segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

6 mitos e verdades sobre alergia respiratória

Não é porque o verão chegou que podemos descuidar da rinite, da asma e por aí vai. Aprenda a manejar essas doenças direito – em todas as épocas do ano

  As alergias respiratórias, da rinite à asma, chegam a acometer um quarto das crianças brasileiras – e seguem atormentando muitos dos adultos. Ainda assim, elas são cercadas de mitos que, no fim das contas, prejudicam o tratamento e pioram o bem-estar dos pacientes.
Para contornar a desinformação e afugentar as crises, o médico Fábio Morato Castro, supervisor do Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas de São Paulo, elegeu os assuntos que geram mais polêmica nos consultórios dos alergistas. E os esclareceu um por um. Confira:

1) O frio piora as alergias respiratórias. MITO!

A baixa temperatura em si não tem o poder de agravar esses quadros. Agora, as mudanças bruscas no termômetro são, sim, problemáticas – portanto, se o tempo virou, melhor redobrar os cuidados.
Além disso, comportamentos associados ao outono e ao inverno, como usar casacos e cobertores guardados há muito tempo ou deixar as janelas fechadas, facilitam o contato com os ácaros.
Acontece que, nesse sentido, a primavera e o verão também oferecem seus desafios. “Elas podem prejudicar uma alergia, porque há um aumento no uso de ar condicionado”, explica Castro. “Só é importante ressaltar que o fato que desencadeia as reações é a falta de limpeza do aparelho e dos filtros”, pondera.

2) Produtos com cheiros fortes devem ser evitados. VERDADE!

Se você tem uma alergia, maneire no perfume e evite entrar em contato direto com produtos de limpeza que emanam essências intensas. “É importante que os ambientes estejam sempre limpos e arejados para minimizar as crises. Mas escolha os produtos menos invasivos e irritantes”, ressalta Castro.

3) Alérgicos podem praticar esportes. VERDADE!

Não só podem como devem. Já há estudos mostrando que atividades físicas, quando bem orientadas, chegam a afugentar as crises.
Só é recomendável conversar com o médico para fazer eventuais ajustes. Exemplo: em um dia muito quente e seco, melhor pular as sessões de exercício.

4) Antialérgicos dão sono. MITO!

Isso pode acontecer com certos medicamentos, mas não é uma regra. “A primeira geração de remédios provoca sonolência. Já os mais modernos não têm esse inconveniente”, afirma Castro. Converse com o profissional de saúde sobre qual a opção ideal para o seu caso.

5) Purificadores de ar podem evitar crises alérgicas. VERDADE!

Segundo Castro, purificadores de ar com filtros especiais são eficazes em remover pelos de animais, restos de insetos e outros deflagradores de surtos de espirro, coceira e afins. Para os alérgicos, eles valeriam o investimento.

6) É impossível diferenciar gripes e resfriados de uma crise alérgica. MITO!

Os sintomas de uma alergia incluem nariz entupido, tosse e espirros. Até aí, estamos falando de sintomas parecidos com o de gripes e resfriados. Só que as infecções também costumam provocar dores no corpo, fraqueza e dor de garganta. Ou seja, com um olhar apurado dá pra diferenciar, sim, essas encrencas – e tratá-las direito.

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