terça-feira, 30 de junho de 2009

Província de Buenos Aires e capital Argentina decretam emergência por gripe suína

O aumento do número de casos de gripe suína --A (H1N1)-- na Argentina e do número de mortes em decorrência da doença levou as autoridades da capital, Buenos Aires, e a da Província de Buenos Aires (que não inclui a capital) a decretarem estado de emergência de saúde nesta terça-feira. Os dois governos pediram que a população não se assuste com as medidas, classificadas de preventivas.
"Peço às crianças que fiquem em suas casas", aconselhou o prefeito da capital, Mauricio Macri, antes de pedir calma e de informar que pelo menos dois secretários de seu gabinete estão com a gripe. Ao decretar emergência de saúde, as autoridades da capital também anunciaram o adiantamento para a próxima segunda-feira do recesso escolar, que se estenderá por quatro semanas em vez das tradicionais duas.
Segundo o governador da Província, Daniel Scioli, o governo está tomando todas as medidas preventivas para atender aos infectados e o estado de emergência será de âmbito administrativo, para permitir o uso mais rápido de recursos contra a doença.
O secretário de saúde provincial, Claudio Zin, informou que o decreto terá validade a partir de meia-noite e vai permitir o recrutamento de funcionários aposentados de saúde para ajudar no esforço do governo contra a doença.
Nesta terça-feira, foram anunciadas mais duas mortes causadas pela nova gripe na Argentina, o que aumentou para 30 o número de mortes confirmadas oficialmente em consequência da infecção pelo novo tipo de vírus influenza A (H1N1). Mas o número já pode ser maior. Um hospital e em uma universidade de Buenos Aires divulgaram a existência de mais vítimas.
Além disso, as autoridades da cidade e da Província de Buenos Aires, além das províncias de Santa Cruz e Neuquén anunciaram nesta terça-feira que estenderão as férias de inverno nas escolas até o final de julho, depois que três Províncias suspenderam as aulas por causa da doença. Apesar da declaração de emergência e da suspensão das aulas, tanto a capital quanto a Província confirmaram que não haverá fechamento de cinemas, teatros, restaurantes, shoppings e outros locais de reunião, informou o jornal "El Clarín".
"Pedimos responsabilidade e colaboração: à pessoa tenha sintomas, nós pedimos que fique em casa", disse o prefeito. Ele também pediu que a população "mantenha a calma" diante do avanço do vírus e disse que os serviços de saúde dão conta da demanda causada pela doença, segundo o "Clarín". "Os hospitais estão sobrecarregados, mas não saturados", disse ele. "A cidade está dando respostas e tem tratamento suficiente para todos os pacientes", concluiu.
A secretária de Saúde da Província de Santa Fé, Débora Ferrandini, confirmou nesta terça-feira a morte de uma mulher grávida e de um homem por causa da gripe, que já infectou 1.587 pessoas no país, segundo dados oficiais, embora entidades sanitárias tenham denunciado que o número de doentes "é substancialmente maior".
A médica do Hospital Italiano de Buenos Aires Alejandra Valledor afirmou que o centro de saúde registrou a morte de três pessoas que não foram "incluídas" ainda nos números computados pelo Ministério da Saúde da Argentina.
A professora da Faculdade de Odontologia da Universidade de Buenos Aires (UBA), María Beatriz Guglielmoti, disse que uma de suas alunas que estava grávida e um aluno do mesmo curso morreram por causa da doença. Ela disse também que um funcionário da faculdade, cujas aulas foram suspensas até o dia 11 de julho para evitar a propagação do vírus, está internado em estado grave pela doença.
As autoridades da Faculdade de Medicina da cidade de La Plata informaram nesta terça-feira a suspensão por um mês de suas aulas para prevenir o avanço da doença.
O chefe de gabinete de Buenos Aires, Alberto Pérez, anunciou que as férias de inverno, que normalmente duram duas semanas, irão do dia 6 ao dia 31 de julho, na Província e cidade de Buenos Aires.
O governador da Província de Santa Cruz, Daniel Peralta, também disse que as férias de inverno foram antecipadas para a sexta-feira e durarão até o dia 31 de julho, enquanto as autoridades de Neuquén suspenderam todas as aulas até o dia 26 de julho.
"Pedimos às famílias e a todos um forte senso de responsabilidade e que as crianças não fiquem em lugares com aglomerações", pediu nesta terça-feira o ministro de Educação da Argentina, Juan Carlos Tedesco.
Responsável por combater o avanço da gripe suína, a ministra da Saúde argentina, Graciela Ocaña, renunciou ao cargo nesta segunda-feira. Alguns jornais argentinos informaram que ela divergiu do governo em relação às medidas para conter a epidemia de gripe suína, defendendo medidas mais duras que as autorizadas pela presidente Cristina Kirchner.
Brasil
No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou na tarde desta terça-feira 55 novos casos de gripe suína, elevando para 680 o total de pessoas infectadas no país.
A maioria das confirmações ocorreu no Rio Grande do Sul, Estado cujo total de pessoas infectadas saltou de 40 para 85 em apenas um dia.
No último domingo (29), o governo confirmou a primeira morte de um brasileiro no país em decorrência da gripe, registrada em Passo Fundo, município do Rio Grande do Sul.
OMS
O mais recente balanço da OMS (Organização Mundial da Saúde), divulgado nesta segunda-feira, informa que 70.893 casos de gripe suína foram registrados em 116 países e territórios. Em 311 casos, os pacientes morreram.
No último dia 12, a organização anunciou que a gripe suína atingiu o nível de pandemia (epidemia generalizada). O termo tem relação apenas com a ampla distribuição geográfica do vírus, e não com a sua periculosidade.
Os Estados Unidos continuam tendo o maior número de casos --27.717--, e passou a ter também o maior número de mortes causadas pela doença --127.
Considerado o epicentro da doença, o México já registrou 8.279 casos de gripe suína, e 116 mortes. No Canadá, foram confirmados 7.775 casos e 21 mortes.
Sintomas
A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
Com o relançamento no Brasil do livro O Universo numa Casca de Noz (Ediouro, 216 págs., R$ 59,00), do físico inglês Stephen Hawking, que já superou a casa dos 100 mil exemplares vendidos no país, o fato de um estudo sobre a doença do gênio ter ganhado o Prêmio PG de Medicina Internacional ganha novo peso.O estudo sagrou-se vencedor ao ser avaliado como a melhor tese sobre Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) - doença neurológica caracterizada pela morte de neurônios motores e pela contínua atrofia muscular. Desenvolvida pelo professor belga Peter Carmeliet, a pesquisa demonstra que a proteína VEGF-B pode desempenhar função neuroprotetora, isto é, proteger o neurônio motor da ação degenerativa da ELA.
De origem desconhecida e difícil diagnóstico, a ELA é uma doença caracterizada pela neurodegeneração, isto é, pela contínua morte de neurônios motores - os responsáveis pela transmissão de impulsos nervosos que possibilitam aos músculos executarem movimentos voluntários. Sua evolução causa progressiva fraqueza, dificuldade de realizar movimentos e atrofia muscular que num período variável, de dois a cinco anos, na maioria dos casos, leva o paciente ao óbito.
Rara
Com incidência de 1 a 2,5 casos em cada 100 mil habitantes/ano (segundo dados do Sistema Único de Saúde), a ELA age tanto sobre o primeiro neurônio motor (superior - parte do córtex cerebral e do tronco encefálico) quanto o segundo neurônio motor (inferior - parte da medula espinhal em direção aos músculos).
Não contagiosa, a mais comum doença do neurônio motor incide sobretudo em homens adultos, de etnia branca, entre 40 e 50 anos. Além da fraqueza muscular, a ELA provoca cãibras, espasmos, reflexos exaltados e, em casos mais avançados, dificuldade para falar, engolir e respirar. Contudo, a patologia não afeta as faculdades mentais e psíquicas, nem a visão, audição, tato, olfato, paladar, tampouco as funções sexual, intestinal e vesical. O Prêmio PG de Medicina Internacional é uma iniciativa nacional que visa fomentar as pesquisas médicas - sobretudo, as relacionadas à ELA. Desenvolvido bienalmente pelo Instituto Paulo Gontijo (organização sem fins lucrativos), a premiação concede o valor de R$ 50 mil à melhor tese.
Atenuar progressão
Peter Carmeliet demonstrou que o VEGF-B é u m fator neuroprotetor ao aplicá-lo em ratos com mutação no gene SOD1 - uma das causas para surgimento de ELA. A proteína conferiu maior sobrevida aos ratos e não provocou efeitos colaterais.
"Esse estudo mostra que o modelo animal pode ser modulado. É mais uma forma de atenuar características clínicas da doença, de forma segura", aponta o biólogo e doutorando em genética do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo, Miguel Mitne Neto.
Peter Carmeliet é PHD em Higher Education in Medicine, pela Universidade de Leuven. Reconhecido com mais de 40 prêmios e homenagens, lecionou em diferentes cursos de instituições como Universidade de Leuven, Bruxelas e Harvard. Atualmente, dirige o Departamento Neurovascular do VIB Centro de Pesquisas Vesalius, da Universidade de Leuven.
Ainda sem cura, os tratamentos empregados em pacientes de ELA visam retardar a evolução da doença e melhorar a qualidade de vida.

Mais 55 casos de gripe suína são confirmados no Brasil

O Ministério da Saúde confirmou na tarde desta terça-feira mais 55 casos da gripe Influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína. Os novos focos da doença foram registrados no Rio Grande do Sul (45), Piauí (3), Santa Catarina (3), Alagoas (1), Distrito Federal (1), Paraná (1) e Sergipe (1).
No total, o Brasil já tem 680 casos confirmados de gripe suína. O ministério também ressaltou que a quase totalidade desses pacientes já recebeu alta ou está em processo de recuperação.
Os dados da doença no País são elaborados por laudos repassados pelos três laboratórios de referência - Foicruz (Fundação Owsaldo Cruz), no Rio de Janeiro, IEC/PA (Instituto Evandro Chagas), no Pará, e Instituto Adolf Lutz, em São Paulo, além das secretarias estaduais de saúde.
Nesta terça-feira, a Secretária do Estado da Saúde de São Paulo informou que 13 hospitais privados passarão a fazer parte da rede de referência para atendimento a casos suspeitos de Influenza A (H1N1), a gripe suína. As unidades farão a coleta de amostras de secreções nasais e da garganta dos pacientes e encaminharão o material para exames no Instituto Adolfo Lutz.

