quinta-feira, 30 de abril de 2009

OMS muda nome da gripe suína para evitar sacrifícios de porcos


O nome oficial da gripe suína será "influenza A (H1N1)" a partir desta quinta-feira, por determinação da OMS (Organização Mundial de Saúde). Essa mudança é motivada por reclamações das indústrias do setor alimentício que temem uma queda nas vendas de carne suína e por defensores dos animais, que temem eventuais sacrifícios de porcos."Estamos abandonando a denominação de gripe suína por gripe A (H1N1) porque o vírus está cada vez mais humano e cada vez menos tem a ver com o animal", disse o porta-voz da OMS, Dick Thomson.De acordo com Thompson, diversas indústrias do setor alimentício pediram a mudança. Gana, Rússia, China, Equador e Ucrânia decidiram impor restrições às importações de carne suína do México e dos Estados Unidos. A pressão aumentou depois de o Egito anunciar que irá sacrificar toda a população de porcos do país, calculada em cerca de 300 mil animais. Mais cedo, a Federação dos Veterinários da Europa (FVE) soltou um comunicado onde afirma que o vírus "nunca foi detectado nos porcos" e que, por isso, a doença deve ter o nome alterado para "nova gripe". Durante o anúncio do aumento do alerta, a OMS pediu para a população comer carne de porco e deu recomendações que o alimento deve ser consumido "bem cozido". Segundo o órgão, a temperatura de cozimento (acima de 70ºC) mata o vírus.CautelaO vírus é transmitido como o de uma gripe comum, de pessoa para pessoa, mesmo dias antes de os sintomas aparecerem ou depois de eles terem sumido. Por isso, ao visitarem doentes, familiares devem ter acesso limitado e seguir as mesmas precauções adotadas pelos profissionais da saúde --usar óculos e até uma "blindagem" facial. Em todos os casos, a recomendação é para que pessoas com sintomas de gripe fiquem em casa.Os sintomas em humanos são parecidos com os da gripe comum e incluem febre acima de 39ºC, falta de apetite e tosse. Algumas pessoas com a gripe suína também relataram ter apresentado catarro, dor de garganta, náusea.Nesta quarta-feira, o presidente mexicano, Felipe Calderón, pediu que as pessoas aproveitem o feriado de 1º de maio para ficar em casa e evitar mais transmissão do vírus. "Quero exortá-los todos que nestes dias de folga que vamos ter, nesta ponte que irá de 1º a 5 de maio, fique em tua casa com a tua família; porque não há lugar mais seguro para evitar contagiar-se do vírus da gripe suína que tua própria casa", afirmou Calderón em um discurso à nação na véspera de completar uma semana de declarada a emergência sanitária.MéxicoPara evitar as concentrações, o governo do México suspendeu as aulas em todo o país, assim como as apresentações culturais e artísticas. Na capital permanecem fechados os bares e restaurantes. O presidente afirmou ainda que fechou todos os serviços não essenciais do governo e prédios de empresas privadas, enquanto o número de doentes passa de 2.500. O Ministério da Saúde informou que subiu para quatro o número de casos suspeitos da gripe suína no Brasil nesta quinta-feira. Outros 42 estão sendo monitorados em 12 Estados do país. Até ontem eram dois casos suspeitos e 36 em monitoramento.Do total, três pessoas estão internadas no Hospital das Clínicas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e outro no hospital Emílio Ribas, em São Paulo. Elas chegaram de países onde a doença foi registrada e apresentaram algum dos sintomas da doença.

Brasil tem 52 hospitais para casos de gripe suína; 0800 tira dúvidas


Atendentes do Disque Saúde do Ministério da Saúde foram treinados para tirar dúvidas da população sobre a doença. O número é o 0800-61-1997.
A escolha dos 52 hospitais obedeceu ao critério de referência. Eles recebem esse nome pois possuem estrutura para detectar de forma precoce os sintomas da doença, estabelecer tratamento e isolamento se necessário. Veja abaixo a relação dos hospitaisHospitais de referência
ACHospital Geral das Clínicas de Rio Branco (Rio Branco)
ALHospital Escola Doutor Hélvio Auto (Maceió)
AMFundação de Medicina Tropical (Manaus)
APHospital de Clínicas Doutor Alberto Lima (Macapá)
BAHospital Otávio Mangabeira (Salvador)
CEHospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (Fortaleza)Hospital São José de Doenças Infecciosas (Fortaleza)
DFHospital Regional da Asa Norte (Brasília)
ESHospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Vitória)
GOHospital de Doenças Tropicais (Goiânia)Hospital Materno Infantil (Goiânia)
MAHospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (São Luiz)
MGHospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (Belo Horizonte)
MSSanta Casa de Misericórdia de Campo Grande (Campo Grande)Pronto Socorro da Criança (Campo Grande)
MTPronto Socorro Municipal de Cuiabá (Cuiabá)
PAHospital Universitário João de Barros Barreto da Universidade Federal do Pará (Belém)
PBHospital Universitário Lauro Wanderley (João Pessoa)Hospital Alcides Carneiro (Campina Grande)
PEHospital de Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (Recife)Instituto Materno Infantil de Pernambuco (Recife)
PIInstituto de Doenças Tropicais Natan Portela (Teresina)
PRHospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (Curitiba)Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná da Universidade Estadual de Londrina (Londrina)Hospital Ministro Costa Cavalcanti (Foz do Iguaçu)Hospital de Trabalhador da Secretaria Estadual de Saúde (Curitiba)
RJHospital Universitário Clementino Fraga Filho (Rio de Janeiro)Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Rio de Janeiro)
RNHospital Gizelda Trigueiro (Natal)
ROCentro de Medicina Tropical de Rondônia (Porto Velho)
RRHospital Geral de Roraima (Boa Vista)
RSHospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (Pelotas)Hospital Nossa Senhora da Conceição (Porto Alegre)Hospital de Clínicas de Porto Alegre, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Porto Alegre)Hospital Universitário de Santa Maria (Santa Maria)Hospital Geral de Caxias do Sul (Caxias do Sul)Associação Hospitalar Beneficente São Vicente de Paulo (Passo Fundo)Hospital Santa Casa de Uruguaiana (Uruguaiana)Associação de Caridade Santa Casa do Rio Grande (Rio Grande)
SCHospital Nereu Ramos (Florianópolis)Hospital Infantil Joana de Gusmão (Florianópolis)Hospital Regional Lenoir Vargas Ferreira (Chapecó)
SEHospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (Aracaju)
SPHospital das Clínicas da Unicamp (Campinas)Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP (Ribeirão Preto)Hospital de Base da Fundação Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (São José do Rio Preto)Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (São Paulo)Hospital São Paulo da Universidade Federal de São Paulo (São Paulo)Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo (São Paulo)Hospital de Infectologia Emilio Ribas (São Paulo)Hospital Estadual de Bauru (Bauru)Hospital Guilherme Álvaro (Santos)
TOHospital Geral de Palmas Doutor Francisco Aires (Palmas)
Fonte: Ministério da Saúde

