segunda-feira, 31 de agosto de 2009

---SAMU - AA EMERGÊNCIA

Comunicado de utilidade pública
As ambulâncias e emergências médicas perceberam que muitas vezes nos acidentes da estrada os feridos têm um celular consigo. No entanto, na hora de intervir com estes doentes, não sabem qual apessoa a contactar na longa lsta de telefones existentes no celular do acidentado.
Para tal, o SAMU lança a ideia de que todas as pessoas acrescentem na sua longa lista de contactos o NUMERO DA PESSOA a contactar em caso de emergência. Tal deverá ser feito da seguinte forma: 'AA Emergencia' (as letras AA são para que apareça sempre este contacto em primeiro lugar na lista de contactos). É simples, não custa nada e pode ajudar muito ao SAMU ou quem nos acuda. Se lhe parecer correta a proposta que lhe fazemos, passe esta mensagem a todos os seus amigos, familiares e conhecidos. É tão-somente mais um dado que registramos no nosso celular e que pode ser a nossa salvação.

domingo, 30 de agosto de 2009

Truques para se lembrar de tudo

Números de telefone, endereços, datas de aniversário, contas bancárias... Existe algum sistema simples para lembrar uma série de dados, nomes, números ou qualquer lista de elementos que não podem ser memorizados facilmente?
Este método não só existe mas também está ao alcance de todo aquele que se proponha a aprendê-lo e aproveitá-lo, assinala o especialista em mnemotécnica José Luis Sanz, porque "muita gente não tem má memória, mas não sabe utilizá-la".
A mnemotécnica ou mnemônica (vocábulo derivado dos termos gregos que designam "memória" e "técnica") consiste em uma série de procedimentos destinados a facilitar a lembrança de algo, recorrendo para isso à associação de outras ideias mais simples e frequentes que o tragam facilmente à memória.
Para Sanz, "memorizar uma longa lista de itens, números ou dados está ao alcance de qualquer um que conheça a técnica adequada".Este especialista em marketing e negócios, habituado a tramitar complexos programas de cooperação internacional com a América Latina, não se propõe melhorar a memória natural, mas ensinar a "utilizar a agenda mental e registrar informação nela".
O especialista afirma que um dos recursos mais frequentes para favorecer a retenção consiste em fazer listas de palavras encadeadas através de associações ilógicas, exageradas, de movimento, muito visuais e frequentemente grotescas.
Segundo Sanz, as técnicas para a memória consistem basicamente em efetuar elos ou ganchos entre diferentes conceitos para que as lembranças surjam mais facilmente, e existem muitas escolas, sobretudo baseadas nas associações lógicas.
Uma técnica desenvolvida pelo americano Harry Lorayne, nas décadas de 50 e 60, permite efetuar associações com um maior impacto na memória que os métodos convencionais, por exemplo, baseados nos jogos de palavras.Segundo especialistas, o melhor para lembrar uma coisa é exagerá-la. Curiosamente, o impacto da memorização é ainda maior se o nexo se efetua com base em conteúdos de índole sexual, escatológica ou forte, como os "palavrões".Quanto mais exagero, maior a memorização.
Para lembrar de um tapete e um papel, o sistema tradicional propõe por exemplo visualizar o primeiro envolvido no segundo, enquanto para os partidários de Lorayne a melhor forma de recordá-lo seria visualizar um enorme tapete de papel que cobrisse todo o quarto inclusive suas paredes, do qual se cortam pedaços para fazer um pacote gigante.
"De todo modo, não há receitas fixas. O importante é que cada pessoa efetue sua associação com a primeira coisa que lhe ocorra ou lhe venha à mente, que é o que sempre lembrará, e que além disso pratique os exercícios mnemotécnicos até incorporá-los a sua vida diária como algo automático", assinala Sanz.
Para lembrar de números, os quais não se podem visualizar como as palavras ou objetos, o truque é transformá-los em vocábulos, que por sua vez podem ser associados depois de modo ilógico. O sistema mais simples consiste em dar a cada número uma ou duas letras do alfabeto, relacionadas com seu som, forma ou outro aspecto. Por exemplo, se pode relacionar o 1 ao T (em forma de tronco), o 2 ao N (similares em forma embora em posição diferente), o 3 ao M (também parecidos), o 4 ao R (pode se imaginar o erre da palavra quatro) e o 5 ao L (derivada de sua escrita em números romanos)."O 6 pode corresponder ao S (de som similar a seis), o 7 ao C (associada aos sons fortes ca, que, qui, co, cu), o 8 ao f (que em minúscula e manuscrita se escreve parecido ao número), o 9 ao P (a letra maiúscula invertida é similar ao número) e o 0 ao Z (por seu som)", aconselha este especialista.
Assim, para lembrar um número é preciso associar cada um de seus dígitos a uma letra e com elas formar sílabas dando lugar a uma palavra: por exemplo o número-chave de um cartão eletrônico 3496 pode ser lembrado com a palavra "mariposa", (3=M, 4=R, 9=P e 6=S), e depois exagerar sua imagem, visualizando milhares de mariposas saindo do cartão.
Segundo Sanz, "isto que pode parecer complexo de início, chega a fazer-se quase de forma automática com a prática; e à medida que se confia cada vez mais na memória, mais ela melhora". Por outro lado, para que se grave na mente uma longa lista do que deve comprar no supermercado, pode-se visualizar cada elemento associado a situações disparatadas, como quebrar um ovo na testa ou esfregar alho no olhos.
Pode se imaginar com que se joga um pacote de farinha sobre a cabeça até ela ficar toda branca, que se quebra ovos na testa, que se esfrega alho no olhos, que se come um bacalhau inteiro, ou que se coloca um colar de bolachas em volta do pescoço.
"Para lembrar o nome de uma pessoa pode se associar um traço ou sinal de seu rosto (Antônio, óculos), mas também se pode recorrer ao método mais simples de repetir 3 vezes seu nome e sobrenome no transcurso da primeira conversa que se mantém com ela", sugere Sanz, que admite que "muitas vezes simplesmente nós não nos lembramos de uma coisa porque não se presta atenção a ela".

Muito além da sonolência

A falta de sono já é fator de risco isolado para diversas doenças. Ela pode ser tão decisiva para o aparecimento do diabetes quantoa má alimentação e o sedentarismo.Até trinta anos atrás, os parcos conhecimentos sobre os malefícios das noites maldormidas para a saúde permitiam aos médicos uma certeza: "A privação de sono causa... sonolência". A história é lembrada pelos especialistas em tom de galhofa. Sabe-se agora que, sem o repouso noturno adequado, o corpo e a mente perdem muito mais do que a chance de repor as energias gastas durante o dia. Por problemas de saúde, necessidade de trabalho ou farra, a privação de sono leva o organismo a um descompasso cujas consequências vão muito além da (óbvia) sonolência. "As pesquisas mais recentes nos permitem classificar a falta de sono como fator de risco isolado para uma série de doenças", diz o biólogo Rogerio Santos da Silva, pesquisador do Instituto do Sono, da Universidade Federal de São Paulo. As noites em claro estão associadas a alguns dos mais comuns e perigosos distúrbios da modernidade, como a hipertensão, o infarto, o derrame e a depressão. No caso das doenças metabólicas, como a obesidade e o diabetes, dormir mal é tão perigoso quanto não se alimentar de forma equilibrada e não praticar exercícios físicos.
Um estudo publicado na revista científica Clinical Endocrinology & Me-ta-bolism, conduzido por pesquisadores da Universidade de Chicago, mostra quão estreita é a relação entre a privação de sono e a resistência à insulina, condição que predispõe ao diabetes e às doenças cardiovasculares. A insulina é o hormônio responsável por tirar as moléculas de glicose da corrente sanguínea e jogá-las dentro das células. O trabalho de Chicago acompanhou onze homens e mulheres saudáveis de 39 anos, em média. A pesquisa foi dividida em duas etapas, com um intervalo de três meses entre elas. Na primeira fase, por catorze dias, os voluntários dormiram oito horas e meia por noite, comeram o que quiseram, nas quantidades que desejaram, e não praticaram nenhuma atividade física. Na segunda, também com duração de catorze dias, apenas os hábitos noturnos foram alterados. O período de sono dos participantes foi reduzido a cinco horas e meia. Ao término de cada uma das etapas do experimento, foram analisadas as taxas de glicose dos voluntários. Na da diminuição do sono, a glicemia média do grupo depois das refeições atingiu 144 miligramas de glicose por decilitro de sangue – o normal é 140, no máximo. Ou seja, depois de duas semanas de pouco sono, os participantes do estudo de Chicago passaram da condição de saudáveis para a categoria dos pré-diabéticos.
"O organismo interpreta o stress provocado pelo sono inadequado como se estivesse em situação de perigo", diz o neurofisiologista Flavio Alóe, do Centro Interdepartamental para os Estudos do Sono da Universidade de São Paulo. "Diante de tal ameaça, ele responde com o aumento da secreção dos hormônios cortisol, adrenalina e noradrenalina, associados ao stress." Nos tempos de nossos ancestrais das cavernas, na permanente vigilância contra animais ferozes e outras ameaças da natureza, grandes quantidades desses hormônios eram essenciais para a sobrevivência: elas significavam prontidão para a fuga ou o ataque. Nos dias atuais, em excesso, a trinca de hormônios só nos faz mal . Um artigo publicado em abril passado na revista Sleep, a mais prestigiosa na área da medicina do sono, estabeleceu de maneira conclusiva a relação entre poucas horas de descanso noturno e hipertensão. Quem dorme mal tem cinco vezes mais probabilidade de desenvolver um quadro de pressão alta do que uma pessoa sem problema para dormir. O motivo é simples: cortisol, adrenalina e noradrenalina têm ação vasoconstritora, o que favorece não só a hipertensão, como as arritmias cardíacas, conforme outro estudo da Universidade de São Paulo, orientado pelo médico Geraldo Lorenzi Filho, diretor do Laboratório do Sono do Instituto do Coração (Incor) paulista.
Pesquisas anteriores investigaram a conexão entre noites maldormidas e o diabetes e a hipertensão, mas, ao contrário das mais recentes, não utilizaram padrões de privação de sono próximos dos reais. "É muito difícil que uma pessoa passe três dias sem dormir ou fique uma semana dormindo apenas quatro horas por noite, como faziam os participantes dos estudos antigos, mas é cada vez mais frequente encontrar pessoas que dormem cinco horas e meia, como os voluntários do trabalho da Universidade de Chicago", diz Lorenzi Filho. Desde a década de 60, os americanos perderam em média duas horas de sono por noite. Culpa da rotina estressante e agitada das grandes cidades. Atualmente os americanos dormem 6,8 horas por noite durante a semana e 7,4 aos sábados e domingos. No Brasil, a situação é muito semelhante. Os paulistanos, por exemplo, passam 6,2 horas por noite na cama. É muito pouco. Ainda que o número de horas, por si só, não seja o único fator para a qualidade do sono, o fato é que dormir oito horas por noite é condição mínima para o descanso de 80% das pessoas. O sono ideal divide-se em quatro a seis ciclos, de uma hora e meia cada um. Em cada ciclo, alternam-se as fases REM, quando ocorrem os sonhos, e as fases não REM, que se subdividem em leve, intermediária e profunda. Dormir bem é dormir esse sono todo – até que os dedos cor-de-rosa da aurora surjam no céu, como diria o poeta grego Homero.

