sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Hospital de Brasília isola três bebês com superbactéria

Recém-nascidos estavam em UTI neonatal e exames de rotina mostraram a presença da bactéria KPC. Eles não desenvolveram infecções e passam bem

Cerca de 20% das contaminações pela KPC podem não ser vencidas por nenhum antibiótico
Cerca de 20% das contaminações pela KPC podem não ser vencidas por nenhum antibiótico (Thinkstock/VEJA)
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal isolou nesta quinta-feira três recém-nascidos que estavam internados na UTI neonatal do Hospital Materno Infantil de Brasília. A medida foi tomada depois da descoberta de que os bebês estavam com a bactéria KPC (Klebsiella pneumoniae), resistente a antibióticos. Os bebês não desenvolveram infecções e passam bem.
De acordo com a secretaria, a medida foi adotada para evitar a propagação do micro-organismo. A descoberta foi feita em uma vistoria de rotina, antes que a bactéria se multiplicasse. Os bebês estão isolados para segurança dos demais pacientes e monitorados o tempo todo. De acordo com a assessoria de imprensa da secretaria, a UTI não foi interditada.

A KPC — A KPC foi a primeira bactéria resistente a antibióticos identificada pelos médicos, nos Estados Unidos. Trata-se de uma versão resistente da bactéria Klebsiella pneumoniae, que pode causar pneumonia e infecção urinária. A preocupação surgiu porque cerca de 20% das contaminações pela KPC podem não ser vencidas por nenhum antibiótico. Ou seja, ela causa uma infecção simples, imune a grande parte dos remédios conhecidos.
De acordo com um levantamento do Ministério da Saúde, a bactéria matou 106 pessoas em 2010 e 2011 no Brasil. Em 2009, 18 pacientes morreram por conta de infecções pela bactéria no Distrito Federal. A transmissão ocorre por meio do contato direto, como tocar a pessoa contaminada, ou indireto, por meio do uso de um objeto comum.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Brasil tem 828 casos de chikungunya, segundo Ministério da Saúde

Ministério da Saúde divulgou novo balanço da doença nesta quarta-feira.
Bahia e Amapá e Minas Gerais têm casos de transmissão interna.

Do G1, em São Paulo
Vírus chikungunya é transmitido por mosquitos Aedes aegypty (no alto) e Aedes albopictus (Foto: Douglas Aby Saber/Fotoarena-AFP Photo/EID Mediterranee)Vírus chikungunya é transmitido por mosquitos
Aedes aegypti (no alto) e Aedes albopictus
(Foto: Douglas Aby Saber/Fotoarena-AFP Photo/
EID Mediterranee)
Até o dia 25 de outubro, 828 casos de infecção pelo vírus chikungunya foram diagnosticados no Brasil. Do total, 299 foram transmitidos dentro do próprio país (casos autóctones). Outros 39 casos foram importados, ou seja, os pacientes foram infectados durante viagens a outros países. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (29). Nas últimas duas semanas, houve um aumento de 491 casos.
Houve 458 casos de transmissão interna na Bahia, 330 no Amapá e 1 em Minas Gerais. Quanto aos casos importados, foram registrados 17 em São Paulo, 4 no Ceará, 3 no Rio de Janeiro e mais 3 em Roraima. Rio Grande do Sul, Paraná e Distrito Federal registraram dois casos, cada. Amazonas, Amapá, Goiás, Maranhão, Minas Gerais e Pará tiveram apenas uma notificação de caso importado.
Do total de casos, 155 foram confirmados por exame laboratorial e 673 por critério clínico-epidemiológico. De acordo com o Ministério, quando há transmissão intensa em determinada região, o diagnóstico pode ser feito pela observação dos sintomas, caso o paciente tenha tido contato com outras pessoas infectadas.
 Entenda o vírus
A infecção pelo vírus chikungunya provoca sintomas parecidos com os da dengue, porém mais dolorosos. No idioma africano makonde, o nome chikungunya significa "aqueles que se dobram", em referência à postura que os pacientes adotam diante das penosas dores articulares que a doença causa.
Em compensação, comparado com a dengue, o novo vírus mata com menos frequência. Em idosos, quando a infecção é associada a outros problemas de saúde, ela pode até contribuir como causa de morte, porém complicações sérias são raras, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Como as pessoas pegam o vírus?
Por ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo mosquito Aedes albopictus, a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue, de acordo com o infectologista Pedro Tauil, do Comitê de Doenças Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
O risco aumenta, portanto, em épocas de calor e chuva, mais propícias à reprodução dos insetos. Eles também picam principalmente durante o dia. A principal diferença de transmissão em relação à dengue é que o Aedes albopictus também pode ser encontrado em áreas rurais, não apenas em cidades.
 O chikungunya tem subtipos diferentes, como a dengue?
Diferentemente da dengue, que tem quatro subtipos, o chikungunya é único. Uma vez que a pessoa é infectada e se recupera, ela se torna imune à doença. Quem já pegou dengue não está nem menos nem mais vulnerável ao chikungunya: apesar dos sintomas parecidos e da forma de transmissão similar, tratam-se de vírus diferentes.
Quais são os sintomas?
Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares.
Em média, os sintomas duram entre 10 e 15 dias, desaparecendo em seguida. Em alguns casos, porém, as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. De acordo com a OMS, complicações graves são incomuns. Em casos mais raros, há relatos de complicações cardíacas e neurológicas, principalmente em pacientes idosos. Com frequência, os sintomas são tão brandos que a infecção não chega a ser identificada, ou é erroneamente diagnosticada como dengue.
Segundo Barbosa, é importante observar que o chikungunya é "muito menos severo que a dengue, em termos de produzir casos graves e hospitalização".
Tem tratamento?
Não há um tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.
De acordo com Tauil, da SBI, os serviços de saúde brasileiros já estão preparados para identificar a doença. "Provavelmente quem vai receber esses casos são reumatologistas. Já escrevemos artigos voltados para esses profissionais, orientando-os a ficar atentos a pessoas provenientes de áreas em que há transmissão", diz o infectologista. Pessoas que apresentarem os sintomas citados e estiverem voltando de áreas onde existe a transmissão do vírus, como o Caribe, devem comunicar o médico.
Apesar de haver poucos riscos de formas hemorrágicas da infecção por chikungunya, recomenda-se evitar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) nos primeiros dias de sintomas, antes da obtenção do diagnóstico definitivo.
Como se prevenir?
Sobre a prevenção, valem as mesmas regras aplicadas à dengue: ela é feita por meio do controle dos mosquitos que transmitem o vírus.
Portanto, evitar água parada, que os insetos usam para se reproduzir, é a principal medida. Em casos específicos de surtos, o uso de inseticidas e telas protetoras nas janelas das casas também pode ser aconselhado.
Que medidas preventivas o governo brasileiro adotou?
Desde o ano passado, quando foram confirmados os primeiros casos de chikungunya no Caribe, o Ministério da Saúde começou a elaborar um plano de contingência do vírus para o Brasil. "Existe a possibilidade de transmissão em todo local que há mosquitos vetores", explica o secretário Barbosa.
O plano consiste em promover uma redução drástica da população de mosquitos nos arredores de onde os casos são identificados e orientar médicos, assistentes e profissionais de laboratórios de referência sobre como reconhecer um caso suspeito. Atualmente, seis laboratórios do país são capazes de fazer o teste para detectar o novo vírus.
Em 2010, o Brasil já tinha recebido três casos da doença do exterior: dois surfistas que foram infectados na Indonésia e uma missionária, na Índia.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Google está criando detector de câncer