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Brasil confirma 2 casos suspeitos de gripe suína; OMS eleva grau de alerta e pandemia é iminente




A OMS (Organização Mundial de Saúde) elevou para grau 5 o alerta da gripe suína, em escala que vai de 1 a 6. Isso significa que, agora, é iminente uma pandemia (epidemia de vasto alcance geográfico, talvez global). "Toda a humanidade está sob ameaça em uma pandemia", disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan. No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou a existência de dois casos suspeitos. "É hora de todos os países ativarem seus planos de prevenção pandêmica", disse ChanConforme Chan, entidades como o Banco Mundial foram acionadas para mover recursos para que as fabricantes de medicamentos antivirais aumentem sua produção, de modo a tentar ajudar o maior número de pessoas possível. "É uma oportunidade de solidariedade, enquanto buscamos respostas que beneficiem todos os países, toda a humanidade."
Em entrevista, Chan disse que a organização ainda não sabe quão severa será a epidemia. Ela disse que a organização irá "monitorar a evolução e colher informações específicas para responder essa pergunta de uma maneira mais eficaz." Ela ressaltou, porém, que a influenza pode ser leve em países ricos e "altamente mortal" em países em desenvolvimento.
Há, ao todo, 148 casos confirmados de gripe suína no mundo, de acordo com a OMS. Há ainda sete mortes no México e uma nos Estados Unidos, a partir de dados informados pelos governos. Os casos de infecção reconhecidos pela OMS foram identificados em nove países de quatro continentes: Estados Unidos (91), México (26), Áustria (1), Canadá (13), Alemanha (3), Israel (2), Nova Zelândia (3), Espanha (4) e Reino Unido (5).
Este novo balanço não inclui um caso confirmado pelo governo da Costa Rica nesta terça-feira (28), apesar de acrescentar a Alemanha e a Áustria à lista de países em que foram identificadas infecções pela forma específica de vírus de influenza A H1N1 que causa a gripe suína.
No México, o governo confirma sete mortes, mas investiga outras 152. O número de pessoas infectadas, estima o governo mexicano, pode ser superior a 2.000. No Brasil, de acordo com o ministro José Gomes Temporão (Saúde), os dois casos suspeitos de gripe suína são de um morador de São Paulo e o outro de Minas. Outras 36 pessoas que tiveram sintomas da doença estão sendo monitoradas. São pessoas que chegaram de países onde a doença foi registrada e apresentaram algum dos sintomas da doença.Há pacientes sendo monitorados no Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo.Segundo o ministro, o Brasil tem matéria-prima para produzir medicamentos para o tratamento de até 9 milhões de pacientes contaminados com o vírus da gripe suína.SintomasA gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos

terça-feira, 28 de abril de 2009

Número de infectados por gripe suína sobe para 79 no mundo


Subiu para 79 o número de pessoas infectadas pelo vírus da gripe suína, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Ao todo, foram registrados 40 casos nos Estados Unidos, 26 no México, seis no Canadá, dois na Espanha, dois no Reino Unido e três na Nova Zelândia.
No entanto, o número de infectados poderá chegar a 93, com a confirmação de mais 14 casos nos Estados Unidos, nos Estados de Nova York e Califórnia, após a divulgação do balanço da OMS. Até o momento, só foram registradas 22 mortes, todNo país, o número de suspeitas de morte por gripe suína chegam a 152, segundo Ministério de Saúde nacional. Nos Estados Unidos, mesmo com a confirmação de 14 novos casos, o governo pede prudência. Na Costa Rica, também foi registrado uma confirmação da doença enquanto em Israel o governo confirmou dois novos casos.
Em outros países não param de surgir novas suspeitas de infecção. Na Alemanha, foram descobertos quatro novos casos, na Áustria outros quatro e na Argentina dez casos.
A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A e que tem sintomas similares ao de uma gripe comum --febre, dor de cabeça, tosse, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
A OMS (Organização Mundial de Saúde) afirmou nesta terça-feira que a transmissão do vírus nos Estados Unidos pode ser a chave para explicar se a doença atingiu proporções pandêmicas --doença epidêmica amplamente difundida. O órgão pediu também aos governos que mantenham a vigilância, apesar dos casos confirmados até agora de gripe suína serem aparentemente leves, exceto os que causaram mortes no México.
"É cedo demais para dizer como seria uma possível pandemia desta gripe suína. A pior pandemia do século 20, a gripe de 1918 [que matou entre 25 e 40 milhões de pessoas] começou como relativamente leve e depois tornou-se muito grave", disse Keiji Fukuda, diretor-geral adjunto para segurança sanitária da OMS.
"Temos que ter muito respeito com o vírus da gripe, que pode evoluir de forma imprevisível", afirmou Fukuda que confirmou ainda que a OMS mantém o nível de alarme pandêmico na fase quatro, em uma escala de se 1 até 6, pois ainda não existe verificação de que tenha havido contágio do vírus entre estudantes de uma escola de Nova York, e que alunos que não estiveram no México tenham se infectado.
A mudança no nível do alarme ocorrerá somente se for confirmada se a transmissão de pessoa a pessoa tornou-se estável em uma comunidade ou em uma cidade --ou seja, que haja infectados que não "importaram" o vírus do México, onde surgiu o foco--, então se passará à fase cinco, já crítica, pois implica em um risco iminente de pandemia.
Porcos
Os porcos, até que se prove o contrário, não são responsáveis pela epidemia de gripe suína que se originou no México, afirmou nesta terça-feira o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Bernard Vallat.
Segundo o especialista, a gripe se originou de uma mistura de diferentes vírus, de origem suína, aviária e humana. "Foi possível reconstituir a origem dessas diferentes famílias de vírus: a cepa aviária é de origem americana. Das duas cepas suínas, uma seria americana e a outra asiática, enquanto que a cepa humana é americana", afirmou Vallat.
Segundo o diretor da OIE, aparentemente a combinação ocorreu no continente americano e não se tem provas de que este vírus transmitido atualmente entre humanos tenha uma origem animal conhecida. "Não há nenhum elemento a respeito", disse.
Vallat recordou que, no México, os casos foram registrados na cidade e não correspondem a contatos entre animais e seres humanos. "Como as primeiras declarações sobre esta doença que brotou no México estabeleceram que se tratava de uma epidemia suína, estamos discutindo com a OMS para ver qual seria a denominação mais apropriada", afirmou.
Vallat mencionou a situação do comércio internacional de porcos e considerou que seria injusto penalizar os criadores de porcos e os agricultores que dependem de sua criação para viver. "Segundo as normas vigentes no comércio internacional, este episódio não requer uma proibição das importações. Mas, cada país importador tem o direito de fazer um estudo nos países exportadores para saber o que está acontecendo".
O diretor da OIE também destacou a necessidade de que o comércio mundial de animais seja realizado com toda transparência no que ser refere à situação sanitária. Referindo-se à existência de criadouros industriais, Bernard Vallat afirmou que esse não era necessariamente um fator de risco suplementar e sim um fator como outro qualquer, mesmo quando situados nas imediações das grandes cidades. as no México, onde o surto começou.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

OMS eleva nível de alerta para gripe suína para grau 4


A OMS (Organização Mundial de Saúde) elevou o alerta da entidade para a gripe suína do grau 3 para o grau 4, em escala que vai de 1 a 6, nesta segunda-feira. Isso significa que a organização vê um "crescimento significativo" do potencial de pandemia da doença, ou seja, aumento do risco de que a doença alcance uma área geográfica vasta, talvez mundial. "Neste momento, contenção não é uma opção viável", afirmou o diretor-geral adjunto da OMS, Keiji Fukuda. O vírus influenza A da gripe suína já matou várias pessoas no México e registrou casos de infecção nos Estados Unidos, no Canadá e na Espanha e causou alerta mundial por uma pandemia similar a do Sars, em 2003.
No Brasil, gabinete criado pelo governo federal contra a gripe suína divulgou nota neste domingo na qual descarta evidências de circulação do vírus no país.
Cientistas e governos ainda buscam informações mais detalhadas sobre a doença e as formas de prevenção e tratamento, mas algumas das dúvidas já podem ser respondidas com base nos dados divulgados por governos e centros de pesquisa.
Entenda quais são os sintomas e como a doença é transmitida
O que é o vírus da gripe suína?
A gripe suína é causada por um vírus de uma família de vírus que incluem influenza A, B e C. Esta doença é resultado do vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é diferente do H1N1 totalmente humano que circula nos últimos anos, por conter material genético dos vírus humanos, de aves e suínos, incluindo elementos de vírus suínos da Europa e da Ásia.
Quais são os sintomas?
Os sintomas são muito similares aos de uma gripe comum ou mesmo aos da dengue. O paciente com gripe suína tem febre acima de 39ºC, falta de apetite, dores musculares e tosse. Algumas pessoas com a gripe suína também relataram ter apresentado catarro, dor de garganta, náusea, vômito e diarreia forte.
O período de incubação da gripe --o tempo até que a pessoa desenvolva os sintomas-- é de entre 24 e 48 horas, embora não haja confirmação de um padrão para o atual surto.
Como a gripe é transmitida?
Em casos registrados nos últimos anos, a doença foi contraída por pessoas que tiveram contatos com criações de porcos, mas não há registro de que o mesmo tenha acontecido no atual surto. Ela está sendo da mesma forma que a gripe comum: por via aérea, de pessoa para pessoa, por meio de espirros e tosse. Os especialistas apontam que, normalmente, as partículas com vírus viajam por até um metro de distância.
As pessoas podem transmitir o vírus antes mesmo de sentir os sintomas e depois de já terem melhorado. Os vírus da gripe suína podem ser encontrados não apenas nas secreções nasais, mas nas fezes.
Os vírus da gripe também sobrevivem por dias ou até mesmo semanas em superfícies secas. Evidências apontam que as pessoas podem se contaminar ao encostar em superfícies contaminadas --como teclados e maçanetas-- e depois tocar nariz, olhos ou boca.
Como se prevenir?
A melhor maneira de se prevenir é evitar as formas mais comuns de contágio --contato com pessoas infectadas ou que apresentem os sintomas e contato com objetos de manuseio por muitas pessoas como maçanetas, teclados e telefones.
O governo mexicano, país onde o surto começou, aconselha que as pessoas evitem apertos de mão e beijos, além do uso de máscaras que cobrem o nariz e a boca ao sair nas ruas.
A União Europeia e Cuba recomendaram ainda que os turistas evitem viajar para os países e áreas infectadas pela gripe suína.
Quais os riscos da gripe suína?
Embora a Organização Mundial de Saúde (OMS) tenha pedido cautela diante do pânico criado pelo surto de gripe suína, os vírus da gripe são frequentemente fatais. A própria OMS estima que variações da gripe matem de 250 mil a 500 mil pessoas em um ano normal, número que aumenta significativamente durante pandemias.
As últimas pandemias --epidemias generalizadas-- ocorreram em 1968, 1957 e 1918.
A gripe pode matar também ao causar uma pneumonia ou ao deixar o sistema de defesa do organismo mais vulnerável a infecções bacterianas.

