domingo, 15 de julho de 2012

Escolas do Rio Grande do Sul antecipam férias por causa da gripe A


Pelo menos nove cidades gaúchas já ordenaram a suspensão das atividades

Influenza A: a epidemia do vírus entre 2009 e 2010 deixou mais de 18.000 mortos no mundo
Influenza A: a epidemia do vírus entre 2009 e 2010 deixou mais de 18.000 mortos no mundo (Thinkstock)
Escolas de munícipios do Rio Grande do Sul informaram na última sexta-feira que vão antecipar as férias em razão do aumento de casos da gripe A, H1N1, na região. De acordo com dados levantados pelo site de VEJA com as secretarias estaduais de saúde, a região sul do país já computou 95 mortes causadas pela doença. Pelo menos nove cidades gaúchas suspenderam as aulas de suas redes municipais de ensino, e decretaram férias antes das datas originalmente previstas em calendário. São eles Gravataí, Cruz Alta, Boa Vista do Cadeado, Santa Bárbara do Sul, São Borja, Quinze de Novembro, Pejuçara, Alecrim e Condor.

Em nota oficial, o Ministério da Saúde apontou que não há indicações de que a decisão possa ter impacto na transmissão da gripe. "Isso não se mostrou efetivo para reduzir a transmissão do H1N1 em 2009, servindo apenas para criar uma sensação de insegurança nas pessoas", diz a nota.

Em entrevista à Agência Brasil, o médico infectologista Sérgio Penteado, professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná, confirmou que a suspensão de aulas e o fechamento de espaços públicos – como cinemas e teatros – são medidas pouco eficazes. "O que é eficaz é manter uma alimentação saudável, ingerir líquidos, cuidar da imunidade e, no caso de sintomas de gripe, ter um diagnóstico rápido e o acesso à medicação adequada."

"A situação atual é bem diferente da de 2009, quando a circulação do vírus H1N1 foi muito intensa e ninguém tinha imunidade a ele", destacou Penteado. "A disponibilização do medicamento e o fato de as pessoas estarem mais atentas devido à cobertura da mídia têm um impacto significativo na redução das mortes", concluiu o médico.

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