A mania do álcool gel

A epidemia de gripe A, também conhecida como suína, despertou um novo hábito na população. Usar álcool gel para higienizar as mãos e evitar a contaminação do vírus H1N1 virou mania. E, em muitos casos, beira a neurose. Donas de casa se desesperam atrás do produto em supermercados e farmácias. Escolas, empresas e outros locais fechados com grande concentração de pessoas já instalaram recipientes disponíveis para o público com a substância. O produto está em falta nas prateleiras do comércio. Os fabricantes não dão conta da demanda, que cresceu até 300%. Há, inclusive, quem se aproveite da situação para vender o que não tem eficácia comprovada contra o vírus.
A paranaense Ligia Ywagatuma, 45 anos, moradora de São Paulo, usa a substância com frequência durante o dia e obriga as filhas, de 8 e 14 anos, e o marido a carregar frascos para a escola e o trabalho. "Compro na farmácia um galão de meio litro para não faltar em casa", conta. O que Ligia - e a maioria das pessoas - não sabe é que caso o álcool gel tenha mais ou menos de 70% de solução alcoólica na fórmula, de nada adianta o esforço. "É nessa concentração exata que o vírus é destruído", afirma o infectologista Eduardo Medeiros, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Nesse caso, até mesmo o álcool de limpeza em gel, se tiver os 70%, funciona. Essa versão também tem emolientes que não agridem as mãos, pois pele ressecada pode rachar e ficar vulnerável aos germes.
O medo de contrair a gripe leva muita gente a cometer outro equívoco: adotar os géis antissépticos cosméticos. Eles não têm efeito comprovado em relação ao atual vírus. A única certeza é que higienizam contra as bactérias. A Natura informou que os consumidores não devem utilizar o gel antisséptico Erva Doce para esse fim. Já a Herbalife garante que o gel da linha Soft Green tem 75% de solução alcoólica e que serve para eliminar o vírus da gripe. Antissépticos perfumados também não são recomendados. "Há risco de o perfume alterar a composição, prejudicando a higienização", diz o infectologista Mauro Salles, da Sociedade Brasileira de Infectologia. Fabiana Tichauer, proprietária da Doctor Clean, que comercializa versões com fragrâncias, se defende. "Realizamos testes e a quantidade é pequena. Não altera a ação", diz.
Os especialistas lembram que o ideal é ter o álcool em locais em que há contato direto com objetos e outras pessoas, não no banheiro (onde é possível lavar a mão). O hábito ajuda a evitar que até mesmo outras doenças se espalhem - segundo a Unifesp, diminuíram, por exemplo, os casos de conjuntivite, também transmitida por contato. Mas manusear um lenço de papel no momento de um espirro ou tosse pode ser ainda mais útil. E para essa "mania", por enquanto, ninguém deu muita importância.

sábado, 29 de agosto de 2009

Médicos relatam forma mais agressiva da gripe suína, diz OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira (28) que médicos estão relatando uma forma mais severa de gripe suína que vai direto aos pulmões e causa uma forma grave da doença até mesmo em jovens até então saudáveis, e gera a necessidade de uma internação hospitalar de alto custo. Os relatos mostram que, em alguns países, até 15% infectados pelo vírus H1N1 precisam de cuidado hospitalar, pressionando ainda mais os já sobrecarregados sistemas de saúde. "Medidas preparatórias precisam antecipar essa demanda crescente das unidades de cuidado intensivo, que podem ser sobrecarregadas por um aumento repentino no número de casos graves”, diz o relatório divulgado pela OMS. Ainda segundo a OMS, nesses pacientes, o vírus infecta diretamente o pulmão, causando insuficiência respiratória grave. “Essas vidas dependem de um cuidado altamente especializado nas unidades de tratamento intensivo, em geral com permanências longas e caras”. O documento também identifica onde a doença está em avanço. No Japão, diz a OMS, o vírus atingiu níveis epidêmicos, o que sinaliza um início do que pode ser uma longa temporada da gripe este ano. Em áreas tropicais o avanço da doença também está piorando. A OMS afirma estar aconselhando os países do Hemisfério Norte a se preparar para uma segunda onda de disseminação pandêmica. "Os países com climas tropicais, onde o vírus pandêmico chegou depois do que em outros locais, também precisam se preparar para um número crescente de casos”. O alerta também vale para populações indígenas que podem apresentar um risco maior de ficar gravemente doentes por causa do vírus da gripe suína. "Em alguns estudos, o risco desses grupos é de quatro a cinco vezes maior do que na população geral”, diz a OMS. Como praticamente ninguém tem imunidade ao novo vírus H1N1, os especialistas acreditam que a doença infectará até um terço da população mundial. A nova gripe também afeta de forma desproporcional pessoas mais jovens, diferentemente da gripe habitual, que expõe mais os idosos. Os dados da OMS continuam a mostrar que determinadas condições médicas aumentam o risco de doença grave e fatal, como doenças respiratórias, em especial a asma, doença cardiovascular, diabetes e baixa imunidade. Entre tantos dados negativos, a OMS ressalta uma notícia positiva: as pessoas infectadas pelo vírus da Aids parecem não correr especial risco de contrair o H1N1.

Fruta amazônica para acabar com as cáries

Vem de uma fruta original da Amazônia a nova promessa de um fármaco potente para combater as cáries - um dos mais sérios problemas de saúde bucal no Brasil. Pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, e da Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de Campinas descobriram que uma substância presente no bacupari tem alto poder de destruição da bactéria responsável pelas cáries - a Streptococcus mutans. Seu efeito seria semelhante ao da clorexidina, o mais potente antibiótico usado pelos dentistas.
O bacupari é o fruto da árvore Rheedia brasiliensis. Relatos anteriores davam conta de sua ação como cicatrizante e também como agente capaz de matar bactérias causadoras de distúrbios intestinais. No estudo para avaliar sua eficácia contra as cáries, os cientistas usaram extratos de cascas e sementes. O primeiro passo foi confirmar o efeito contra a Streptococcus mutans. Depois, eles partiram para a verificação do que seria mais potente: as cascas ou as sementes. Descobriram que os extratos das cascas manifestavam o mesmo poder, em concentração menor.
A terceira etapa foi a identificação do composto ativo. A equipe descobriu que a responsável pelo efeito é a substância 7-epiclusianona. E a boa notícia é que ela está presente em uma quantidade abundante na fruta, o que facilita sua retirada para avaliação. Além disso, segundo os cientistas, o composto é solúvel, incolor e parece não ter gosto ruim. "Nos estudos, também não apresentou toxicidade", informa Pedro Rosalen, orientador do trabalho, realizado por Ramiro Murata e Luciana Salles Branco.
Os cientistas pretendem prosseguir com os testes, e não apenas sobre a ação antimicrobiana do alimento. A fruta também continuará sendo pesquisada para a verificação de seu potencial anti-inflamatório e antitumoral. Alguns estudos anteriores apontaram ações do gênero. Em relação ao câncer, por exemplo, extratos da planta foram capazes de matar, em laboratório, células de melanoma (o mais agressivo tumor de pele), e de tumores de ovário, de pulmão e de mama.

Confusão perigosa

Diabéticos não diferenciam produtos light de diet.Apesar de consumirem alimentos diet e light com frequência, cerca de 90% dos portadores de diabetes tipo 2 - a forma da doença associada ao estilo de vida - não sabem a diferença entre eles. Além disso, não costumam ler os rótulos dos produtos antes de levá-los para casa e não se preocupam com a quantidade consumida. Esses são os resultados de um estudo feito pela nutricionista Paula Oliveira, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, campus de Ribeirão Preto.
A conclusão do trabalho - realizado com 120 pacientes da rede pública de saúde - é preocupante. "A falta de conhecimento pode prejudicar o controle da dieta e das taxas de açúcar no sangue, fundamental para prevenir as complicações da doença", diz o médico Laércio Franco, de Ribeirão Preto, orientador da pesquisa.
Alimentos diet são aqueles em que houve a exclusão de algum ingrediente da fórmula original. Pode ser o açúcar, o sódio, a manteiga ou qualquer outro. Portanto, um produto diet pode ser livre de sal, mas ainda assim conter altas taxas de açúcar. Já os alimentos light apresentam uma redução mínima de 25% do valor energético total (as calorias) ou na concentração de algum nutriente.

Sobem para 65 casos da gripe

Sobe para 65 o número de casos confirmados de gripe suína no Ceará. A informação é da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), que, em seu boletim semanal, divulgou a comprovação de mais dois registros da doença em Fortaleza, em pessoas que estiveram nos últimos meses em outros estados do País.Segundo o informe epidemiológico divulgado ontem, do total de 65 casos, o Interior do Estado permanece com apenas duas confirmações de Influenza A (H1N1). Tratam-se dos dois registros já identificados em boletins anteriores da Sesa, e que correspondem a um percentual de 6,1%. Já os dois novos casos confirmados na Capital no decorrer da última semana representam um percentual de 3,2% no resultado geral. Sobre as pessoas acometidas pela gripe e com confirmação recente, a Secretaria da Saúde limita-se a especificar que os pacientes "tiveram como residência outros estados".Até ontem, a Sesa notificou 267 casos suspeitos da gripe suína, que já é considerada como epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em virtude da circulação sustentada do vírus em diversos países do Planeta.Com isso, o Ministério da Saúde passou a priorizar a notificação, investigação, diagnóstico laboratorial e tratamento dos casos com síndrome respiratória aguda grave (SRAG).São considerados casos dessa síndrome aquelas pessoas que apresentarem febre, tosse e dispnéia, acompanhada ou não de outros sintomas da gripe suína. Estão sujeitos aos fatores de risco para a complicação pela doença os menores de dois anos e maiores de 60 anos de idade, gestantes, portadores de doenças crônicas e imunodeprimidos, dentre outros.Além da Capital, outros 15 municípios cearenses tiveram notificações de casos da gripe suína. Entre os casos confirmados de Influenza A (H1n1), 31 são mulheres, sendo que a maioria está concentrada na faixa entre 15 e 49 anos de idade.TendênciaPara o presidente do Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Influenza A da Secretaria, o médico Manoel Fonseca, a tendência neste mês e nos seguintes é de decréscimo na incidência da doença. "Como havíamos previsto, as confirmações irão diminuir", lembrou.Explicou que em julho passado vários motivos levaram ao aumento das notificações. Assim, ressaltou as férias escolares, a alta estação turística, a realização de eventos em Fortaleza com grande aglomeração de pessoas, tais como o Fortal, Halleluya e Expocrato.Adiantou que, via de regra, o período que se segue não costuma ser de elevação de ocorrência de gripes no Ceará.Por outro lado, Manoel Fonseca admite que "não é possível saber como a epidemia irá se comportar no Ceará nos meses de fevereiro, abril e maio, quando ocorrem as chuvas com maior freqüência"´.UmidadeEmbora não tenha dado mais informações sobre as duas novas notificações de gripe suína (elevando o número global de 63 para 65, do penúltimo boletim divulgado pela Sesa, no dia 21 deste mês para ontem, 28), Manoel Fonseca reforçou que o Ceará e o restante da região nordeste do País apresentam tendência de queda dos registros de Influenza A também em função da temperatura elevada e da umidade.Adiantou, ainda, sua expectativa de que o governo Lula consiga aprovar, por Medida Provisória, a liberação de recursos para tratamento e prevenção da doença.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Reino Unido e França recebem vacinas contra gripe