sábado, 25 de abril de 2009

Anemia atinge 20% das crianças


Brasília. O Ministério da Saúde divulgou ontem estudo que mostra que 20,9% das crianças brasileiras com menos de cinco anos têm anemia. De acordo com a PNDS 2006 (Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher), 29,4% das mulheres entre 15 e 49 têm anemia. A pior situação é na região Nordeste, onde 25,5% das crianças e 40% das mulheres apresentavam anemia.´Embora não tenha sido observada associação estatística entre a classificação econômica e a prevalência de anemia entre crianças, observa-se menor percentagem de anêmicos nas classes A e B´, afirma o estudo. A pesquisa mostrou ainda que 17,4% das crianças e 12,3% das mulheres têm insuficiência de vitamina A. Em crianças, a maior incidência foi no Sudeste (21,6%) e Nordeste (19%).A hipovitaminose A e a anemia podem causar redução da imunidade a infecções, problemas de desenvolvimento e até retardo mental e cegueira. Foram analisadas 3.455 amostras de sangues de crianças e 5.699 de mulheres para o teste.

Anemias


É uma anomalia que se caracteriza pela diminuição da concentração de hemoglobina (pigmento que dá a cor aos glóbulos vermelhos (eritrócitos) e tem a função vital de transportar o oxigênio dos pulmões aos tecidos) dentro das hemácias, pela redução de hemácias no sangue. A anemia pode ser crônica ou aguda. Anemia crônica: ocorre uma diminuição dos glóbulos vermelhos e hemoglobina, mas com o volume do sangue total normal. Com a falta de hemoglobina, ocorre um descoramento do sangue e consequentemente acarreta na falta de oxigênio de todos os tecidos e palidez do paciente. Anemia aguda: ocorre uma perda súbita de sangue, o que é mais grave do que a falta de hemoglobina. Uma perda do volume sangüíneo de até 10% é tolerável, tendo em vista que este valor se iguala ao de uma doação de sangue, no entanto uma perda do volume sangüíneo de 11% a 20% causam tonturas, desmaios e hipotensão postural. Já a perda acima de 20% acarreta taquicardia, extremidades frias, na palidez extrema e hipotensão, após isso ocorre choques. E quando a perda excede os 30% a pessoa sofrerá choque irreversível caso não se faça uma reposição imediata de líquidos intravenosos. A classificação da anemia de acordo com o tamanho das hemácias é: Anemia microcítica: é causada pela deficiência de ferro, o que é decorrente do consumo de uma dieta ou absorção na qual a presença de ferro é insuficiente. Anemia normocítica: ela pode ser causada pela perda de sangue aguda, por doença crônica, pela falha em produzir quantidade suficiente de células vermelhas e por certas deficiências hormonais. Anemia macrocítica: sua causa pode ser pela deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico, devida à ingestão inadequada ou absorção insuficiente. O diagnostico da anemia: é feito exame de sangue, onde se verifica a quantidade do nível de hemoglobina, se faz a contagem do sangue e verifica-se o tamanho das células vermelhas (o que é importante para saber a proveniência da anemia), etc. Sintomas: fraqueza, vertigem, astenia, palidez, fadiga, déficit de concentração, etc. Tratamento: o tratamento irá variar, pois depende da gravidade e das causas. Por Eliene Percília Equipe Brasil Escola.com

