quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Como conquistar um bronzeado bonito e saudável

Passar protetor solar e tomar banho de sol apenas uma hora por dia são medidas que ajudam a bronzear a pele e não se queimar

Patricia Orlando
Passar protetor solar FPS 30 é o ideal para proteger a pele e conseguir se bronzear
Passar protetor solar FPS 30 é o ideal para proteger a pele e conseguir se bronzear (ThinkStock/VEJA)
Quando a pele é exposta à luz solar, ela se escurece como um mecanismo de defesa para proteger o DNA contra a radiação solar, sobretudo a UVA, que bronzeia, mas envelhece a pele, e a UVB, que queima a cútis. Esse escudo de proteção é formado pela melanina, um pigmento que dá tonalidade à pele e evita doenças como o câncer.
"Diante de uma grande quantidade de radiação, a melanina oxida e escurece. Quanto mais escura a pessoa é, mais melanina ela produz e mais duradouro é o seu bronzeado”, afirma o dermatologista Sérgio Schalka, coordenador do Consenso Brasileiro de Fotoproteção da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Já pessoas de pele clara, com pouca melanina, são mais vulneráveis a queimaduras e têm dificuldade de pegar cor — quando pegam, o bronzeado não costuma durar mais que alguns dias.
Cuidados — Para indivíduos de pele clara ou escura com a intenção de se bronzear, as medidas de proteção contra a radiação solar não devem ser dispensadas, a começar pelo fotoprotetor. “O protetor solar protege a pessoa contra queimaduras e contra a exposição exagerada à radiação”, afirma Daniela Lemes, dermatologista e membro da SBD.
De acordo Helena Costa, dermatologista da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, no Rio de Janeiro, o ideal é dividir o bronzeamento em sessões diárias de uma hora. “Esse hábito reduz a probabilidade de queimaduras solares e estimula o organismo a produzir melanina, que dá a cor e protege a pele nas próximas rodadas de sol”, diz.
Além disso, tomar banho de sol antes das 10 horas e depois das 16 horas (ou antes das 11h e depois das 17h, nas regiões com horário de verão) protege contra as queimaduras e favorece um bronzeado saudável, pois, nesses horários, há menor radiação UVB.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

FDA dá autorização de urgência para teste de ebola

Exame aprovado pelo órgão americano detecta a presença do vírus no sangue do paciente em até três horas

Profissionais de saúde do grupo Médicos Sem Fronteiras trabalham na Libéria, um dos países mais afetados pelo ebola, em 18 de outrubro de 2014
Profissionais de saúde do grupo Médicos Sem Fronteiras trabalham na Libéria, um dos países mais afetados pelo ebola, em 18 de outrubro de 2014 - Zoom Dosso/AFP
O FDA (Food and Drug Administration, órgão americano que regula medicamentos) concedeu autorização de urgência para um teste rápido de detecção do ebola. O método, produzido pela farmacêutica Roche e intitulado LightMix Ebola Zaire, é capaz de diagnosticar a presença do vírus no sangue do paciente em até três horas. Os testes disponíveis até então levam quase um dia inteiro para fornecer o resultado.


“Esse teste de diagnóstico molecular é fácil de utilizar e permite fornecer uma ajuda às equipes de saúde para detectar rapidamente a presença do vírus e começar o quanto antes o tratamento", disse, em comunicado divulgado nesta segunda-feira, Roland Diggelmann, diretor do setor de diagnóstico da Roche.
O teste não foi aprovado para uso geral, mas sim em casos de emergência – ou seja, quando o paciente apresenta sintomas do ebola — nos Estados Unidos e nos países africanos atingidos pela doença.
A atual epidemia de ebola já deixou mais de 20 000 pessoas infectadas na Guiné, Libéria e Serra Leoa, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizados nesta segunda-feira. Cerca de 7 800 mortes pelo vírus já foram registradas nesses três países em 2014.
(Com AFP)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Cientistas criam formas primitivas de óvulo e esperma artificial

Ainda em estágio inicial, técnica pode ajudar a solucionar problemas de inferfertilidade

espermatazóides e óvulo
Esperma e óvulo: primeiro passo para criar células sexuais em laboratório (Thinkstock/VEJA)
Pesquisadores conseguiram criar, pela primeira vez, formas primitivas de óvulos e espermas humanos em laboratório. A descoberta pode ajudar a solucionar problemas de infertilidade, compreender melhor os primeiros estágios do desenvolvimento embrionário e, potencialmente, permitir o desenvolvimento de novos tipos de tecnologia reprodutiva.