LONDRES - O Reino Unido recebeu o primeiro lote de 100 mil doses de vacina contra a gripe A (H1N1), informou hoje o Departamento de Saúde local. As vacinas deverão ainda passar por um licenciamento antes de serem aplicadas na população, indicou o órgão.Os produtos foram entregues pela norte-americana Baxter International e podem ser aprovadas no início de outubro, caso não haja nenhum problema. A França também informou hoje que recebeu o primeiro lote das vacinas. A ministra da Saúde francesa, Roselyne Bachelot, não especificou, porém, a quantidade nem o tipo de vacina.
Também nesta quinta-feira, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) notou que as ocorrências de gripe A (H1N1) em perus no Chile aumentam os temores de que o vírus possa se combinar com o da gripe aviária, gerando uma doença mais perigosa.
A agência, sediada em Roma, apontou que, em teoria, uma mistura entre o vírus H1N1, com taxa de mortalidade semelhante ao da gripe comum, com o da gripe aviária, H5N1, poderia gerar uma variedade mais mortífera. O H5N1 é bem mais mortífero que o H1N1, mas tem mais dificuldade de infectar humanos. A FAO lembrou, porém, que o Chile não tem registro de gripe aviária. OMS informa que o H1N1 é o vírus dominante de gripe em todo o mundo-A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta sexta-feira (28) que o H1N1, o vírus causador da nova gripe, já é o dominante em circulação no mundo. Isso significa que a maioria dos casos de gripe em curso é resultado da ação desse vírus, e não do agente causador da gripe comum, ou sazonal. “A evidência de múltiplos locais de surto demonstra que o vírus pandêmico H1N1 se estabeleceu rapidamente e agora é a cepa dominante de influenza no maior número de regiões do mundo. A pandemia vai persistir nos próximos meses à medida que o vírus continua circulando entre populações suscetíveis”, afirma boletim divulgado no site oficial da OMS, a agência de saúde pública das Nações Unidas.
O monitoramento dos vírus pela rede de laboratórios credenciados pela agência mostrou que os H1N1 que originaram todos os surtos continuam praticamente idênticos. Não há sinais, portanto, de que o vírus tenha passado por mutações, o que é uma excelente notícia. Se o H1N1 mutasse após a produção de milhões de doses de vacinas, elas se tornariam inúteis da noite para o dia.
Ainda segundo a entidade, o quadro clínico da gripe pandêmica é similar em todos os países. A grande maioria dos pacientes tem sintomas brandos. “Ainda que o vírus possa causar enfermidade grave e fatal, e também em pessoas jovens e saudáveis, o número de tais ocorrências continua pequeno”, avalia a entidade.

Obesidade aumenta risco de apresentar Alzheimer, afirma pesquisa

Além dos riscos de doenças cardíacas, a obesidade também aumenta as chances de desenvolver mal de Alzheimer, de acordo com um estudo de duas universidades sobre o problema, divulgado na quarta-feira (26).
A revista especializada "Human Brain Mapping" traz os resultados da pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA) e da Universidade de Pittsburgh, que descobriu que as pessoas obesas de idade avançada tinham em média 8% menos tecido cerebral que as com peso normal. Da mesma forma, os adultos mais velhos e com sobrepeso tiveram 4% menos tecido cerebral que os com um peso adequado.
"Isso é uma grande perda de tecido, que diminui as reservas cognitivas, colocando [os afetados] em um risco muito maior de [ter] Alzheimer e outras doenças que atacam o cérebro", afirmou Paul Thompson, professor de neurologia da UCLA e diretor do estudo.
Cerca de 70% dos latinos adultos da Califórnia apresentaram sobrepeso ou eram obesos em 2005, segundo dados do Departamento Estadual de Serviços de Saúde. O fato, de acordo com a pesquisa de UCLA-Pittsburgh, os deixa com maior risco de sofrer demência senil.
O estudo utilizou imagens cerebrais de uma pesquisa anterior e selecionou testes de 94 idosos na faixa etária compreendida entre 70 e 80 anos, e que eram saudáveis cinco anos após terem sido feitas as imagens do cérebro.
Para determinar a obesidade ou o sobrepeso foi utilizado o Índice de Massa Corporal (IMC) --que calcula a gordura corporal pela relação entre peso e altura-- e aponta com peso normal as pessoas entre 18,5 e 25. As pessoas com IMC entre 25 e 30 são qualificadas com acima do peso, enquanto as que apresentam mais de 30 IMC são consideradas obesas.
Ao analisar tanto a "matéria cinza" como a "matéria branca" refletidas nas imagens cerebrais, os cientistas observaram que as pessoas obesas tinham menos tecido cerebral nos lóbulos frontais frontal e temporal (áreas do cérebro essenciais para o planejamento e a memória).
Elas apresentavam menos massa na parte anterior da circunvolução cingulada, área da parte média do cérebro --conhecida comumente como cíngulo-- ligada à funções de atenção e execução.
As imagens também mostravam alterações no hipocampo (situado no lóbulo temporal e relacionado com a memória a longo prazo) e os gânglios basais (que se relacionam com a função do movimento).

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Paraná confirma mais 19 mortes por gripe suína no Estado; total chega a 576

A Secretaria de Saúde do Paraná confirmou na quarta-feira mais 19 mortes por gripe suína --a gripe A (H1N1). Com os dados, sobe para 170 o total de óbitos no Estado e para 576 no país.Segundo a secretaria, a região de Curitiba concentra o maior número de mortes, com 63 confirmadas, seguida por Foz do Iguaçu e Cascavel. Até quarta-feira (26), o Estado registrava 3.073 casos da nova gripe. Outros 1.583 casos suspeitos foram descartados.
Apesar da confirmação, as novas mortes ainda não foram contabilizadas no balanço do Ministério da Saúde, que aponta 151 mortes em decorrência da nova gripe no Estado do Paraná.
Segundo dados do Ministério, São Paulo é o Estado com o maior número de mortes no país em decorrência da gripe A (H1N1), com 223 óbitos confirmados, seguido pelo Paraná, com 170, agora.
Em seguida, estão: Rio Grande do Sul (98), Rio de Janeiro (55), Santa Catarina (11), Minas (8), Distrito Federal (2), Paraíba (2), Bahia (2), Mato Grosso do Sul (1), Pernambuco (1), Rondônia (1), Pará (1) e Rio Grande do Norte (1). Os dados do Ministério da Saúde são parciais. Dados atualizados de secretarias estaduais da Saúde apontam maior número de mortes em alguns locais, como em Santa Catarina, que aponta 12 morte, e Minas, com 14. As secretarias do Amazonas (2) e do Acre (1), por exemplo, também confirmaram mortes. Nova gripe matou quatro pessoas por dia no Paraná-A gripe A H1N1 matou em média quatro pessoas por dia no Paraná desde o primeiro óbito em 14 de julho. De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta quarta-feira (26), chega a 170 o número de mortos pela nova gripe no estado. O Paraná também ultrapassou a casa de 3 mil pessoas contaminadas pelo vírus H1N1. O boletim anterior, divulgado pela Sesa na segunda-feira (24), informava que o Paraná tinha 2.853 casos confirmados da nova gripe. O novo balanço o número de contaminados chega a 3.073, sendo 178 em mulheres grávidas. Outros 1.583 casos suspeitos foram descartados. Ainda de acordo com a Sesa, foram confirmadas as mortes de 18 pela gripe em relação ao último boletim.
A regional de saúde de Curitiba concentra o maior número de óbitos, 63 no total. Das novas mortes confirmadas, quatro ocorreram da região de Cascavel, no Oeste do estado, que contabiliza 14 mortes. Os demais óbitos ocorreram nas regionais de Londrina (3), Paranaguá (2), Curitiba (2), Ponta Grossa (2), Irati (1), Pato Branco (1), Campo Mourão (1), Maringá (1), Ivaiporã (1).
As regionais de Irati, nos Campos Gerais, e Ivaiporã, no Norte, registraram as primeiras mortes. Com isso, apenas na região de Umuarama não foi confirmado nenhum óbito pela nova gripe. No novo boletim a Sesa corrigiu o número de mortes em Guarapuava e Toledo. Ambas tiveram uma morte a mais computadas no balanço divulgado pela secretaria anteriormente.
Empresas denunciadas
O Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) informou que 32 empresas de Curitiba, região metropolitana e litoral foram denunciadas por descumprir medidas de prevenção a nova gripe até a manhã desta quarta-feira. Na sexta-feira (21), o órgão recomendou o afastamento imediato por 15 dias das trabalhadoras gestantes.
O objetivo é preservar a saúde das trabalhadoras grávidas, por integrarem o grupo de risco de contágio do vírus H1N1, que causa a gripe A, também conhecida como gripe suína. De acordo com o ministério público, como se trata de uma medida de interesse público, as trabalhadoras grávidas não podem ter descontos em seus salários, nem o período pode ser considerado como parte das férias.
As empresas denunciadas foram convocadas para uma audiência às 14h30 de quinta-feira (27). O MPT-PR continua recebendo denúncias e uma nova reunião acontecerá em 1º de setembro.
Contaminados e óbitos
Paranaguá: 47 - 5 Curitiba: 927 - 63 Ponta Grossa: 23 – 5 Irati: 40 - 1 Guarapuava: 24 - 1 União da Vitória: 177 – 2 Pato Branco: 13 – 5 Francisco Beltrão: 191 - 3 Foz do Iguaçu: 230 - 15 Cascavel: 327 - 14 Campo Mourão: 64 - 6 Umuarama: 9 - 0 Cianorte: 50 - 7 Paranavaí: 25 - 2 Maringá: 113 - 9 Apucarana: 28 - 4 Londrina: 297 - 9 Cornélio Procópio: 185 - 2 Jacarezinho: 188 - 5 Toledo: 48 - 9 Telêmaco Borba: 30 - 2 Ivaiporã: 37 - 1

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Cientistas melhoram qualidade de espermatozoides usados em fertilização

Cientistas argentinos desenvolveram um método que melhora as amostras de espermatozoides utilizadas para as técnicas de fertilização assistida, segundo confirmaram biólogos nesta quarta-feira (26).
"A nova metodologia consiste na seleção dos espermatozoides que são usados em um procedimento de reprodução assistida", disse a bióloga argentina Vanesa Rawe.Rawe, do Centro de Estudos em Ginecologia e Reprodução (CEGyR) da Argentina, líder da pesquisa, explicou que essa seleção está baseada em uma propriedade molecular que têm certos espermatozoides anormais e que consiste "na exposição de uma molécula na porção exterior do espermatozoide".
São os denominados espermatozoides apoptóticos, aqueles que "têm níveis de fragmentação do DNA elevados e que têm uma má previsão para fecundar com sucesso um óvulo e gerar um embrião com possibilidades de implantação", explicou a investigadora.
"Com uma filtração que reconhece essa molécula, é possível enriquecer a amostra de espermatozoides, descartando os anômalos e utilizando só os normais para fecundar óvulos", acrescentou a cientista.
Técnicas similares já tinham sido utilizadas na Alemanha para a reprodução animal, mas os cientistas argentinos desenvolveram um método para aplicá-lo a pacientes humanos com problemas de fertilidade.
"Conseguimos obter gravidezes com este método e, em breve, vamos ter nascimentos", informou Rawe.

