quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Consumo de bebidas açucaradas aumenta gordura visceral

Segundo um novo estudo, adultos que consomem refrigerantes ou sucos com açúcar todos os dias têm mais gordura visceral -- associada ao desenvolvimento de diabetes tipo 2 e de doenças cardíacas

Efeito inverso: a bebida, usada normalmente para evitar o ganho de peso, está relacionada ao aumento no acúmulo de gordura na cintura
De acordo com novo estudo, o consumo diário de bebidas açucaradas foi associado ao aumento dos níveis de gordura visceral em adultos (Thinkstock/VEJA)
Uma nova pesquisa publicada na revista científica Circulation, da Associação Americana do Coração, revelou que o consumo diário de bebidas açucaradas pode aumentar os níveis de gordura visceral no corpo. Para chegar aos resultados, os pesquisadores utilizaram informações coletadas pelo Framingham Heart Study, uma das mais importantes pesquisas já construídas no campo da saúde, realizada desde 1948.
Ao todo, 1003 adultos com idade média de 43 anos responderam a um questionário sobre hábitos alimentares e se submeteram a tomografias computadorizadas ao início e ao final do experimento - que teve uma duração total de seis anos. O objetivo do exame era avaliar as mudanças dos níveis de gordura corporal dos participantes ao longo do tempo.

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Os participantes foram divididos em quatro categorias em relação ao consumo de bebidas açucaradas, desde os que não consomem nenhum tipo da bebida até os que bebem diariamente. Os resultados mostraram que, independentemente de fatores como idade e prática de exercícios físicos, o volume de gordura visceral dos adultos que consomem a bebida açucarada diariamente aumentou 852 centímetros cúbicos. Em comparação, aqueles que afirmaram não consumir a bebida tiveram um aumento de 658 centímetros cúbicos.
Ao contrário da gordura subcutânea, que se acumula logo abaixo da pele, a gordura visceral se fixa no interior da cavidade abdominal, em volta de órgãos internos de extrema importância, como fígado, pâncreas e intestino. Ela pode, inclusive, afetar o funcionamento dos hormônios. Acredita-se que esse tipo de gordura tenha grande influência na resistência à insulina, o que pode causar diabetes tipo 2. Além disso, ela também está associada ao desenvolvimento de problemas cardíacos.

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