Leptospirose mata sete pessoas este ano no CE

Após as chuvas, o Estado registra epidemia de leptospirose. Em Fortaleza, foram confirmados 30 casos.O Ceará vive um novo surto de leptospirose. Até a última sexta-feira, 57 pessoas contraíram a doença transmitida pela urina do rato e sete delas morreram, sendo quatro de Fortaleza, duas em Russas e uma em Itapipoca, de acordo com o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretária de Saúde do Estado, Manoel Fonseca.Os casos confirmados este ano representam 76% do total do registrado em 2008, quando o Estado teve 75 ocorrências confirmadas. Fonseca diz que já esperava por uma epidemia de leptospirose em função das fortes chuvas deste ano. Das 57 pessoas contaminadas pela bactéria Leptospira, 30 casos foram confirmados em Fortaleza. “A maior parte das pessoas reside ao longo do Rio Maranguapinho”, informou Fonseca.Hoje, a Sesa divulga uma nota técnica sobre o avanço da doença no Estado. Além da Capital cearense, a nota revelará, por exemplo, a ocorrência de seis pessoas doentes em Uberlândia, três em Itapipoca, dois em Russas, um em Pacoti e outro em Guaramiranga, entre outros municípios afetados.No Hospital São José, referência no atendimento de doenças contagiosas, seis pacientes do sexo masculino estavam internados para tratamento, quatro de Fortaleza e dois do Interior. “Dois pacientes tiveram alta hoje (ontem)”, confirmou o diretor da unidade, Anastácio Queiroz.Segundo ele, o tratamento é à base de hidratação, remédios para febre e dor, antibióticos e diálise, quando ocorre insuficiência renal aguda. Em geral, o doente fica internado uma semana. Quando o quadro evolui para insuficiência renal, “a permanência pode ser de até três semanas, pois só damos alta quando o paciente está bem”, frisou o diretor da unidade.Entre os pacientes internados ontem no Hospital São José, o infectologista disse que apenas um homem está fazendo hemodiálise”. Contudo, “todos que permanecem internados apresentam comprometimento hepático e renal“, completou o diretor da unidade.Queiroz esclarece que o período de Incubação da doença pode chegar a 30 dias após o contato com a urina do rato, depositada em água contaminada. Em média, os primeiros sintomas se manifestam de sete a 15 dias. Os sintomas da leptospirose incluem febre alta, dor de cabeça forte, calafrio, dor muscular e vômito. A doença também pode causar os seguintes sintomas: olhos e pele amarelada, olhos vermelhos, dor abdominal, diarréia e erupções na pele.Ele alerta que se a leptospirose não for tratada, o paciente pode sofrer danos nos rins, meningite (inflamação na membrana ao redor do cérebro e cordão espinhal), falha nos rins e problemas respiratórios. Em raras ocasiões a leptospirose pode ser fatal. As formas leves são confundidas com infecção viral ou com outras doenças. “Se não fizer os testes de laboratoriais de sangue ou urina, o paciente será tratado como virose e, na realidade é leptospirose”, argumenta Queiroz. Para evitar o contágio, a pessoas não deve entrar em águas sujas, trabalhar calçado. Mais informações:Coordenadoria de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa (85) 3101.5189Hospital São José (85) 3101.2321

Gripe A se cobra primera víctima en Montevideo

Una sexagenaria con múltiples patologías crónicas se convirtió ayer en la primer víctima de gripe A en Uruguay. Hay otro caso delicado en Maldonado y continúa internada "muy grave" en un CTI de Paysandú una joven embarazada.
Una mujer de unos 60 años, que se encontraba internada en un hospital público de Montevideo, falleció ayer a causa de la gripe A, informó a El País el director general de Salud, Jorge Basso.
Se trata de una paciente que tenía "múltiples fallas orgánicas" y era portadora de patologías crónicas como diabetes, problemas en el corazón y los riñones. En este caso, el nuevo virus fue la "gota que colmó el vaso", ejemplificó el director de Salud."Son esos pacientes crónicos donde cualquier agente infeccioso puede derivar en este desenlace fatal", agregó y asoció este caso con lo que ocurre anualmente a causa de la gripe estacional en pacientes con "múltiples debilidades" que terminan descompensándose ante cuadros respiratorios graves ocasionados por un virus.
"Son muertes esperables por la propia gripe estacional, no se puede atribuir especialmente a este nuevo virus", destacó. Para graficar ese punto, Basso informó que todos los años mueren entre 60 y 70 personas como consecuencia de la gripe. "Por eso se insiste tanto en que la gente se administre la vacuna antigripal estacional", subrayó.
Maldonado. El jerarca informó además sobre un caso grave en Maldonado que se suma a la paciente embarazada en el CTI de Paysandú. Basso dijo que el paciente de Maldonado está internado en cuidados intensivos en una mutualista fernandina y señaló que se trata de una persona mayor y con múltiples patologías crónicas.
En un comunicado publicado en la página web del Ministerio de Salud Pública (MSP), las autoridades sanitarias informan que son 12 los pacientes afectados por gripe A que requieren internación hospitalaria.
Paysandú. En tanto, la joven de 22 años afectada por el nuevo virus e internada desde hace una semana en el CTI de la mutualista Camepa, permanece en estado "muy grave", según informó a El País la presidenta de la institución sanitaria, Loyda Ponce. Agregó que los integrantes de la familia de la paciente que presentaron síntomas gripales ya los han superado.
En la joven que permanece en el CTI y que cursa su primer trimestre de embarazo, la infección gripal derivó en una neumonía bilateral, considerada la peor complicación de cualquier gripe.
La diferencia, explicó Ponce, es que la gripe estacional común es habitualmente más grave en las personas mayores, mientras que la H1N1 puede provocar este tipo de complicaciones en niños y jóvenes.
Fuentes médicas consultadas por El País, señalaron que la gravedad del estado de la joven implica "un importante riesgo" para su embarazo que, no obstante, sigue su curso. De todas formas, todos los médicos coinciden en que la prioridad en este caso es la recuperación de la joven, que es hasta ahora el caso de gripe A más complicado en el país.
Consultas. En Paysandú las consultas por síntomas gripales aumentaron en las últimas horas en la mutualista local.
En 24 horas se atendieron 390 personas: 180 adultos y 60 niños a domicilio y otros 150 pacientes en el servicio de urgencia. La demanda obligó a que la mutualista incrementara la disponibilidad de médicos para consultas a domicilio. Desde ayer, pediatras y médicos generales destinan horas de policlínica a atención domiciliaria.
Brote. Las autoridades sanitarias admitieron que existe un brote del virus en el departamento de Paysandú. Hasta ayer no se habían confirmado nuevos casos, aunque dos personas están siendo especialmente vigiladas por el sistema sanitario, informó a El País la directora departamental de Salud, Magdalena Espillar.
La jerarca también confirmó que el paciente que integra la fabrica Azucarlito, donde se constató el brote del virus, y que estaba internado en el hospital, fue dado de alta. Todos los casos de este brote evolucionaron favorablemente y en su mayoría se han recuperado, aseguró. El director de Azucarlito, Raúl Cancelo, relativizó la existencia de un brote en la fábrica. Dijo que "la única persona afectada fue inmediatamente aislada, ha tenido una notable mejoría y que ayer recibió el alta del hospital".
Consejos del MSP
El Ministerio de Salud Pública reiteró que siguiendo pautas mundiales no se realizan controles en las fronteras y no existen restricciones a los viajes. Por ende, recomienda que en lo posible se evite concurrir a grandes aglomeraciones de público en espacios mal ventilados, dado que esto favorece la transmisión del virus. También se insistió en priorizar la consulta en domicilio.
El País Digital

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Tetris, o jogo que pode curar

Quando o analista de informática russo Alexey Pajitnov desenvolveu o popular Tetris, que completa 25 anos e teve vendidas dezenas de milhões de cópias originais, não se imaginava o sucesso mundial que esse simples passatempo viria a ter.
Muito menos se acreditava que esse videogame, que por sua simplicidade é adorado por milhões de pessoas de todas as idades, condições sociais, países e sexos, não só seria uma agradável ferramenta contra o tédio, mas também um valioso recurso terapêutico, possível instrumento de psiquiatras e psicólogos.
Segundo um estudo de pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, esse simples videogame, no qual o jogador deve colocar figuras de cores em fileiras em uma tela de computador, poderia ajudar a aliviar o impacto na mente de situações traumáticas, como acidentes de trânsito, atentados terroristas ou catástrofes naturais.
Os especialistas comprovaram que jogar Tetris imediatamente após passar por um incidente traumático poderia reduzir as lembranças prejudiciais ou os chamados flashbacks que atingem os pacientes vítimas do transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
A descoberta poderia levar a progressos no desenvolvimento de novos tratamentos para prevenir ou evitar que na cabeça das pessoas sejam geradas lembranças nocivas, como explica a pesquisadora Emily Holmes, responsável pelo estudo, para quem "é um primeiro passo que ajuda a estudar uma nova abordagem para o TEPT".
Os sintomas do transtorno de estresse pós-traumático vão, desde a irritação e a ira, até problemas de insônia, dificuldades para se concentrar e respostas exageradas a determinadas situações. Os afetados também podem sofrer com a lembrança persistente e repetitiva do acontecimento que gerou o trauma.
"Jogando" contra o traumaA equipe de pesquisadores liderada pela doutora Holmes trabalhou com 40 pessoas saudáveis, que tiveram que assistir a vídeos com imagens de lesões traumáticas extraídas de diversas fontes, incluindo anúncios públicos que alertam sobre os perigos de dirigir alcoolizado.
Após meia hora, a metade dos participantes jogou Tetris durante dez minutos, enquanto a outra metade se afastou do grupo. Uma semana mais tarde, os 20 voluntários que tinham optado pelo game apresentavam uma quantidade muito menor de lembranças do filme que haviam visto.
Os pesquisadores britânicos acreditam que o reconhecimento das formas e as cores dos blocos que formam o Tetris competem com as visões dos diferentes traumas que se mantêm armazenados na parte sensorial do cérebro.
O fenômeno poderia interferir no mecanismo sensorial das lembranças que se formam no lapso imediatamente posterior ao trauma vivido e reduzir o número de flashbacks geralmente experimentado durante as semanas seguintes.
Agora, os pesquisadores preveem aproveitar esses achados para desenvolver um método que permita reduzir os sintomas do TEPT ainda antes de se manifestarem.
Para Catherine Deeprose, pesquisadora da Universidade de Oxford, "existe um período de até seis horas no qual podemos influir sobre certos tipos de memória. Com essa pesquisa, foi demonstrado que os voluntários saudáveis que jogam Tetris durante esse lapso podem reduzir de forma significativa suas lembranças nocivas, sem perder os sentidos do que viveram".
Apesar de supostamente ter a capacidade de interferir na lembrança das experiências visuais, o Tetris não interfere nas lembranças do contexto que cercavam o evento e o significado do que ocorreu.
História do jogo que virou febreO Tetris surgiu como resultado dos experimentos de um grupo de pesquisadores e programadores da União Soviética, que se reuniam para experimentar diversas aplicações e compartilhar afinidades, usando grandes equipamentos informáticos (mainframes) e computadores pessoais formados por peças usadas de países socialistas.
Foi no dia 6 de junho de 1984 que, após duas semanas de trabalho, Pajitnov completou a primeira versão do Tetris, embora sua real difusão tenha começado em 1985, quando foi adaptado para poder ser usado em computadores pessoais, passando depois aos videogames.
A ideia de criar o videogame surgiu como resultado da afeição por outro jogo, chamado Pentamino. O game tinha em seu criador um dos integrantes do grupo de jovens analistas informáticos que mantinha laços com o Centro de Computação da Academia Russa de Ciências.
O Pentamino é um passatempo muito simples e consiste em um retângulo que contém diversas figuras geométricas que devem encaixar perfeitamente e que tem certa relação com o dominó.
O nome do Tetris é uma combinação entre as palavras Tetramino (um variante do Pentamino) e tênis.
Os jovens começaram a distribuir cópias do Tetris entre seus amigos e, depois, o jogo começou a ser comercializado até se transformar em um dos mais populares de todo o planeta.
Na atualidade, é jogado em mais de 50 países e foi traduzido para dezenas de línguas. Foram vendidas também cerca de 65 milhões de versões para celulares e, segundo o "Guinness", o livro dos recordes, é o segundo game mais popular da história.