Brasil é o país com maior número de mortos pela nova gripe, diz Saúde

O Ministério da Saúde disse nesta quarta-feira (26), em nota, que o Brasil já registra a maior quantidade de mortos pela nova gripe. Até o dia 22 de agosto, foram observados 557 óbitos pelo vírus H1N1. De acordo com o boletim, no entanto, a taxa de mortalidade do Brasil (0,29) é menor do que em outros seis países. Isto porque o percentual de óbitos é calculado em relação à quantidade de habitantes em cada país.
O ministério também ressaltou que os países adotam periodicidade diferente para a atualização do número de mortes. Os últimos dados dos Estados Unidos, por exemplo, se referem a 15 de agosto. Ainda de acordo com o boletim, os países com as maiores taxas de mortalidade estão no hemisfério sul, por causa do inverno.
O ministério disse também que, pela segunda semana consecutiva, houve queda na quantidade de casos graves da nova gripe. Segundo o boletim, a semana que vai de 16 a 22 de agosto teve uma diminuição no número absoluto de casos. A mesma tendência havia sido observada na semana que vai de 9 a 15 deste mês.
O ministério observou, no entanto, que não é possível concluir que a tendência seja definitiva, pois ainda existem casos em investigação ou que não tiveram as informações sobre a conclusão registradas no sistema de informação pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde.
O boletim também ressaltou os riscos da doença para as mulheres grávidas. Das 480 gestantes infectadas pelo vírus Influenza A, 58 morreram.
Medida Provisória
O Ministério da Saúde também disse que o governo decidiu enviar ao Congresso Nacional uma medida provisória para a liberação de um crédito suplementar de R$ 2,1bilhões para o enfrentamento da pandemia de Influenza A.
O recurso será utilizado na compra de 73 milhões de doses da vacina contra a nova gripe, além da aquisição de 11,2 milhões de tratamentos, equipamentos, leitos de UTI, ampliação dos turnos nas unidades de saúde e capacitação dos profissionais.
O boletim informou ainda que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou que o Tamiflu, remédio utilizado para o tratamento do vírus H1N1, não seja utilizado por pessoas com sintomas leves ou sem fator de risco.

CE é o 2º Estado do Nordeste em casos de dengue

Apesar de os casos de dengue terem caído 47,9% em 2009 no Brasil, conforme balanço parcial do Ministério da Saúde divulgado no último dia 24, o Ceará ainda ocupa a segunda posição entre os estados do Nordeste do País e a sétima, no ranking nacional.Com 13.334 casos notificados entre janeiro e 4 de julho deste ano, o Estado, na região, só perde para a Bahia, único nordestino que, em vez de redução, apresentou quase o triplo de notificações da doença se comparado ao mesmo período do ano passado.No período de referência do balanço em 2008, o Ceará registrou 62.610 casos. Com essa marca, o Estado foi primeiro absoluto do Nordeste em número de notificações. Quase 22 mil casos a mais o distanciaram do segundo colocado, o Rio Grande do Norte, com 40.828 notificações em 2008. Vale ressaltar que, este ano, mesmo ainda amargando a segunda posição, o Ceará despencou para a marca de 13.334 casos da doença.Para Manoel Fonseca, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), a situação está controlada e são cinco os motivos que levaram a essa condição mais confortável. Primeiro, a mobilização social em torno do combate à doença. "Igrejas evangélicas, colégios, Correios, todo mundo fazendo a sua parte para evitar a proliferação do mosquito". Além disso, a mídia, que, avalia Fonseca, atuou de forma eficaz na divulgação de medidas preventivas; o controle de ações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), especialmente o atelamento das caixas d´água; o uso dos carros fumacê; e a capacitação de profissionais da saúde.Na avaliação do titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Alex Mont´Alverne, o número ainda elevado de casos notificados se comparado ao restante do País pode estar associado, entre outras questões, a uma "preocupação excessiva" das autoridades de saúde locais na busca ativa de notificações."Houve casos em que só a avaliação clínica foi usada para notificar um caso, que, posteriormente, não foi confirmado", cita como exemplo. Ainda segundo Mont´Alverne, o risco de um novo pico epidêmico não deixou de existir por completo e que a população e o poder público não devem baixar a guarda.O último informe semanal da dengue divulgado no dia 21 de agosto passado pela Sesa também aponta redução em relação ao número de casos confirmados da doença. Pegando como referência praticamente o mesmo intervalo de tempo de janeiro a julho deste ano e o comparativo com 2008, assim como fez o Ministério da Saúde em relação ao seu último boletim parcial, caiu de 43.031 para 4.373 o número de confirmações.Os casos de dengue hemorrágica também sofreram importante queda de 2008 para 2009. De janeiro a julho deste ano, foram confirmados 18 casos de dengue hemorrágica no Ceará, contra 440 do mesmo período do ano passado.Fortaleza continua absoluta em número de casos. Este ano, de janeiro a agosto, são 3.717 confirmações. Seguem a Capital os municípios de Altaneira, com 64 casos confirmados; Tamboril, com 60; Mombaça, com 59; e Morada Nova, com 51. CASOS CONFIRMADOS-Fortaleza, a maior vítima da doença.A Capital cearense, tendo em vista características como contingente populacional, ainda é a que mais concentra o maior número de casos confirmados da doença. Apesar de Fortaleza, segundo Alex Mont´Alverne, apresentar um índice de infestação de 0,4 - menos da metade do que o Ministério da Saúde considera aceitável, que é de 1% -, o município registrou quase 34 mil confirmações da doença em 2008 e já concentra 3.717, este ano. Só no ano passado, concentrou cerca de 80% dos casos confirmados no Ceará.Ainda de acordo com Mont´Alverne, a Capital conseguiu reduzir drasticamente o número de casos confirmados de janeiro a julho de 2009 em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 32.717 casos de janeiro a julho de 2008 contra 3.711 no mesmo período deste ano."Isso se deve a um número maior de agentes sanitaristas, as ações preventivas, participação relevante da mídia no tema, mobilização nas Secretarias Executivas Regionais (SERs), mudança para um agente larvicida mais potente", avalia.

Brasil pode alcançar os EUA

Quatro meses após o início da pandemia, o Brasil se aproxima dos Estados Unidos na incômoda marca de país com maior número de mortes por gripe suína no mundo e, com 512 óbitos confirmados, está a apenas dez de alcançar os americanos, que, muito mais próximos do México, foco inicial da doença, também começaram a sofrer sua disseminação logo no início, em abril – no Brasil, o primeiro caso nova gripe suína foi confirmado somente no mês seguinte, maio.
O número de mortes no Brasil é calculado com base no boletim mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde – no último dia 18, com dados até o dia 15 – mais os óbitos confirmados desde então pelas secretarias de saúde dos estados.
Hoje, o Ministério da Saúde deve divulgar um novo boletim com dados atualizados.
Além do número absoluto de mortes, o Brasil se distancia de países como os próprios Estados Unidos na proporção de mortes por casos confirmados da doença, o que especialistas atribuem principalmente a uma provável subnotificação dos casos, o que, no entanto, também é apontado como fator prejudicial ao combate da pandemia.
Considerando o último boletim oficial do Ministério da Saúde, de 15 de agosto, o número de mortes confirmadas até então por gripe suína no Brasil (368) chegava a 9,91% dos casos registrados (3.712).
Na mesma data, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos registrava 34.076 contágios pelo vírus H1N1, dos quais as 522 mortes confirmados até agora representam apenas 0,65% do total de pacientes.
Para Juvêncio Furtado, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, é impossível calcular uma mortalidade precisa por número de doentes.
– Seria um cálculo em cima de um número que a gente não tem, tanto pela quantidade de pacientes quanto pela população. Não é muito diferente dos Estados Unidos – afirma o médico, que aponta a falta de kits para diagnóstico como a vilã da história.
– É a lei da oferta e da procura.
O que se sabe é que o Ministério da Saúde está liberando o kit só para casos graves.
De acordo com o Ministério da Saúde, o diagnóstico diferencial da gripe suína é de alta complexidade e não tem relação direta com o tratamento. Ainda segundo o ministério, “a medida foi anunciada há dois meses quando mais de 70% das amostras de casos suspeitos analisadas não eram influenza (gripe), mas outros vírus respiratórios”.
Para o infectologista Alex Botsaris, o problema foi justamente a estratégia do ministério de tratar somente os casos graves com tratamento específico para gripe suína, “enquanto os Estados Unidos trataram todas as pessoas que aparentassem sintomas e conseguiram segurar a mortalidade”.
Botsaris relaciona a disseminação do vírus H1N1 no Brasil à limitação do tratamento pelo governo, assim ocorreu na Argentina, e refuta a versão de que a mortalidade só estaria diminuindo nos países do Hemisfério Norte por eles estarem no verão – estação menos propícia à gripe.
– Na Austrália, país do Hemisfério Sul, também no inverno, o governo liberou o medicamento para pacientes com sintomas e o índice de mortes é bem menor.
Segundo o site do Ministério da Saúde australiano, são 132 mortes por gripe suína para 33.844 casos confirmados – proporção de 2,5%, bem inferior à brasileira.
Edmilson Migowsky, professor de doenças infecciosas da UFRJ, critica outra justificativa do governo brasileiro, de limitar remédios recomendados para a nova gripe, como o Tamiflu, para evitar resistências ao vírus. – Países que liberaram a medicação tiveram redução nas mortes. Na Inglaterra houve resistência ao medicamento, porque os ingleses foram medicados.
Então, acontece assim: a Inglaterra fica com a resistência ao medicamento, a gente fica com as mortes. O que é melhor? Não é preciso pensar muito.
Além do número absoluto chegar perto, Brasil tem mais mortes por casos confirmados
O Ministério da Saúde está liberando o kit só para casos graves Juvêncio Furtado Presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia “
“Na Austrália, país do Hemisfério Sul, o índice de mortes é bem menor Alex Botsaris Infectologista
516 casos deixam o Brasil a seis mortes da liderança de óbitos pela gripe suína
O Ministério da Saúde anunciou uma mortalidade baixa muito cedo Edmilson Migowsky Professor de doenças infecciosas da UFRJ “

