quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Cinco mitos sobre a obesidade infantil

Alimentação adequada e rica em lácteos é essencial a um desenvolvimento saudável
obesidade
Segundo OMS, nos últimos 25 anos, o número de crianças obesas saltou de 31 para 41 milhões ( Foto: Divulgação )
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta, por meio do relatório "Pelo Fim da Obesidade Infantil", que cerca de 41 milhões de crianças menores de 5 anos apresentam excesso de peso (que seria sobrepeso ou obesidade). Os números são de 2016. Segundo o documento, nos últimos 25 anos, a prevalência de sobrepeso saltou de 4,8% para 6,1% de crianças.
A nutricionista Ana Paula Del´Arco, desvenda 5 mitos sobre a obesidade infantil.
1- "Se uma criança já gosta de beber leite não preciso incentivar esse hábito"
Mito - Durante a "fase láctea" a criança tem um apego emocional com o momento de "tomar o leite", que ocorre ao acordar e ao dormir. Após esta fase, dependendo do incentivo dos pais, as crianças podem passar a não querer mais este momento, pois remete à caracterização da criança como bebê, rompendo este estigma. Se não houver acompanhamento adulto, a criança pode migrar do leite para as bebidas açucaradas (sucos, refrigerantes e outras não tão saudáveis);
2. "Devo me preocupar com o aumento de peso da criança na "fase láctea", pois o leite engorda"
Mito - Na verdade, os lácteos ajudam na prevenção do ganho de peso desordenado. Uma revisão de 10 estudos sobre o tema, publicados com 3 anos de seguimento em média e envolvendo 46 mil crianças e adolescentes, verificou que aquelas com maior consumo de lácteos estavam 38% menos propensas a ter excesso de peso na infância. Este estudo verificou ainda que pode haver redução do risco de sobrepeso e obesidade em 13%, com o aumento do consumo de 1 porção de lácteo ao dia.  O desenvolvimento de hábitos saudáveis engloba uma alimentação saudável, qualidade de sono adequada e prática suficiente de atividade física na infância. O estudo foi encomendado pelo Departamento de Nutrição Clínica do Hospital Xin Hua Hospital, da Faculdade de Medicina de Xangai;
3- "Se sou obeso, meu filho também será, é a genética"
Mito - De fato pais obesos têm grandes chances de desenvolverem filhos obesos, mas não por fatores genéticos e sim por fatores comportamentais. Apenas 5% dos casos de obesidade são genéticos, em torno de 10% de causas hormonais, que são tratáveis, e o restante derivados de maus hábitos de vida, sejam alimentares e/ou de atividade física. É importante que os pais deem o exemplo de alimentação saudável e prática de exercícios;
4- "Meu filho não gosta de tomar café da manhã, posso fazer um almoço reforçado para resolver o problema"
Mito - Atualmente é comum observarmos uma omissão de refeições na alimentação da criança, em especial o café da manhã. No entanto, salientamos sua importância. Tomar café é uma prática que deve ser incentivada bem como o consumo de frutas, hortaliças e lácteos, alimentos estes que deixam de ser consumidos pelas crianças quando não incentivados pelos pais;
5- "Meu filho está além do peso, mas só vou me preocupar com isso quando ele for mais velho"
Mito - A obesidade não é uma questão de estética, pois traz graves problemas. Desde doenças cardiovasculares, renais e gastrointestinais até distúrbios psicológicos como depressão e distúrbios alimentares. Pais devem ficar atentos e fazer acompanhamento médico para que tenham alimentação equilibrada e um crescimento saudável.

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