A gigante da internet está desenvolvendo uma pílula que será capaz de auxiliar no combate à doença

Image-0-Artigo-1730058-1 A iniciativa é parte de um esforço maior do Google na área de saúde. Em janeiro, a empresa também anunciou o desenvolvimento de uma lente de contato que mensura o nível de glicose no sangue do usuário
FOTO: REUTERS
Mountain. View O laboratório de projetos experimentais Google X, divisão da empresa de internet americana, está trabalhando em um projeto de pílula que, ingerida, faria liberar na corrente sanguínea do paciente nanopartículas capazes de detectar o desenvolvimento de alguma forma de câncer, além da possível iminência de um ataque cardíaco. O diagnóstico precoce é considerado peça chave no tratamento de algumas doenças.
Alguns tipos de câncer, como o pancreático, apresentam sintomas físicos apenas após se tornarem fatais.
Responsável pelo projeto, o biólogo molecular Andrew Conrad já criou um dispositivo que detecta a presença do vírus HIV de maneira rápida e que é hoje amplamente utilizado.
O projeto ainda está em fase incipiente, segundo o Google. O desafio é projetar as partículas microscópicas que estariam na pílula e que seriam capazes de detectar leves mudanças na composição química do organismo.
Elas precisam ter características que as fizessem se ligar a, por exemplo, células que fizessem parte de um tumor ou material gorduroso próximo de se soltar dos tecidos circulatórios, segundo a rede britânica.
Magnéticas, as partículas seriam reunidas por meio de um dispositivo vestível capaz de atraí-las e interpretar os resultados, no qual o Google também está trabalhando, diz o "Wall Street Journal". A ideia é que o paciente fizesse um monitoramento sua saúde ingerindo a cápsula com regularidade.
"Qualquer exame para o qual você teria que agendar uma consulta médica poderia ser realizado por meio desse dispositivo... O que nós estamos tentando fazer é mudar a medicina de reativa para pró-ativa e preventiva", disse Conrad durante uma conferência organizada por esse jornal americano em Laguna Beach, Califórnia.
Em teoria, um software poderá ler as informações e fornecer o diagnóstico com as informações colhidas pelas nanopartículas. O objetivo final é criar uma pulseira que faria a leitura das nanopartículas uma ou mais vezes ao dia.
A iniciativa é parte de um esforço maior do Google na área de saúde: a empresa comprou recentemente participação na Calico, de pesquisa contra o envelhecimento, e a 23andMe, de testes genéticos.
Em janeiro, a gigante da internet também anunciou o desenvolvimento de uma lente de contato que mensura o nível de glicose no sangue do usuário.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Pela primeira vez, médicos transplantam coração sem batimento

Técnica desenvolvida na Austrália reanimou órgãos que ficaram por 20 minutos sem apresentar batimentos

A máquina onde coração que deixou de bater é reanimado, tornando possível o seu transplante
A máquina onde coração que deixou de bater é reanimado, tornando possível o seu transplante (Victor Chang Institute/Divulgação)
Cirurgiões australianos anunciaram nesta sexta-feira que conseguiram, pela primeira vez, transplantar um coração que já havia deixado de bater, avanço que pode revolucionar a técnica de doação de órgãos.
Até agora, médicos utilizavam apenas corações que permaneciam com batimentos, procedentes de doadores com morte cerebral, para realizar transplantes. No entanto, os especialistas do Hospital Saint Vincent, na Austrália, conseguiram desenvolver uma técnica para "ressuscitar" órgãos cujos batimentos ficaram parados por até 20 minutos.
“Nós já sabíamos que, até certo tempo, o coração pode ser reanimado, assim como outros órgãos. Agora, conseguimos fazer isso com a ajuda de uma máquina”, diz o cirurgião Kumud Dhital, professor da Universidade de New South Wales, em Sydney, e um dos membros da equipe.
A técnica consiste em transferir o coração do doador a uma máquina portátil. Nela, o órgão é mantido em uma inovadora solução que o conserva e o reanima, e permanece aquecido e com seus batimentos normalizados até o momento do transplante.
A equipe australiana aplicou a técnica em três pacientes. Dois deles se recuperam com normalidade e um está na unidade de terapia intensiva do hospital australiano.
"É um grande passo para reduzir a escassez de órgãos doados", disse, em comunicado, Peter MacDonald, diretor do Hospital Saint Vicent. “Eu me atreveria a dizer que, nos próximos cinco anos, veremos cada vez mais transplantes com o novo método.”
(Com agência France-Presse)

sábado, 25 de outubro de 2014

Ebola já matou 4.922 pessoas no mundo, aponta OMS

Segundo levantamento, número de casos ultrapassa 10.000 em oito países, especialmente na África

Profissionais de saúde do grupo Médicos Sem Fronteiras trabalham na Libéria, um dos países mais afetados pelo ebola, em 18 de outrubro de 2014
Profissionais de saúde do grupo Médicos Sem Fronteiras trabalham na Libéria, um dos países mais afetados pelo ebola, em 18 de outrubro de 2014 - Zoom Dosso/AFP
O número de mortos pela epidemia de ebola já chegou a 4.922 em oito países, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgados neste sábado. O total de casos registrados soma 10.141. Os três países mais afetados na África Ocidental (Guiné, Libéria e Serra Leoa) registram 4.912 mortes pela doença. Os dados da OMS foram contabilizados até o dia 23 deste mês.
A agência ressaltou, em nota, que dois dos oito distritos da Libéria e da Guiné têm relatado casos confirmados ou prováveis ​​de Ebola. Os dados também incluem casos registrados na Nigéria e no Senegal, onde a OMS considera que não há mais a epidemia. Os casos isolados na Espanha, Estados Unidos e Mali também estão no relatório.
Na sexta-feira morreu em Mali uma menina de dois anos recém-chegada da Guiné. A menina foi o primeiro caso identificado com o vírus no país. Uma equipe da OMS foi enviada ao país para avaliar os sistemas de saúde e as condições da infecção. O governo local aconselhou à população evitar os deslocamentos desnecessários para regiões da epidemia, e respeitar as medidas de higiene e precaução.
Cura - A enfermeira Amber Vinson, segundo caso de transmissão do vírus ebola nos Estados Unidos, conseguiu se curar do vírus. O Hospital da Universidade Emory, onde Amber está internada, declarou em um comunicado na sexta-feira que os exames não detectam mais o vírus em seu sangue. Outra enfermeira, Nina Pham, primeira pessoa infectada pelo ebola nos Estados Unidos, também conseguiu se curar da doença.
(Com agência Reuters)

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Exames confirmam ebola em médico internado em Nova York

Craig Spencer, de 33 anos, atuou como médico em ONG na Guiné.
Resultado de primeiro teste foi positivo, segundo 'NY Times' e CNN.

Do G1, em São Paulo
Foto publicada em setembro em seu perfil do  Facebook mostra o médico Craig Spencer com traje de proteção contra ebola antes de partir para a Guiné (Foto: Reprodução/Facebook/Craig Spencer)Foto publicada em setembro em seu perfil do
Facebook mostra o médico Craig Spencer com
traje de proteção contra ebola antes de partir para a
Guiné (Foto: Reprodução/Facebook/Craig Spencer)
Craig Spencer, médico da ONG Médicos Sem Fronteiras, que foi internado nesta quinta-feira (23) em um hospital de Nova York teve resultado positivo em um primeiro teste de ebola. Uma análise complementar ainda não teve seu resultado divulgado.