As chamadas células germinativas primordiais (PGC, na sigla em inglês), das quais derivam os óvulos e espermatozoides, já haviam sido desenvolvidas em testes de laboratório com roedores, mas nunca com humanos. A descoberta, descrita por cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e do Instituto Weizmann de Ciências, em Israel, foi publicada no periódico Cell, na quarta-feira.

Células germinativas primordiais têm potencial para serem transformadas em espermatozoides e óvulos humanos. O próximo passo da pesquisa é injetar as células em ovários de roedoras para testar se elas se desenvolvem em animais.

As PGCs aparecem durante as primeiras semanas do crescimento embrionário, quando as células-tronco do óvulo fertilizado começam a diferenciar-se em vários tipos de células básicas. Em um estágio seguinte, as PGCs se transformam em precursoras de espermatozoides ou de óvulos 'de uma maneira bastante automática', segundo o coautor da pesquisa, Jacob Hanna, do Instituto Weizmann.


Pele — O estudo demonstrou que as PGCs também podem ser criadas a partir de células adultas reprogramadas, como as da pele. Essa técnica ajudará cientistas a comparar como as células sexuais se desenvolvem em pessoas férteis e inférteis. “Essa é a base para o nosso futuro trabalho”, afirmou ao jornal britânico The Guardian Azim Surani, coautor da pesquisa, da Universidade de Cambridge.

Em outra frente, o trabalho pode esclarecer dúvidas sobre doenças associadas ao envelhecimento. Com o passar dos anos, hábitos como tabagismo, alimentação e exposição a compostos químicos causam mutações genéticas. As células que formam o esperma e os óvulos, no entanto, são livres dessas alterações. “Isso pode nos ensinar como eliminar as mutações, que, em moléstias ligadas ao envelhecimento, podem ser exageradas e desregular os genes”, disse Surani ao jornal.

Os pesquisadores descobriram que um gene conhecido como SOX17 é fundamental para fazer com que as células-tronco humanas se transformem em PGCs. A descoberta foi surpreendente, pois, no caso dos ratos, o equivalente desse gene não intervém no processo. “Não estou dizendo que os estudos em ratos não se aplicam em humanos, mas há diferenças fundamentais com as quais precisamos ter cuidado”, afirmou Surani.
(Com EFE)

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Metformina é segura para pacientes com doença renal, diz pesquisa

Medicamento mais utilizado para tratar o diabetes tipo 2 não oferece risco de acidose láctica em indivíduos com doença renal leve a moderada

Metformina: um dos medicamentos mais populares para o tratamento do diabetes tipo 2
Metformina: um dos medicamentos mais populares para o tratamento do diabetes tipo 2 (Jack Hollingsworth/VEJA)
Ao contrário do que orientam as diretrizes da FDA, agência americana que regula remédios e alimentos, a metformina, um dos medicamentos mais populares para o tratamento do diabetes tipo 2, é segura para pacientes com doença renal leve a moderada. Essa é a constatação de um estudo feito por pesquisadores da Universidade Yale, nos Estados Unidos, e publicado na terça-feira no periódico Jama.

Opinião da especialista

Denise Franco
Endocrinologista e diretora da ADJ Diabetes Brasil e da Sociedade Brasileira de Diabetes.

A metformina é um medicamento barato, consolidado há 20 anos no mercado e a primeira droga que escolhemos para tratar o diabetes tipo 2.

