quinta-feira, 30 de julho de 2015

Coreia do Sul declara fim da epidemia do vírus MERS

Há 23 dias sem novas infecções, o primeiro-ministro sul-coreano declarou que o país está livre da doença. A OMS ressalta, contudo, que é necessário esperar 28 dias sem novos casos para oficializar o fim do surto

Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS)
Na Coreia do Sul, o surto da síndrome causou 36 óbitos e infectou 186 pessoas(Pichi Chuang/Reuters)
Nesta terça-feira, a Coreia do Sul declarou o fim do surto de MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio). Durante o pronunciamento, o primeiro-ministro sul-coreano Hwang Kyo-ahn afirmou que o país está há 23 dias sem novas infecções e que a população pode parar de se preocupar com a doença.
No entanto, para a Organização Mundial da Saúde (OMS), são necessários 28 dias - o que corresponde ao dobro do período de incubação do vírus - sem novos casos antes de oficializar o fim do surto. O último caso de MERS na Coreia do Sul foi confirmado no dia 4 de julho.
O primeiro-ministro sul-coreano afirmou que, apesar da declaração, as precauções contra novas infecções, incluindo a triagem nos aeroportos, continuarão até que a situação se normalize. Ele também se desculpou pela reação lenta das autoridades no combate à doença.

O governo da Coreia do Sul foi acusado de reagir lentamente à crise, já que a maioria das infecções aconteceu em centros de saúde que não estavam preparados adequadamente para uma doença contagiosa. O coronavírus, originário do Oriente Médio, chegou ao país no dia 26 de maio, trazido por um homem de 68 anos que havia viajado para a Arábia Saudita. Desde então, 186 pessoas foram infectadas e 36 morreram.
O Mers é considerado um "primo", mais mortal, mas menos contagioso, do vírus responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars) que, em 2008, fez cerca de 800 mortos em todo o mundo. Como o Sars, o MERS provoca infecção pulmonar e os afetados têm febre, tosse e dificuldades respiratórias. Por enquanto, não existe um tratamento preventivo para a doença. De acordo com a OMS, o vírus apresenta uma taxa de mortalidade de quase 35%.
(Da redação)

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