Gripe mortal atinge o México


Segundo OMS, 60 pessoas morreram, mas o México só confirma 20 mortes; oito foram infectadas nos EUACidade do México. Uma gripe até agora desconhecida matou até 60 pessoas no México , segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e também foi registrada nos Estados Unidos, onde oito pessoas foram contaminadas, mas se recuperaram.O governo mexicano confirmou pelo menos 20 mortes por causa da doença na região central do país, inclusive na capital, e afirmou que o vírus pode ser responsável por mais 40 mortes ainda não esclarecidas. Ao todo, o país tem 1.004 suspeitas de contaminação.A OMS informou que exames em 12 pacientes mexicanos comprovaram que o vírus é geneticamente igual ao de oito pacientes na Califórnia e no Texas. Esse vírus, uma nova cepa da gripe suína, foi batizado pelos especialistas de H1N1.As autoridades globais consideram, no entanto, que não há motivo para declarar pandemia (epidemia global). ´Até agora não houve nenhuma mudança no nível de ameaça pandêmica´, afirmou o diretor do Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) Richard Besser. Uma análise mais atenta mostrou que a doença é uma mistura até então inédita de vírus suínos, humanos e aviários, ainda segundo o CDC.O fato de haver contágio direto entre humanos gera temores de um grave surto, e o governo mexicano cancelou as aulas para milhões de crianças na capital e arredores. Todos os grandes eventos públicos, como shows, foram suspensos na Cidade do México.O ministro da Saúde mexicano, José Córdova, fez um pronunciamento em rede nacional pedindo à população que evite lugares lotados, algumas formas de contato físico e o compartilhamento de objetos de cozinha como canecas e pratos.´Estamos enfrentando um novo vírus de gripe, que agora é uma epidemia respiratória controlável. Seus sintomas são febre acima de 39 graus que aparece repentinamente, tosse, fortes dores de cabeça, musculares e nas juntas, irritação nos olhos e secreção nasal´, afirmou Córdova.A maioria dos mortos mexicanos tinha entre 25 e 45 anos, o que é preocupante, segundo uma autoridade local. A gripe comum (sazonal) costuma ser mais letal entre pessoas muito jovens e muito idosas, e a principal característica das pandemias é que elas afetam jovens adultos saudáveis.Córdova afirmou que o México tem um estoque suficiente de medicamentos antivirais para combater o surto por enquanto e que já prepara uma campanha de vacinação de emergência. Enquanto isso, pediu que a população mantenha a calma.De acordo com a OMS, o vírus parece suscetível ao medicamento Tamiflu (oseltamivir), da Roche, mas não a drogas antigripe mais antigas, como o amantadine.População com medo´Estamos assustados, porque dizem que não é exatamente uma gripe, é um outro tipo de vírus, e não estamos vacinados´, afirmou Angeles Rivera, 34 anos, secretária de um órgão federal que teve de retirar seu filho de uma creche que estava fechando.´É preciso tomar precauções. Parece algo que não está fora de controle, mas teremos de ver o que acontece nos próximos dias´, afirmou Raúl Gutiérrez, que ia para um hospital com o rosto coberto por uma máscara. Muitas pessoas que aguardavam para entrar nas estações de metrô usavam máscaras cirúrgicas protegendo seus rostos. O estoque de máscaras das farmácias acabou. Hospitais e pronto-socorros ficaram lotados.

EUA: é tarde para conter surto


Segundo Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, a contenção da gripe suína ´não é muito provável´Washington. O Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) afirmou ser tarde demais para conter um surto de gripe suína nos Estados Unidos.O diretor do CDC, Richard Besser, acredita que não adianta mais tentar impedir a contaminação por meio da vacina ou isolando pessoas.´Há coisas que vemos que sugerem que a contenção não é muito provável´, explicou. Segundo Besser, uma vez que a doença se alastra para fora de uma área geográfica limitada, o controle fica muito difícil.OMS preparadaA Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou ontem estar preparada com ´medidas rápidas de retenção´, incluindo antivirais se for necessário, para combater uma epidemia de gripe. Mas as autoridades médicas dos dois países têm os recursos necessários e estão ´bem equipadas´, disse a porta-voz da OMS, Aphaluck Bhatiasevi, em Genebra, Suíça.Segundo Bhatiasevi, a agência da Organização das Nações Unidas não vê a necessidade, neste momento, de emitir alertas para viagens contra partes do México ou dos Estados Unidos. O governo mexicano também descartou o fechamento de fronteiras e disse que não vai fazer restrições para a entrada de turistas.Comitê de emergência.A OMS informou também ontem que está formando um comitê de emergência para verificar se o surto de gripe suína no México e nos EUA constitui uma ameaça internacional à saúde pública.´A OMS convocará, algum dia em um futuro muito próximo, um comitê de emergência sob o Regulamento Sanitário Internacional, o qual analisará se estes episódios constituem ou não de um evento de saúde pública de preocupação internacional´, afirmou outro porta-voz da instituição, Gregory Hartl, em Genebra.Embora haja o temor de uma pandemia, mais informações são necessárias antes de qualquer mudança do nível de alerta. Atualmente, a OMS está em alerta três em uma escala de um a seis.A gripe suína, também conhecida como influenza, é uma doença infecciosa aguda respiratória e amplamente disseminada na Europa Central e América do Norte. A incidência da gripe é maior no outono, inverno e início da primavera. Segundo a OMS, 60 pessoas morreram da doença no México e há 1.004 casos suspeitos.SAIBA MAIS.Como a gripe se espalha.O vírus geralmente afeta porcos, não humanos. A maioria dos casos ocorre quando pessoas têm contato com porcos infectados ou objetos contaminados.Quando os vírus de gripes de diferentes espécies infecta porcos, eles podem se misturar dentro do animal e novos vírus mutantes podem ser criados.A transmissão da gripe suína entre humanos é mais difícil do que a de uma gripe convencional.Os sintomas são febre repentina, tosse, dores de cabeça, musculares e nas juntas e cansaço extremo. A gripe suína causa mais diarréia e vômitos que a gripe comum.Vacinas estão disponíveis aos porcos para a prevenção da gripe suína. Não há vacina para humanos, embora o CDC esteja formulando uma.A vacina contra a gripe convencional pode ajudar a prover proteção parcial contra o vírus suíno H3N2, mas não contra o H1N1, como o que está circulando agora.Não há contaminação por meio do consumo de carne ou de produtos suínos. Cozinhar a carne de porco a 71 graus Celsius mata o vírus da gripe suína, assim como outros vírus e bactérias

sábado, 18 de abril de 2009

Centro de Oncologia vai realizar cirurgias


O Centro Regional Integrado de Oncologia (Crio/Hospital Fernandes Távora), no bairro Álvaro Wayne, ganhou, ontem, um centro cirúrgico para atender à demanda da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), inaugurada em julho do ano passado. Inicialmente, deverão ser realizadas no local 70 operações por mês, mas a capacidade do novo centro cirúrgico é para 300 procedimentos.A Unidade já vinha oferendo todos os serviços em oncologia, da prevenção ao diagnóstico, mas ainda não realizava cirurgias. Nestes casos, os pacientes eram encaminhados para o Hospital do Câncer/Instituto do Câncer do Ceará (ICC), Santa Casa e Hospital Cura D’Ars - só os dois primeiros realizam cerca de 600 cirurgias oncológicas todos os meses. “Este centro completa a rede de serviços que já era oferecida por nós. Quem ganha é o paciente, que tem acesso a tudo num só lugar”, declarou o diretor do Crio, Randal Pompeu.Segundo o secretário de Saúde do Município, Alex Mont’Alverne, o centro cirúrgico é parte dos investimentos da Prefeitura na ampliação da rede especializada. “Isso melhora o atendimento dos pacientes e distribui a demanda”.Dentre os equipamentos adquiridos estão quatro carros de anestesia, três mesas cirúrgicas, bisturis elétricos, aparelhos de monitoramento para o centro cirúrgico e para os leitos de recuperação, além de um videolaparoscópio.O Centro é uma entidade privada, conveniada ao SUS. Funciona há 37 anos e realiza uma média de 1.500 atendimentos por mês.