Roche descarta que Tamiflu se tornou ineficaz contra vírus A (H1N1)

GENEBRA, Suíça (AFP) — O laboratório farmacêutico suíço Roche afirmou nesta segunda-feira que o caso de resistência da gripe suína ao medicamento Tamiflu comprovado na Dinamarca não significa que o vírus A (H1N1) se tornou globalmente resistente ao antiveral que produz.
"É algo que esperávamos", explicou à AFP um porta-voz do laboratório, David Ready, estimando que esse caso faz parte do 0,5% dos casos constatados que desenvolveram uma resistência ao medicamento durante testes clínicos.
"Nos testes clínicos com o Tamiflu havia regularmente alguns vírus resistentes, aproximadamente 0,4% nos adultos", afirmou a dra. Monelle Muntlak, diretora da unidade de antivirais da Roche na França. "É um caso isolado de resistência", enfatizou.
O primeiro caso de resistência ao tratamento com o Tamiflu foi detectado na Dinamarca, em um paciente infectado pelo vírus A (H1N1), anunciou nesta segunda-feira o Instituto Nacional de Sorologia.
O infectado, de nacionalidade dinamarquesa, já está curado e não apresenta sinais da doença, acrescenta o comunicado.
Ante a resistência ao Tamiflu, o paciente foi tratado com outro medicamento, o Relenza, fabricado pelo laboratório britânico GlaxoSmithKline (GSK).
O Tamiflu é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um tratamento eficaz contra a forma atual da gripe suína.

domingo, 28 de junho de 2009

Temporão confirma 1ª morte por gripe suína no Brasil

BRASÍLIA - O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, confirmou hoje a primeira morte provocada por gripe suína no País. Trata-se de um homem de 29 anos, morador do Rio Grande do Sul, que havia viajado para a Argentina. De acordo com Temporão, ele apresentou os primeiros sintomas no dia 19 e no dia 20 houve a confirmação do contágio. Seu estado de saúde começou a piorar no dia 23, até evoluir para um quadro de insuficiência respiratória. "O Ministério da Saúde lamenta a morte ocorrida na manhã de hoje e reafirma que está lançando mão de todos os esforços para evitar a ocorrência de novos casos e outras mortes", disse Temporão.A notícia do primeiro óbito, segundo o ministro, não altera em nada a estratégia que vem sendo adotada pelo ministério. "Trata-se de um momento difícil, mas reitero e reafirmo que isso não muda em nada a nossa estratégia". Ele observou que a gripe suína tem características muito semelhantes às da gripe sazonal e até agora tem mortalidade baixa, de 0,4%.Hoje foram confirmados mais 36 casos de infecção no Brasil. Com isso, sobe para 627 o número de casos confirmados da doença no País. Há também outros 477 pacientes com a suspeita da doença. Segundo ele, 75% dos casos confirmados são de brasileiros que viajaram para o exterior, ou seja, de "casos importados".O ministro também comentou o caso de um norte-americano que faleceu na última sexta-feira, em Montenegro (RS). "Exames preliminares da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul apontaram não se tratar de gripe suína. Teremos a confirmação amanhã, com novos exames", afirmou. O ministério não tem informações até o momento se o paciente que morreu na manhã de hoje apresentava alguma doença que o tornou mais vulnerável à infecção pelo vírus A H1N1. Até o fim do dia devem ficar prontos os exames complementares.

Doença cardiovascular é a principal causa de morte no Brasil

A doença cardiovascular é a principal causa de novas internações e de mortalidade no Brasil e nos países desenvolvidos,segundo o médico Everton Padilha Gomes, cardiologista assistente do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo (InCor). É um tipo de dado surpreendente e silencioso porque, muitas vezes, se pensa que o traumatismo, os cânceres e doenças infecto-contagiosas sejam a principal causa de mortalidade. Mas, a doença cardiovascular é a principal causa”. Gomes explica que cerca de 50% dos pacientes que sofrem um infarto agudo do miocárdio não chegam vivos a um hospital. Por isso, há necessidade de novas terapias, abordagens dinâmicas e mais rápidas em relação a esses casos, que possibilitem salvar vidas, com um atendimento precoce a esse tipo de pacientes. Com essa finalidade, foi desenvolvido o projeto Treinamento Integrado em Medicina de Emergência (Time), de capacitação de profissionais de saúde em todo o país, numa parceria do InCo com a Sociedade Brasileira de Clínica Médica, além de instituições educacionais do Rio de Janeiro e São Paulo. O Time já passou este ano pelas cidades de Santo André, São Paulo e Campinas (SP), Dourados (MS) e Manaus (AM). Hoje, ele está no Rio de Janeiro, onde terá dez edições com turmas de 30 alunos. A programação de 2009 prevê que o projeto passe ainda pelas cidades de Porto Alegre (RS), Sorocaba (SP), Recife (PE), Curitiba (PR), Brasília (DF), Rio Branco (AC), Natal (RN), Botucatu (SP), São José do Rio Preto (SP), Belo Horizonte (MG), retornando também a São Paulo. O cardiologista do InCor explicou que o objetivo principal do projeto é reciclar os profissionais de saúde, “de tal maneira que eles possam dar um atendimento mais rápido aos pacientes. E,agindo da maneira correta, eles vão prevenir não somente o infarto, mas também sequelas que advêm de um infarto agudo do miocárdio, por exemplo, que não é tratado precocemente”. O número de internações de pacientes que sofreram um infarto no Brasil aumentou 65% no período de 1998 a 2005, subindo de 119 mil para 196 mil, de acordo com o Ministério da Saúde. “A incidência de infarto tem sido crescente no país”, afirma o especialista.Outra curiosidade observada pelos médicos em relação à doença é que, ao contrário do que ocorria no passado, o infarto não está relacionado à pessoa idosa ou aposentada. Pessoas cada vez mais jovens sofrem de infarto agudo do miocárdio e necessitam de tratamento adequado”, afirma o médico Everton Gomes. Entre os fatores que predispõem uma pessoa a ter um infarto estão a vida sedentária, sem a prática de exercícios físicos; alimentação industrializada, rica em gorduras; além do tabagismo, que ainda tem grande prevalência na população brasileira. O cardiologista afirma que cada vez mais a sociedade brasileira está se parecendo com a sociedade do primeiro mundo. Advertiu, porém, que “esse primeiro mundo nem sempre traz vantagens do ponto de vista geral”. A população brasileira experimentou uma transformação significativa nos últimos anos. Há 40 anos, o grande fator de mortalidade no país eram as doenças infecciosas. Hoje, ainda há bolsões de pobreza onde ocorrem doenças infecto-contagiosas, mas essa não é a causa maior de mortes no país, segundo o cardiologista. Também a média de vida do brasileiro aumentou de cerca de 65 anos, registrada há 15 anos, para 72 anos atualmente. Estudo realizado por especialistas norte-americanos mostra que cada minuto perdido nas três primeiras horas após a apresentação de sintomas do infarto agudo do miocárdio custa ao paciente uma média de 11 dias de vida. Se o paciente não for atendido adequadamente nas primeiras horas, ele vai ter seqüelas que vão reduzir a sua vida. É uma pessoa cuja expectativa de vida diminui de maneira significativa”, alerta Everton Gomes.

sábado, 27 de junho de 2009

Adolescente do RS com gripe suína apresenta melhora, mas segue em estado grave

A estudante de 14 anos diagnosticada no início desta semana com gripe suína --a chamada gripe A (H1N1)--, de São Gabriel (RS), apresenta uma "progressiva e significativa" melhora em seu estado de saúde, segundo boletim divulgado neste sábado pelo HUSM (Hospital Universitário de Santa Maria), onde ela está internada.
Apesar da melhora, ela segue internada em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), e respira com a ajuda de equipamentos. De acordo com o hospital, ainda não há previsão para que a estudante deixe de respirar por equipamentos, apesar da "redução gradual da necessidade destes aparelhos".
A adolescente está no hospital desde o dia 21, e contraiu a doença após uma viagem a Buenos Aires, na Argentina.
Segundo o Ministério da Saúde, dos 591 casos da doença no país, 35 são no Rio Grande do Sul --sendo que além da estudante, há outro paciente internado no Estado, informou a pasta.
Morte
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul informou, no final da tarde deste sábado, que exames preliminares indicam não haver evidências de que o engenheiro americano morto em Montenegro (RS) estivesse com gripe suína --a chamada gripe A (H1N1). Entretanto, os resultados dos exames oficiais só devem ficar prontos neste domingo (28).
Caso seja confirmada a contaminação por gripe suína, esta seria a primeira morte causada pelo vírus registrada no Brasil.
Segundo nota emitida pela pasta, ele morreu na noite de sexta-feira (26) depois de entrar em coma. O engenheiro mecânico de 59 anos chegou a trabalho no Estado no dia 21 e foi internado no hospital de Montenegro na última quarta-feira (24).
De acordo com a secretaria, o quadro clínico e a coleta de material indicam que ele tenha morrido em decorrência um problema bacteriano, e não do vírus da Influenza A (H1N1).

