sábado, 5 de março de 2016

Aspirina reduz o risco de câncer, principalmente de estômago e intestino

Um estudo mostrou que tomar duas aspirinas por semana pode reduzir em 15% o risco de câncer de estômago e em 19% o de intestino

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Os resultados mostraram que as pessoas que tomavam aspirina duas vezes ou mais por semana, por, no mínimo, seis anos, tinham um risco 3% menor de desenvolver qualquer tipo de câncer(Divulgação/VEJA)
Tomar aspirina regularmente ajuda a reduzir o risco de câncer. De acordo com um estudo publicado recentemente no periódico cientifico JAMA Oncology, a ingestão regular de pequenas doses do medicamento pode diminuir a probabilidade de desenvolvimento de tumores em geral, sobretudo os cânceres de estômago e de intestino.
Para chegar a tais resultados, pesquisadores americanos acompanharam dados de saúde de 136.000 pacientes, ao longo de 36 anos. Os resultados mostraram que os voluntários que tomavam aspirina regularmente - duas vezes por semana ou mais - por, no mínimo, seis anos, tinham um risco 3% menor de desenvolver qualquer tipo de câncer. No que diz respeito a tumores de estômago e intestino, essa redução foi ainda maior: 15% e 19% respectivamente.
"Ainda não estamos no ponto em que podemos recomendar a aspirina para a prevenção do câncer. Mas as pessoas devem, sim, discutir o assunto com seus médicos, particularmente aquelas com fatores de risco, como histórico familiar para o câncer gastrointestinal", disse Andrew Chan, um dos autores do estudo.
Embora ainda não se saiba como a aspirina protege contra tumores, acredita-se que o efeito benéfico seja decorrente de sua ação na espessura do sangue. Muitas vezes o corpo tem dificuldade para eliminar células cancerosas porque as plaquetas do sangue podem se prender a elas e as esconder do sistema imunológico. Dessa forma, os autores suspeitam que o medicamento aja na luta contra a produção precoce de tumores.
Apesar dos resultados animadores, é preciso lembrar que muitas vezes o uso da aspirina pode trazer efeitos colaterais como sangramentos e úlceras estomacais.
(Da redação)

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