Esse remédio pertence à classe das biguanidas, que foram associadas à incidência de acidose láctica. Ainda não há comprovação de que a metformina em si faça mal para pacientes com doença renal. Mesmo assim, por cautela, os médicos não receitam esse remédio para pessoas com doenças renais.
O estudo clínico de Yale não é grande e as orientações para o uso da droga estão consolidadas.
Há 20 anos a metformina é usada para controlar os níveis de açúcar no sangue de pacientes com diabetes tipo 2. Os médicos, no entanto, evitam prescrever a droga para doentes mais velhos, em uma tentativa de reduzir o risco de acidose láctica, uma condição na qual o sangue torna-se muito ácido.
“Quando o indivíduo chega a uma certa idade, sua função renal começa a decair e a primeira coisa que os médicos costumam fazer é parar o tratamento com metformina”, explica Silvio Inzucchi, coautor do estudo. “No entanto, o diabetes fica fora de controle. Outras drogas podem ser usadas, mas elas são mais caras e causam mais efeitos colaterais que a metformina.”​
Resultado — Os pesquisadores revisaram pesquisas já publicadas para verificar o risco de acidose láctica com o uso de metformina em diabéticos com doença renal leve a moderada. Eles constataram que o risco do problema acontecer é extremamente baixo e comparável ao daqueles que não tomam o medicamento.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Nova cartilha orienta que diabéticos acima de 40 anos tomem estatina

Para Associação Americana de Diabetes, mesmo que não tenham colesterol alto, diabéticos a partir dessa idade devem ingerir o remédio

Patricia Orlando
Cartela com remédios comprimidos
Estatina: remédio ajuda a controlar o nível de colesterol 'ruim', o LDL (Medioimages/Thinkstock/VEJA)
A Associação Americana de Diabetes divulgou nesta terça-feira suas novas diretrizes, o Standards of Medical Care, para o tratamento de pacientes com diabetes. Entre as novas recomendações, está a de que praticamente todos os diabéticos acima de 40 anos tomem doses moderadas a altas de estatina, um medicamento utilizado para controlar os níveis de LDL, o colesterol "ruim". Para os mais jovens, o fármaco é indicado se a pessoa tiver outros fatores de risco para doenças cardiovasculares: colesterol alto, hipertensão, tabagismo, sobrepeso e obesidade.

Opinião da especialista

Freddy Goldberg Eliaschewitz

Endocrinologista membro do conselho consultivo da ADJ.

Os diabéticos já estão em um grupo de alto risco para doenças cardiovasculares. Por esse motivo, precisam controlar índices como o colesterol.
Pesquisas constataram que, quanto menor o nível de colesterol, mais benefícios cardiovasculares a pessoa vai ter. O paciente pode estar com o colesterol abaixo de 100 mg/dl, por exemplo. Mas, se esse nível cair ainda mais, o indivíduo terá ainda menos chances de sofrer de algum problema cardiovascular.
Por isso, ao reduzir o nível de colesterol o quanto possível, o uso da estatina pode beneficiar os diabéticos.
Portadores de diabetes têm de duas a quatro vezes mais risco de sofrer um derrame ou um ataque cardíaco. Por esse motivo, entidades como o Colégio Americano de Cardiologia e a Associação Americana do Coração passaram a recomendar o uso regular de estatina para diabéticos.
A Associação Americana dos Diabetes seguiu as outras organizações e recomendou que diabéticos de 40 a 75 anos, ou mais, e sem fatores de risco para doenças cardiovasculares tomem doses moderadas da droga. Pacientes de qualquer idade que possuam histórico de doença cardiovascular ou outro fator de risco precisam tomar regularmente doses altas do fármaco. Apenas as pessoas com menos de 40 anos e sem fator de risco nem histórico de doenças cardiovasculares não precisam da droga.
“A grande mudança é recomendar estatinas em doses moderadas ou altas com base no perfil de risco do paciente, não apenas pelo seu nível de LDL. Uma vez que todos os pacientes com diabetes têm maior risco para doenças cardiovasculares, é apenas uma questão de decidir a dose do remédio”, diz Richard Grant, pesquisador do Comitê de Prática Profissional da Associação Americana de Diabetes.
Pressão — A nova diretriz também orienta que a pressão diastólica (mínima) ideal para os diabéticos seja 90 mmHg, em vez de 80 mmHg. “Embora estudos observacionais tenham mostrado que a pressão baixa seja melhor, novas pesquisas revelaram que a pressão diastólica ideal é 90 mmHg”, diz Grant.
Outra recomendação é que os diabéticos façam treinos de musculação pelo menos duas vezes por semana. Além disso, para descendentes de asiáticos, o limite de índice de massa corpórea (IMC) cai para 23, ante 25 do resto da população.
“Nós revisamos nossas recomendações, como fazemos todos os anos, com base nos mais recentes modelos de tratamento e cuidados de pessoas com diabetes”, explica Jane Chiang, vice-presidente da Associação Americana de Diabetes para Assuntos Médicos e Informações para a Comunidade.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Após o terror, 2015 traz a esperança de cura para o ebola