Brasil tem mais 69 casos de gripe suína; total é de 591

O Ministério da Saúde anunciou no início da tarde deste sábado, 27, que mais 69 casos da gripe suína foram confirmados no País, elevando para 591 o total de pessoas infectadas. Dos novos casos,a maioria foi registrada no Estado de São Paulo (34) e os demais no Rio de Janeiro (8), Rio Grande do Sul (7), Paraná (7), Minas Gerais (4), Distrito Federal (2), Santa Catarina (2), Espírito Santo (2), Pará (1), Maranhão (1) e Amazonas (1). Quando se considera o total de vítimas no País, a maior concentração foi registrada no Estado de São Paulo, com 294 casos. A seguir, estão os estados de Minas Gerais, com a confirmação de 69 casos, o Rio de Janeiro com 60, Santa Catarina com 45 e o Rio Grande do Sul com 35. O ministério informa que apoia a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul no acompanhamento da evolução do quadro clínico de dois pacientes infectados no exterior que continuam internados. Esse balanço foi feito com base em informações repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde até as 11h deste sábado.

O exame que veio do frio

Um teste criado na Noruega é capaz de detectara atividade do HPV e, dessa forma, evitar ostratamentos mais agressivos e dolorosos
Reportagem-Naiara Magalhães. A infecção causada pelo vírus papiloma humano (HPV) ocupa o primeiro lugar no ranking das doenças virais sexualmente transmissíveis. Dos cerca de 100 tipos de HPV, cinco estão associados à quase totalidade dos casos de câncer de colo de útero – o segundo mais comum entre as brasileiras e o quarto que mais mata no país. Quando uma mulher recebe diagnóstico positivo para um HPV de alto risco, a conduta mais comum entre os ginecologistas brasileiros é submetê-la a tratamentos invasivos, como a cauterização ou a retirada cirúrgica da região lesionada. Além de dolorosos, tais procedimentos podem deixar sequelas que comprometem a vida sexual e a capacidade reprodutiva da paciente. A prevenção ao câncer de colo de útero ocasionado por HPV fica mais simples com um exame recém-chegado ao Brasil que detecta a atividade do vírus. Por meio dele, é possível identificar entre as pacientes contaminadas quais estão sob alto risco de desenvolver um tumor maligno. De acordo com os levantamentos mais recentes, em 70% das infecções o vírus pode permanecer inativo. Assim, nessas situações, as mulheres podem optar por acompanhar o comportamento do HPV e só agir se ele se manifestar.
Desenvolvido na Noruega no início dos anos 2000 e usado atualmente em vinte países, o novo exame analisa a presença do RNA-mensageiro (RNAm) das proteínas E6 e E7 nas células do colo uterino. O RNAm é a substância responsável por decodificar as informações do DNA de uma célula na forma de proteínas – a E6 e a E7, no caso do câncer de colo de útero. Altamente oncogênicas, tais proteínas destroem o sistema de defesa celular. Para evitar a replicação de mutações genéticas indesejáveis, as células defeituosas produzidas pelo organismo são induzidas ao suicídio – ou apoptose, no jargão científico. A E6 e a E7 impedem essa morte programada, facilitando a multiplicação acelerada de células doentes e, consequentemente, induzindo ao câncer. Com a análise da atividade do HPV, o exame norueguês é 3,5 vezes mais preciso para indicar o risco de câncer do que os testes tradicionais, capazes de identificar apenas a presença e o tipo de vírus.
A probabilidade de um HPV inativo entrar em ação é baixa. Só ocorre quando a mulher apresenta queda imunológica expressiva ou é acometida por outras infecções. Além disso, trata-se de um vírus de evolução lenta: leva anos para deflagrar um tumor maligno. Tais características, associadas ao novo exame, permitem a adoção de uma conduta conhecida como vigilância ativa. Ela significa fazer análises a cada meio ano. Há três meses, a bióloga Joana, de 40 anos, descobriu ser portadora do HPV 16, o tipo de vírus causador de 60% dos casos de câncer uterino. Como o resultado do teste norueguês foi negativo – ou seja, o HPV estava quieto –, Joana optou por acompanhar o comportamento do vírus. "Fiquei mais tranquila por não ter de me submeter a uma cirurgia para a retirada da parte do útero infectada", diz Joana. Durante a vigilância ativa, as pacientes são submetidas, segundo o ginecologista Ismael Guerreiro Silva, a tratamentos medicamentosos para fortalecer o sistema imunológico e instadas a adotar um estilo de vida mais saudável.
A presença do vírus, na maioria das vezes, é flagrada pelo exame ginecológico mais popular, o papanicolau. No início da contaminação, o HPV, mesmo inativo, provoca alterações na estrutura das células do colo uterino, facilmente identificadas no microscópio do patologista. Em uso desde 2006, a vacina contra o vírus apresenta uma eficácia de 95% no combate a 70% dos casos de câncer de colo de útero. Há dois tipos de vacina. Uma delas previne contra as duas variedades de HPV associadas à maioria dos tumores. A outra protege ainda contra os dois tipos de HPV que mais comumente levam à formação de verrugas genitais, lesões que aumentam o risco de outras infecções sexualmente transmissíveis. A rigor, a vacina é indicada para mulheres entre 9 e 26 anos, a faixa etária analisada nos estudos clínicos. No dia a dia dos consultórios, no entanto, os médicos recomendam que a imunização seja feita pouco antes do início da vida sexual, quando as meninas ainda não se expuseram a nenhum tipo de HPV. Alguns aplicam a vacina até em quarentonas. Se administradas corretamente (três doses, no período de seis meses), as pesquisas indicam que a prevenção é de, em média, sete anos.

Duas pessoas morrem vitimas de dengue hemorrágica no Ceará

Duas pessoas morreram vítimas de dengue hemorrágica no Estado na última semana. De acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), foram confirmadas uma morte em Fortaleza e outra no Interior. Ao todo, foram 12 casos confirmados da doença na forma hemorrágica, sendo oito em Fortaleza e quatro no interior. Nove casos nos municípios de Canindé, Caucaia e Fortaleza ainda estão sendo investigados. Entre eles, há um óbito. Foram notificados 11.085 casos suspeitos de dengue clássica em 184 municípios cearenses até esta sexta-feira, 26. Destes, 3.902 casos foram confirmados em 97 municípios e 7.183 amostras foram negativas.

Dependência química sem "retaliação policial"

Saiu o relatório anual da ONU sobre drogas. No documento há números e uma nova recomendação - até mais valiosa que o empilhamento de taxas e índices. Caiu o consumo de cocaína, maconha e derivados de ópio e subiu o uso de drogas sintéticas nos países emergentes como o Brasil. Na América do Sul, os estudantes brasileiros do ensino médio dão ao País o segundo lugar no consumo de anfetaminas (a líder é a Colômbia) e a quinta posição no uso de maconha. Agora, a recomendação da ONU que faz desse relatório um texto original: pela primeira vez fica oficializado (os adeptos da tolerância zero que nos desculpem) que a dependência química é questão de saúde e não de "retaliação policial".