Especialistas alertam para doenças da retina


Os idosos devem ficar atentos para a degeneração macular, que afeta 10% das pessoas acima de 60 anos.Os problemas de retina e vítreo acometem cerca de 35 mil brasileiros e podem causar grave perda de visão e cegueira nos casos mais graves. Novos tratamentos e tecnologias para doenças oculares estão em discussão no 34º Congresso da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo, que começou ontem no Centro de Convenções e

segue até amanhã.A importância de estar atento aos problemas da retina, conforme o presidente do congresso, oftalmologista Abelardo Targino, dá-se pelo fato de tratar-se da parte mais importante do olho, que é onde se formam as imagens. Conforme ele, as pessoas que têm mais risco de ter doenças na retina são os diabéticos. “A retinopatia diabética é a maior causa de cegueira total”, explica, alertando essa população para estar atenta à saúde ocular.Outro problema, conforme Targino, é o descolamento da retina. “Trata-se de uma doença grave, espontânea e que acomete principalmente os míopes”, destaca. O oftalmologista aponta que, antes de ter o descolamento de retina, a pessoa pode vivenciar fenômenos como a visão de flashes de luz e pode ter a visão perdida em todos os pontos onde a retina se desloca, culminando com a perda visual total.Já a população idosa, conforme Targino, deve ficar atenta para a degeneração macular, doença que afeta cerca de 10% da população acima de 60 anos. “A degeneração macular não causa cegueira total, mas legal. O paciente perde qualidade de vida na medida em que perde a visão no centro das imagens e fica impossibilitado de ler, dirigir, ver o rosto das pessoas, uma vez que só fica com a visão lateral”, explica.Novas tecnologiasUm dos destaques do evento foi o lançamento nacional de um novo equipamento para cirurgia de retina, o Constellation, que torna a cirurgia mais rápida e segura. A vantagem do aparelho é que reduz pela metade o tamanho da incisão nos olhos do paciente, passando de um para meio milímetro. Além disso, também foram apresentados novos aparelhos de diagnóstico de doenças da retina e de alta definição para tomografia de retina.O congresso é o 3º maior do mundo no tema e reuniu cerca de 200 palestrantes nacionais e 15 internacionais.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

terça-feira, 7 de abril de 2009

A nova safra de exames

Crescem as opções da medicina capazes de identificar doenças como câncer, mal de Alzheimer e as que afetam a saúde cardiovascular
Cilene Pereira

Na medicina, há uma regra básica

segundo a qual quanto antes uma doença for detectada, melhor para o paciente. Sua chance contra a enfermidade cresce quando o inimigo é descoberto ainda pequeno. É por isso que há hoje no mundo centenas de cientistas empenhados em descobrir maneiras de identificar qualquer indício de problema o mais cedo possível. O resultado pode ser visto em boas novidades neste campo - atualmente disponíveis - e em muitas outras opções em desenvolvimento.
A saúde da família da empresária Aparecida Tozzo, 59 anos, de São Paulo, é uma das que estão sob o guarda-chuva desta onda de proteção precoce. Ela e sua irmã Nair, 60 anos, tiveram melanoma, o mais agressivo tipo de câncer de pele. Aparecida sofreu com a doença em 1989 e Nair, cinco anos atrás. Agora, as duas, seus filhos e mais as outras quatro irmãs fazem parte de um protocolo pioneiro de acompanhamento criado no Hospital A. C. Camargo, em São Paulo.
O projeto consiste no monitoramento de famílias nas quais há pelo menos dois casos da doença - o que aponta para a existência de uma conexão genética da enfermidade. O objetivo é manter os indivíduos sob acompanhamento para identificar o eventual surgimento do melanoma em qualquer um deles o mais precocemente possível. As estatísticas mostram a importância dessa atitude. Quando o tumor está infiltrado sob a pele apenas um milímetro, a possibilidade de cura é de 95%. Com mais de quatro milímetros de profundidade, a chance cai para menos de 5%.
O trabalho foi iniciado há um ano e por enquanto conta com a participação de 48 famílias. "Convocamos os parentes de pacientes em primeiro e segundo graus", explica Alexandre Leon, dermatologista especializado em oncologia cutânea e coordenador do programa. Todos são submetidos a um teste para verificar a presença de mutações genéticas associadas à doença. Seus integrantes também têm suas pintas mapeadas e analisadas a cada visita, feita de seis em seis meses. Mesmo os membros que não manifestam as alterações nos genes permanecem sob vigilância.
Até por sua importância em termos de gravidade e de incidência na população, o câncer é uma das doenças que mais têm merecido atenção no que diz respeito à detecção precoce. Além do melanoma, há outros tipos de tumores para os quais estão sendo criadas formas de identificação mais eficazes e também menos agressivas. No Fleury Medicina e Saúde, em São Paulo, por exemplo, acaba de ser disponibilizado um exame de rastreamento de câncer de cólon (intestino grosso) não invasivo. A colonoscopia virtual consiste na avaliação do cólon por meio de imagens obtidas por tomografia computadorizada. O que se pretende é verificar se há a presença de pólipos, lesões benignas que antecedem o câncer. O exame é indicado para pessoas com mais de 50 anos. Para quem tem casos na família ou pólipos intestinais, a recomendação é de que o rastreamento seja feito a partir dos 40 anos.
Muitos dos avanços estão sendo possíveis graças aos testes genéticos que apontam a predisposição para doenças. Eles estão cada vez mais frequentes e abrangentes. Há seis meses, por exemplo, o Laboratório Richet, no Rio de Janeiro, oferece um exame que procura 69 mutações genéticas. Entre outros males, elas estão associadas à osteoporose, ao mal de Parkinson e ao mal de Alzheimer, três enfermidades relacionadas ao envelhecimento. A simples constatação da propensão genética não é uma sentença definitiva de que o indivíduo manifestará a doença - em geral, as causas são múltiplas, não apenas genéticas. Mas o conhecimento da condição alerta a pessoa para certos cuidados. "Ela pode fazer um acompanhamento frequente com seu médico e submeter-se a exames regularmente", explica o patologista Hélio Margarinos, diretor médico do laboratório carioca. Dessa maneira, ao primeiro sinal, a doença passa a ser combatida e sua progressão pode ser retardada.
Na proteção da saúde cardíaca também está incluído o enfrentamento da hipertensão sem perda de tempo. A doença demora a dar sinais - quando isso ocorre, é porque já está causando estragos, como dor no peito -, mas é uma das principais atuantes em casos de infarto. Esta é a razão pela qual, após o diagnóstico, é preciso saber o que está levando ao descontrole da pressão arterial. As causas são variadas - excesso de ingestão de sal ou sedentarismo, entre eles -, mas é necessário agir rápido contra elas. Nessa tarefa, há a recente ajuda de um aparelho chamado bioimpedância cardiográfica. Há cerca de um ano disponível no Hospital Pró-Cardíaco, o teste revela a origem da doença. "A informação do que está por trás da enfermidade evita erros no tratamento", explica o cardiologista Marcelo Montera, coordenador do Centro de Insuficiência Cardíaca da instituição.
Está também mais fácil planejar uma dieta para prevenir a obesidade. Um exame chamado metabolismo de repouso, oferecido no Fleury, de São Paulo, dá a exata dimensão do quanto o indivíduo está consumindo a mais ou a menos de acordo com seu metabolismo. Conhecer esse dado é fundamental para o preparo de um cardápio que respeite este limite, contribuindo para evitar o acúmulo de peso.

