quarta-feira, 2 de março de 2016

CE registra 21 óbitos por microcefalia

Fortaleza registra sete das 21 mortes. Apenas em um caso houve de fato identificação do zika vírus
Já são 80 municípios com notificações de crianças diagnosticadas com a má formação ( FOTO: FABIANE DE PAULA )
Mais duas mortes de bebês com microcefalia foram registradas no Ceará. Com isto, sobe para 21 o registro de óbitos no Estado. A informação consta no último Boletim Epidemiológico da Microcefalia e alterações Sistema Nervoso Central, divulgado pela Secretaria da Saúde (Sesa), ontem. Do total de mortes, três foram episódios de natimortos e os outros 18 casos evoluíram óbito após o nascimento. A diferença em relação ao boletim anterior, divulgado no dia 22 de fevereiro, é de duas mortes.
Das mortes, 47,6% (10), permanecem em investigação e 52,4% (11/21) foram confirmados sugestivos de infecção congênita. Um destes casos a houve a identificação do vírus Zika no tecido fetal.
Fortaleza registra sete das 21 mortes. Canindé (2), Acarape, Crateús, Iguatu, Ipaumirim, Jucás, Maracanaú, Morrinhos, Pacajus, Quixeramobim, Russas e Tejuçuoca são outros municípios que também confirmaram óbitos.
O número de notificações também cresceu, passando de 335 registros no boletim anterior, para 352 no documento divulgado ontem. Porém, a quantidade de episódios confirmados permanece a mesma. Ao todo, somente 33 casos foram confirmados o que equivale a 9,4% do total notificado.
De todos os registros feitos entre outubro de 2015 e o dia 29 de fevereiro deste ano, 13,6% (48) foram descartados e 77% (271) estão em investigação. Do casos notificados, 83,2% (295) foram detectados no pós-parto e 16,2% (57) durante a gestação.
Localização
O atual boletim também indica ampliação na distribuição geográfica dos casos. O documento anterior apontou o registro de casos em 77 cidades do Ceará. O atual, expõe que subiu para 80 o número de municípios com notificações de crianças com diagnóstico de microcefalia.
No boletim, a Secretaria da Saúde (Sesa) reforça que a população deve adotar medidas que possam reduzir a presença de mosquitos Aedes aegypti que é o transmissor do zika vírus. A eliminação de criadouros e a proteção da exposição de mosquitos, com ações como manutenção de portas e janelas fechadas ou teladas são recomendadas pelo poder público. O documento orienta ainda que grávidas devem usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes apropriados.

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