Passageira é atendida dentro de avião da TAM

Bastou um caso ser confirmado em Fortaleza para a apreensão mais uma vez se instalar entre quem viaja de avião. Pior ainda se algum passageiro, ainda na aeronave, é atendido por apresentar sintomatologia típica da Influenza A (H1N1). No vôo 3324, da TAM, que chegou de São Paulo às 0h05 da madrugada dessa sexta-feira, uma passageira precisou ser atendida ainda na aeronave e depois no pátio do Aeroporto Internacional Pinto Martins, em uma ambulância e seguiu para o Hospital São José, unidade para onde são enviados os casos suspeitos da doença.O infectologista Anastácio Queiroz, diretor-geral do Hospital São José, disse que a mulher deu entrada na unidade com sintomas de febre e tosse. “O médico de plantão colheu amostras necessárias da secreção para realizar o exame que identifica a doença. O material foi enviado para o Laboratório Evandro Chagas, em Belém. para análise”, revelou.Segundo Queiroz, a passageira, além de apresentar os sintomas iniciais da doença, preencheu os critérios do Ministério da Saúde (MS) que solicita o monitoramento de todas as pessoas que chegam de países afetados pela gripe suína. “Ela esteve na Argentina e chegou a Fortaleza com febre e tosse. Essa pessoa foi medicada no hospital e fica sob suspeita de ter contraído a gripe suína”, relatou o médico.Nesses casos, explica Anastácio Queiroz, o hospital tem a obrigação de coletar material da pessoa e orientar a paciente sobre os cuidados básicos de higiene e pessoais que ela deve tomar durante o isolamento doméstico de dez dias, enquanto o resultado do exame não é divulgado pelo Ministério da Saúde à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa).Na visão do infectologista, essas medidas de prevenção são necessárias para que uma pessoa com a gripe suína não transmita a doença para outras pessoas. Diante desse risco, “há toda essa preocupação. No caso da passageira da TAM, após a coleta do material, ela foi medicada no hospital e encaminhada para a sua residência, sem necessidade de internação. O quadro dela é leve”, esclareceu do diretor.Segundo ele, desde que a doença começou a amedrontar por se tratar de pandemia, apenas duas pessoas ficaram de fato internadas no São José, sendo que só um caso foi confirmado. “A maioria vai para casa. A internação é necessária se o indivíduo não se alimenta, precisa de medicação intravenoso, está muito debilitado, com pneumonia ou outra doença que se agravou com a gripe e, se for para casa corre o risco de piorar. Estes casos, temos de internar”, conclui. VÔO MONITORADOAtendimento gerou apreensãoO administrador de empresas Sérgio Leite, que estava no vôo da TAM, conta que os passageiros ficaram com medo: primeiro porque o avião foi estacionado longe dos outros e, em segundo lugar, porque o comandante avisou que havia uma passageira com sintomas típicos da gripe suína, inclusive febre alta, e, por isso, necessitava de atendimento.Por conta disso, acrescentou, ele (o comandante) pediu que todos os passageiros permanecessem sentados, até a mulher ser atendida. Como explica Sérgio Leite, seis funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e outros dois da TAM entraram no avião protegidos com máscaras e luvas e foram para a parte mais da frente do veículo, onde a passageira estava sentada.Na opinião do administrador, aparentemente, ela viajava sozinha, mas outra mulher que estava ao lado disse que a pessoa em questão vinha da Argentina, entrara no avião, em São Paulo, sem máscara, e colocara a proteção apenas ao entrar na aeronave.Ainda conforme Leite, os passageiros permaneceram na aeronave, sem poder desembarcar, por cerca de 20 a 30 minutos. Após ser atendida no avião, a mulher foi levada pela equipe a uma ambulância, que estava no pátio do aeroporto. Após alguns minutos e com a paciente dentro, o veículo saiu. Depois disso, os presentes foram informados de que a Anvisa ficaria com a lista dos passageiros e tripulantes para, se o caso for confirmado, entrar em contato para que os passageiros façam exames.Sérgio Leite conta que quem estava sentado mais perto da mulher foi argüído sobre a possível presença de sintomas. Em seguida, foram liberados. Ele não esconde sua apreensão. “A gente se preocupa porque estava no mesmo ambiente. Já tinha tomado a vacina da gripe há mais de um mês, mas nada específico para o vírus (H1N1)”, analisa. A responsável pelo posto da Anvisa no Aeroporto, Lúcia Lima, disse que a passageira, uma mulher de 29 anos, foi levada para o Hospital São José pela ambulância da Infraero. “A partir do momento que a pessoa sai do terminal, o caso suspeito é monitorado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa)“.O atendimento à passageira, feito pelos ficais da Anvisa e o médico do Posto de 1º Socorros, dentro da aeronave, ocorre toda vez que a tripulação comunica que há uma anormalidade clínica. Se não há nada, os passageiros são liberados. CONTROLECeará tem seis casos em investigaçãoAumentou para seis os casos suspeitos de gripe suína no Ceará. Os exames que verificam cada situação estão sendo feitos em Belém (Pará), no Laboratório Carlos Chagas, referência no Norte e Nordeste. Embora em portos e aeroportos a situação esteja sendo monitorada, nas rodoviárias não há como se fazer qualquer tipo de controle.Essa é a avaliação do presidente do Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Influenza A e coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Manoel Fonseca. Isso porque o Ministério da Saúde determinou que essa vigilância se intensifique mais nos terminais rodoviários de cidades que fazem fronteira com outros países.Na opinião de Fonseca, não há motivo para aflição. O que aconteceu foi mais um sobreaviso, por conta do medo de que a gripe suína fizesse tantas vítimas como a aviária em 2008, em especial na Ásia. “Por isso também se estabeleceram tantos cuidados, principalmente com cardiopatas e imunodeprimidos, por exemplo, que podem ser infectados com mais facilidade e têm mais chance de ter a forma grave da doença, com pneumonia, que leva à morte”, frisa o coordenador.Embora hoje o nível de alerta contra a doença seja o C, o mais alto, há lugares descobertos de vigilância, como as rodoviárias. No caso do Ceará e de outros estados com forte apelo turístico, o risco é maior porque alguém pode chegar de avião, só apresentar sintomas depois de instalado na cidade e viajar de ônibus para outras localidades sem saber que está infectado.“Todos os casos novos são de alguém que entrou em contato com pessoas que tiveram a doença. Então não há transmissão comunitária. É impossível fazer controle em rodoviária porque há milhares circulando no país”, diz Fonseca.Além disso, o coordenador acredita que a gripe suína, aqui, está aparecendo de forma leve e, por isso, não requer esse tipo de vigília. A preocupação maior diz respeito às pessoas que vão viajar agora em julho e, ao voltarem para Fortaleza, possam estar contaminadas.Sobre o caso confirmado na última quinta-feira, Manoel Fonseca informa que a paciente está “muito bem” e permanece em quarentena até amanhã. Em relação aos casos suspeitos, ele afirma que todas as pessoas foram medicadas. Já o material colhido para exame foi encaminhado ao laboratório no Pará.“Toda pessoa que vem do exterior e apresenta sintomatologia deve ser investigada e notificada. É um alerta internacional, embora a doença mate menos de 1% dos infectados”.FIQUE POR DENTROSintomas são parecidos ao de uma gripe comumA gripe A (H1N1), que se popularizou como gripe suína, é uma doença respiratória causada por um vírus influenza tipo A e tem sintomas parecidos aos de uma gripe comum. Uma das diferenças é que os antecessores desse vírus causavam regularmente crises de gripe em porcos. Contudo, o problema não se limitou aos porcos e, ocasionalmente, o vírus venceu a barreira entre espécies e afetou humanos. O vírus da gripe suína clássica foi isolado pela primeira vez em um porco, em 1930.Desde então, o patógeno sofreu novas recombinações e se tornou mais capaz de infectar pessoas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declara que o vírus é responsável por uma pandemia no mundo, pois está em todos os continentes. Entretanto, nem todas as pessoas que contraem o vírus morrem.Segundo a OMS, menos de 0,5% das pessoas com infecção confirmada pela nova forma de H1N1 vão a óbito. Além disso, como 30% dos que adquirem gripe permanecem assintomáticos e nem todo mundo vai ao médico por conta da influenza, a Organização Mundial estima que a porcentagem real de pessoas atingidas pela doença seja ainda maior.
MARTA BRUNO E SUELEM CAMINHA Repórteres

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Brócolis faz bem para o coração e previne osteoporose; prepare salada

Os elementos presentes no brócolis auxiliam o organismo a reduzir o colesterol, melhorar a imunidade e formam uma rica fonte de fibras.
Ele também previne alguns tipos de câncer e as substâncias presentes nele, entre elas os antioxidantes, ajudam a evitar doenças cardíacas e osteoporose.Brócolis
Membro da família do repolho (crucíferas) o brócolis tem origem remota e protege contra várias doenças, inclusive o câncer. Contém vários componentes químicos, inclusive carotenóides e betacaroteno, substância que diminui o risco de câncer. Rico em antioxidantes, inclusive a vitamina C, o brócolis ajuda a melhorar a imunidade e a evitar doenças cardíacas e osteoporose. Também é repleto de ferro, que trata a anemia, e é uma rica fonte de fibras
Salada de Brócolis e Gergelim
- 1 maço de brócolis- 2 colheres (sopa de azeite)- 60 ml (um quarto de xícara) de shoyu- 60 ml (um quarto de xícara) de vinagre de arroz- 2 colheres (sopa) de óleo de gergelim- 4 colheres (sopa) de sementes de gergelim torradas.
Modo de preparo
Preaqueça o forno a 200º C. Cozinhe o maço de brócolis por 1 minuto. Escorra e ponha numa assadeira, regue com azeite. Asse por 10 minutos. Transfira para uma saladeira. Misture o shoyu, o vinagre e o óleo de gergelim. Junte 3 colheres de sementes e regue os brócolis.
Propriedades/açãoAnticancerígenoAumenta a imunidade .Partes usadasFlores e talos .

Casos de nova gripe no Brasil já chegam a 522, anuncia Temporão

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou nesta sexta-feira (26) que o número de casos confirmados da nova gripe chegou a 522 em todo o país. Nesta sexta, foram confirmados 70 casos novos da doença. Temporão anunciou também mudanças na forma de confirmação.
Segundo ele, quando houver um caso confirmado em uma instituição – uma escola ou uma empresa, por exemplo – todas as pessoas que apresentarem sintomas da doença serão consideradas infectadas. Segundo Temporão, os EUA também seguem esse protocolo, de confirmar casos por vínculos em lugares fechados. Essa nova orientação, no entanto, não vale para residências. Nesse caso, o sistema para identificar o vírus continua o mesmo.
Os novos casos confirmados da doença nesta sexta são em São Paulo (43), Minas Gerais (6), Paraná (5), Disitrito Federal (5), Rio de Janeiro (4), Santa Catarina (3), Piauí (2), Espírito Santo (1) e Pará (1).
Segundo Temporão, todos os casos novos são de pessoas que vieram do exterior ou que tiveram contato próximo com elas. No total, São Paulo é o estado que registra a maioria dos casos, 260, e que há dois casos no Rio Grande do Sul que "inspiram cuidados." Apesar disso, o ministro voltou a afirmar que o vírus "não circula" no Brasil.
Temporão disse ainda que a decisão de fechar escolas ou estabelecimentos públicos deverá ser tomada de acordo com os protocolos das vigilâncias sanitárias regionais. Para ele, porém, o fechamento de instituições e a antecipação de férias em escolas em alguns estados podem ter sido "exageradas."

O ministro informou que somente as pessoas que tiverem agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas após o surgimento dos sintomas iniciais vão receber medicamento contra o vírus.
Até a quinta-feira, todos os casos suspeitos notificados até 48 horas após os primeiros sintomas recebiam o medicamento, chamado fosfato de oseltamivir. Segundo o ministro, a medida foi tomada para evitar que um número significativo de pessoas tomasse o remédio logo nos primeiros dias e o abandonasse quando não fosse confirmado o caso, como vinha acontecendo. O ministro reiterou que a situação é de "tranquilidade". Apesar disso, a recomendação para que pessoas com situações mais delicadas, como crianças abaixo de dois anos ou pessoas com doenças imunodepressivas, evitem viagens a países com transmissão sustentada continua valendo, disse.

Temporão disse que espera um aumento do número de casos, por causa do período do inverno no hemisfério Sul e do período de férias. "A nossa expectativa é que, sim, teremos um aumento no número de casos nos próximos dias, nas próximas semanas", afirmou.
Casos pelo mundo
Pelo mundo, o número de casos da doença não para de crescer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou em seu boletim desta sexta-feira (26) um aumento de 3.947 casos da gripe em relação ao último registro, de quarta-feira. Segundo a agência da ONU, há hoje no mundo 59.814 infectados pelo vírus influenza A (H1N1) e 263 pessoas mortas em decorrência da doença,

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Sesa confirma: Ceara registra primeiro caso de gripe suína

Após constatação de exames laboratoriais, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) confirmou, nesta quinta-feira (25), o primeiro caso da gripe suína no Ceará. A vítima é uma jovem de 22 anos, que chegou de viagem dos Estados Unidos no dia 18 de maio.
Após notificada com sintomas da gripe no Hospital São José, a jovem estudante foi medicada no hospital e permaneceu isolada, em casa, em regime de quarentena. A jovem de 22 anos já está curada, de acordo com a Sesa.
Ninguém da família da jovem apresentou ou apresenta sintomas da doença

Brasil tem 452 casos de gripe H1N1; dois seguem internados no RS

SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira 53 novos casos de gripe H1N1, o que eleva para 452 o total de infectados pela nova doença no país.Os novos casos estão em São Paulo (31), Rio Grande do Sul (11), Minas Gerais (6), Rio de Janeiro (2), Ceará (1), Distrito Federal (1) e Goiás (1). Dois pacientes seguem internados em estado grave no Rio Grande do Sul.Em Santa Maria, é grave o estado de saúde de uma menina internada na UTI do Hospital Universitário. A paciente é do município de São Gabriel, que decretou estado de emergência na segunda-feira após o surto da doença na cidade.
Outro paciente, de 29 anos, do município de Erechim, está internado na UTI de um hospital em Passo Fundo desde segunda-feira, e seu quadro também é considerado grave. Ambos foram contaminados no exterior, disse o ministério em nota.
No Paraná, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) suspendeu suas aulas até segunda-feira, como medida preventiva, após uma estudante infectada pelo vírus ter entrado em contato com funcionários e alunos da universidade, afirmou a instituição em nota.
Escolas em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul também optaram por interromper suas atividades após a confirmação de casos da nova gripe, afetando mais de 10 mil estudantes.
O ministério reiterou o alerta feito na terça-feira pelo ministro José Gomes Temporão para que crianças, idosos, gestantes e pessoas com imunidade baixa não viajem para países com transmissão sustentada do vírus.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), Estados Unidos, México, Canadá, Austrália, Chile e Argentina são considerados os países com transmissão sustentada da doença.
"Ressaltamos que não há proibição nem restrição de trânsito de pessoas entre o Brasil e esses países", disse o comunicado. "A recomendação é uma medida adicional de prevenção."
A OMS declarou nesta quinta-feira que o vírus H1N1 permanece estável e que não há sinais de que esteja se combinando com outros vírus influenza.