Medidas contra gripe A reduzem conjuntivite

São Paulo. Algumas medidas de prevenção contra a gripe suína, denominada oficialmente de gripe A (H1N1), têm ajudado a diminuir o número de casos de outra doença: a conjuntivite. É o que afirma o oftalmologista Mauro Campos, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)."Por ocasião da gripe suína, nós tivemos a oportunidade de examinar alguns pacientes que apresentavam também conjuntivite. Os hábitos de lavar as mãos freqüentemente, separar toalhas e sabonetes, evitar piscinas, contato direto com outras pessoas, orientações dadas às pessoas por causa de gripe suína, está produzindo uma diminuição nos casos de conjuntivite", disse o oftalmologista.Tanto a conjuntivite bacteriana como a conjuntivite viral são contagiosas e transmitidas por meio de contato.Os sintomas mais comuns da doença são vermelhidão, inchaço dos olhos ou pálpebras, lacrimejamento, sensação de desconforto e ardor e a sensação de que há um "corpo estranho" dentro do olho, como se tivesse areia ou cisco no olho, explicou o médico.Ontem, a Secretaria de Saúde do Acre confirmou a primeira morte em conseqüência da gripe A (H1N1) no Estado. Trata-se de um homem de 29 anos, que morreu no dia 17 de agosto, mais de 15 dias após contrair a doença em Manaus (AM).De acordo com a Secretaria, os exames dos familiares da vítima descartaram a contaminação pelo vírus.Também ontem as Secretarias de Saúde de Minas e de Santa Catarina confirmaram, juntas, mais sete mortes de pacientes vítimas da gripe suína. Com as confirmações, sobe para 512 o número de mortes no Brasil, segundo dados das secretarias estaduais de Saúde.Minas soma 14 óbitos decorrentes da gripe suína. Porém a Secretaria contabiliza apenas 12, já que atribui duas das mortes - divulgadas pelo Ministério da Saúde - aos Estados de São Paulo e Pernambuco.São Paulo é o Estado com o maior número de mortes no País em decorrência da gripe A (H1N1), com 179 óbitos confirmados. O Paraná é o segundo em número de vítimas (154), seguido pelo Rio Grande do Sul (94), Rio (49), Santa Catarina (12), Minas (14), Paraíba (2), Bahia (1), Pará (1), Acre (1), Rondônia (1), Mato Grosso do Sul (1), Rio Grande do Norte (1) e Amazonas (1), além do Distrito Federal (1).

terça-feira, 25 de agosto de 2009

61% dos pacientes com a gripe A no PR tiveram conjuntivite como sintoma

Depois de febre, tosse, dores musculares e calafrios, a conjuntivite é o sintoma mais presente em pacientes que contraíram a gripe A (H1N1) no Paraná. Dados divulgados nesta terça-feira (25) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mostram que 61% dos pacientes que tiveram a nova gripe confirmada nas regionais paranaenses até a primeira quinzena de agosto apresentaram o sintoma.
Apesar disso, especialistas ressaltam que a presença da conjuntivite por si só não deve ser motivo para alarde por parte dos pacientes. “A inflamação da conjuntiva ocular pode ocorrer por diversos fatores, e a presença do vírus da nova gripe é só mais um deles”, afirma José Luiz de Andrade Neto, médico infectologista e consultor do Ministério da Saúde. “Mas a estatística é importante para auxiliar os médicos no diagnóstico da doença”, diz.O médico conta que outras doenças, como a gripe comum, também podem provocar a conjuntivite. “É uma inflamação em uma membrana ocular. Na presença de um vírus ou uma bactéria no olho, o quadro pode se manifestar sem que o paciente desenvolva uma doença generalizada”, explica. “Tanto que já era um quadro observado pelos médicos, porém com menor atenção”.
Alceu Fontana Pacheco Junior, presidente da Sociedade Paranaense de Infectologia, acrescenta que é preciso ficar atento à manifestação do sintoma associada a outros sinais da gripe A. “Os sintomas que mais ocorrem são febre alta e tosse. Se houver as duas complicações, além da conjuntivite, há grandes chances de o caso ser da nova gripe”, afirma. Ele lembra que há outros indícios que nem sempre estão presentes nos casos confirmados da doença, como dor de garganta e diarreia.
Sintomas
Conforme o levantamento do Centro de Informações Estratégicas e Respostas Rápidas de Vigilância em Saúde (Cievs) da Sesa, em 95% dos casos confirmados da doença houve ocorrência de tosse e febre. Dores musculares apareceram em 68% dos pacientes, enquanto 62% manifestaram calafrios. Depois da conjuntivite, outros sintomas presentes em pessoas que confirmadamente contraíram a doença são dor de garganta (54% dos casos), falta de ar (45%), dor nas articulações (37%) e diarreia (13%).
Segundo a Sesa, para que um caso seja considerado suspeito da nova gripe, não é preciso que a pessoa tenha todos os indícios da enfermidade. “Ao ter febre ou calafrio associado a algum outro sinal, deve-se procurar uma unidade básica de saúde ou um médico de confiança, para que seja feito o devido diagnóstico e tratamento”, disse a coordenadora do Cievs, Miriam Woiski, à agência de notícias do governo estadual.
Outras orientações da secretaria para pacientes com sintomas da gripe são ficar em isolamento domiciliar durante sete dias, usar máscara para evitar que o vírus se espalhe, e cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, de preferência com um lenço descartável. As pessoas que não apresentam complicações devem evitar locais com aglomeração populacional, lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou higienizá-las com álcool gel, evitar tocar os olhos, nariz e boca antes de limpar as mãos e manter as janelas abertas e ambientes bem arejados.
154 mortes no Paraná
O boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) na tarde de segunda-feira (24) confirmou 13 novas mortes no Paraná por causa da gripe A (H1N1). O total de óbitos chega a 154 em todo estado, sendo que oito eram gestantes. O número de pessoas contaminadas pelo novo vírus é de 2.853.
As mortes no Paraná ocorreram entre os dias 14 de julho e 23 de agosto. Quanto à faixa etária, 63% dos mortos tinham entre 20 e 49 anos, e 18% tinham entre 50 e 59 anos.
Das 2.853 pessoas contaminadas pela nova gripe no Paraná, 165 são mulheres grávidas, consideradas do grupo de risco. Curitiba tem o maior número de infectados, 888. A região que apresentou a maior diferença entre o boletim anterior é Jacarezinho, no Norte-Pioneiro. Até a última sexta-feira, eram 56 casos confirmados na cidade. Agora o número é três vezes maior, chegando a 180 pessoas contaminadas.

Baixa umidade propaga doenças respiratórias.

Em tempos de pandemia da gripe suína, com 63 casos confirmados até a última sexta-feira no Ceará, as rinites alérgicas, faringites e pneumonias, entre outras doenças respiratórias, também aumentam nesta época do ano, quando cidades cearenses já chegaram a registrar umidade relativa do ar abaixo dos 30%. O alerta é da presidente da Sociedade Cearense de Pediatria e coordenadora do Serviço de Desenvolvimento Humano do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), Regina Portela.Segundo a médica pediatra, 80% dos casos dos problemas respiratórias são meramente ambientais. "Não é nada de vírus, mas podem se complicar se não forem tratados logo e não forem tomados alguns cuidados básicos", explica.Uma das principais medidas para evitar complicações respiratórias nesta época, segundo Regina Portela, é a limpeza nasal diária. Em crianças acima de 5 anos, basta fazer a limpeza com soro fisiológico no banho e antes de dormir. Já para menores de cinco anos, é aconselhável duas a três vezes por dia.Nos quartos com ar-condicionado, a pediatra recomenda aos pais colocar bacias ou depósitos de água, pois facilita a respiração. "Em pessoas alérgicas, o ar-condicionado provoca tosse devido ao ressecamento da mucosa nasal. É a chamada tosse de cachorro", brinca a presidente da Sociedade Cearense de Pediatria. Fazer gargarejos também é importante, pois os consultórios e hospitais estão recebendo muitos casos de inflamação da laringe e faringe (cordas vocais), que causa dificuldades para respirar e rouquidão. Por último, ela aconselha que as pessoas evitem grandes aglomerações. Embora muitas rinites tenham caráter alérgico ambiental, o quadro pode se agravar se for contraído um vírus.O gerente do Departamento de Meteorologia da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), David Ferran, disse que Fortaleza e cidades do litoral não estão apresentando baixa umidade. Ontem, às 16 horas, a Capital cearense estava com 70%, bem diferente do quadro de Tauá, por exemplo, onde a Funceme registrou umidade relativa do ar de apenas 23%. Barbalha e Jaguaribe também ficaram com umidade do ar abaixo de 30%, com 28% e 29%, respectivamente. "O fenômeno ocorre em metade do Estado e deve permanece até novembro ou com a chegada das primeiras chuvas, em dezembro", diz o meteorologista.De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), índices de umidade relativa do ar menores que 30% caracterizam estado de atenção, entre 20% e 12% significam estado de alerta e abaixo dos 12% é considerado estado de alerta máximo. Os principais efeitos da baixa umidade para a saúde são secura na garganta e nos olhos e problemas respiratórios. A OMS recomenda que nos municípios onde ocorrem o fenômeno, a população beba bastante líquido para evitar desidratação.Nesse período do ano, a Defesa Civil Nacional não aconselha a prática de atividades físicas ao ar livre e orienta que seja evitada a exposição direta ao sol entre as 10 e 17 horas.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

