domingo, 25 de janeiro de 2015

Diagnóstico de doença celíaca em crianças triplica na Grã-Bretanha

Para pesquisadores, o crescimento, ocorrido em 20 anos, se deve ao fato de que mais pessoas estão sendo diagnosticadas corretamente

trigo
Doença celíaca: o glúten, presente no trigo, na cevada e no centeio, é responsável por desencadear a patologia (Thinkstock/VEJA)
Um novo estudo mostrou que a taxa de crianças diagnosticadas com doença celíaca na Grã-Bretanha atualmente é três vezes maior do que há duas décadas. Porém, isso não significa que a condição está se tornando mais frequente, mas sim que cada vez mais celíacos estão recebendo o diagnóstico correto.

A pesquisa, publicada na quinta-feira no periódico BMJ, avaliou dados de pouco mais de 2 milhões de crianças e adolescentes de até 18 anos atendidos pelo sistema de saúde pública da Grã-Bretanha entre 1993 e 2012.
Nesse período, houve 1.247 diagnósticos de doença celíaca. Enquanto os novos casos se mantiveram estáveis entre bebês, eles triplicaram entre as crianças e adolescentes com mais de 2 anos. Entre 1993 e 1997, o crescimento foi de 75%.

Para os autores, o crescimento deve ser decorrente da maior consciência que se tem sobre a enfermidade, assim como dos métodos para diagnosticá-la.

Prevalência — A doença celíaca é uma condição autoimune que se caracteriza pela intolerância ao glúten, proteína presente no trigo, centeio e cevada. Quando um celíaco consome glúten, seu sistema imunológico reage contra a proteína, e a sua ação atinge o intestino delgado, prejudicando a absorção de nutrientes.

Se não tratado corretamente – ou seja, se o celíaco não deixar de consumir glúten –, o problema pode levar a problemas como osteoporose e câncer de intestino. Os sintomas da doença celíaca incluem problemas intestinais, como inchaço, dor abdominal, constipação ou diarreia, além de dores de cabeça, anemia e perda de peso.

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