Desde setembro, a ajuda internacional aos países mais afetados - Guiné, Libéria e Serra Leoa - se organizou e acelerou

AFP
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Após semear o pânico no oeste da África e no mundo em 2014, com a morte de quase 7.000 pessoas, a epidemia de ebola poderá desacelerar em 2015 graças à mobilização da comunidade internacional.
Esta é a esperança de um número crescente de especialistas e autoridades sanitárias. "É preciso manter a prudência, mas poderemos vencer uma etapa a partir da primavera de 2015" no hemisfério Norte, aposta o coordenador da ação francesa contra o ebola, Jean-François Delfraissy.
 
Segundo este especialista, a melhora, em um primeiro momento, não virá dos novos remédios ou das vacinas, mas de um atendimento melhor aos doentes em campo, especialmente com um isolamento mais rápido e sistemático.
 
A reação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da comunidade internacional demorou a chegar e perdeu-se "um tempo precioso", lamentou o especialista belga Peter Piot, que em 1976 foi um dos primeiros a identificar o vírus da febre hemorrágica ebola.
 
Desde setembro, a ajuda internacional aos países mais afetados - Guiné, Libéria e Serra Leoa - se organizou e acelerou. A abertura de novos centros de tratamento e as medidas sanitárias impostas a regiões afetadas parecem, além disso, dar frutos.
 
"É preciso manter-se prudente e não cantar vitória cedo demais", adverte um alto funcionário do ministério francês da Saúde, sobretudo quando em várias ocasiões ao longo de 2014 a epidemia na Guiné parecia sob controle antes de se propagar novamente.
 
No que diz respeito a tratamentos e vacinas, 2015 também poderá reservar agradáveis surpresas, no atual contexto de falta de arsenal terapêutico para combater este vírus mortal.
 
"Temos grandes esperanças de ver os primeiros resultados dos novos tratamentos no final do primeiro trimestre", estima Michael Kurilla, um dos encarregados do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID) dos Estados Unidos.
 
Dois remédios antivirais, o favipiravir (da japonesa Fujifilm) e o brincidofovir (da americana Chimerix), devem ser testados nas próximas semanas em Guiné e Libéria.
 
Os resultados destes testes serão conhecidos no primeiro semestre de 2015. Para os especialistas, a solução poderia vir de uma combinação de várias moléculas.
Testes com vacinas
Com relação às vacinas, três grandes grupos farmacêuticos - o britânico GSK e os americanos Merck e Johnson&Johnson - desenvolvem produtos diferentes.
 
Duas das "candidatas a vacinas" já foram submetidas aos primeiros testes, à espera das provas de eficácia com grupos mais amplos, especialmente na África.
 
Assim que estas vacinas preventivas estiverem prontas, o pessoal de saúde, que está na linha de frente no combate ao vírus, poderá ser o primeiro beneficiado.
 
Outro avanço médico que pode ser crucial para controlar a epidemia é um teste de diagnóstico rápido, confiável e barato.
 
Os atuais exames de detecção da doença são feitos em laboratórios especializados com tempos de espera de várias horas para os resultados. Os testes rápidos, que já são experimentados em campo, poderiam "mudar a situação", avaliou Delfraissy.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Em novo balanço, OMS conta 7.373 mortes por ebola

