quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Bebê com doença rara consegue doador de medula óssea na Alemanha

“Tiraram 500 quilos das nossas costas”, desabafou Luiz Cláudio Anísio, pai do menino Guilherme Mezabara Anísio, de onze meses, após saber que uma medula óssea compatível com o filho foi encontrada no banco internacional de doadores.Guilherme tem uma doença congênita rara chamada Granulomatosa Crônica, que faz com que a criança não tenha nenhuma imunidade a bactérias e fungos. Isso significa que ele não pode ficar exposto a bactérias, porque não tem defesas contra elas.

Operação será feita em meados de outubro, em São Paulo. “Temos muito pouca informação sobre o doador, mas sabemos que ele é da Alemanha, jovem e está disposto a doar, tanto que ele compareceu para fazer a confirmação da compatibilidade”, disse. Guilherme completa um ano no dia 29 de agosto. “Melhor presente impossível”.

O menino já foi três vezes internado no hospital, duas com pneumonia, e uma com ostiomelite, uma inflamação óssea, que no caso de Guilherme atingiu a parte frontal do crânio. Por causa das doenças, um imunologista foi consultado, e, depois de diversos testes, descobriu-se o que estava deixando o bebê doente constantemente. Os pais descobriram a doença quando Guilherme tinha 7 meses de idade

Para a cura definitiva da doença, o pequeno Guilherme precisa do transplante de medula óssea. O menino foi cadastrado no banco de receptores brasileiro e internacional. “O banco tem 16 milhões de doadores. Desses, a gente achou um compatível. Quando fizeram a busca, a princípio, eram três opções, mas elas não se confirmaram. E essa outra levou muito tempo para se confirmar, teve algum problema na amostra. Estamos esperando há meses por essa notícia, que só se confirmou agora”, disse o geólogo.

O pai relatou também como será o processo de transplante em outubro. Segundo ele, Guilherme fará uma quimioterapia em São Paulo antes do transplante, para o que ele chamou de “matar a medula” do filho. Dois dias antes da operação, a coleta será feita na Alemanha e o material chega em até 48 horas para o procedimento. Guilherme ficará depois em uma ala especial para pacientes transplantados, por cerca de 40 dias, em isolamento total, e monitoramento, até que a nova medula volte a funcionar. “Depois de quatro meses voltamos para o Rio, e ainda precisaremos fazer um monitoramento mais ou menos por 8 meses. Ainda tem muita estrada pela frente, mas esta foi uma etapa muito importante, que foi achar um doador”, comemorou.

"O Guilherme está ligado na tomada a 220 volts. Ele está ótimo, super bem clinicamente, mas temos que fazer alguns exames para comprovar que ele está 100% mesmo. Estamos agora com essa ansiedade para resolver mais uma etapa. Estamos muito felizes", concluiu Luiz Cláudio.

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