domingo, 5 de abril de 2009

Largue esse vício logo


Mais uma má notícia vem se somar ao rol de malefícios do cigarro: fumar acelera a entrada das mulheres na menopausa. Trata-se de um período intenso e desconfortável na vida delas – enfrentam-se a secura vaginal, as ondas de calor, os suores noturnos, a insônia. Para não falar do impacto psicológico que significa o fim da ovulação. Os sintomas da menopausa costumam aparecer por volta dos 50 anos. Já entre as mulheres que fumam, o risco de isso ocorrer antes dos 45 anos é 60% maior. É o que conclui um estudo coordenado por médicos do Instituto de Saúde Pública norueguês e da Universidade de Oslo, na Noruega. Entrar mais cedo na menopausa não é apenas uma questão de enfrentar antes da hora uma série de aflições. Com o fim do ciclo reprodutivo, o organismo deixa de produzir estrógeno, o hormônio sexual feminino. Como a substância protege ossos e artérias, sobretudo, a falta dela deixa a mulher mais suscetível a doenças como osteoporose, infartos e derrames.
Depois de avaliarem informações relativas a mais de 2.000 mulheres, os pesquisadores encontraram evidências de que o risco de antecipação da menopausa é proporcional aos anos de vício e ao número de cigarros que se fuma. "Esse dado é mais um a demonstrar que o impacto do cigarro sobre a saúde das mulheres é ainda maior do que os seus efeitos deletérios na saúde masculina", diz o ginecologista Rogério Bonassi, da Associação Brasileira de Climatério (veja o quadro). O tabagismo pode interferir na quantidade de estrógeno por causa da nicotina e do monóxido de carbono, os principais componentes do fumo. O monóxido de carbono reduz o volume de oxigênio transportado pelo corpo. Isso faz com que o aporte sanguíneo para determinados órgãos e tecidos – especialmente aqueles que precisam de muita irrigação, como os ovários – também diminua. O resultado dessa redução é uma queda acelerada da produção do hormônio, até seu fim definitivo. A nicotina, por sua vez, aumenta a velocidade com que o corpo gasta o estrógeno.
Outro dado preocupante, agora para as ex-fumantes: somente depois de dez anos de abandono do vício a probabilidade de ocorrência de menopausa precoce volta a ser igual à de mulheres que nunca fumaram. A pesquisa norueguesa, contudo, desmente estudos anteriores que associavam o fumo passivo e o consumo de café e de bebidas alcoólicas à menopausa precoce. Até onde se sabe, eles não têm nenhuma influência nesse sentido

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Infestação de dengue é maior do que ´alto risco´