O paciente, de 33 anos, chegou ao centro médico com sintomas da doença e teve o diagnóstico confirmado em um primeiro teste esta noite, informou  prefeito Bill de Blasio. “Os testes realizados confirmaram que o paciente aqui em Nova York tem resultado positivo para ebola”, disse De Blasio.
Anteriormente, o jornal "The New York Times" e a rede CNN anteciparam o caso.
“Queremos deixar claro que não há razão para que os nova-iorquinos se alarmem”, afirmou o prefeito, acrescentando que “a cidade está preparada para essa eventualidade”.
Com febre e náuseas, Spencer foi transportado de sua casa, no Harlem, ao Hospital Bellevue. Fontes do jornal New York Post disseram que o médico esteve na Guiné ajudando a tratar doentes de ebola.
Pessoas que tiveram contato com ele e podem eventualmente ter se contaminado estão sendo localizadas.
A rede NBC disse que Spencer voltou a Nova York há 10 dias e se sentiu mal nesta quinta, quando acionou a emergência. Ele foi levado por uma ambulância escoltada pela polícia.
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse em uma coletiva de imprensa que todos os protocolos foram seguidos. "É de nosso entendimento que muito poucas pessoas entraram em contato direto com ele", disse. "Estamos esperando por uma boa evolução para este indivíduo", acrescentou.
O Hospital Presbiteriano do Texas, onde ele trabalhava, afirmou que o médico não voltou à instituição nem atendeu pacientes depois de sua viagem para a África Ocidental.
De acordo com a imprensa local, na tarde desta quinta o apartamento do médico já foi lacrado por especialistas em materiais perigosos.
Números da epidemia
A epidemia de ebola já matou 4.877 pessoas, de um total de 9.936 infectadas, de acordo com o balanço divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira (22). Os números referem-se aos  casos registrados até o dia 19 de outubro. As ocorrências foram na Guiné, Libéria, Serra Leoa, Espanha, Estados Unidos, Senegal e Nigéria. Estes dois últimos países foram declarados livres da doença em 17 e 19 de outubro, respectivamente.
Na Guiné, Libéria e Serra Leoa, a transmissão continua intensa, de acordo com a OMS, principalmente nas capitais dos três países. A organização acredita que o número de casos ainda é subestimado, sobretudo na capital da Libéria, Monróvia. Nos Estados Unidos e na Espanha, onde houve trasmissões localizadas, autoridades continuam monitorando pessoas que possivelmente tiveram contato com os pacientes.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Cachorro de enfermeira infectada em Dallas tem teste negativo para ebola

Cão está sendo mantido em isolamento desde o diagnóstico de sua dona.
Enfermeira Nina Pham foi a primeira a contrair ebola no território americano.

Do G1, em São Paulo
Foto divulgada pela prefeitura de Dallas mostra o cão Bentley, que foi posto em quarentena depos de sua dona, Nina Pham, ter sido diagnosticada com ebola (Foto: AP Photo/City of Dallas and Dallas Animal Services)Foto divulgada pela prefeitura de Dallas mostra o cão Bentley, que foi posto em quarentena depos de sua dona, Nina Pham, ter sido diagnosticada com ebola (Foto: AP Photo/City of Dallas and Dallas Animal Services)
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O primeiro teste para ebola feito no cachorro da enfermeira de Dallas Nina Pham, diagnosticada com ebola na semana passada, deu negativo, de acordo com a agência Associated Press. O cão, da raça cavalier king charles spaniel, tinha sido colocado em isolamento na semana passada.
Bentley, que tem um ano de idade, ainda se submeterá a outro exame antes que se conclua seu período de quarentena, de 21 dias, em 1º de novembro, informou nesta quarta-feira (22) a prefeitura de Dallas.
O cachorro foi isolado depois que sua dona recebeu o diagnóstico de ebola, em 12 de outubro. Nina Pham, de 26 anos, foi a primeira pessoa a contrair ebola no território americano nesta epidemia. Nina teve contato com o vírus quando ajudou a cuidar  do liberiano Thomas Eric Duncan no Hospital Texas Health Presbyterian, em Dallas.
Depois de ter sido internada na mesma instituição, Nina foi transferida na quinta-feira passada para a Unidade Especial de Estudos Clínicos do Centro Clínico dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH), que fica no estado de Maryland. Seu estado de saúde é considerado bom.
Bentley está recebendo cuidados dos Serviços para Animais da Cidade de Dallas, em uma base aérea desativada.
Na Espanha, onde uma enfermeira também foi infectada pelo vírus depois de cuidar de pacientes com ebola, houve uma grande comoção quando seu cachorro foi sacrificado devido ao risco de ele transmitir a doença. Nesta semana, foi anunciado que a enfermeira já está livre do vírus.
Cão Bentley é tratado por pessoa em traje de proteção contra o ebola (Foto: AP Photo/City of Dallas and Dallas Animal Services)Cão Bentley é tratado por pessoa em traje de proteção contra o ebola (Foto: AP Photo/City of Dallas and Dallas Animal Services)

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Contra o ebola Vacinação começa a partir de janeiro

Testes envolvendo 500 voluntários irão gerar dados sobre segurança e resposta imunológica até dezembro deste ano

Agora, apenas cinco aeroportos nos Estados Unidos estarão habilitados para receber viajantes oriundos dos países mais atingidos pela epidemia
Foto: Reuters
Genebra. Dezenas de milhares de pessoas na África Ocidental devem começar a receber vacinas experimentais do ebola a partir de janeiro, mas uma imunização da população em geral ainda está distante, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) ontem.
Image-0-Artigo-1725482-1 Testes clínicos iniciais de vacinas das farmacêuticas GlaxoSmithKline e NewLink Genetics já estão em andamento. Cerca de 500 voluntários devem participar em países como Estados Unidos, Grã-Bretanha, Alemanha, Suíça, Mali, Gabão e Quênia. Os testes irão gerar dados sobre segurança e resposta imunológica até dezembro.
As vacinas poderão, então, ser enviadas no começo do ano que vem para alguns grupos, como agentes de saúde que estão na região mais atingida pela doença, declarou a diretora-geral-assistente da OMS para sistemas de saúde e inovação, Marie-Paule Kieny.
"Estes dados são absolutamente cruciais para permitir a tomada de decisões sobre a dosagem que deve ser usada nos testes de eficácia na África", disse Kieny em uma entrevista coletiva de imprensa.
Determinar a dosagem irá ditar a produção, ou a quantidade total, de vacinas disponíveis para os grandes testes clínicos na África, informou ela.
"Ainda existe a possibilidade de que não dê certo, mas todos estão se organizando para poderem ir para o oeste da África em janeiro", acrescentou Kieny.
O surto de ebola no oeste africano já matou 4.546 pessoas dentre 9.191 casos conhecidos desde março na Libéria, em Serra Leoa e na Guiné, de acordo com a OMS, que declarou que as epidemias nos países do Senegal e Nigéria terminaram.
Os fabricantes de vacinas e autoridades regulatórias estão agindo rápido e acelerando os testes e aprovação das vacinas, disse Kieny, e os doadores estão prontos para financiar sua distribuição, que deve custar centenas de milhões de dólares.
Em Serra Leoa, autoridades impuseram ontem toque de recolher na cidade de Koidu, no leste do país, depois que uma discussão entre jovens e a polícia sobre um caso suspeito de ebola se transformou em tiroteio e tumulto, disseram autoridades.
Restrições
Viajantes que chegam aos Estados Unidos oriundos de países como Libéria, Serra Leoa e Guiné, os países mais atingidos pelo surto de ebola, devem entrar por um dos cinco aeroportos que já contam com sistema de monitoramento por telas em funcionamento, informou o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.
Livre da doença
A enfermeira espanhola infectada com ebola em Madri enquanto tratava de um padre que morreu vítima do vírus está livre da doença após testar negativo duas vezes seguidas, disseram os médicos ontem. "Consideramos que ela está curada do vírus", disse José Ramon Arribas, médico no hospital Carlos III.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Homem paralisado volta a andar após transplante de células do nariz

Darek Fidyka ficou paralisado após ser esfaqueado várias vezes em 2010 e não apresentava sinais de recuperação; tratamento é inédito no mundo.

