sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Garota de 17 anos desenvolve técnica para combater o câncer

Os dias em que o diagnóstico de câncer era considerado uma sentença de morte estão ficando cada vez mais perto de serem encarados como um passado obscuro.

A nova técnica desenvolvida por uma

estudante de 17 anos pode ser mais um passo nesse sentido. Angela Zhang, aluna da Monta Vista High School, nos Estados Unidos, acaba de ganhar uma bolsa no valor de US$ 100 mil e o primeiro lugar no Siemens Competition Math, Science & Technology, por ter projetado uma abordagem que combina o uso de nanopartículas compostas por ouro e óxido de ferro, combinadas a um medicamento à base da substância salinomicina.

Uma vez que as nanopartículas se prendam às células tumorais, a equipe médica realiza uma série de ressonâncias magnéticas para localizar o câncer e com o uso de luz infravermelha aquece e derrete essas partículas, liberando a salinomicina diretamente nas células cancerígenas. A técnica traz a grande vantagem com relação aos demais tipos de tratamento de poder eliminar as células defeituosas de dentro para fora e reduzir os efeitos colaterais da quimio e da radioterapia, bem como permitir o acompanhamento em tempo real de como está sendo a eficácia da terapia.

O experimento foi um sucesso quase absoluto quando testado em ratos, mas deve demorar um tempo até ser aplicado em seres humanos. A garota prodígio trabalha nesse projeto desde os 15 anos, tendo dedicado quase mil horas a ele. Desde um pouco antes disso, Angela já lia artigos de pós-doutorado em bioengenharia e revelava o sonho de ser pesquisadora no laboratório da Universidade de Stanford.

Ela ganhou por dois anos consecutivos o Intel International Science & Engineering Fair ( 2010 e 2011) e uma viagem para participar da Taiwan International Science Fair concedido pelo Centro Nacional de Taiwan de Educação Científica. Apesar do talento precoce para as ciências, a adolescente ainda encontra tempo para jogar golfe e tocar piano.

Mas a verdade é que a comunidade científica e as pessoas que sofrem com câncer já ficarão muito felizes se ela for um Tiger Woods ou um Tom Jobim da bioengenharia.

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