terça-feira, 28 de abril de 2009

Número de infectados por gripe suína sobe para 79 no mundo


Subiu para 79 o número de pessoas infectadas pelo vírus da gripe suína, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Ao todo, foram registrados 40 casos nos Estados Unidos, 26 no México, seis no Canadá, dois na Espanha, dois no Reino Unido e três na Nova Zelândia.
No entanto, o número de infectados poderá chegar a 93, com a confirmação de mais 14 casos nos Estados Unidos, nos Estados de Nova York e Califórnia, após a divulgação do balanço da OMS. Até o momento, só foram registradas 22 mortes, todNo país, o número de suspeitas de morte por gripe suína chegam a 152, segundo Ministério de Saúde nacional. Nos Estados Unidos, mesmo com a confirmação de 14 novos casos, o governo pede prudência. Na Costa Rica, também foi registrado uma confirmação da doença enquanto em Israel o governo confirmou dois novos casos.
Em outros países não param de surgir novas suspeitas de infecção. Na Alemanha, foram descobertos quatro novos casos, na Áustria outros quatro e na Argentina dez casos.
A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A e que tem sintomas similares ao de uma gripe comum --febre, dor de cabeça, tosse, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) afirmou nesta terça-feira que a transmissão do vírus nos Estados Unidos pode ser a chave para explicar se a doença atingiu proporções pandêmicas --doença epidêmica amplamente difundida. O órgão pediu também aos governos que mantenham a vigilância, apesar dos casos confirmados até agora de gripe suína serem aparentemente leves, exceto os que causaram mortes no México.
"É cedo demais para dizer como seria uma possível pandemia desta gripe suína. A pior pandemia do século 20, a gripe de 1918 [que matou entre 25 e 40 milhões de pessoas] começou como relativamente leve e depois tornou-se muito grave", disse Keiji Fukuda, diretor-geral adjunto para segurança sanitária da OMS.
"Temos que ter muito respeito com o vírus da gripe, que pode evoluir de forma imprevisível", afirmou Fukuda que confirmou ainda que a OMS mantém o nível de alarme pandêmico na fase quatro, em uma escala de se 1 até 6, pois ainda não existe verificação de que tenha havido contágio do vírus entre estudantes de uma escola de Nova York, e que alunos que não estiveram no México tenham se infectado.
A mudança no nível do alarme ocorrerá somente se for confirmada se a transmissão de pessoa a pessoa tornou-se estável em uma comunidade ou em uma cidade --ou seja, que haja infectados que não "importaram" o vírus do México, onde surgiu o foco--, então se passará à fase cinco, já crítica, pois implica em um risco iminente de pandemia.
Porcos
Os porcos, até que se prove o contrário, não são responsáveis pela epidemia de gripe suína que se originou no México, afirmou nesta terça-feira o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Bernard Vallat.
Segundo o especialista, a gripe se originou de uma mistura de diferentes vírus, de origem suína, aviária e humana. "Foi possível reconstituir a origem dessas diferentes famílias de vírus: a cepa aviária é de origem americana. Das duas cepas suínas, uma seria americana e a outra asiática, enquanto que a cepa humana é americana", afirmou Vallat.
Segundo o diretor da OIE, aparentemente a combinação ocorreu no continente americano e não se tem provas de que este vírus transmitido atualmente entre humanos tenha uma origem animal conhecida. "Não há nenhum elemento a respeito", disse.
Vallat recordou que, no México, os casos foram registrados na cidade e não correspondem a contatos entre animais e seres humanos. "Como as primeiras declarações sobre esta doença que brotou no México estabeleceram que se tratava de uma epidemia suína, estamos discutindo com a OMS para ver qual seria a denominação mais apropriada", afirmou.
Vallat mencionou a situação do comércio internacional de porcos e considerou que seria injusto penalizar os criadores de porcos e os agricultores que dependem de sua criação para viver. "Segundo as normas vigentes no comércio internacional, este episódio não requer uma proibição das importações. Mas, cada país importador tem o direito de fazer um estudo nos países exportadores para saber o que está acontecendo".
O diretor da OIE também destacou a necessidade de que o comércio mundial de animais seja realizado com toda transparência no que ser refere à situação sanitária. Referindo-se à existência de criadouros industriais, Bernard Vallat afirmou que esse não era necessariamente um fator de risco suplementar e sim um fator como outro qualquer, mesmo quando situados nas imediações das grandes cidades. as no México, onde o surto começou.

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