Da BBC
Darek Fidyka voltou a andar após receber transplante de células olfativas.  (Foto: BBC)Darek Fidyka voltou a andar após receber transplante de células olfativas. (Foto: BBC)
Um homem paralisado conseguiu andar novamente após um tratamento inovador que envolveu o transplante de células de sua cavidade nasal para a medula espinhal.
Darek Fidyka, de 40 anos, ficou paralisado do peito para baixo após ser esfaqueado várias vezes em 2010. Agora, ele pode andar usando um andador. Ele também recuperou algumas funções da bexiga e intestino e funções sexuais.
Antes do tratamento, Fidyka estava paralisado havia quase dois anos e não mostrava nenhum sinal de recuperação, apesar de meses de fisioterapia intensiva. Ele disse que andar novamente foi "uma sensação incrível".
"Quando você não pode sentir quase metade do seu corpo, você é impotente, mas quando ele começa a voltar, é como se você tivesse nascido de novo".
O tratamento, inédito no mundo, foi realizado por cirurgiões poloneses em colaboração com cientistas em Londres. Detalhes da pesquisa foram divulgados na publicação científica Cell Transplantation.
O programa de TV Panorama, da BBC, teve acesso exclusivo ao projeto e passou um ano acompanhando a reabilitação do paciente.
O chefe de regeneração neural do Instituto de Neurologia da Universidade College, de Londres, liderou a equipe de pesquisadores. Ele disse que o resultado é "mais impressionante do que o homem andar na lua".
Como foi
O tratamento utilizou células especiais que fazem parte do sentido do olfato (OECs, na sigla em inglês). Elas agem como células de direção, que permitem que as fibras nervosas do sistema olfativo sejam continuamente renovadas.
Na primeira de duas operações, os cirurgiões removeram um dos bulbos olfativos do paciente e as células cresceram em cultura. Duas semanas depois, eles transplantaram as células para a medula espinhal, que tinha sido reduzida a uma pequena faixa de tecido, à direita.
Eles tinham apenas uma pequena porção de material para trabalhar - cerca de 500 mil células. Cerca de 100 microinjeções de células olfativas foram feitas acima e abaixo da lesão.
Quatro tiras finas de tecido nervoso foram tiradas do tornozelo do paciente e colocadas através de uma lacuna de 8mm no lado esquerdo da medula espinhal.
Os cientistas acreditam que as células olfativas forneceram uma direção, permitindo que as fibras acima e abaixo da lesão se reconectassem, usando os enxertos de nervos para preencher a lacuna na medula espinhal.
Fidyka mantém o programa de exercícios que já realizava antes do transplante - cinco horas por dia, cinco dias por semana. Ele notou pela primeira vez que o tratamento havia sido bem sucedido após cerca de três meses, quando sua coxa esquerda começou a desenvolver músculos.
Seis meses depois, ele foi capaz de tentar dar seus primeiros passos com a ajuda de barras paralelas, usando muletas e com o apoio de um fisioterapeuta. Dois anos após o tratamento, ele agora pode andar fora do centro de reabilitação utilizando um andador.
O neurocirurgião Pawel Tabakow, consultor no Hospital Universitário de Wroclaw, que liderou a equipe de pesquisa polonesa, disse: "É incrível ver como a regeneração da medula espinhal, algo que era considerado impossível por muitos anos, está se tornando uma realidade".
Fidyka ainda se cansa rapidamente ao caminhar, mas disse: "Eu acho que é realista que um dia irei me tornar independente".
"O que eu aprendi é que você nunca deve desistir, mas continuar lutando, porque alguma porta se abrirá na vida".
Um fator determinante para o sucesso do procedimento em Fidyka foi que os cientistas puderam usar céulas do bulbo olfatório do paciente. Isso significa que não havia perigo de rejeição, por isso não houve a necessidade de medicamentos imunossupressores usados em transplantes convencionais.
A maior parte da reparação de medula espinhal de Fidyka ocorreu no lado esquerdo, onde havia uma lacuna de 8mm. Desde então, ele recuperou massa muscular e movimento principalmente nesse lado.
Os cientistas acreditam que esta é uma evidência de que a recuperação se deve à regeneração, já que sinais do cérebro que controlam os músculos da perna esquerda viajam para baixo pelo lado esquerdo da medula espinhal.
Exames mostraram que a lacuna na medula espinhal fechou-se após o tratamento.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Após 42 dias sem novo caso, OMS declara Nigéria livre do ebola

Surto matou oito pessoas em 20 casos no país.
Número de mortes supera os 4 mil pelo mundo.

Do G1, em São Paulo
Oficial usa termômetro em passageiro na entrada do aeroporto Murtala Muhammed em Lagos, na Nigéria, em foto de 6 de agosto (Foto: Sunday Alamba/AP)Oficial usa termômetro em passageiro na entrada do aeroporto Murtala Muhammed em Lagos, na Nigéria, em foto de 6 de agosto (Foto: Sunday Alamba/AP)
 
A Organização Mundial da Saúde declarou nesta segunda-feira (20) a Nigéria livre do ebola, 42 dias após o país não registrar nenhum novo caso da doença. "A Nigéria está livre do ebola", disse Rui Gama Vaz, representante da OMS em uma entrevista coletiva para a imprensa na capital, Abuja.
"Esta é uma espetacular história de sucesso... Isso mostra que o ebola pode ser contido, mas é preciso ficar claro que nós só ganhamos uma batalha. A guerra só vai acabar quando a África Ocidental também for declarada livre de ebola", acrescentou, segundo a Reuters.
O primeiro caso na Nigéria, país mais populoso da África, foi importado da Libéria, quando um diplomata liberiano-americano chamado Patrick Sawyer passou mal no principal aeroporto internacional de Lagos, em 20 de julho.
Como o país estava mal preparado e não tinha procedimentos de triagem no local, Sawyer infectou várias pessoas, incluindo vários profissionais de saúde do hospital para onde foi levado, o qual não tinha equipamento de proteção adequado.
Na última quarta-feira, o Ministério da Saúde do país havia declarado que não havia mais pessoas infectadas com o vírus mantidas em observação. "Ninguém está sob supervisão pelo vírus ebola em qualquer parte da Nigéria. Todos os que estão sob observação cumpriram o período de 21 dias estipulado pela OMS", disse um porta-voz do ministério.
O ebola já matou 4.546 pessoas na Libéria, Guiné e Serra Leoa, os três países mais afetados. A Nigéria teve 20 pessoas contaminadas, das quais oito morreram.

