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Os vírus Ebola e Marburg têm estruturas e origens parecidas. Eles causam febre hemorrágica nos humanos e em outros primatas, e a infecção provocada pode levar a morte em mais da metade dos casos registrados. Os dois surgiram na mesma região, no Leste da África, e ainda ocorrem surtos das doenças com certa frequência.
“Este é o primeiro receptor identificado para os vírus Ebola e Marburg”, afirmou Maury. “Isso é importante, porque se você conseguir identificar e compreender o primeiro passo da infecção – como o vírus entra nas células –, então pode ser que você consiga evitar a infecção cortando pela raiz”, completou.
Os pesquisadores testaram a possibilidade de bloquear a entrada dos vírus nas células. Usando um anticorpo chamado ARD5, conseguiram, com bastante eficiência, impedir que os vírus ficassem presos ao TIM-1. Esse passo, porém, não é suficiente para a criação de alguma vacina.

“Está claro que há outros receptores para o Ebola, pois, embora o TIM-1 seja encontrado em muitas células epiteliais, não é encontrado em tipos celulares importantes que são infectados pelo vírus”, disse Maury. “As células epiteliais não são um alvo tão importante para o vírus como outros tipos, mas podem ser o ponto de entrada para o Ebola”, explicou a cientista.
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