao corte picotado com tesoura, sem desfiar. Os grossos e volumosos devem ser desfiados ou cortados com navalha. * Quanto maior seu cabelo, maior deve ser o intervalo entre os cortes. Quem tem cabelos curtinhos deve voltar ao salão todo mês para que não perca o corte. Os mais compridos podem aumentar o intervalo, e quem quer deixar crescer, é bom dar uma limpada nas pontas a cada 3 a 4 meses. 2 – ColoraçãoSe você prefere manter a cor natural dos seus cabelos, ótimo, uma preocupação a menos! Agora, quem gosta de mudar o visual deve ficar atenta a alguns fatores se quiser mudar para loira, morena ou ruiva. Antes de chegar no salão e pedir para que seus cabelos negros fiquem platinados, verifique a cor desejada realmente combina com você – não só com sua personalidade, como também com o tom da sua pele. A cor original dos seus fios também influencia. Quanto mais distante da sua cor natural for a cor desejada, mais química será necessário para atingir o tom, e, conseqüentemente, mais danificado será o cabelo.* Quem tinge os fios tem que redobrar os cuidados com hidratação para que não fiquem ressecados. * Para evitar um estranhamento, não radicalize. Vá mudando o tom aos poucos até chegar no ponto desejado. Essa “adaptação” pode também ser feita através de mechas, caso queria ficar loira por exemplo. * Dependendo da dor e do crescimento dos seus cabelos, o retoque na raiz deve ser feito entre 30 e 60 dias. No caso de mechas, o intervalo entre os retoques pode chegar a 3 meses. * Os cabelos mais claros dão uma aparência mais jovem pois deixam o rosto mais leve. Já os escuros pesam um pouco mais. * Fique atenta à diferença entre balaiagem e reflexo. A balaiagem faz mechas tom sobre tom, ou seja, estas podem ser castanho claro, mel, marrom. Já o reflexo trabalha cores claras mais fortes e definidas, como tons de loiro claro e loiro platinado. 3 – TratamentoCabelos danificados pelo sol, mar, falta de cuidados etc precisam de tratamento de choque para que se recuperem. Uma seqüência de tratamentos pode resolver o problema. A seqüência pode ter a partir de 3 sessões até quantas forem necessárias, sempre semanais. Existem diversos tipos de tratamentos, como a cauterização (à base de queratina), a reconstrução (queratina e outras proteínas), nutrição etc. * Alguns tratamentos requerem que você fique dois ou três dias sem lavar ops cabelos, para que o produto penetre profundamente nos fios. * Depois que os fios estiverem recuperados, uma manutenção mensal mantém o viço dos cabelos. 4 – EscovasEngana-se quem pensa que as escovas, definitivas ou temporárias, só servem para quem quer fios lisos. As cacheadas também podem apelar para tratamentos como o stableus para acalmar os cachos e reduzir o volume. As que têm ondas mas gostam de um visual escovado podem acordar todos os dias com fios retinhos através de alisamentos como o photon hair (feito com o auxílio de uma luz fotônica) e o alisamento japonês. A escova progressiva, alvo de muita polêmica, está liberada, segundo Brigitte Revollo, se usada com fórmulas com até 4% de concentração da química alisante. * As escovas tradicionais, feitas com secador, modelam o penteado, deixam os fios mais bonitos e brilhosos. Use um protetor térmico antes e um spray finalizador depois, para fixar melhor. * As escovas definitivas devem ser refeitas a cada 3 a 6 meses, dependendo do tipo de cabelo original e do ritmo de crescimento da raiz. * Quem faz escovas definitivas deve ter cuidados redobrados com hidratação para tratar os fios, pois levam muita química. 5 – Cuidados diáriosDe nada adianta gastar um dinheirão no melhor salão, experimentar as técnicas mais modernas e as tinturas da última moda, se você não for cuidadosa com seus cabelos no dia-a-dia. O tratamento diário que você dá a ele é determinante para que seus fios mantenham-se bonitos e saudáveis. * Hoje em dia há uma infinidade de marcas e tipos de xampus e condicionadores. Podem ser para cabelos quimicamente tratados, cacheados, lisos, castanhos, ruivos ou dourados e por aí vai. Escolha o que mais tem a ver com seus fios e troque de produto periodicamente, pois os cabelos se acostumam com a fórmula. * O ideal não é lavar os cabelos todo dia. No entanto, se você sente necessidade de lavá-los diariamente, não aplique xampu sempre, para evitar que os fios fiquem porosos. Alterne seu uso dia sim, dia não, e nos dias em que não usá-lo, use apenas condicionador nas pontas. * Escove bastante seus cabelos, para ativar a circulação do couro cabeludo e distribuir a oleosidade ao longo dos fios. Prefira uma escova tipo raquete com bolinhas nas pontas das cerdas, que massageiam a cabeça. * Sempre que expor os fios ao sol, aplique um filtro solar especial para evitar que a cor desbote. 6 – ManutençãoUma vez por mês, recorra a um dos tratamentos de choque já citados para manter os cabelos bonitos e saudáveis. Se você não tem tempo ou dinheiro para ir ao salão, use cremes de tratamento em casa, uma vez por semana. Uma boa hidratação é fundamental para manter os fios saudáveis, macios e brilhosos. * As máscaras de tratamento vendidas em mercados e farmácias dispensam o uso de toucas térmicas. Lave os fios, seque-os com uma toalha e, com eles úmidos, aplique o creme mecha por mecha por mecha. Deixe agir por 15 a 30 minutos e depois enxágüe. 7 - Alimentação Uma boa alimentação é uma grande aliada da saúde e beleza dos seus cabelos. Evite frituras e comidas muito gordurosas. Beba bastante água e recheie o cardápio com alimentos que dão uma força aos seus fios. * Laticínios com baixos teores de gordura, vegetais verdes e ricos em caroteno e frutas (por causa da vitamina A). * Frutas ricas em vitamina B6 como banana, ameixa e melancia, assim como frutas ricas em vitamina C como goiaba, laranja e acerola. * Nozes e legumes, ricos em biotina e zinco. * Carnes magras, aves e peixes com alto teor de proteína. Fonte: feminissima.com.br