terça-feira, 15 de março de 2016

Bailarina amputada volta a dançar graças a prótese inédita

Melina Reis precisou amputar a perna após um acidente de carro. Agora, graças a uma prótese feita sob medida na posição de ponta, ela pôde voltar ao balé clássico

Bailarina com perna amputada volta a dançar balé em Campinas (SP)
Para desenvolver a prótese de Melina (a quarta, da esquerda para a direita), que fica na posição de ponta - essencial para os passos de uma bailarina de balé clássico -, foi preciso aplicar conceitos de biomecânica e cálculos matemáticos.(Reprodução/TV Globo)
Uma prótese específica para dançar balé clássico, feita sob medida, devolveu à Melina Reis (a quarta, da esquerda para a direita) o sonho de ser bailarina. Há 13 anos a jovem sofreu um acidente de carro e, devido a complicações, precisou amputar a perna esquerda. Apesar das circunstâncias, Melina não desistiu do sonho de ser bailarina e procurou o especialista em próteses José André Carvalho em busca de uma solução. As informações são do G1.
Carvalho, que é diretor do Instituto de Prótese e Órtese de Campinas, aceitou o desafio. "Eu fiz uma varredura na literatura e não há nada publicado em relação à confecção de pé para uso de sapatilha de ponta", conta o especialista.
Para desenvolver a prótese, que fica na posição de ponta - essencial para os passos de uma bailarina de balé clássico -, foi preciso aplicar conceitos de biomecânica e cálculos matemáticos. O pé direito de Melina foi utilizado como molde e a prótese foi feita a partir de uma mistura de resina, fibra de carbono e gesso.
Após alguns testes e ajustes a prótese ficou pronta e se encaixou perfeitamente dentro da sapatilha de balé clássico. De acordo com o médico, o desafio agora é Melina conseguir se manter equilibrada sobre a prótese usando apenas 1cm² como área de apoio.
Em menos de uma semana após o fim dos testes com o novo pé de bailarina, Melina já está de volta às aulas. "Foi maravilhoso. Eu me senti viva de novo. Parece que estou vivendo um sonho, nem parece que é verdade. A maior dificuldade é o nervosismo, a emoção, que não dá para controlar muito bem, além da questão do equilíbrio, claro", conta Melina.
(Da redação)

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