CSL começa produção de vacina contra vírus H1N1 nos EUA

WASHINGTON (Reuters) - O laboratório CSL começou a testar sua vacina contra a gripe H1N1, conhecida como gripe suína, em crianças e adultos nos Estados Unidos nesta segunda-feira, se unindo a outras empresas que estão testando a vacina H1N1 enquanto também aumentam a produção.A empresa com base na Austrália disse que poderia fazer testes em 1.300 adultos e 450 crianças com diferentes doses de sua vacina para ajudar a determinar qual será a melhor dose.
"As crianças estão normalmente no maior risco de infecção de influenza e complicações do que os adultos, então é extremamente importante entender a eficácia de uma vacina H1N1 em sua população bastante vulnerável", disse o médico Pedro Piedra, do Baylor College de Medicina no Texas, que irá ajudar a conduzir o processo, em um comunicado.
"Os processos clínicos da vacina candidata da CSL serão os primeiros a usar uma fórmula do antígeno da imunização H1N1 livre de timerosal."
Algumas pessoas contestam o uso de timerosal, que é um conservante baseado em mercúrio. Autoridades da saúde dos Estados Unidos dizem que não há evidência para apoiar persistentes crenças de que o timerosal causa autismo, mas de qualquer forma as empresas já retiraram o composto de muitas vacinas.
Na semana passada, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos informou que apenas 45 milhões de doses da nova vacina H1N1 poderiam estar à disposição da população em meados de outubro, em vez dos 120 milhões anteriormente previstos, com 20 milhões por semana prontos após este período.
O departamento pretende vacinar ao menos 160 milhões de pessoas até dezembro, com preferência para mulheres grávidas, funcionários da saúde, crianças e jovens adultos.
Cinco empresas estão fazendo a vacina H1N1 nos Estados Unidos --MedImmune unidade da AstraZeneca, CSL, GlaxoSmithKline Plc, Novartis AG e Sanofi-Aventis SA. A Sanofi também começou os processos nos Estados Unidos e outras empresas, incluindo a Glaxo, fazem testes na Europa. Lacen zera fila de exames para detecção da nova gripe no Paraná-O Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen) zerou, no domingo (23), a fila de espera por exames para detecção da gripe A H1N1, também conhecida como gripe suína. Ao todo, a instituição já fez 6,3 mil testes, cujos últimos resultados devem ser divulgados nesta segunda-feira (24). Segundo o diretor-geral do Lacen, a partir de agora, todos os resultados de exames devem ser divulgados em, no máximo, 48 horas.
As últimas amostras que estavam pendentes foram coletadas entre os dias 16 e 27 de julho. Segundo o Lacen, elas ficaram aguardando em razão da grande quantidade coletada naquele período e pela prioridade dada aos resultados de casos graves e óbitos. O Lacen começou a processar amostras de casos suspeitos da gripe A no dia 27 de julho. “É bom que a população saiba que o Lacen é o único laboratório do país que processa amostras exclusivamente de seu próprio estado. A Fiocruz, por exemplo, recebe material de sete estados diferentes”, disse Pionetto ao Paraná TV. “Com isso, foi possível zerar a fila daqui em menos de 30 dias. Assim temos um quadro epidemiológico mais bem definido hoje”. Segundo ele, no Paraná são processados 450 exames por dia.
O diretor-geral do laboratório afirmou ainda que a rapidez para se obter o resultado de exames no Paraná é o fator que faz com que o estado apresente um maior número de mortes decorrentes da doença em comparação com outras localidades. Por fim, Pionetto lembrou que, de acordo com o último protocolo do Ministério da Saúde, os exames agora são realizados apenas em pacientes em estado grave, em casos de óbitos, gestantes, ou de cidades que não têm casos confirmados.
Paraná tem 142 mortes
O último boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado na sexta-feira (21), confirmou 23 novas mortes no Paraná por causa da gripe A (H1N1). Com isso, o total de óbitos no estado chegou a 142. Das 23 novas mortes, seis foram registradas na região de Curitiba. Houve também a confirmação da primeira morte na região de Guarapuava.

Operação Sorriso vai realizar cirurgias gratuitas

A ONG Operação Sorriso do Brasil promove em Fortaleza mais um programa que envolve cirurgias em portadores de fissuras labiopalatinas. Entre os dias 1º e 8 de setembro, a ONG Operação Sorriso do Brasil (OSB) vai promover mais de 100 cirurgias gratuitas no Hospital Infantil Albert Sabin. A hospedagem, o transporte e a alimentação dos pacientes e familiares que vierem de fora da cidade também serão fornecidos sem custo. Desde o início da OSB, em 1997, já foram realizadas mais de 3.000 cirurgias em diversos estados brasileiros, como Ceará, Pará, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Rio de Janeiro e Alagoas. Só no Ceará mais 96 pessoas voltaram a sorrir após o programa de 2008. A cirurgia é relativamente rápida, em média uma cirurgia no lábio demora em torno de 45 minutos e na manhã após a cirurgia está liberado para retornar para casa. “Estamos preparados para atender cirurgicamente cerca de 100 pacientes. No entanto, é importante destacar que todo paciente que não for contemplado durante o programa deste ano será devidamente avaliado e cadastrado tanto para tratamento em futuros programas da OSB quanto para atendimento no serviço de fissurados do Hospital Infantil Albert Sabin”, declara Clovis Brito, Diretor Nacional de Programas da OSB. Hoje, a Organização Mundial da Saúde aponta 300 mil casos de brasileiros portadores de fissuras labiopalatinas no território nacional - 1 a cada 650 crianças nascidas no Brasil. O lábio fissurado e/ou a fenda palatina são aberturas no lábio, palato ou tecido mole da parte posterior da boca. A causa exata desse problema ainda é desconhecida, mas esse é um defeito congênito em uma etapa inicial do desenvolvimento do embrião. As conseqüências da fissura lábio-palatal na vida de uma criança vão além da estética, podem causar problemas auditivos, infecções crônicas, má nutrição, má formação da dentição e dificuldades no desenvolvimento da fala. Frequentemente observa-se o abandono escolar e a baixa da autoestima, ocasionando também problemas psicológicos. Serviço: Dias de seleção dos pacientes: 1º e 02 de setembro Local: Hospital Infantil Albert Sabin End.: Rua Tertuliano Sales, 544, Vila União, Fortaleza, CE Horário: a partir das 8h Telefone para informações: (85) 3101-4214 (serviço social) Dias das cirurgias: 04 e 08 de setembro Não é necessário fazer pré-inscrição para pleitear a cirurgia, apenas comparecer ao hospital no dia do exame e seleção dos pacientes, 1º e 02 de setembro.

domingo, 23 de agosto de 2009

Para descontrair.

Solicito ao prezado amigo(a) informar o CID (Classificação Internacional de Doenças) das nominadas abaixo. Dessas só entende quem é da terrinha...ou tem um pezinho por lá, rsrsrsrs DOENÇAS DE CEARENSE: - ISPINHELA CAÍDA. DOR NOS QUARTOS - PÉ DISMINTIDO - MOLEIRA MOLE - QUEBRANTO - TOSSE DE CACHORRO,- DOR NO ESTOMBO - FARNIZIM- PASSAMENTO- CACHINGAR- FRIEIRA- COBREIRO DE PÉ- PEREBA- CURUBA - REMELA NO ZÓI DORDÓI (conjuntivite)- GASTURA- MARIA PRETA- TERSOL- DOR NO PÉ DA BARRIGA- DOR DE VIADO- BODE- MORRÓIDIA- IMPINGE - PILÔRA- PANO BRANCO - XANHA- CATARRO NOS PEITO- ESTALICIDO- BICHEIRA- FININHA- ALÔJO- ÍNGUA- COCEIRA NAS VIRIA- BICHO DE PÉ- EMPACHADO- FASTIO- DOR NO ESPINHAÇO- BUCHO QUEBRADO- DENTIQUÊRO- CALO SECO- UNHA FOFA- PÉ INCHADO- PAPOQUINHA- CORPO REIMOSO- MUCUIM- ZOVIDO ESTOURADO- ÁGUA NA PLEURA- BERRUGA- OLHO DE PEIXE (verruga na planta do pé) - SETE COURO- CORPO MUÍDO- BARRIGA FAROSA- DIFRUÇO (resfriado) -ÔTO INFLAMADO (quando a comida cai no goto)- DENTE PÔDI-MÔCO- PÁ QUEBRADA- CADUQUICE- VISTA CANSADA- OS QUARTO ARRIADO- ESPINHA CARNAL- PAPÊRA- DOENÇA DOS NERVO- OMBRO DISMINTIDO- QUEIMA NO ESTOMBO- JUÍZO INCRIZIADOFERVIÃO NO CORPO- CAMPANHIA CAÍDA- ESMORECIMENTO NO CORPO- BROTOEJA- DESENCHAVIDO- PITO FROUXO ISCURICIMENTO DE VISTA- RACHADURA NOS PÉ- PAPOCA ROXA- OS PEITO ABERTO- LÊNDEA-PIOLHO- PIRA- TISGA- INFRAQUICIDA- VENTO CAÍDO- FRACO DOS NERVO- ESPORÃO DE GALO- BICO DE PAPAGAIO- LANDRA INCHADA (gânglios inchados)- DOR NAS COSTAS QUE RESPONDE NA PERNA- PAPOCA D'ÁGUA- DOR NAS TÁBUA DOS QUEIXO- DOR NAS CRUZ- DOR NOS BRUGUMI- MAL JEITO NO ESPINHAÇO- INTALO- INTANGUIDA- DIFULUÇO -DOR NAS CADEIRA- SAPIRANGA NOS ÓI- RUÇARA- DOR NA JUNTA- MONDRONGO- INQUIZILA- PÉ DURMENTE (remédio é fazer uma cruz com cuspe em cima do pé. É pei bufe)- ESQUENTAMENTO- VERMÊIA- CESÃO- CARNE TRIADA- NERVO TORTO- DOR NO MUCUMBÚ- SOLITÁRIA- TOSSE DE CACHORRO DOIDO -CARAOLHO- ESQUECIMENTO- ASTROSE E ASTRITE- SAPINHO- ENTOJO- PAPEIRA- TIRISSA- LUNDU- COQUELUCHE- COBREIRO- ISCOLIOSE- NÓ NAS TRIPA- ALGUEIRO- ESTOPOR- GÔGO- UNHEIRO- BOQUEIRA- CALOMBO- DORMÊNCIA NUMA BANDA DO CORPO- ZÔVO GÔRO- MURRINHA- ZÔVO VIRADO- CANSAÇO NO CORAÇÃO- JUÊI DISMANTELADO- ZÓIO NUVIADO VAZAMENTO (CAGANEIRA)- ÁGUA NAS JUNTA- RESGUARDO- ZUMBIDO NO ZOVIDO- INTUPIDO (passar dias sem obrar)- MUFUMBA- SOLUÇO- FÍGADO OFENDIDO- VÊIA QUEBRADA- CHABOQUE DO JOELHO ARRANCADO

O poder das ervas chinesas.

