quarta-feira, 27 de maio de 2009

México alerta donas de casa jovens para gripe suína em outubro


Mulheres jovens e donas de casa são vítimas perfeitas para o vírus da nova gripe suína, a gripe A (H1N1) no México, de acordo com um mapa psicossocial que as autoridades locais começaram a esboçar para se preparar contra uma nova onda de epidemia da gripe suína prevista para outubro que vem.
O perfil da vítima indica que o vírus da gripe suína afetou com maior intensidade grupos sociais há até pouco tempo vulneráveis, como os jovens e as mulheres, em particular as dedicadas ao "lar", com cerca de 27% do total dos 85 mortos pela doença.
"Com as donas-de-casa temos um problema muito forte", disse à agência de notícias France Presse Margarita Rosas, epidemiologista do hospital Geral da Secretaria de Saúde. "Elas vão frequentemente a supermercados, onde existem grandes aglomerações, e andam correndo porque precisam dar atenção aos filhos e aos maridos, sem dar importância para as doenças nem ir ao médico quando precisam", acrescentou Rosas.
Muitas mulheres ainda têm outras doenças, como diabetes, obesidade e hipertensão, que colocam em risco sua saúde, indicou a epidemiologista.
Entre os 85 mortos por causa da gripe suína, quase 51% foram em pessoas de entre 20 e 39 anos, segundo dados oficiais. Do total de mortos, 35% eram funcionários de firmas privadas e trabalhadores independentes, 4,7% tinham mais de 60 anos de idade e 5,88% eram menores de quatro anos.
Os mexicanos, de um modo geral, sofrem há alguns anos com uma grande quantidade de doenças crônicas degenerativas, o que torna ainda mais complicada a questão.
Conforme balanço da OMS (Organização Mundial de Saúde), o México continua considerado como o epicentro da doença já que, lá, há 4.541 casos e 83 mortes confirmados. Os Estados Unidos são o país com maior número de casos, 6.764. Foram confirmadas ainda dez mortes. No total há, atualmente, 13.398 casos e 95 mortes confirmados de gripe suína, em 48 países.

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