Argentina tem transmissão de gripe suína de humano para porco

BUENOS AIRES - As autoridades sanitárias argentinas detectaram a transmissão do vírus A H1N1, que provoca a crise suína, de humanos para porcos em uma granja na província de Buenos Aires, informaram nesta quinta-feira, 25, fontes oficiais. Segundo a imprensa local, é o primeiro caso do tipo desde o surgimento do vírus no México, em março. Até a quarta-feira, 21 pessoas morreram e 1.391 foram contaminadas pelo A H1N1 no país. A cepa humana do vírus foi detectada em porcos pelo Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa). O Instituto está monitorando a evolução da doença nos animais. Os porcos estavam em uma granja na província de Buenos Aires e o vírus foi confirmado em análises laboratoriais.
"A partir da descoberta, o estabelecimento foi fechado", disse o presidente do órgão, Jorge Amaya. O Ministério da Saúde do país foi informado sobre o caso. O Senasa ressaltou que o consumo de carne de porco não causa a doença. No mundo todo, a gripe suína já contaminou 55,8 mil pessoas e provocou 238 mortes.

País já tem 399 infectados pela nova gripe.


quarta-feira, 24 de junho de 2009

OMS registra mais de 55 mil casos de gripe suína no mundo

Novo balanço da OMS (Organização Mundial da Saúde), divulgado nesta quarta-feira, aponta que 55.867 pessoas em 108 países e territórios já contraíram a gripe suína --como é chamada a gripe A (H1N1). Em 238 casos, os pacientes morreram. No último dia 12, a organização anunciou que a gripe suína atingiu o nível de pandemia (epidemia generalizada). O termo tem relação apenas com a ampla distribuição geográfica do vírus, e não com a sua periculosidade.
Os Estados Unidos continuam sendo o país com o maior número de casos --21.449, com 87 mortes. No entanto, o país não registrou novos contágios nem mortes nos últimos dois dias, quando o último balanço da OMS foi divulgado.
No México, considerado o epicentro da doença, 223 casos foram registrados desde segunda-feira, elevando o total de infectados no país para 7.847. O país possui o maior número de mortes causadas pela gripe suína --115.
O Canadá confirmou 6.457 casos e 15 mortes. No Chile, das 4.315 pessoas que contraíram a doença, sete morreram.
A OMS confirmou 2.905 casos no Reino Unido e uma morte. Na Austrália, 2.857 pessoas contraíram o vírus da nova gripe; duas morreram.
O total de mortes na Argentina subiu para dezoito. O número de casos da doença no país chega a 1.213.
Tanto a República Dominicana quanto a Guatemala registraram, cada um, duas mortes causadas pela gripe suína. Filipinas, Guatemala e Costa Rica confirmaram uma morte cada.
Nesta terça-feira, o Ministério da Saúde do Brasil confirmou 94 novos casos de gripe suína, elevando o total de infectados para 334. Nenhuma morte foi registrada.
Os demais países com casos de gripe suína são China (906), Japão (893), Tailândia (774), Espanha (539), Filipinas (445), Nova Zelândia (386), Israel (375), Panamá (330), Alemanha (301), Guatemala (235), Nicarágua (220), Peru (217), Uruguai (195), Cingapura (194), Costa Rica (189), França (171), El Salvador (160), Venezuela (135), Honduras (118), Equador (115), Coreia do Sul (115), Holanda (110), República Dominicana (108), Itália (96), Colômbia (71), Malásia (68), Índia (64), Grécia (58), Paraguai (58), Vietnã (56), Suécia (55), Arábia Saudita (45), Bolívia (44), Egito (40), Dinamarca (34), Suíça (33), Bélgica (30), Finlândia (26), Kuait (26), Turquia (26), Líbano (25), Trinidad e Tobago (25), Irlanda (23), Noruega (22), Jamaica (19), Romênia (19), Bahrein (15), Cuba (15), Jordânia (15), Polônia (13), Áustria (12), Suriname (11), Qatar (10), Marrocos (9), Cisjordânia e faixa de Gaza (8), Ilhas Cayman (7), República Tcheca (7), Hungria (7), Portugal (6), Iêmen (6), Barbados (5), Bulgária (5), Chipre (5), Estônia (5), Sri Lanka (5), Bahamas (4), Brunei (4), Islândia (4), Eslováquia (4), Cabo Verde (3), Laos (3), Luxemburgo (3), Antilhas Holandesas --Curaçao (3), Omã (3), Rússia (3), ilhas Jersey (3), Argélia (2), Antígua e Barbuda (2), Costa do Marfim (2), Etiópia (2), Fiji (2), Martinica (2), Tunísia (2), Emirados Árabes (2), Bangladesh (1), Bermudas (1), Ilhas Virgens Britânicas (1), Camboja (1), Dominica (1), Polinésia Francesa (1), Letônia (1), Montenegro (1), Antilhas Holandesas --Saint Martin (1), Papua-Nova Guiné (1), Samoa (1), Eslovênia (1), África do Sul (1), Ucrânia (1), ilha de Man (1), Vanuatu (1).

terça-feira, 23 de junho de 2009

Argentina tem mais sete mortes por gripe suína, 17 no total

BUENOS AIRES, Argentina (AFP) - A gripe suína matou mais sete pessoas na Argentina, onde o vírus H1N1 já provocou 17 óbitos, informou nesta terça-feira o ministério da Saúde.Segundo as autoridades sanitárias, a Argentina tem 1.294 casos confirmados de gripe suína, e 967 possíveis infectados, que aguardam as análises de laboratório.
Das sete vítimas fatais anunciadas hoje, quatro residiam na capital e as demais na província de Buenos Aires.
A zona mais afetada é a província de Buenos Aires, com 114 casos confirmados, 308 suspeitos, 111 internações e 13 óbitos.
O ministro brasileiro da Saúde, José Gomes Temporão, recomendou hoje que se evitem viagens à Argentina e ao Chile com crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade, devido à gripe suína.
No Chile, os casos confirmados de gripe suína somam 5.186, com sete óbitos, revela o último boletim do ministério da Saúde.
Segundo as autoridades chilenas, o vírus "tem demonstrado uma alta taxa de transmissão entre a população, como é previsto no inverno, onde existem condições excepcionais para sua circulação".
Na véspera, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou um reforço da vigilância em portos e aeroportos brasileiros "diante do aumento do número de casos de influenza A (H1N1) nos países vizinhos".
No Brasil, o ministério da Saúde registrou 94 novos casos de gripe suína, totalizando 334 casos confirmados e 218 suspeitos, que aguardam os resultados dos exames.

Ministério da Saúde recomenda adiar viagens para Argentina e Chile devido à gripe suína

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, recomendou na tarde desta terça-feira, durante a inauguração de um novo prédio do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, que sejam adiadas as viagens para países com risco de contaminação pela gripe suína --gripe A (H1N1)--, entre eles Argentina e Chile. Mais cedo, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo recomendou que viagens para a América do Sul sejam evitadas. Segundo o ministro, uma nota técnica será publicada no "Diário Oficial da União" com a recomendação, que é feita devido ao aumento significativo de casos no país. Nesta segunda-feira (22), o Ministério da Saúde confirmou 240 pessoas contaminadas pela doença.
"A medida que São Paulo tomou foi de comum acordo com o Ministério da Saúde. Além das medidas já anunciadas, iremos informar ainda hoje medidas adicionais", disse Temporão.
O ministro ressaltou que a medida se trata de uma recomendação e não de uma determinação, pois o governo não pode proibir a circulação de pessoas, já que não há uma determinação da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre o assunto.
De acordo com o ministro, a recomendação vale apara todos os brasileiros, em especial para mulheres grávidas e pessoas imunodeprimidas (pacientes com câncer e em tratamento de Aids, por exemplo), crianças menores de dois anos e idosos com 60 anos ou mais.
Para Temporão, o aumento do número de casos no país ocorreu porque muitos resultados do exate que constata a doença ficaram prontos agora. O ministro disse que a preocupação do governo atualmente é com as férias de julho, quando a circulação de pessoas é maior. O ministro disse que as recomendações feitas pela Vigilância Sanitária não mudam e o monitoramento terá continuidade.
A evolução no número de casos, segundo o ministro, já era esperada e demonstra a eficácia do sistema epidemiológico e de controle de doenças.
A gripe suína, afirmou o ministro, não é autossustentável pois todos os casos demonstraram vínculo epidemiológico. "Se tratam de pessoas que foram contaminadas por outras que contraíram a doença fora do Brasil", disse o ministro.
São Paulo
Um balanço da Secretaria da Saúde de São Paulo aponta que 40% de 116 casos de gripe suína registrados no Estado até ontem (22) foram de pacientes que se infectaram durante viagem para a Argentina. Outros 15,5% dos pacientes contraíram a doença nos Estados Unidos. Outros 5,1% foram contaminados no Chile e 2,5% no Canadá. Os demais países apontados como locais prováveis de infecção foram França, Inglaterra, México e Uruguai.
De ontem para esta terça-feira, a secretaria paulista registrou mais 33 casos da doença, que oficialmente ainda não foram contabilizados pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o estudo da secretaria, a idade média dos pacientes contaminados é de 27 anos, e a faixa etária predominante é entre 21 e 30 anos, o que representa 31% dos casos, seguida pela faixa de 31 a 40 anos, que respondeu por 15,5% do total. Do total de casos confirmados, 54,3% são do sexo masculino.
São Gabriel
O ministro da Saúde disse que a decisão da prefeitura de São Gabriel (329 km de Porto Alegre) foi isolada e sem recomendação do governo federal ou estadual. A administração da cidade gaúcha decretou situação de emergência devido à suspeita de que 18 moradores do município estão contaminados com a doença.
"A decisão do prefeito é contra a orientação do governo do Estado", disse Temporão, que ressaltou que a prefeitura tem autonomia para esse tipo de medida, porém, ele disse esperar que a situação de emergência seja revogada.
Portos e aeroportos
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou ontem novas medidas para reforçar a vigilância em portos e aeroportos de todo o país, devido ao aumento do número de casos da gripe suína em países vizinhos.
Como parte das medidas de vigilância está a adoção de um documento --Declaração de Saúde do Viajante-- que todos os passageiros serão obrigados apresentar para entrar no Brasil. Cerca de 500 mil formulários já foram impressos e estão sendo distribuídos.
Segundo o Ministério da Saúde, as companhias aéreas também serão obrigadas a fornecer a lista de passageiros no momento da chegada do avião. O órgão também afirmou que funcionários estão sendo remanejados para fortalecer a fiscalização nos postos de fronteiras com países da América do Sul e no aeroporto internacional de Guarulhos (Grande São Paulo).
Sintomas
A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Confirmaron otras tres muertes por la gripe A en el país

