terça-feira, 24 de outubro de 2017

Febre amarela na cidade de São Paulo: o que é importante saber

Um macaco encontrado morto com o vírus dessa doença iniciou um plano emergencial de vacinação na capital. Fique por dentro

  A febre amarela voltou a ganhar os holofotes graças a confirmação de que um macaco encontrado morto no parque do Horto Florestal, na zona norte de São Paulo, tinha o vírus. De lá para cá, milhares de paulistas que moram na região foram vacinados – e o governo estadual pretende imunizar pelo menos 1 milhão de habitantes dessa parte da cidade.
Por medidas de segurança, tanto o Horto Florestal quanto o parque da Cantareira foram fechados. Outros macacos mortos estão sendo investigados pelas autoridades.
Alguns postos das redondezas já estão disponibilizando vacinas contra a febre amarela. Aí é uma questão de os moradores irem a esses estabelecimentos e tomarem a dose.
O secretário estadual da saúde, David Uip, reitera que não há motivo para pânico. Segundo ele, as autoridades estão agindo rapidamente para minimizar qualquer risco de espalhamento da doença e dificilmente o problema atingirá a capital como um todo.
Vale ressaltar que o estado inteiro de São Paulo contabiliza 22 casos e 10 mortes por febre amarela. E nenhum representa um “caso urbano” – ou seja, transmitido dentro de grandes centros urbanos. Não há episódio desses no estado desde 1942.

Eu devo me vacinar?

No momento, a recomendação é que as pessoas da região que nunca se vacinaram busquem os postos de saúde para se proteger. E, claro, sempre é bom adotar medidas contra os mosquitos transmissores da febre amarela.
Que bichos são esses? Eminentemente, o Haemagogus e Sabethes, comuns em regiões rurais. Via de regra, eles picam um macaco infectado e, aí, podem repassar a doença para os seres humanos que estão nos arredores.
O famigerado Aedes aegypti, endêmico nas cidades grandes, também é capaz de espalhar a doença, mas isso é menos comum. De qualquer forma, evitar o acúmulo de água parada é, sim, uma ótima medida nesse momento. Até porque também afasta dengue, zika e chikunungya.
E um recado: a vacina da febre amarela pode gerar efeitos colaterais, embora isso seja raro. Até por isso, não é indicada para gestantes, mulheres que estão amamentando, crianças com menos de 6 meses e pessoas imunodeprimidas.
O ideal é conversar com um médico para ver se você se beneficiaria da vacina. A orientação geral é a de que não há necessidade de tomá-la, a não ser que você vá para uma região com risco de infecção. E um adendo: a Organização Mundial da Saúde defende que apenas uma vacinação ao longo da vida já garante proteção. E o governo brasileiro incorporou essa regra este ano.
Em fevereiro, essa mudança ainda não havia acontecido por aqui. E foi nessa época que a SAÚDE gravou uma entrevista com o infectologista Jessé Alves, da Sociedade Brasileira de Infectologia, sobre os sintomas da febre amarela e o que fazer para se proteger. Claro que, de lá para cá, a situação mudou. Mas vale a pena rever para se resguardar:

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