Guiné, Libéria e Serra Leoa registraram 500 novas mortes

Profissionais de saúde do grupo Médicos Sem Fronteiras trabalham na Libéria, um dos países mais afetados pelo ebola, em 18 de outrubro de 2014
Profissionais de saúde do grupo Médicos Sem Fronteiras trabalham na Libéria, um dos países mais afetados pelo ebola, em 18 de outrubro de 2014 - Zoom Dosso/AFP
O número de mortes causadas pelo vírus ebola subiu para 7.373 nos três países da África Ocidental mais afetados pela doença. Guiné, Libéria e Serra Leoa registraram, juntos, quase 500 novas mortes pelo surto, segundo novo balanço da Organização Mundial de Saúde neste sábado. O último levantamento havia sido divulgado no dia 17. Em todo o mundo, já são 19.031 morte causadas pela doença. Fatal em quase metade dos casos, a atual epidemia de ebola é a pior já registrada desde 1976, quando o vírus foi descoberto. Até o início de 2015, a OMS prevê o lançamento de duas vacinas preventivas.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Stent pode diminuir sequelas do derrame, diz estudo

Pesquisa holandesa constatou que o risco de sequelas são menores em pacientes que se submetem ao procedimento de remoção de coágulos

cirurgia
Stent: tubo é introduzido na artéria por meio de um cateter e auxilia na remoção do coágulo causador do derrame (Thinkstock/VEJA)
O uso do stent pode ser um tratamento eficaz nos casos graves de AVC isquêmico, aqueles causados por um coágulo que obstrui uma artéria cerebral, e evitar as sequelas do derrame. Uma pesquisa holandesa publicada na quarta-feira no periódico The New England Journal of Medicine afirma que essa técnica de cirurgia endovascular pode salvar o tecido cerebral do paciente, permitindo que muitos tenham uma vida independente depois do AVC.

Opinião do especialista

Álvaro Pentagna
Neurologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, em São Paulo.

Este não é o primeiro estudo a analisar a eficácia das técnicas endovasculares para a remoção de um coágulo cerebral. Mas é o primeiro a demonstrar resultados satisfatórios, provavelmente por ter sido feito na Holanda, um país pequeno e com boa infraestrutura de saúde.
A técnica já é utilizada em hospitais para pacientes que chegam entre 4h30 e 6h depois dos primeiros sintomas do AVC. Trata-se, porém, de um procedimento caro, que não está disponível na maioria dos hospitais brasileiros por falta de recursos e equipe. Além disso, o paciente tem que ser socorrido rapidamente, o que não acontece na maioria dos casos.
O stent é um pequeno tubo, geralmente metálico, que é introduzido na artéria obstruída por meio de um cateter e auxilia na remoção do coágulo causador do derrame.
Participaram do estudo 500 pacientes que sofreram de um derrame. Cerca de 90% deles fizeram o tratamento convencional com remédios trombolíticos, que desfazem o coágulo. Dos que tomaram a droga, metade também foi submetida a um segundo tratamento, como a cirurgia endovascular, até seis horas depois de ocorrer o AVC.
Os pesquisadores constataram que um em cada cinco pacientes que apenas tomou o trombolítico conseguiu ter uma vida normal depois do derrame. Já entre aqueles que foram submetidos ao procedimento cirúrgico, um em três seguiu a vida normalmente depois do derrame.
“Nossos resultados mostram que os pacientes com AVC isquêmico têm um maior benefício no que diz respeito à recuperação funcional quando o tratamento intra-arterial é feito até 6 horas após o derrame acontecer”, dizem os autores.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Veja imagens microscópicas eleitas como mais impressionantes de 2014

Concurso elege melhores imagens e vídeos feitos com microscópio óptico.
Entre imagens escolhidas estão cérebro de rato e embrião de mosca.

