Esses pacientes ainda falecem mais cedo que indivíduos saudáveis. Veja os motivos por trás disso e como se precaver

A atrite reumatoide pode aparecer em qualquer articulação do corpo (Foto: Alex Silva/A2 Estúdio)
Dados de 87 mil acometidos pelo problema foram comparados com as informações de 348 mil pessoas saudáveis. As conclusões mostram que as maiores causas de óbito não variaram: doenças cardiovasculares, pneumonia e câncer ficaram nas três primeiras posições nos dois grupos.
Mas o que chama a atenção é a alta mortalidade entre aqueles com artrite reumatoide. Durante o acompanhamento de 13 anos, 14% deles morreram, enquanto 9% da outra turma teve o mesmo destino.
“Estamos falando de uma doença que não se limita às juntas, mas atinge todo o organismo de maneira sistêmica”, ressalta o médico Fernando Neubarth, diretor da Sociedade Brasileira de Reumatologia. Estudos anteriores já haviam demonstrado que indivíduos com esse quadro apresentam com mais frequência colesterol alto e hipertensão, outros fatores que patrocinam piripaques no coração e nos vasos, por exemplo.
E isso sem contar o fato de que alguns dos medicamentos que combatem a doença estão relacionados a efeitos colaterais em longo prazo. Para evitar muitos desses eventos adversos, é essencial procurar o especialista quanto antes. “A detecção precoce nos permite atuar com melhor qualidade, o que evita muitas dessas repercussões indesejadas”, completa Neubarth.
Nada de esperar
Portanto, caso você sinta dores, inchaços e inflamações nas articulações de qualquer parte do corpo que perduram por mais de seis semanas, marque já uma consulta com o médico. Esse profissional conseguirá analisar a situação e indicar os melhores exames.Se a artrite reumatoide for confirmada, a boa notícia é que os medicamentos evoluíram e estão cada vez mais seguros e efetivos. Ou seja, dá pra evitar a limitação de movimento, a deformação das juntas e por aí vai.
Para aqueles que já receberam o diagnóstico, vale seguir as recomendações do reumatologista e fazer um acompanhamento de perto com o cardiologista. Os checkups ajudam a flagrar alterações cardiovasculares no início para, assim, revertê-las antes que causem um estrago mais sério no futuro, como infarto ou AVC.
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