O anúncio de que a maior economia da África erradicou a febre hemorrágica letal, pelo menos por ora, ocorre depois que na sexta-feira a OMS declarou o Senegal livre da doença, embora esse país tenha tido apenas um caso, importado da Guiné.

domingo, 19 de outubro de 2014

'Instagram para médicos' será lançado na Europa

Aplicativo permite que profissionais da saúde compartilhem casos por meio de fotos dos pacientes sem identificá-los.

Da BBC
Um aplicativo pelo qual os profissionais da saúde compartilham fotos de seus casos está para ser lançado na Europa até o fim do ano.
A rede social, chamada Figure 1, funciona como um "Instagram" – aplicativo de compartilhamento instantâneo de fotos – e foi desenvolvida para que os médicos possam discutir e trocar ideias entre si e com outros estudantes de medicina.
Alguns especialistas levantaram preocupações com a confidencialidade do paciente. Mas a rede diz que toma medidas nesse sentido: os rostos dos pacientes são automaticamente cobertos com uma tarja preta pelo próprio aplicativo.
No entanto, cabe aos usuários bloquearem outros sinais que possam entregar a identidade do paciente – como tatuagens, por exemplo.
Cada foto é revisada e aprovada por um moderador antes de ser adicionada à base de dados do aplicativo.
Até agora, mais de 150 mil médicos enviaram fotos usando a rede, que está disponível na América do Norte, no Reino Unido e na Irlanda.
Sem segredo
Um dos fundadores do aplicativo, o médico Josh Landy, explicou à BBC que o serviço não permite acesso a quaisquer registros do paciente.
"Nós não temos nenhum arquivo médico pessoal. O melhor jeito de manter um segredo é não tê-lo. Não somos uma organização que oferece tratamento médico", disse.
Médicos, porém, precisam fornecer as suas credenciais e são aconselhados a repassar a funcionários e pacientes os detalhes das políticas de uso e consentimento da rede social.
"Legalmente, identificar o médico não necessariamente identifica o paciente", explicou Landy.
"Mas é claro que é preciso cuidado com algumas condições médicas raras, que não podem ser postadas. Um dos usuários quis postar algo sobre um paciente, mas só há sete casos desses nos Estados Unidos e eles foram todos relatados porque são raros, então o paciente poderia ser facilmente indentificado", contou.
Qualquer um pode baixar o aplicativo gratuitamente, mas apenas os profissionais da saúde verificados pelos moderadores podem subir fotos ou comentar as imagens, explicou.
Imagens
Landy diz que o site "rejeita fotos sensacionalistas" e que "tudo está lá com propósito educacional"
"Tendo isso em mente, há várias imagens muito interessantes, coisas que médicos veem todos os dias. É uma visão transparente de um mundo que você raramente tem a chance de conhecer."
A comunidade médica já conta com outros serviços digitais, como UpToDate e DynaMed, muito utilizados como arquivos de dados de conhecimento clínico. Mas eles não são exatamente concorrentes do Figure 1, segundo Landy.
"UpToDate é um aplicativo que eu adoro e uso há vários anos. Ele tem um depósito de artigos escritos e editados por especialistas na área."
"O que o nosso aplicativo fornece é a oportunidade de contribuir com qualquer caso, não importa se ele for clássico ou pouco comum. O nosso sistema é baseado somente em fotos e é totalmente alimentado pelos usuários", explicou.
O aplicativo recebeu um investimento de US$ 6 milhões no último ano e será disponibilizado para toda a Europa ocidental até o fim deste ano.

sábado, 18 de outubro de 2014

Sem atendimento adequado, autistas são amarrados a camas em Alagoas

Falta de serviço especializado na rede pública dificulta o tratamento.
Psicóloga reconhece que atendimento não é o ideal, mas ressalta melhoras.

Michelle Farias Do G1 AL
Lidar com os sintomas mais graves em pessoas com autismo, como a agressividade, é uma preocupação comum a muitas famílias que convivem com o transtorno. Em Alagoas, a situação fica mais difícil diante de uma estrutura de diagnóstico e tratamento ainda precária. Há poucos centros de atendimento específico na rede pública estadual e, em casos extremos, os pacientes vivem amarrados em uma cama ou trancados em um quarto.
Emerson passa a maior parte do dia amarrado na cama (Foto: Michelle Farias/G1)Adolescente passa a maior parte do dia amarrado na cama do abrigo. (Foto: Michelle Farias/G1)
É o caso de um adolescente de 14 anos que mora no Lar Santo Antônio de Pádua, localizado no Conjunto Village Campestre, no bairro Cidade Universitária, em Maceió. Ele é autista, morava com o irmão e o pai e passava a maior parte do tempo trancado no quintal de casa. Como o pai trabalha durante o dia e não tem como cuidar do garoto, ele foi para o abrigo.
“Ele já passou por vários psicólogos e psiquiatras e foi diagnosticado com o grau mais avançado da doença. Como não temos pessoas suficientes, ele fica amarrado para não tirar a própria vida. Ele é agitado e pode bater a cabeça na parede até sangrar. Sei que é triste, mas fazemos o possível. Ele toma medicações, mas ainda assim precisa ficar amarrado. Eles são atendidos pela rede pública, mas o atendimento é muito ruim, os médicos só passam remédios”, afirma Frei José, responsável pelo abrigo.
De acordo com o Frei José, as famílias dos autistas que estão no abrigo quase nunca aparecem. "A maioria nem recebe visita. O único que recebe é o adolescente que ficava trancado no quintal de casa, mas de uns tempos para cá o pai não está vindo muito. É muito triste porque os pais não sabem como lidar com a doença e aqui nós fazemos de tudo para que eles tenham conforto, carinho e segurança", afirma.
Emerson divide o quarto com quatro garotos; um deles também fica amarrado (Foto: Michelle Farias/G1)Adolescente divide o quarto com quatro garotos; um deles também fica amarrado. (Foto: Michelle Farias/G1)
O Estado não dispõe de nenhuma unidade de saúde especializada em autistas, mas apoia as unidades municipais e privadas. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), uma portaria publicada em 2011 estabeleceu que esse tipo de atendimento é de responsabilidade das prefeituras. "Nós prestamos consultorias e capacitamos os profissionais. Não temos nenhum centro específico para atender a essas pessoas, esse tipo de atendimento é de responsabilidade do Município", diz o gerente de Saúde Mental de Alagoas, Berto Gonçalo.
De acordo com assessoria de comunicação da Sesau, a Rede de Atenção Psicossocial do Estado de Alagoas deve incluir novos serviços para, a partir de 2015, atender a pessoas autistas junto à família e comunidade e de maneira integral.
Em Maceió, segundo a psicóloga Silvana Alcântara, da coordenação de Saúde Mental da prefeitura, oito instituições são credenciadas para atender a pessoas com autismo, mas apenas três oferecem tratamento diferenciado: dois Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), que inaugurou em abril deste ano o Centro Unificado de Integração e Desenvolvimento do Autista (CUIDA). As outras unidades são ONGs que possuem convênio com o Município.
"Reconheço que o atendimento não é ideal, mas essa realidade não é apenas em Alagoas, é em todo o Brasil. O município tem convênios com ONGs, mas é preciso mais locais para atender a todos os casos", avalia a psicóloga. Para quem tem autismo, cada minuto é significativo. Quando o diagnóstico é tardio, a doença piora e fica muito complexa a intervenção. Quando o diagnóstico é fechado, é possível procurar atendimento na rede pública, mas a demora nesse atendimento varia de caso para caso", afirma a psicóloga.
O atendimento a esses pacientes é composto por psicólogos, psiquiatras, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, entre outros. Entretanto, o Município não soube informar a quantidade exata de profissionais na área ou mesmo o número de vagas disponíveis e a demanda do setor. Questionada sobre possíveis melhorias no atendimento a esses pacientes, a Secretaria Municipal de Saúde também não informou se havia algum planejamento neste sentido.
O G1 visitou algumas unidades que oferecem tratamento específico a autistas. De acordo com a psicóloga e coordenadora geral do CUIDA, Fabiana Lisboa, o Centro conta com 28 profissionais divididos em assistente social, técnicos em enfermagem, psicólogos, terapeuta ocupacional, terapeuta de integração sensorial, fisioterapeuta, fonoaudiólogos, pedagogos, educador físico, musicoterapeuta, nutricionista, psiquiatra e neuropediatras.

