Já entre os fatores que dificultam a absorção estão os fitatos, fosfatos e carbonatos (presentes no abacaxi, hortaliças e leite), o tanino (chá e café) e a fosfoproteína (gema de ovo). Importante: o ferro dos alimentos de origem animal, 20% a 30% são absorvidos no intestino, enquanto que no ferro dos itens de origem vegetal (ferro não-heme), a taxa de absorção é de apenas 1% a 7%.
"Quando falta ferro no sangue, falta oxigênio e isso traz consequências negativas para a saúde. Pode sentir cansaço fácil e constante, sem motivo aparente, dor de cabeça, tontura, irritabilidade, falta de atenção", afirma o hematologista Rodolfo Cançado, do Comitê de Glóbulos Vermelhos da Associação Brasileira e Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH).
Prevalência elevada
Há décadas, a DFe continua sendo a alteração hematológica mais comum, acometendo de 20% a 30% da população mundial, especialmente crianças, mulheres em idade fértil e gestantes. A pessoa com deficiência de ferro pode ter apetite por coisas ou substâncias não alimentares: terra, gelo, macarrão cru, limão e giz, dentre outras.
A DFe, sobretudo a anemia ferropriva, piora a qualidade de vida e a sobrevida das pessoas acometidas. É causada pela dieta pobre em ferro, falta da absorção de ferro, que se dá no duodeno, e perda de sangue, como, por exemplo, acontece em mulheres que têm menstruação excessiva. Também devido à ocorrência de tumores do tubo digestivo (e apresentar sangramento).
Como tratar
O hematologista Rodolfo Cançado reforça que a investigação da anemia é tão importante quanto o tratamento da mesma. "Muitas vezes, o primeiro sinal de um tumor de estômago ou de intestino é a anemia. Se não investigarmos a pessoa com anemia, podemos estar perdendo a chance de diagnosticar um tumor numa fase ainda curável", diz.
O diagnóstico é feito com o hemograma (mede as hemácias, hemoglobina; e as características morfológicas dos glóbulos vermelhos), e a dosagem da ferritina. O tratamento (sais ferrosos ou férricos) dura de 90 dias até seis meses. Quem melhora dos sintomas, costuma parar a medicação após 20 ou 30 dias, e a anemia volta. Mas, para corrigi-la, são necessárias até seis semanas; para equilibrar os estoques, mais dois ou três meses.
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