Do G1, em São Paulo
Imagem que ficou em 2º lugar no concurso mostra cerebelo de rato Thomas Deerinck/2º lugar no 2014 (Foto: Olympus BioScapes Digital Imaging Competition)Imagem que ficou em 2º lugar no concurso mostra cerebelo de rato (Foto: Thomas Deerinck/2º lugar no Olympus BioScapes Digital Imaging Competition/ www.olympusBioScapes.com)
Um embrião de mosca-da-fruta em pleno desenvolvimento, uma minúscula fatia de cérebro de rato e um fragmento colorido de "perna" de crustáceo estão entre as imagens microscópicas eleitas como as mais impressionantes de 2014.
Elas são as vencedoras do concurso Olympus BioScapes Competition, que reúne as melhores imagens e vídeos captados por microscópicos ópticos. Todo ano, cientistas de todo o mundo inscrevem quase 2,5 mil imagens, que são avaliadas por quatro especialistas em microscopia e imagem.
Entre os temas premiados nesta edição, também estão partes da boca de uma mariposa, detalhes de uma margarida e conexões neurais de um peixe paulistinha. Veja, abaixo, algumas das imagens.
 Sequência de imagens que venceu concurso mostra vários estágios de desenvolvimento do embrião de uma mosca-da-fruta durante um período de 24 horas; vídeo ajuda a entender melho como as células se diferenciam (Foto: William Lemon, Fernando Amat, Philipp Keller/1º lugar no 2014 Olympus BioScapes Digital Imaging Competition/ www.OlympusBioScapes.com) Sequência de imagens que venceu concurso mostra vários estágios de desenvolvimento do embrião de uma mosca-da-fruta durante um período de 24 horas; vídeo ajuda a entender melho como as células se diferenciam (Foto: William Lemon, Fernando Amat, Philipp Keller/1º lugar no 2014 Olympus BioScapes Digital Imaging Competition/ www.OlympusBioScapes.com)
 Apêndices usados pela craca, um tipo de crustáceo, para captar plâncton e outros alimentos para dentro da concha (Foto:  Igor Siwanowicz/3º lugar no 2014 Olympus BioScapes Digital Imaging Competition/ www.OlympusBioScapes.com) Apêndices usados pela craca, um tipo de crustáceo, para captar plâncton e outros alimentos para dentro da concha (Foto: Igor Siwanowicz/3º lugar no 2014 Olympus BioScapes Digital Imaging Competition/ www.OlympusBioScapes.com)
 Imagem escolhida como a 4ª melhor no concurso mostra dois besouros da espécie Phyllobius roboretanus (Foto:  Csaba Pintér/ 4º lugar no 2014 Olympus BioScapes Digital Imaging Competition/ www.OlympusBioScapes.com) Imagem escolhida como a 4ª melhor no concurso mostra dois besouros da espécie Phyllobius roboretanus (Foto: Csaba Pintér/ 4º lugar no 2014 Olympus BioScapes Digital Imaging Competition/ www.OlympusBioScapes.com)
 Fragmento de cérebro de rato mostram núcleos celulares (azul), astrócitos (amarelo) e vasos sanguíneos (verde) (Foto: Madelyn May/ 5º lugar no 2014 Olympus BioScapes Digital Imaging Competition/www.OlympusBioScapes.com ) Fragmento de cérebro de rato mostram núcleos celulares (azul), astrócitos (amarelo) e vasos sanguíneos (verde) (Foto: Madelyn May/ 5º lugar no 2014 Olympus BioScapes Digital Imaging Competition/www.OlympusBioScapes.com)
Espécie de margarida (Melampodium divaricatum) é vista sob o microscópio (Foto: Oleksandr Holovachov/ 7º lugar no Olympus BioScapes Digital Imaging Competition/ www.OlympusBioScapes.com)Espécie de margarida (Melampodium divaricatum) é vista sob o microscópio (Foto: Oleksandr Holovachov/ 7º lugar no Olympus BioScapes Digital Imaging Competition/ www.OlympusBioScapes.com)
Conexões neurais de um peixe paulistinha são vistas em vídeo (Foto: Philipp Keller, Fernando Amat and Misha Ahrens/ 10º lugar no 2014 Olympus BioScapes Digital Imaging Competition/ www.OlympusBioScapes.com)Conexões neurais de um peixe paulistinha são vistas em vídeo (Foto: Philipp Keller, Fernando Amat, Misha Ahrens/ 10º lugar no 2014 Olympus BioScapes Digital Imaging Competition/ www.OlympusBioScapes.com)
 Partes da boca de uma mariposa da espécie Calyptra thalictri são vistsa sob o microscópio (Foto:  Matthew S. Lehnert, Ashley L. Lash/8º lugar no 2014 Olympus BioScapes Digital Imaging Competition/ www.OlympusBioScapes.com) Partes da boca de uma mariposa da espécie Calyptra thalictri são vistsa sob o microscópio (Foto: Matthew S. Lehnert, Ashley L. Lash/8º lugar no 2014 Olympus BioScapes Digital Imaging Competition/ www.OlympusBioScapes.com)