El Ministerio de Salud confirmó tres nuevas muertes por el virus de la gripe A en la Argentina, por lo que el numero de fallecidos asciende a diez.
El parte diario del Ministerio informó, además, que hay 95 nuevos casos. El total de personas que contrajeron el virus llegó a 1213.
Del total acumulado de fallecidos, dos están domiciliados en la Ciudad y ocho en la provincia de Buenos Aires.
Según informaron fuentes del Ministerio, mañana, se reúne el Comité de Expertos para evaluar la situación epidemiológica y generar nuevas recomendaciones.
Hasta el momento se han confirmado oficialmente 53.248 casos en 101 países con 235 fallecidos.

Alagoas registra 1º caso da gripe H1N1

Em coletiva no final da manhã desta segunda-feira (22), a Secretaria Estadual de Saúde confirmou o recebimento do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, que comprova o 1º caso da gripe H1N1 em Alagoas. Para o secretário Heberth Motta, não há motivo para pânico e ainda não há possibilidade de uma epidemia na cidade. De acordo com o Governo Federal, nesta última semana foram confirmados 35 novos casos de infecção pelo vírus Influenza A (H1N1): 15 em São Paulo, quatro em Minas Gerais, quatro no Rio de Janeiro, quatro no Rio Grande do Sul, três em Santa Catarina, um no Distrito Federal, um no Espírito Santo, um no Mato Grosso, um no Paraná e um aqui em Alagoas. Todos os pacientes passam bem. Segundo o Ministério da Saúde, Alagoas ainda tem três casos suspeitos, cujas amostras de sangue e saliva estão no laboratório da Friocruz, no Rio de Janeiro, para teste. Dos seis exames enviados e com resultados prontos até o momento para avaliação, cinco foram descartados e os pacientes não estão infectados pelo vírus H1N1. No total, o estado teve nove casos suspeitos.Vítima é homem e está sendo monitorada O secretaário de Estado da Saúde informou que o caso confirmado é o do 6º paciente que deu entrada no Hospital Escola Hélvio Auto com suspeita da gripe A. O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs/Sesau) garante que o estado clínico do paciente é bom e que o período de transmissibilidade (um dia antes até sete dias após o inicio dos sintomas) do vírus H1N1 foi encerrado no domingo. Todas as pessoas que tiveram contato com a vítima estão sendo monitoradas.O paciente, do sexo masculino, residente em Maceió, tem 31 anos e adoeceu depois de uma viagem à Argentina. Ele retornou ao Estado no último dia 15, tendo começado a apresentar os sintomas da doença desde o dia 14. Ao retornar a sua cidade, ele procurou o hospital Santa Juliana, onde a equipe médica entrou em contato com o Cievs para providenciar o encaminhamento ao Hélvio Auto. "O paciente está bem. Quando suspeitamos da doença, trouxemos ele para o Hélvio Auto, colhemos os exames e enviamos o material para o laboratório. A vítima não ficou internada porque o próprio Ministério da Saúde quebrou o seu protocolo e pediu para que, os pacientes que não apresentassem quadro grave, fossem liberados para ficar em casa, com o monitoramento do Estado. E foi isso que aconteceu. Ele permanece sob a nossa vigilância e não oferece mais nenhum risco de contaminação porque os sete dias em que a transmissão poderia ocorrer, já terminaram", detalhou o secretário. "Não há motivos para pânico. O que importa é que estamos vigilantes, podemos oferecer o tratamento em caso de necessidade e com a máxima agilidade. O que apelo que fazemos é apenas para que a população colabore e procure um médico em caso de suspeita de contaminação", pediu Motta. Mais um caso sob suspeita No último sábado (20), a Secretaria Estadual de Saúde informou que foi registrado mais um caso suspeito de gripe A (H1N1) em Alagoas. A vítima do sexo feminino mora em Maceió e estava no mesmo vôo vindo da Argentina em que foi registrado o último caso suspeito da doença. Na sexta-feira passada (19), ela apresentou os sintomas de febre, tosse seca, dores musculares e nos olhos, cansaço e congestão nasal e foi internada no Hospital Escola Hélvio Auto, onde foi realizada a coleta do exame pelo Lacen (Laboratório Central), que foi enviada para a Fiocruz. Paciente já começou tratamento.
De acordo com o CIEVS (Centro de Informações de Estratégias em Vigilância de Saúde), a paciente já iniciou o tratamento terapêutico preconizado pelo Protocolo de Procedimentos para o Manejo de Casos e Contatos de Influenza A (H1N1) do Ministério da Saúde. Segundo o CIEVS, a paciente continua hospitalizada por ter asma, o que poderá trazer complicações respiratórias. Caso o resultado do exame foi negativo, ela deverá receber alta na próxima semana.No Brasil, já são 215 casos confirmados Com os 35 novos casos confirmados esta semana, o total acumulado de pessoas infectadas com o vírus H1N1 no País chega a 215. Em todos os casos, estão sendo realizados busca ativa e monitoramento de todas as pessoas que estabeleceram contato próximo com esses pacientes. O Ministério da Saúde informou que acompanha, ainda, 221 casos suspeitos no Brasil. As amostras com secreções respiratórias dos pacientes estão em análise laboratorial. Além disso, 560 casos foram descartados até o momento. Devido ao volume de novos casos confirmados, as informações sobre o tipo de transmissão – se foi autóctone (ocorrida dentro do território nacional) ou se são casos importados – passarão a ser divulgada a partir desta segunda-feira. Até o boletim da última sexta-feira o País tinha registrado 23 casos autóctones, todos com vínculo epidemiológico com pacientes procedentes do exterior. Desse modo, o Ministério da Saúde considera que, até o momento, a transmissão no Brasil é limitada, sem evidências de sustentabilidade da transmissão do vírus da Influenza A (H1N1) de pessoa a pessoa. 95 países estão infectados A Organização Mundial da Saúde divulgou que 95 países têm casos confirmados e divulgados da doença. Desse total, 35 têm casos autóctones: Europa (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Estônia, França, Alemanha, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido); Américas (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guatemala, México, Panamá, Peru e Uruguai); Ásia (Japão); África (Egito) e Oceania (Austrália). Segundo a OMS, México, EUA, Canadá e Austrália são considerados os países com transmissão sustentada. Confira as principais perguntas e respostas sobre a gripe A 1. O que é a influenza A (H1N1)? É uma doença respiratória aguda (gripe), causada pelo vírus A (H1N1). Este novo subtipo do vírus da influenza, assim como a gripe comum, é transmitido de pessoa a pessoa principalmente por meio de tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. 2. Quais os sintomas que definem um caso suspeito de influenza A (H1N1)? Febre alta de maneira repentina (maior que 38ºC) e tosse podendo estar acompanhadas de algum dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dificuldade respiratória; e ter apresentado esses sintomas até 10 dias após sair de países que reportaram casos pela influenza A (H1N1); ou ter tido contato próximo nos últimos 10 dias com pessoa classificada como caso suspeito de infecção humana pelo novo subtipo de influenza. 3. Em quanto tempo, a partir da transmissão, os sintomas aparecem? Os sintomas podem iniciar no período de 3 a 7 dias após contato com esse novo subtipo do vírus e a transmissão ocorre, principalmente, em locais fechados. 4. Há uma vacina que possa proteger a população humana contra essa doença? Não. Não existe vacina contra esse novo subtipo de vírus da influenza. Há pesquisas em andamento, mas não há previsão para o desenvolvimento desta vacina. 5. A vacina contra gripe comum protege contra a influenza A (H1N1)? Não há, até o momento, nenhuma evidência de que a vacina contra gripe comum proteja contra gripe do vírus A (H1N1). 6. Há tratamento para Influenza A (H1N1) no Brasil? Sim. Há um medicamento antiviral (fosfato de oseltamivir) indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e disponível na rede pública de saúde que será usado apenas por recomendação médica, a partir de um protocolo definido pelo Ministério da Saúde. O remédio só faz efeito se for tomado até 48 horas a partir do início dos sintomas. ALERTA: Ninguém deve tomar o medicamento sem indicação médica. A automedicação pode mascarar sintomas, retardar o diagnóstico e até causar resistência ao vírus. 7. O Brasil tem estoque de medicamento para tratamento de pacientes? Sim. O Ministério da Saúde conta com estoque estratégico suficiente para tratamento de casos de influenza A (H1N1). Para uso imediato, há 6.250 tratamentos adultos e 6.250 pediátricos, que estão sendo enviados aos estados de acordo com a necessidade. Além disso, o governo brasileiro possui, acondicionada em tonéis, matéria-prima para 9 milhões de tratamentos. O medicamento bruto está pronto para ser transformado em cápsulas. O inicio do processamento será indicado pelo Ministério da Saúde, conforme a necessidade. 8. É seguro comer carne de porco e produtos derivados? Sim. Embora o nome popular da doença remeta a suínos, não há evidências de que esse novo subtipo de vírus tenha acometido porcos. Portanto, não há risco no contato e consumo de produtos de origem suína. 9. O que é uma pandemia? Uma pandemia ocorre quando surge um novo vírus contra o qual a população não está imunizada – não há vacina pronta, nem o corpo das pessoas conhece o vírus. Assim, muitos são atingidos, resultando em uma epidemia que se espalha em diversos países. Fatores como o incremento do fluxo de pessoas entre países, a urbanização e o crescimento populacional contribuem para acelerar esse processo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) divide seus países membros em seis regiões: África, Américas, Sudeste Asiático, Europa, Mediterrâneo Oriental e Pacífico Ocidental. Além disso, possui fases de alerta para pandemia, em uma escala de 1 a 6. O alerta 6 da OMS, fase em que nos encontramos no momento, é quando o há transmissão sustentada do vírus, de homem para homem, em pelo menos dois países de uma dessas regiões. 10. Como o Brasil está se preparando para uma pandemia de Influenza A (H1N1)? O Brasil está bem preparado para uma possível pandemia. Isso porque o governo brasileiro já havia começado a estruturar sua rede de vigilância para influenza há nove anos (em 2000). Por causa de uma então possível pandemia de gripe aviária, em 2003, o governo brasileiro constituiu um comitê técnico para a elaboração do plano de preparação brasileiro para o enfrentamento de uma pandemia de influenza. Esse plano está pronto há mais de dois anos e começou a ser colocado em prática no momento em que o Brasil foi notificado pela OMS dos casos de Influenza A (H1N1), em 25 de abril passado. O Brasil conta com 54 centros de referência, em todo o Brasil, preparados para tratar possíveis doentes. Estas unidades se enquadram em parâmetros exigidos pela OMS para o atendimento à essa doença, com área livre para isolamento de contato, equipamentos de proteção individuais para acompanhamento, exames e tratamento dos casos. 11. Houve alguma medida com relação aos voos internacionais? Sim. Dentro da aeronave em vôo: as tripulações das aeronaves estão orientadas a informar os passageiros, ainda durante o vôo, sobre sinais e sintomas da influenza A (H1N1). Adicionalmente, a tripulação solicitará que passageiros com esses sintomas se identifiquem à tripulação. Esses passageiros identificados serão encaminhados para os postos da Anvisa ainda no aeroporto. Ao desembarcar, todos os viajantes procedentes de países afetados, recebem folder/panfleto com informações, em português, inglês e espanhol, sobre os sinais e sintomas, medidas de proteção, higiene e orientações para procurar assistência médica. Complementarmente, a Infraero veicula, nesses aeroportos, informe sonoro. Todos os passageiros vindos de outros países tem suas Declaração de Bagagem Acompanhada (DBA), retidas pela ANVISA. A DBA atua como fonte de informações para eventual busca de contatos se for detectado caso suspeito na mesma aeronave. O passageiro procedente de país afetado que sentir os sintomas em casa após 10 dias de retorno da viagem deve procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima e informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem.