O Centro atende a cerca de 100 pacientes por mês e aposta em uma terapia com objetivos bem definidos e em sintonia com médicos, terapeutas, família e escola, utilizando métodos específicos para o transtorno do espectro autista. O CUIDA funciona hoje com a sua capacidade máxima de pacientes, mas quem quiser pleitear uma vaga, pode entrar com o serviço social da APAE pelo telefone (82) 3435-1461.
Crianças com autismo são assistidos pela AMA (Foto: Michelle Farias/G1)Crianças com autismo faz atividade em associação que oferece tratamento. (Foto: Michelle Farias/G1)
Na Associação dos Amigos dos Autistas (AMA-AL), o principal problema apontado do tratamento na rede pública é a precariedade do sistema e a quantidade de vagas disponíveis. “Eu tenho um filho autista e senti na pele a falta de especialização. Às vezes, não é nem por má vontade, é porque a qualificação é muito cara. Sentindo a necessidade de um atendimento específico, fundamos a AMA. Tudo que temos aqui são os pais que trazem e bancam, porque não encontramos na rede pública”, afirma a presidente da associação, Mônica Ximenes.
Os pais são os primeiros a notar que alguma coisa está diferente com o filho, como um gesto não correspondido ou a falta de reação a um estímulo. Outras vezes, quem percebe que há algo errado são parentes, amigos ou professores. “Quem dá o diagnóstico do autismo é um psiquiatra e na rede pública há poucos, por isso muitos pais sofrem sem saber o que o filho tem. Justamente por falta de qualificação, muitos profissionais não fecham o diagnósticos e enchem as crianças de remédios”, alerta Mônica.
Atividades em grupo desenvolvidas na AMA (Foto: Michelle Farias/G1)Atividades em grupo desenvolvidas na AMA (Foto: Michelle Farias/G1)
A diretora pedagógica da AMA, Silvia Costa Souza, tem um filho de cinco anos com autismo. Ela conta que morava na cidade de São Miguel dos Campos, mas teve que procurar atendimento específico em Maceió na tentativa de dar um serviço de qualidade para o filho. “Tive que procurar médicos fora e foi quando o meu filho foi diagnosticado. Soube que em Maceió tinha a AMA e não pensei duas vezes. Aqui nosso atendimento é individualizado, cada caso é pensando é bem planejado. Trabalhamos com os nossos filhos, para que eles tenham autonomia”, afirma.
Segundo Sílvia, as atividades específicas e direcionadas são fundamentais para que as pessoas com autismo conquistem essa autonomia. “Para que elas aprendam a comer de garfo e faca, uma atividade comum para crianças normais, aqui é preciso vários dias de repetições para a criança de fato aprender", diz.
Aplicativo
Estudantes e pesquisadores da Instituto Federal de Alagoas (Ifal) criaram um aplicativo para tablets direcionado a crianças que tem espectro autista. O ABC do Autismo é um jogo baseado em estudos de psicolinguística criado para facilitar a aprendizagem de crianças e jovens. Segundo o instituto, o aplicativo já foi apresentado em feiras de informática e teve boa aceitação – já teriam sido mais de 10 mil downloads na loja virtual Google Paly, onde está disponível para plataformas Android.

“São atividades que as crianças podem formar palavras, reconhecer objetos e animais. Ele teve uma aceitação muito grande e está sendo um ótimo aliado no aprendizado. Existem outros aplicativos que estão sendo desenvolvidos por alunos do Ifal para pessoas autistas e pessoas com dificuldades de aprendizado”, afirma a professora do instituto, Mônica Ximenes.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Cientistas usam células-tronco embrionárias para tratar perda de visão

Técnica não apresentou efeitos adversos graves e ajudou a melhorar a capacidade de enxergar da maioria dos pacientes com doenças degenerativas

Visão: Segunda etapa de pesquisa que utilizou células-tronco embrionárias para tratar degeneração macular tem resultados positivos
Visão: Segunda etapa de pesquisa que utilizou células-tronco embrionárias para tratar degeneração macular tem resultados positivos (Getty Images/iStockphoto/VEJA)
Pacientes com doenças graves nos olhos que receberam um transplante de células-tronco embrionárias para recuperar parte da visão toleraram bem o tratamento e não apresentaram efeitos adversos graves. É o que mostra um estudo publicado nesta quarta-feira na revista médica The Lancet. A pesquisa também sugere que a técnica é eficaz, uma vez que a maioria dos participantes relataram melhoras na visão.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Human embryonic stem cell-derived retinal pigment epithelium in patients with age-related macular degeneration and Stargardt’s macular dystrophy: follow-up  of two open-label phase 1/2 studies

Onde foi divulgada: periódico The Lancet

Quem fez: Steven Schwartz, Carl Regillo, Byron Lam, Dean Eliott, Philip Rosenfeld, Ninel Gregori, Jean-Pierre Hubschman, Janet Davis, Gad Heilwell, Marc Spirn, Joseph Maguire, Roger Gay, Jane Bateman, Rosaleen M Ostrick, Debra Morris, Matthew Vincent, Eddy Anglade, Lucian Del Priore e Robert Lanza

Instituição: Instituto dos Olhos Jules Stein da Universidade da Califórnia em Los Angeles; Universidade Thomas Jefferson; Universidade de Miami; Faculdade de Medicina de Harvard; Universidade da Carolina do Sul; e Advanced Cell Technology, Estados Unidos

Resultado: O transplante de células-tronco embrionárias é seguro e eficaz a longo prazo (até 3 anos) para melhorar a visão de pessoas com doenças degenerativas dos olhos.
Esses resultados fazem parte da segunda etapa da pesquisa. A primeira foi realizada para averiguar se o tratamento pode provocar efeitos adversos graves, como tumores. A nova fase foi conduzida com o objetivo de verificar se a técnica é segura a longo prazo e se o sistema imunológico do paciente rejeitaria o transplante, algo que preocupava os pesquisadores. As conclusões indicaram, pela primeira vez, que o tratamento não surte efeitos adversos mais sérios no paciente nos três anos seguintes ao transplante.
“As células-tronco embrionárias têm o potencial de se transformar em qualquer tipo de célula do corpo, mas o transplante delas era complicado pelo risco de problemas como rejeição do sistema imunológico”, diz o coordenador do estudo, Robert Lanza, cientista chefe da empresa de biotecnologia Advanced Cell Technology, nos Estados Unidos, que financiou o estudo.
Transplante — A pesquisa foi feita com 18 adultos americanos que tinham dois tipos de degeneração macular – a degeneração relacionada à idade e a distrofia macular Stargardt, principais causas de perda de visão entre idosos e adolescentes, respectivamente. Não há tratamentos eficazes para essas doenças atualmente. Os pacientes receberam, no olho mais afetado pela doença, injeções contendo entre 50 000 e 150 000 células de pigmento do epitélio retinal (RPE) derivadas de células-tronco embrionárias para substituir as células danificadas.
Embora essa etapa da pesquisa não tenha sido feita para avaliar a eficácia da técnica, os pesquisadores observaram que a visão de 10 entre os 18 pacientes melhorou após o transplante. “Essas pessoas relataram melhora significativa na visão geral e periférica, assim como na capacidade de enxergar objetos de perto e de longe”, diz Robert Lanza.
Para que a eficácia do tratamento seja comprovada, os cientistas precisam realizar uma pesquisa de maior escala. A equipe planeja envolver mais de 100 pessoas com cada uma dessas duas doenças no próximo estudo.
“O nosso estudo sugere que a técnica é segura e potencialmente eficaz em alterar a perda de visão progressiva em pessoas com doenças degenerativas dos olhos. Além disso, a pesquisa dá um passo importante em direção ao uso do tratamento em diversas doenças cujo tratamento requer reparação ou substituição de células”, disse, ao jornal britânico The Guardian, Steven Schwartz, pesquisador do Instituto dos Olhos Jules Stein, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, e um dos autores do estudo.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Veja quem são os pacientes com ebola tratados fora da África