Dos 116 bairros de Fortaleza, a dengue está presente em 74,4%, sendo que em alguns com situação de alto riscoEmbora os casos de dengue tenham triplicado de 2007 para 2008, neste ano não deve haver epidemia, segundo gestores da saúde. Contudo, há situações que preocupam, como a presença da doença em 74,4% dos bairros de Fortaleza, que só nestes três primeiros meses teve 677 casos confirmados. A situação é mais grave na Praia do Futuro, onde o índice de incidência por 100 mil habitantes é de 2.920,2, dado 11 vezes maior do que 250, que classifica o alto risco.Até 100, o índice é considerado de baixo risco; de 100 a 250, médio; e de 250 em diante, de alto risco. Assim como a Praia do Futuro, estão em situação gravíssima Cais do Porto (533,3), Conjunto Esperança (460,2), Centro (448,4) Jacarecanga (326,8) e Couto Fernandes (371,9). O cálculo é feito a partir do número de pessoas doentes em relação à população do bairro.Já a infestação na cidade, que é de 0,68, representa a quantidade de mosquito encontrada nas visitas às casas. O recomendável é 1%. Como informa Patrícia Facó, gerente da Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde do Município (SMS), nos bairros com mais de 1% a SMS aciona o setor de Educação e Saúde e dispara a operação “Quintal Limpo”, em parceria com lideranças comunitárias e a população. Em 2008, foram recolhidos de quintais 90 toneladas de lixo.Para Patrícia, é possível que o índice de infestação, medido a cada dois meses (o último é de janeiro), esteja maior devido às chuvas. Agora, embora com índice baixo, a preocupação persiste porque também há bairros com valores altos, como o João XXIII (3%). Significa que, de cada 100 residências visitadas pelos agentes de endemias, três apresentam foco.De acordo com ela, os bairros que necessitam de maior alerta são Jóquei Clube, Autran Nunes, Antônio Bezerra, Messejana, Grande Bom Jardim, Vicente Pinzón, Parangaba e Serrinha. A estrutura das residências e o saneamento precário ou inexistente são determinantes nesse processo. Em todos eles há casas à beira de mananciais e ruas sem qualquer pavimentação.“Como estamos em período de chuva, é uma guerra muito difícil, porque aumenta a proliferação de insetos em geral porque a umidade atmosférica está maior”, ressalta Patrícia, mestre em Patologia Tropical pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e doutoranda em Biotecnologia pela Universidade Estadual do Ceará (Uece).Na Capital, há 87 bairros com registros confirmados de dengue, segundo boletim epidemiológico divulgado semana passada, pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesa). Do total de casos, 200 ocorreram em crianças e adolescentes de zero a 14 anos e outros 232 no público de 20 a 34 anos.Evolução da doençaDesde o início dos anos 2000 a dengue se espalhou pela maior parte dos municípios cearenses. Em 1986, havia 65 municípios com infestação pelo Aedes Aegypti e 35 com transmissão de dengue. De lá para cá, os índice mais baixos foram em 1989, quando foram registrados 34 cidades com infestação e 13 com transmissão. Em 1994 surgiram as primeiras mortes por dengue hemorrágica, em três cidades.Desde 1986, os anos de maior epidemia da doença foram 1994 (47.789 casos), quando a incidência por 100 mil habitantes foi de 732,31, e 2008 (44.508), com índice de 533,93. Neste ano, a incidência está em 1,66.Até 1993, só existia, no Ceará, o sorotipo DENV-1 da doença. A partir de 1994, surgiu o sorotipo 2, que persiste até hoje e ganhou apoio do DENV-3 em 2002. O tipo um não está mais presente no Estado. Em 2009, ano de epidemia no Ceará, a incidência foi 100 mil habitantes chegou a 530,77 — neste ano está em 2,55. PREVISÃOSesa descarta epidemia da doença no Estado este anoProvavelmente não haverá epidemia de dengue no Ceará, neste ano. A estimativa é do coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), Manoel Fonseca. Isso porque, nos três primeiros meses de 2008, o Ceará somava cerca de 10 mil casos. No mesmo período deste ano, foram confirmados 921. O problema é que o índice de incidência ainda é alto, de 2,25%, mais que o dobro recomendado pela Organização Mundial da Saúde — 1%.Segundo Fonseca, que é mestre em Gerenciamento de Sistemas Locais de Saúde pelo Instituto de Saúde da Itália, a Sesa está em constante discussão com os municípios acerca de estratégias de combate à dengue. No mês passado houve reunião com secretários de 34 municípios. A Secretaria capacita profissionais no Interior do Estado e faz cursos com médicos e enfermeiros.Além disso, se o município comprar telas para caixa d´água, o Estado cede 50% a mais para incrementar o trabalho. Por exemplo, se a prefeitura comprar mil metros, a Sesa adquire outros 500. Isso é feito desde o ano passado.O Estado dispõe, ainda, de 25 máquinas recuperadas para usar como fumacê. Em Fortaleza, também há apoio à borrifação seletiva. Na Capital há dez máquinas para isso.Na opinião de Manoel Fonseca, a consciência ambiental ainda é muito atrasada no País. “Tem que começar esse trabalho na escola, para levar consciência sanitária às crianças e informação para as pessoas mudarem de atitude”.Ele afirma que, para o caso de uma epidemia inesperada, a Sesa discute um plano de contingência que inclui ações em todo o Estado. Até porque é possível haver uma epidemia isolada em uma cidade.
Marta BrunoRepórter

Combate à Dengue


A dengue é uma doença causada por um vírus e transmitida pela picada de um mosquito, o Aedes aegypti. Há dois tipos de dengue: a clássica e a hemorrágica, que é a forma mais severa da doença e pode levar à morte.Sintomas:Os seguintes sintomas podem fazê-lo suspeitar de Dengue:
Dor de cabeça;
Dor nos olhos;
Febre, geralmente alta;
Dor nos músculos e nas juntas;
Manchas avermelhadas por todo o corpo;
Falta de apetite;
Fraqueza;
Náuseas e vômitos;
No caso de Dengue hemorrágica além dos sintomas mencionados, se verificam hemorragias generalizadas (boca, nariz, fezes e urina).Tratamento:O paciente com Dengue deve ficar em repouso, beber muito líquido e só usar medicamento para aliviar as dores e a febre, mas sempre com indicação do médico. Não devem ser ingeridos remédios à base de ácido acetil salicílico, como, por exemplo, a Aspirina e o AAS.