Os métodos de cura da tradicional medicina chinesa têm sido alvo de grande interesse de universidades e empresas de biotecnologia de países como os Estados Unidos. No centro das atenções estão as preparações à base de ervas, o principal componente de um sistema que inclui massagens, acupuntura e meditação entre seus recursos. Inicialmente, os pesquisadores querem identificar as substâncias medicinais presentes nessas plantas.
O passo seguinte será copiar as moléculas em laboratório, sintetizandoas, para criar medicamentos. Na semana passada, uma pesquisa da Universidade do Texas, nos EUA, revelou os mecanismos de ação de antigas fórmulas chinesas - muitas contendo até 25 ervas - ministradas a pessoas com doenças cardíacas. Após testá-las em animais, os especialistas descobriram a presença de compostos com capacidade de liberar óxido nítrico no organismo.
A substância é importante para o relaxamento do tecido fino que reveste os vasos sanguíneos, aumentando seu calibre e facilitando o fluxo sanguíneo. O composto também combate a formação de coágulos e placas que podem entupir as artérias. "Estudos devem ser feitos em humanos, particularmente naqueles com indicações cardíacas", disse Yong-Jian Geng, coautor do trabalho. O combate ao alcoolismo e aos sintomas da endometriose, doença ginecológica que causa fortes dores pélvicas e que pode levar à infertilidade, está entre as qualidades do herbário oriental recentemente comprovadas.
Contra a compulsão pela bebida, a estrela é a erva kudzu, trepadeira que dá uma bela flor arroxeada, conhecida como puerária. O extrato da planta induz a uma aversão ao álcool, sentido enquanto a pessoa bebe e também depois. Isso ajuda a prevenir as recaídas que acometem cerca de 80% dos pacientes no período de um ano.
A daidzina, substância da planta responsável por esse efeito, foi avaliada em ratos. Agora passará por exames de toxicidade e será testada em humanos. "Se o composto for seguro, acredito que a maioria dos médicos não hesitará em prescrevê- lo", disse Ivan Diamond, autor do estudo e vice-presidente da Gilead, uma das maiores empresas de biotecnologia do mundo.Uma revisão assinada pela organização internacional Cochrane, especializada na análise de pesquisas científicas, concluiu que as ervas chinesas causam menos efeitos colaterais no tratamento de endometriose.
O trabalho analisou dois estudos envolvendo158 mulheres. As ervas aliviaram os sintomas da mesma forma que o hormônio gestrinona, usado no tratamento. Mas não desencadearam desconfortos associados ao remédio, como fogachos e aumento de peso.
Também ficou demonstrada a ação das plantas até mais intensa do que outro hormônio utilizado, o danazol. "Os resultados sugerem que as plantas chinesas podem ser tão eficientes como alguns tratamentos convencionais para mulheres que sofrem de endometriose. Porém, mais estudos são necessários", afirma Andrew Flower, da Unidade de Pesquisa em Medicina Complementar da Universidade de Southampton, no Reino Unido.

Medicina espetáculo

Desde a década de 60, a curiosidade pelas doenças e acidentes inspirou séries médicas que abordavam na ficção o dia a dia dos profissionais de saúde e os bastidores das emergências dos hospitais. Em 1994, a série "Plantão Médico" - encerrada em abril após 15 anos de sucesso - se tornou modelo no gênero e originou programas semelhantes. O estilo foi tão bem recebido que migrou da ficção para a realidade, inaugurando a era da medicina-espetáculo. Os reality shows médicos são a nova febre dos canais pagos e têm até uma versão brasileira em rede aberta. Há pelo menos sete programas do gênero em exibição no País atualmente, todos com audiência crescente e cativa.
O Discovery Home & Health tem até mais de um. As estrelas do canal são "Medicina de Peso", com os detalhes das cirurgias bariátricas, e "Hopkins", que retrata a rotina dos médicos no hospital de Baltimore (EUA). Ele também apostou nas séries "Enigmas da Medicina e Diagnóstico Desconhecido", com histórias reais sobre as doenças raras dos pacientes. Até a atriz americana Farrah Fawcett fez um documentário, "Farrah's Story", para contar em detalhes sua luta em busca de tratamentos contra o câncer que a matou, em julho deste ano. Um dos pioneiros do formato "medicina realidade" é a série "Dr. Hollywood", iniciada em 2004 e exibida no Brasil pela RedeTV!. O programa mostra o trabalho do popular cirurgião plástico de Beverly Hills, dr. Robert Rey, durante as suas intervenções plásticas. Há detalhes, do corte do bisturi à sutura, além do resultado final.
A versão brasileira dessa onda estreou em abril. O "E24 (Emergência 24 horas)" - exibido pela Band às terças-feiras, às 22h30 - mostra o cotidiano dos bombeiros, profissionais de saúde e os detalhes crus das cirurgias e do atendimento de emergência nos hospitais públicos de São Paulo. O produtor e o cameraman do programa acompanham o plantão dos bombeiros quatro vezes por semana e fazem a cobertura completa do atendimento e das cirurgias. "Mostramos apenas uma parte da realidade, optamos por um recorte positivo", diz o produtor Mariano Feijoo. Os médicos que participam do programa dizem que a equipe de produção não atrapalha e aprovam o formato. "As pessoas querem saber como são tratadas quando estão desacordadas", afirma Mário Issa, médico do Instituto Dante Pazzanese, que realizou uma cirurgia cardiológica diante das câmeras. "É uma forma de elas perceberem que o paciente do sistema público também tem acesso a um tratamento de ponta", afirma. Daniela Paoli, médica do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), é uma das presenças garantidas no E24. "Ele mostra como evitar acidentes e a importância do atendimento de resgate."Atendendo aos apelos da curiosidade mórbida, a medicina-realidade do E24 atinge as vísceras do pronto-socorro - mostra a fratura exposta da criança que foi atropelada, o ladrão que levou cinco tiros, o homem que se jogou do sexto andar. Soa bizarro, mas é difícil atirar a primeira pedra no telespectador. Afinal, quantas vezes dirigimos devagar para ver os detalhes (ainda que assustadores) de um acidente de trânsito ao lado? Em maior ou menor grau, somos todos espectadores do show dos dramas humanos, seja na ficção, seja na realidade. "É uma forma de nos sentirmos melhores por não estarmos naquela situação", avalia a psicóloga Marília Millan, autora da tese 'Reality Shows - Uma Abordagem Psicossocial'. "Assistir a esses programas satisfaz os nossos impulsos sádicos e masoquistas", diz.
As séries têm trunfos que vão além do fascínio pela desgraça alheia. A estética do vídeo em alta velocidade, a correria das emergências, a necessidade de não perder tempo no resgate e a alta eficiência nos procedimentos cirúrgicos e diagnósticos entram em sintonia com o imediatismo e o culto à alta performance na sociedade pósmoderna. Não é raro encontrar na vida real um modelo de herói que faz o tipo dr. Gregory House, interpretado pelo ator inglês Hugh Laurie na série "Dr. House" - exibido pela Universal. A arrogância do personagem é disfarçada pelo seu brilhantismo, implacável no acerto dos diagnósticos.
Mas nem toda a classe médica aprova estes programas. "Esse tipo de exposição é um absurdo", acusa Antônio Carlos Lopes, presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica, em referência ao "E24". "É um sensacionalismo que não traz nenhum benefício e pode gerar uma má interpretação dos procedimentos médicos." Ele afirma que o Conselho Regional de Medicina deveria proibir o programa, que viola a relação de sigilo entre médico e paciente. É justamente o desvelo do segredo clínico que alimenta a curiosidade, segundo Marília Millan. "As pessoas são seduzidas pela possibilidade de entrar num universo misterioso e ter acesso a um conhecimento hermético, restrito apenas à classe médica", diz Marília. Por isso, é certo, o show vai continuar.

De origem militar, sistema 'caça-tiros' desembarca no país.

No mês passado, numa tarde de domingo, o menino William Moreira da Silva, de 11 anos, empinava pipa em uma fábrica em Barros Filho, na zona norte do Rio de Janeiro, quando foi atingido por uma bala perdida. Algumas testemunhas disseram que o tiro partiu de policiais militares que costumam fazer ronda na região. A PM negou as acusações e informou que não tinha feito nenhuma operação por ali. Suspeita-se também que seguranças da fábrica possam ter trocado tiros com traficantes de drogas. William chegou a ser socorrido, mas não resistiu. O caso segue sob investigação.
Episódios de violência como esse, em que a identificação do culpado pelo homicídio é uma tarefa difícil, já levou a polícia de diversas cidades dos Estados Unidos a adotar uma tecnologia de uso militar para encontrar os culpados e, em muitas ocasiões, salvar vidas.
O chamado "sistema de detecção de disparos de armas de fogo" é uma invenção da americana ShotSpotter, empresa do Vale do Silício, na Califórnia. A companhia, que até agora só atuava nos EUA, acaba de montar um escritório no Rio. O plano é inaugurar mais duas instalações em breve, em São Paulo e Belo Horizonte.
A tecnologia da ShotSpotter funciona como um "caça-tiros". A empresa instala sensores de áudio no topo de prédios de grandes áreas urbanas. Esses sensores se comunicam por meio de um sistema acústico desenvolvido pela empresa e fazem a varredura da região. Tudo está integrado a um sistema de mapeamento via GPS. Se o disparo de uma arma de fogo ocorre no perímetro coberto pela tecnologia - cada sensor alcança um raio de dois quilômetros, em média - o sistema acústico detecta automaticamente o som e, em no máximo nove segundos, exibe um mapa com a indicação precisa do local onde aquele tiro foi dado. O alerta pode ser configurado para chegar a centrais da polícia, redes de emergência ou uma viatura que esteja mais próxima do local.
Fundada há 15 anos por três cientistas, a ShotSpotter já instalou seus sensores em 45 cidades dos EUA, entre elas Los Angeles, Washington, Chicago, Boston e San Francisco. A precisão da informação e a agilidade no tempo de resposta, diz James Beldock, presidente e executivo-chefe da ShotSpotter, se tornaram ferramentas cruciais nas mãos dos policiais. Beldock, que esteve em São Paulo nesta semana, falou com exclusividade ao Valor.
"Nos EUA, quando um tiro é disparado, apenas 20% dos casos são informados ao [serviço de emergência] 911", comenta. "Isso significa que, em 80% dos casos, ninguém é informado em tempo hábil de fazer alguma coisa."
Nos últimos quatro anos, diz Beldock, as cidades americanas que adotaram o sistema conseguiram salvar a vida de 220 pessoas que foram baleadas porque a polícia e o serviço médico chegaram rapidamente aos locais do crime.
O desenvolvimento da tecnologia, segundo o executivo, custou US$ 35 milhões aos investidores da ShotSpotter, um grupo de empresas de capital de risco. Um dos aperfeiçoamentos permite ao sistema distinguir o som de um tiro - ou vários - daquele emitido por rojões e outros fogos de artifício. "Também passamos oito meses trabalhando em uma assinatura acústica para fazer com que o sistema não confundisse o som de uma metralhadora com o de um helicóptero", comenta Beldock. "Uma pessoa percebe a diferença facilmente, mas ensinar isso a um computador não é algo tão simples, o registro do som é muito parecido."
Além de acelerar o socorro a vítimas e aumentar a possibilidade de prender o autor do disparo, o sistema tem ajudado a diminuir o número de homicídios nos EUA, diz o executivo. "Ao ter uma visão detalhada das ocorrências, é possível direcionar esforços com mais precisão. Isso é fundamental para a polícia gastar energia e tempo com o que realmente é crítico."
A ShotSpotter ainda não tem contrato fechado no Brasil, mas as negociações estão adiantadas com o governo do Rio, afirma Roberto Motta, diretor da ShotSpotter no país. Uma comitiva do Estado esteve nos EUA para ver a tecnologia de perto e já existe um projeto desenhado que cobriria a região da Tijuca. A previsão é de que o primeiro contrato no Brasil seja assinado nas próximas semanas, diz Motta.
O plano, segundo Beldock, é investir entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões em ações de venda e marketing no país nos próximos três anos. A empresa também está escolhendo integradores de sistemas e um fabricante local para os equipamentos. A produção consumirá mais US$ 4 milhões. "Vamos produzir no Brasil e, a partir daqui, exportar para a América Latina."
A meta é espalhar seus sensores em uma área total de 500 quilômetros quadrados em todo o país, nos próximos cinco anos, o que geraria uma receita de aproximadamente US$ 400 milhões.
Nos EUA, a ShotSpotter é concorrente direta da também americana BBN Technologies. No mês passado, a BBN fechou um contrato de US$ 74 milhões com o o exército americano para entregar 8,1 mil detectores portáteis. O equipamento, conhecido como "Boomerang", deverá ser usado nos conflitos dos EUA com o Oriente Médio.

