terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Diabetes aos 50 anos pode causar perda de memória aos 70

De acordo com pesquisa, a doença acelera o envelhecimento da mente cinco anos mais rápido que o normal

Diabetes
Diabetes: o controle da síndrome pode prevenir demência na velhice (Thinkstock/VEJA)
Pessoas diagnosticadas com diabetes na meia idade — ao redor dos 50 anos — têm mais probabilidade de sofrer perdas significativas de memória e de cognição depois de 20 anos, comparadas com indivíduos que mantêm taxas de glicose normais no sangue. A revelação está descrita na edição de terça-feira do periódico Annals of Internal Medicine.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Diabetes in Midlife and Cognitive Change Over 20 Years: A Cohort Study

Onde foi divulgada: periódico Annals of Internal Medicine

Quem fez: Andreea M. Rawlings, A. Richey Sharrett, Andrea L.C. Schneider, Josef Coresh, Marilyn Albert, David Couper, Michael Griswold, Rebecca F. Gottesman, Lynne E. Wagenknecht, B. Gwen Windham, Elizabeth Selvin

Instituição: Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, nos Estados Unidos

Resultado: Pessoas que não controlam o diabetes na meia idade têm mais probabilidade de sofrer perda de memória e de cognição depois de 20 anos.
Pesquisadores Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg descobriram que o diabetes envelhece a mente cinco anos mais rápido que o normal. O declínio de memória e de funções cognitivas está fortemente associado à demência.
“A lição é que, para ter um cérebro saudável aos 70 anos, você precisa se alimentar direito e se exercitar aos 50”, afirma a líder do estudo, Elizabeth Selvin, professora de epidemiologia da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg.


Pesquisa — No estudo, Elizabeth e sua equipe analisaram dados de 15 792 adultos acompanhados de 1987 a 2013. Os pesquisadores compararam a perda cognitiva associada ao envelhecimento com o declínio observado nos voluntários do estudo. A perda foi 19% maior do que a esperada entre os participantes que não controlavam o diabetes adequadamente.

“Se nós prevenirmos e controlarmos o diabetes de maneira melhor, poderemos evitar a progressão da demência em muitas pessoas”, diz Elizabeth. “Retardar o surgimento da demência em alguns anos pode ter um impacto enorme na população, incluindo ganho de qualidade de vida e menos gastos com saúde.”

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