
Em uso desde 2009 nos Estados Unidos, o Coolsculpting é alvo de um marketing intenso na mídia americana. É o mais novo de um arsenal de máquinas que competem pela preferência de um consumidor que paga caro para diminuir em alguns centímetros a gordura da silhueta. Ele disputa espaço com o UltraShape (que recorre às ondas de ultrassom), o Reaction (radiofrequência) e o Zerona, um laser de baixa potência disponível apenas nos EUA e com resultados duvidosos.
Depois de sugar a pele da região a ser tratada como um poderoso aspirador (nessa fase há um pouco de dor), o Coolsculpting promove um resfriamento rápido, baixando a temperatura da área a quatro graus centígrados. Aí, a dor desaparece. A sessão dura 60 minutos. “O resfriamento é feito de forma agressiva o suficiente para iniciar um processo de morte das células de gordura que levará, em média, dois meses para ser concluído”, explica o dermatologista Otávio Roberti Macedo, de São Paulo, um dos primeiros a adquirir o aparelho.
A dermatologista Roberta Bibas, do Rio de Janeiro, confia nas pesquisas que documentam a eficiência do aparelho. “São estudos sólidos e mostram que é necessário selecionar os pacientes: o método é indicado para pessoas que estão no peso certo mas têm gordura localizada”, afirma. Segundo a dermatologista Valéria Campos, de Jundiaí (SP), as pesquisas apr

Os trabalhos também mostram que a quebra das células de gordura e sua eliminação pelo sistema linfático e pelo fígado não elevam a quantidade de gorduras no sangue. A pedido de ISTOÉ, o cientista Raul Dias dos Santos, diretor da Unidade de Dislipidemias do Instituto do Coração de São Paulo, avaliou esses estudos. “Aparentemente não há maiores alterações das gorduras no sangue (colesterol, triglicérides) após a criolipólise em pessoas com discreto aumento de gordura subcutânea. Mas um número maior de pessoas deve ser estudado”, afirma o pesquisador. O cuidado é fazer a segunda aplicação do Coolsculpting só depois de dois meses. “Não adianta acelerar o processo”, diz Valéria Campos.
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