Só os Estados Unidos já trataram oito pacientes com ebola.
Na Europa, foram ao menos nove pacientes.

Do G1, em São Paulo
 
A pior epidemia de ebola já registrada já matou quase 4,5 mil pessoas, de um total de quase 9 mil infectados. A maior parte dos pacientes se concentram em três países da África Ocidental: Serra Leoa, Guiné e Libéria. Mas, desde julho, vários pacientes têm sido levados para outros continentes para receberem tratamento.
Até o momento, oito casos de ebola foram tratados nos Estados Unidos. Duas enfermeiras, que contraíram a infecção em território americano, permanecem internadas. Na Europa, ao menos nove pacientes receberam tratamento. Um deles, a enfermeira espanhola Teresa Romero, foi infectada em Madri, enquanto os demais casos foram importados.
Esses três casos de profissionais da saúde que foram infectadas pela doença fora da África têm levantado o debate sobre o preparo das instituições para receber pacientes com ebola. As duas enfermeiras americanas tiveram contato com o liberiano Thomas Eric Duncan, que começou a manifestar os sintomas da doença em Dallas e foi atendido pelo Hospital Texas Health Presbyterian. Já a enfermeira espanhola ajudou a cuidar dos dois padres espanhóis que morreram de ebola em Madri, depois de terem contraído a doença na Libéria e em Serra Leoa.
Veja, abaixo, detalhes sobre os pacientes com ebola tratados fora da África até o momento.
Nos Estados Unidos
Desde o início da epidemia, houve oito casos de ebola tratados nos Estados Unidos. Um paciente morreu e duas pacientes ainda estão em tratamento. Conheça os casos:

Foto divulgada pela organização humanitária SIM USA, da qual Nancy Writebol faz parte, divulga foto de missionária nesta quarta-feira (20), depois de americanta ter se curado do ebola (Foto:  Reuters/SIM USA)Nancy Writebol foi infectada na Libéria e tratada
em Atlanta (Foto: Reuters/SIM USA)
Nancy Writebol, 59 anos
A missionária americana contraiu o vírus em julho, enquanto trabalhava em um hospital da organização de ajuda humanitária cristã SIM USA na Libéria com o marido, David, que não foi infectado. Depois do diagnóstico, foi levada para os EUA e tratada no Hospital Universitário de Emory, em Atlanta, e teve alta no dia 19 de agosto. Ela recebeu a droga experimental ZMapp.


O médico americano Kent Brantly, que foi infectado pelo ebola na Libéria, em foto sem data (Foto: Joni Byker / SAMARITAN'S PURSE / AFP)Kent Brantly foi infectado na Libéria e tratado em
Atlanta (Foto: Joni Byker/Samaritan's Purse/AFP)
Kent Brantly, 33 anos
O médico missionário americano, ligado à organização humanitária cristã Samaritan’s Purse, também foi infectado em julho enquanto trabalhava em um hospital na Libéria. Assim como Nancy, foi levado para os EUA depois do diagnóstico e tratado no Hospital Universitário de Emory, onde recebeu a droga experimental ZMapp. Ele teve alta em 21 de agosto.


 Rick Sacra foi infectado por ebola em um hospital na Libéria  (Foto: Reuters/SIM/Handout via Reuters) Rick Sacra foi infectado na Libéria e tratado em
Omaha (Foto: Reuters/SIM/Handout via Reuters)
Rick Sacra, 51 anos
O medico missionário americano de Boston foi infectado enquanto trabalhava em um hospital na Libéria para tratar mulheres grávidas doentes e realizar partos. Ligado à organização humanitária cristã SIM USA, ele foi levado para os EUA no dia 5 de setembro, depois do diagnóstico, e foi tratado no Nebraska Medical Center, na cidade de Omaha. Ele foi tratado com a droga experimental TKM-Ebola e recebeu transfusão de sangue de seus colegas que já tinham sido curados de ebola nos EUA e teve alta no fim do mês. No início de outubro, ele foi internado novamente com sintomas respiratórios, mas se recuperou.

Paciente não identificado
Um americano não identificado que contraiu ebola em Serra Leoa foi tratado no Hospital Universitário de Emory, em Atlanta, a partir do dia 9 de setembro. Em uma declaração divulgada na época, o paciente afirmou que estava se recuperando e esperava ser liberado do hospital em breve. Ele disse que queria manter sua identidade em sigilo.

 Thomas Eric Duncan apresentou sintomas de ebola em Dallas e morreu (Foto: AP Photo/Wilmot Chayee) Thomas Eric Duncan apresentou sintomas de ebola
em Dallas e morreu (Foto: AP Photo/Wilmot Chayee)
Thomas Eric Duncan, 45 anos
O liberiano estava visitando Dallas quando começou a se sentir mal e buscou tratamento no Hospital Texas Health Presbyterian, em 25 de setembro. Ele foi inicialmente mandado para casa com antibióticos, apesar de ter dito à enfermeira que tinha acabado de chegar da Libéria. Em 28 de setembro, ele voltou ao mesmo hospital de ambulância. Ele morreu na área de isolamento da instituição depois de 11 dias.


O americano Ashoka Mukpo, de 33 anos, foi infectado com ebola na Libéria (Foto: Reprodução/Twitter/Ashoka Mukpo)Ashoka Mukpo, de 33 anos, foi infectado com ebola
na Libéria (Foto: Reprodução/Twitter/Ashoka Mukpo)
Ashoka Mukpo, 33 anos
O cinegrafista americano freelancer que trabalhava para a rede NBC News na Libéria, quando foi diagnosticado. Ele foi levado para os EUA para ser tratado no Nebraska Medical Center. Seu estado de saúde continua melhorando. Ele foi tratado com a droga experimental brincidofovir, do laboratório Chimerix. A equipe que trabalhava com ele voltou aos EUA e foi colocada em quarentena depois de violar um acordo para permanecerem isolados voluntariamente.

Jornalista de emissora local divulgou foto da jovem fornecida pela sua família (Foto: Reprodução/Twitter/@carolynmungo)Nina Pham foi diagnosticada no dia 12 de outubro
(Foto: Reprodução/Twitter/@carolynmungo)
Nina Pham, 26 anos
A enfermeira americana do Hospital Texas Health Presbyterian ajudou a tratar o liberiano Thomas Eric Duncan. A instituição anunciou em 12 de outubro que ela tinha sido infectada com o vírus e, dois dias depois, que ela estava em bom estado de saúde.