domingo, 21 de junho de 2009

GRIPE H1N1


O Ministério da Saúde confirmou neste sábado mais 49 casos de gripe suína no país --como é chamada a gripe A (H1N1)-- elevando para 180 o número de casos confirmados no Brasil. Os casos novos foram confirmados em São Paulo (25); Rio (11); Distrito Federal (7), Paraná (2), Rio Grande do Sul (2), Bahia (1) e Minas (1).Segundo o governo, todos os pacientes estão em tratamento e passam bem. Não foram informados detalhes sobre os casos.Outros 184 casos considerados suspeitos estão sendo analisados em 19 Estados brasileiros e no Distrito Federal. Além disso, 552 casos já foram descartados

Por acaso, brasileiros descobrem nova fonte de células-tronco


Com a ajuda do acaso, pesquisadores brasileiros obtiveram pela primeira vez células-tronco adultas a partir de tecidos das tubas uterinas (antes chamadas trompas de falópio). Essas células foram transformadas em osso, músculo, cartilagem e gordura. Agora, os cientistas querem investigar por que as tubas, canais que ligam os ovários ao útero, são ricas em células-tronco.
O grupo do Centro de Estudos do Genoma Humano da USP e de mais duas instituições paulistanas publicaram a descoberta no periódico "Journal of Translational Medicine".
"Não tínhamos a intenção de extrair células-tronco da trompa de falópio. Na verdade, queríamos cultivar as células do aparelho reprodutor feminino do endométrio, da trompa e até do sangue menstrual para que essas células servissem de suporte para a cultura de células-tronco embrionárias humanas", conta Tatiana Jazedje, bióloga do Centro de Estudos do Genoma Humano da USP. As células foram extraídas de tecidos descartados de cirurgias como retirada do útero e laqueadura, feitas em seis pacientes. Depois de isoladas, no entanto, um fato chamou a atenção de Jazedje e seus colegas de pesquisa: elas se dividiam rápido demais.
Segundo a pesquisadora, o perfil genético dessas células foi analisado no laboratório e se percebeu que elas "tinham cara de célula-tronco". Surpresos, os cientistas resolveram testar a sua capacidade de diferenciação (transformação em diferentes tecidos do corpo).
"Precisávamos de três tecidos diferentes para mostrar que era célula-tronco", disse. Obtiveram quatro: músculo, gordura, osso e cartilagem.
Para os pesquisadores, os fragmentos de tecido das tubas uterinas "podem representar uma nova fonte potencial de células pluripotentes para medicina regenerativa" --já que células-tronco têm potencial para regenerar órgãos.
Mas a célula-tronco adulta é menos potente do que a polêmica célula-tronco embrionária, capaz de se converter em qualquer tipo de tecido.
O próximo passo na pesquisa, de acordo com Jazedje, é testar as células em animais.
Sem problemas éticos
O grupo, liderado pela geneticista Mayana Zatz, ressalta o fato de a obtenção da célula-tronco ter ocorrido a partir do aproveitamento do descarte cirúrgico -assim, sua utilização não levanta problemas éticos.
Já se supõe que no corpo inteiro possam existir células-tronco em pequenas quantidades. Mas o que intriga os pesquisadores neste caso é por que as tubas são tão ricas nesse tipo de célula. "Não sabemos ainda qual é a função, se imunológica ou para dar suporte para o crescimento do embrião recém-fecundado", disse ela. Essa é mais uma área de estudo que se abriu agora para os cientistas.
No ano passado, uma integrante desse grupo de pesquisadores, Natássia Vieira, usou a própria gordura, retirada numa lipoaspiração, para estudos com células-tronco. O resultado mostrou que as células-tronco da gordura, injetadas no sangue de camundongos, produzem proteínas para o combate da distrofia muscular.

Correr é fazer amigos



A corrida, dizem os médicos, é um dos melhores exercícios aeróbicos, capaz de prevenir doenças cardiovasculares e melhorar a disposição para as atividades do dia a dia. Para muita gente, correr também se tornou uma forma de fazer novas amizades e alargar o círculo social. Nos grupos de corrida, que em geral se reúnem nos fins de semana em parques, praias e ruas, a conversa sobre o novo tipo de tênis ou de camiseta evolui para outros assuntos. Surgem as afinidades entre os corredores, que muitas vezes passam a se encontrar para outras atividades além do esporte. Para os especialistas em corrida, a socialização é a principal explicação para o aumento espetacular na quantidade de associados a grupos de corrida. Há dez anos, nas principais cidades do país, eles não passavam de 1 000 – hoje, chegam a 100 000. Podem ser vistos nas manhãs dos fins de semana, com suas camisetas exibindo o logotipo da equipe, cruzando alegremente os recantos mais aprazíveis das cidades.Esses grupos muitas vezes surgem de forma espontânea, entre vizinhos ou nas academias. Nesse caso, cada integrante paga em média 100 reais por mês para ter um treinador atento às suas necessidades de exercício. Outros são atraídos pelas assessorias esportivas, empresas especializadas que oferecem infraestrutura de apoio e treinamentos. Outra forma de encontrar uma turma é procurar clubes de corredores. Eles indicam grupos com o perfil que se deseja e promovem corridas – para participar delas, os preços variam entre 30 e 100 reais. O gaúcho Fernando Andorffy, de 46 anos, auditor da Receita Federal, começou a correr na Equipe do Bira, em Porto Alegre, há quase um ano. Movida pela agitação do grupo, que promove encontros semanais, sua mulher, Helena, também de 46 anos, resolveu se arriscar no esporte. "Nossa vida social mudou desde que meu marido começou a correr. Fizemos novos amigos e resolvi correr com eles também", afirma.
Muitas empresas descobriram que formar grupos de corrida é uma maneira de estimular a integração entre os funcionários e criar um ambiente de trabalho mais prazeroso e eficiente. No Rio de Janeiro, a Chalfin, Goldberg & Vainboim Advogados Associados contratou a assessoria de corrida N-Body com esse objetivo. Segundo a advogada Paula Roberta Rodrigues, 26 anos, que trabalha na empresa, "além de melhorar meu corpo e minha saúde, ao correr com o grupo do escritório tenho a oportunidade de me relacionar com colegas que vão desde o estagiário até o sócio da empresa". Os grupos de corrida deram origem às competições temáticas. Há hoje no país cerca de 600 provas por ano, muitas delas dirigidas a públicos específicos – mulheres, militantes de causas ecológicas, fiéis de igrejas evangélicas e até jovens que frequentam baladas. Nesse caso, as corridas são noturnas e animadas pelo som de DJs. "Acho o máximo participar dessas provas porque em cada uma delas se sente uma energia diferente", diz o paulista José Luis Gracia Lazo, de 27 anos, analista de comércio exterior. "Além disso, elas permitem conhecer gente que gosta das mesmas coisas que você", ele conclui.O mais novo atrativo para quem quer correr e fazer amigos são as viagens para disputar provas em outros estados ou no exterior. Várias agências de turismo e empresas que organizam corridas oferecem esse tipo de viagem. A Assessoria Conexão Esportes, do treinador José Eduardo Coghi Pompeu, de São Paulo, já levou corredores ao Rio de Janeiro, a Florianópolis e a Punta del Este, no Uruguai. "Corremos para cuidar da saúde e do corpo, mas também adoramos sair dos treinos e partir para uma happy hour para jogar conversa fora", diz o treinador. A corrida de rua em grupos é hoje popular em todas as grandes cidades do mundo, mas, segundo os especialistas em esportes, em nenhum país ela se tornou tão popular quanto no Brasil. A explicação para isso estaria no clima, sem temperaturas rigorosas nem neve, o que permite a prática do esporte o ano todo. Para o paulista David Cytrynowicz, presidente da Corpore, associação de corredores especializada na organização de corridas de rua, "os brasileiros estão cada vez mais ansiosos para sair do ambiente fechado das academias, correr ao ar livre e conhecer gente nova".