sábado, 22 de agosto de 2009

Brasil ultrapassa Argentina em mortes por gripe suína

O Brasil ultrapassou a Argentina em número de mortes pela gripe suína --a gripe A (H1N1)--, segundo dados divulgados na noite de ontem pelo Ministério da Saúde argentino e pelas informações das secretarias estaduais de saúde brasileiras. São 488 mortos pela doença no país, contra 439 no vizinho, e agora está atrás apenas dos Estados Unidos (522) entre os países que divulgam sistematicamente estes dados.
Com as mortes confirmadas ontem pelas secretarias de Saúde de São Paulo, Paraná, Rio e Rio Grande do Sul, o número no Brasil subiu para, ao menos, 488. Com isso, o país ultrapassou a Argentina, onde o número de mortos subiu de 404, em balanço divulgado há oito dias, para 439, segundo comunicado do Ministério da Saúde do país divulgado na noite de ontem.
A gripe suína já matou 1.799 pessoas em todo o mundo, principalmente no continente americano, desde o seu aparecimento, no final de março, segundo os últimos dados da OMS. A entidade declarou a primeira pandemia de gripe do século 21 no dia 11 de junho. No total, 170 países já confirmaram casos. O Brasil já havia passado o México na semana passada. Na ocasião, balanço das secretarias estaduais da Saúde mostravam 277 óbitos no país, contra 162 no México. O último balanço naquele país, divulgado na quinta-feira, aponta para a morte de 170 pessoas.Agora, dos países que divulgam sistematicamente dados sobre mortes por gripe suína, o Brasil só está atrás dos Estados Unidos. Os americanos confirmam a morte de 522 pessoas pela doença até a noite de ontem, segundo informações do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças, na sigla em inglês).
Os dados são emblemáticos porque o México foi o primeiro país do mundo a ter um surto de gripe suína, enquanto que a Argentina foi quem enfrentou o problema com mais gravidade primeiro na América do Sul --o que fez, inclusive, com que turistas brasileiros evitassem viajar para estes países. Brasil
Somente em São Paulo, o total de óbitos saltou de 134 --conforme balanço do último dia 11--para 179 nesta sexta-feira. No Paraná, foram confirmadas mais 23 mortes, e o total subiu para 142 no Estado. Já o Rio Grande do Sul anunciou mais nove óbitos, elevando para 93 o número de vítimas.
No Rio de Janeiro, o total de vítimas já chega a 47, com as quatro novas confirmações desta sexta-feira. Mais cedo, Santa Catarina havia confirmado a 11ª morte no Estado --que está em situação de emergência desde o dia 3 de agosto devido à doença.
São Paulo é o Estado com o maior número de mortes no país em decorrência da gripe A (H1N1), com 179 óbitos confirmados. O Paraná é o segundo em número de vítimas (142), seguido pelo Rio Grande do Sul (93), Rio (47), Santa Catarina (11), Minas (8), Paraíba (2), Bahia (1), Pará (1), Rondônia (1), Mato Grosso do Sul (1) e Amazonas (1), além do Distrito Federal (1).
Segunda onda em 2010
A gripe suína deve voltar a circular no Brasil de forma mais intensa em meados de abril ou maio de 2010.
Após o inverno e o pico pandêmico, a tendência (válida para os Estados do Sul e do Sudeste) é de redução paulatina no número de novos casos. "A julgar pelo que ocorreu no verão boreal [hemisfério Norte], nos próximos meses o novo vírus circulará por aqui num padrão mais intenso que o das cepas sazonais, mas nada tão dramático como a situação a que assistimos nas últimas semanas, quando os hospitais das regiões mais afetadas chegaram bem perto de seu limite."
Isso dá tempo ao Brasil de preparar uma estratégia para enfrentar a segunda onda da gripe "de modo mais eficiente" do que a primeira. "A principal arma deverá ser a vacinação, cuja estreia no hemisfério Norte teremos ocasião de observar antes de tomar as decisões mais graves."
Alerta mundial
Nesta sexta-feira, a diretora da OMS (Organização Mundial da Saúde), Margaret Chan, pediu à comunidade internacional que se prepare para uma provável segunda onda da gripe suína. Chan destacou ainda que os governos devem se preparar para o fornecimento de vacinas.
"Não podemos dizer que o pior já passou ou está a ponto de passar", declarou Chan, em uma mensagem de vídeo gravada e exibida na abertura de um congresso em Pequim sobre a gripe na região Ásia Pacífico.
"Devemos nos preparar para qualquer surpresa que nos reserve este novo vírus caprichoso (...) uma mutação constante e imprevisível é o mecanismo de sobrevivência do mundo microbiano", completou. "Também devemos nos preparar para uma segunda, e inclusive uma terceira, onda como aconteceu em pandemias anteriores."
Sintomas
A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha o vírus, e examinada em laboratório.
Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Em busca das funções perdidas

O seu corpo é revestido internamente por uma grande malha de ginástica, que serve para agrupar estruturas como músculos, ossos e tendões, chamada fáscia. É sobre ela que age o rolfing: uma terapia manual profunda que tem como objetivo liberar tensões, recuperar as funções originais de cada parte do corpo e, de quebra, fazer exercícios que ensinem novamente a melhor postura e execução de movimentos simples, como andar e subir e descer de escadas. Quem desvenda a técnica são as rolfistas Eloísa Mara e Lúcia Guimarães e a professora de Cinesiologia e Biome­­cânica do curso de Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Auristela Moser, que também é chefe da Escola de Coluna da instituição.
O que é o rolfing?
Esta é uma marca registrada do Rolf Institute for Structural Integration, que serve para designar o trabalho de integração estrutural criado pela cientista norte-americana Ida Rolf. O método consiste na manipulação dos tecidos miofasciais (conjuntivos), que são membranas que recobrem os feixes de músculos e formam uma espécie de malha de ginástica que recobre todo o corpo. Quando parte dessas membranas se retesa – por conta das tensões do dia a dia –, essa “malha” se repuxa, comprime os músculos e ocorrem dores e tensões generalizadas. A parte seguinte do tratamento é promover a reeducação do movimento, ou seja, ensinar a andar corretamente e levantar sem sobrecarregar as costas, por exemplo.
Como é a técnica de manipulação?
Consiste em uma terapia manual mais profunda, atingindo as fáscias, que envolvem e conectam músculos e tendões. Pelos movimentos, é possível trabalhar separadamente cada feixe muscular, alongar, tonificar, deixando-o pronto para que reestabeleça suas funções. O rolfista libera tensões localizadas, que afetam o bem-estar do corpo em geral. Isso ajuda a pessoa a se reorientar espacialmente, melhorando o seu alinhamento em relação à gravidade e sua coordenação dos movimentos. Assim, o corpo ganha equilíbrio e economia funcional, ou seja, não precisa gastar tanta energia para realizar movimentos básicos.
A técnica é dolorida?
Isso depende do grau de comprometimento de cada pessoa. Mu­­dar a estrutura corporal e acessar comportamentos internos pode ser dolorido, como acontece na RPG (Reeducação Postural Global). A grande questão é que o paciente, aos poucos, vai se libertando de condicionamentos antigos, deixando medos de lado e assumindo novas possibilidades para o corpo. Que, aliás, ele sempre teve, mas, com o tempo, foram sendo deixadas de lado.
Em que casos é indicado o rolfing?
Ele serve tanto para quem tem hábitos posturais ruins – decorrentes de padrões de movimentos errados ou determinados por traumas físicos ou emocionais – quanto para quem se exercita em demasia e acaba sofrendo lesões. Muitas vezes as pessoas tentam “arrumar” a postura, compensando um pé dolorido, deslocando, por exemplo, o peso para outra perna – o que compromete ainda mais o equilíbrio do corpo. A ideia é tornar o movimento mais eficiente.
Quais os principais hábitos que contribuem para a má postura e as dores?
Manter os ombros sempre levantados, sentar fora do apoio do quadril, usar saltos altos por muito tempo, carregar bolsas muito pesadas. Toda a vivência física e emocional recebe uma resposta do corpo. Quando a pessoa está triste, por exemplo, ela tende a ficar com os ombros para frente, esconder o peito, olhar para baixo.
E para quem tem uma patologia já instalada?
Uma pessoa com hérnia de disco, por exemplo, não será curada pelo rolfing. Mas provavelmente sua estrutura física sairá beneficiada das sessões. Por meio das manipulações é possível isolar o problema e tratar as estruturas vizinhas, fazendo com que retomem suas funções, alongando-as e tonificando-as. O rolfing ajuda a reorganizar o corpo da melhor forma possível, para que consiga cumprir suas funções.
Como é o tratamento?
São feitas dez sessões de alongamentos e reeducação postural. A cada sessão, uma camada é acessada, o corpo vai ficando mais solto e aberto a novas sugestões. Junto com as manipulações, são ensinados comandos para a reeducação corporal e o paciente reaprende a andar, levantar, sentar. Depois de terminadas as sessões, o corpo precisa descansar e se readequar às novas programações. O indicado é fazer o tratamento uma vez ao ano.
Há quanto tempo existe o rolfing?
Além de se aprofundar em medicina quiroprática, osteopatia, ioga e outras técnicas durante a década de 40, através do trabalho científico e das descobertas in­­tui­­tivas que realizou com pessoas cronicamente incapacitadas, a cientista norte-americana Ida Rolf começou a desenvolver o trabalho que viria a ser conhecido como integração estrutural. Nos 30 anos seguintes, dedicou-se a desenvolver a técnica – Rolfing® – e seu programa de trei­­­namento. Nos Estados Uni­­dos, a técnica passou a ser conhecida nos anos 50. No Brasil, só agora a técnica vem sendo co­­nhecida. Só que, como não está vinculada a nenhuma profissão, é vista como “alternativa” por boa parte da comunidade científica.
Quanto custa e quanto tempo dura a sessão?
Os preços variam entre R$ 100 e R$ 150 a sessão, que demora em média uma hora e quinze mi­­nutos.