Amber Vinson foi diagnósticada em 15 de outubro
(Foto: Reprodução/Twitter/MarlenaCNN)
Imagem de Amber Vinson publicada no Twitter por jornalista da CNN, divulgada pela autoridade escolar de Akron, em Ohio (Foto: Reprodução/Twitter/MarlenaCNN)Amber Vinson, 29 anos
Ela foi a segunda enfermeira do Hospital Texas Health Presbyterian a ser diagnosticada com a doença. A instituição anunciou seu diagnóstico nesta quarta-feira (15). Um agravante foi o fato de que ela voou de Ohio para Dallas no dia anterior ao início dos sintomas, o que fez com que todos os passageiros do voo fossem contatados. Ela foi transferida para o Hospital Universitário de Emory, em Atlanta, ainda nesta quarta-feira.

Na Europa
Ao menos nove pacientes receberam tratamento para ebola na Espanha, Inglaterra, França, Noruega e Alemanha. Veja quem são os pacientes:

O missionário espanhol Miguel Pajares, infectado com o vírus ebola na Libéria, retornou nesta quinta-feira (7) a Madri, a bordo de um avião militar, e se tornou o primeiro paciente da doença a ser repatriado para a Europa. (Foto: Ignacio Gil-ABC/Reuters)Miguel Pajares foi infectado na Libéria e foi levado
para a Espanha (Foto: Ignacio Gil-ABC/Reuters)
Miguel Pajares, 75 anos
O missionário espanhol Miguel Pajares, contraiu a doença no hospital Saint Joseph de Monróvia, onde trabalhava na Libéria para uma organização. O padre chegou à Espanha no dia 7 de agosto já muito debilitado e morreu no dia 12. O hospital onde trabalhou na Libéria é vinculado à ordem religiosa de São João de Deus. Pajares chegou a ser tratado com a droga experimental ZMapp


Foto de arquivo do missionário Manuel Garcia Viejo com um paciente no hospital San Juan de Dios em Lusar, Serra Leoa; espanhol repatriado após infecção por ebola morreu nesta quinta (25) (Foto: AFP Photo/HO/Juan Ciudad ONG)Missionário Manuel Garcia Viejo foi tratado em
Madri (Foto: AFP Photo/HO/Juan Ciudad ONG)
Manuel García Viejo, 69 anos
O padre e missionário católico espanhol contraiu ebola em Serra Leoa e foi transportado para a Espanha em 22 de setembro. Mas não resistiu e morreu logo depois, em 25 de setembro, depois de ser atendido no Hospital La Paz, de Madri. Ele também foi tratado com a droga experimental ZMapp.



Profissionais da saúde usando roupa protetora trabalham em ala de isolamento do Hospital Carlos III, onde Teresa está internada  (Foto: AFP photo/Pedro Armestre)Profissionais da saúde usando roupa protetora
trabalham em ala de isolamento do Hospital Carlos III
onde Teresa está (Foto: AFP photo/Pedro Armestre)
Teresa Romero, 44 anos
A enfermeira espanhola ajudou a tratar dos dois padres missionários que morreram de ebola na espanha e foi a primeira pessoa infectada pela doença fora da África nesta epidemia. Atualmente, ela está em condição estável e há sinais de esperança de uma recuperação. Ela está internada Hospital Carlos III de Madri.



Enfermeiro britânico William Pooley, que se curou do ebola, vai doar sangue a americano infectado (Foto: Reprodução/GNews)William Pooley foi tratado na Inglaterra
(Foto: Reprodução/GNews)
William Pooley, 29 anos
O enfermeiro britânico William Pooley foi infectado enquanto trabalhava em Serra Leoa em uma ONG, onde participava da vigilância, busca de contatos e enterro das vítimas de ebola. Depois do diagnóstico, foi levado para a Inglaterra em 26 de agosto e foi tratado no Hospital Royal Free. Pooley foi um dos que recebeu a droga experimental ZMapp. Depois de ter alta, chegou a viajar para os EUA para doar sangue para um dos americanos infectados.

Enfermeira estava internada em hospital militar em Saint-Mande (Foto: Charles Platiau/Reuters)Enfermeira estava internada em hospital militar
em Saint-Mande (Foto: Charles Platiau/Reuters)
Enfermeira francesa não identificada
Uma enfermeira voluntária francesa ligada à organização Médicos sem Fronterias (MSF) que não teve sua identidade divulgada foi infectada por ebola enquanto trabalhava em um hospital da Libéria. Ela foi levada para a França no mês passado e tratada em um hospital militar perto de Paris. Depois de receber uma série de tratamentos experimentais, ela se curou e teve alta no dia 4 de outubro.


Pessoa em roupa especial é vista em ambulância na entrada do hospital Eppendorf, em Hamburgo, na Alemanha, nesta quarta-feira (27), enquanto levava um médico infectado pelo ebola em Serra Leoa para tratamento no local (Foto: dpa,Georg Wendt/AP)Senegalês foi tratado no Hospital Universitário
Hamburgo-Eppendorf (Foto: dpa,Georg Wendt/AP)
Médico senegalês não identificado
Um especialista senegalês da Organização Mundial da Saúde (OMS) que não teve seu nome divulgado foi infectado por ebola em Serra Leoa e levado para Hamburgo, na Alemanha, em 27 de agosto. Ele foi tratado no  Hospital Universitário de Hamburgo-Eppendorf (UKE), especializado em doenças infecciosas, foi curado e teve alta.



Ambulância com paciente contaminado por ebola chega a hospital de Frankfurt, na Alemanha, para tratamento (Foto: Boris Roessler/DPA/AFP)Ambulância com médico infectado chega a hospital
de Frankfurt (Foto: Boris Roessler/DPA/AFP)
Médico ugandense não identificado
O médico ugandense contraiu ebola em Serra Leoa e foi levado a Frankfurt, na Alemanha, em 3 de outubro, para ser tratado no Hospital Universitário de Frankfurt. Ele trabalha para uma ONG italiana e cuidou de pacientes com a doença na África. Ele permanece em tratamento.



Clínica St. Georg, em Leipzig, onde médico sudanês ficou internado  (Foto: AFP Photo/DPA/Jan Woitas)Clínica St. Georg, em Leipzig, onde médico sudanês
ficou internado (Foto: AFP Photo/DPA/Jan Woitas)
Médico sudanês não identificado
O médico e funcionário da ONU de 56 anos, que não teve o nome divulgado, foi infectado na Libéria. Depois do diagnóstico, ele foi levado para a Alemanha em 9 de outubro e ficou internado na Clínica St. Georg, em Leipzig, que tem instalações especializadas para receber esse tipo de caso. O homem não resistiu e morreu no dia 14 de outubro.



Médica norueguesa chega a Hospital Universitário Ullval, em Oslo (Foto:  AFP Photo/Terje Pedersen/NTB scanpix)Médica norueguesa chega a Hospital Universitário em
Oslo (Foto: AFP Photo/Terje Pedersen/NTB scanpix)
Médica norueguesa não identificada
A médica norueguesa da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) foi contaminada com o vírus ebola em Serra Leoa, onde trabalhava em uma missão humanitária, e foi repatriada à Noruega nesta em 6 de outubro. Ela permanece em tratamento no Hospital Universitário Ullval, em Oslo.