sábado, 7 de maio de 2011

Número de casos de dengue tende a aumentar no CE

Os registros em todo o Estado crescem a cada semana, o que obriga a população a redobrar os cuidados

O número de casos de Dengue no Ceará (hemorrágica e a clássica) não para de crescer. Até o início de maio de 2011, já foram registrados 14.883 casos da doença tipo clássico, 207 por complicação e 101 do tipo hemorrágica.

Para se ter uma ideia do aumento, em todo o ano de 2010 foram registrados 13.143 casos da dengue tipo clássico, 127 por complicação e 53 da hemorrágica. Os dados são do Boletim Epidemiológico da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) divulgado ontem. E a tendência é que o número de pessoas infectadas pelo mosquito Aedes aegypti aumente ainda mais.

Aumento

No boletim semanal fornecido pela Sesa, no espaço de uma semana, o número de casos confirmados em todo o estado aumentou de 96 para 103. Sendo 50 na Capital e 53 no Interior. O número de óbitos também cresceu e saltou de oito para 12 óbitos. Questionado sobre o crescimento alarmante da dengue este ano no Ceará, o secretário de Saúde do Estado, Arruda Bastos, atribui a dois fatores fundamentais: a demora para o término da quadra chuvosa e o aumento dos vírus circulantes, no caso, o do tipo 1, 3 e 4.

"As chuvas constantes que caem desde janeiro estão atrapalhando e muito os nossos trabalhos. Com a chuva vem consequentemente o acúmulo de água em pneus, garrafas e outros recipientes. Já sobre os vírus, o do tipo 1, há 16 anos não circulava aqui na nossa região e muita gente não está protegida. Vale também para a do tipo 2. E a tipo 4 é a que começou agora, desconhecida até então, mas já estamos trabalhando para que toda a população fique protegida delas", explicou o secretário Arruda Bastos.

Parceria

O dirigente estadual reforça que o Governo do Estado está trabalhando de forma árdua para combater a dengue. De acordo com ele, a atual gestão aumentou o número de agentes de saúde para intensificar as visitas nos domicílios e preparou com capacitações todos os profissionais da área da saúde para identificar, com mais eficácia, cada tipo de dengue.

Por fim, Arruda Bastos lembrou que além dos esforços dos órgãos públicos, a população deve continuar a trabalhar de forma conjunta com o governo. "O cidadão deve manter aqueles já conhecidos cuidados para não dar chance ao mosquito, como por exemplo, não usar vasos ou jarros de flores ou plantas com água acumulada, manter os vasos de plantas secos, tampar caixas d´água, manter o quintal livre de pneus, copos, latas e quaisquer recipientes que possam acumular água e facilitar a reprodução do mosquito, além de evitar jogar lixo próximo a bueiros.

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